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Fitase Frangos Fósforo Dietético

Avaliação econômica da utilização da fitase e 25(OH)D3 na alimentação de frangos de corte de 1 a 43 dias de idade com redução de fósforo dietético

Publicado: 3 de fevereiro de 2012
Por: Matheus Ramalho de Lima, JUNIO F. BARROSO3, FERNANDO G. P. COSTA, JEFFERSSON LECZNIESKI, SÉRGIO A. N. MORAIS, RAFAEL B. SOUZA1, RAFFAELLA C. LIMA, SANSÃO P. H. NETO, GIULLYANN O. SALVIANO, THIAGO B. SILVA1, CLESIO M. SOUZA
Sumário

O objetivo deste trabalho foi avaliar a utilização de fitase exógena e de 25(OH)D3 na dieta de frangos de corte sobre os aspectos econômicos. Um total de 720 aves Cobb foi usado neste ensaio, onde foram alimentados com dietas com redução nutricional de fósforo e suplementadas com fitase e 25(OH)D3. Foi realizada uma análise econômica através da renda bruta relativa, ou seja, a margem bruta dos tratamentos 2, 3, 4, 5 e 6 em relação à MB do tratamento controle positivo. Após a análise dos dados, verificou-se que a utilização da enzima proporciona bons resultados econômicos, contudo, este efeito é maior quando da associação com o 25(OH)D3 nas dietas. Assim, a suplementação de fitase exógena e do 25(OH)D3 em dietas de frangos de corte proporciona resultados econômicos satisfatórios ao avicultor.

Palavras-chave: desempenho, eficiência produtiva, rentabilidade.

Introdução: A utilização de novas tecnologias pode possibilitar resultados econômicos melhores no final do lote e, como exemplo, as enzimas exógenas e os metabólitos podem ser utilizados para esta finalidade em dietas para frangos de corte.
A redução dos custos de produção na criação de frangos de corte atua intensamente em relação às rações, pois é um dos maiores investimentos no setor produtivo. Em relação ao custo de produção, este pode ser decisivo e é tomado como base para pesquisas, haja vista que, em determinados períodos em algumas regiões, cerca de 80% do custo é proveniente da alimentação das aves (Loureiro et al. 2007). Neste aspecto de redução de custo e melhor aproveitamento das dietas, a fitase e o 25(OH)D3 vem sendo utilizados amplamente e com resultados satisfatórios. A fitase reduzindo os efeitos redutores de desempenho causados pela presença do fitato e o 25(OH)D3 melhorando a absorção de cálcio e fósforo, contribuindo consequentemente para uma melhor retenção de minerais nos ossos dos frangos. Desta forma, esta pesquisa teve como objetivo avaliar a redução nutricional e a suplementação de fitase e 25(OH)D3 na dieta de frangos de corte de 1 a 43 dias de idade sobre às variáveis econômicas.
Material e Métodos: O estudo foi conduzido no setor de Avicultura do Departamento de Zootecnia do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba, Campus II, Areia - PB. Foram utilizados 720 pintos de um dia machos da linhagem Cobb, vacinados no incubatório contra as doenças de Marek e Newcastle. As aves foram distribuídas em um delineamento experimental inteiramente casualisado, com seis tratamentos e seis repetições de 20 aves cada. 
As dietas foram isoprotéicas (21,5 e 19% de PB), isoenergéticas (2960 e 3150kcal/kg de EM) e isoaminoacídicas, variando apenas os teores de cálcio e fósforo disponível. Os tratamentos foram: T1: Controle Positivo (0,46 e 0,40% Pd; 0,92 e 0,80% Ca); T2: Controle Negativo 1 (0,34 e 0,28%Pd; 0,78 e 0,66% Ca); T3: Controle Negativo 2 (0,29 e 0,23% Pd; 0,78 e 0,66 % Ca); T4: Controle Negativo 1 + Fitase; T5: Controle Negativo 2 + Fitase; e T6: Controle Negativo 2 + Fitase + 25(OH)D3, para as fases de 1 a 21 e 22 a 43 dias de idade, respectivamente. Foi realizada uma análise econômica através da renda bruta relativa (RBR), ou seja, a margem bruta (MB) dos tratamentos 2, 3, 4, 5 e 6 em relação à MB do tratamento controle (T1). A determinação da MBR foi realizada considerando somente os custos variáveis de arraçoamento, uma vez que os custos fixos foram iguais para todos os tratamentos. Para estes cálculos foram considerados o consumo de ração (CR, kg/tratamento) e a quantidade de frango produzido (FP, kg/tratamento). Com os preços dos insumos calcularam-se os custos por tonelada (CTR, U$/ton) e por quilograma de cada ração experimental (CQR, U$/kg). Multiplicando-se este valor pelo consumo de ração dos frangos (em kg/tratamento) durante o período, obteve- e o custo de arraçoamento (CAR, U$/tratamento).
Dividindo-se o custo de arraçoamento pela quantidade de quilos de frango produzidos por tratamento, foram calculados os custos de arraçoamento por quilo de frango produzido (CFP, U$/kg). A renda bruta (RB, U$) foi calculada por meio da multiplicação da quantidade de quilos de frango produzido (Preço utilizado: R$ 2,30/kg; Cotação dólar: 1,773 (08/07/10)). A margem bruta (MB, US$) de cada tratamento foi calculada pela diferença entre a renda bruta e o custo de arraçoamento. Obtendo por último a renda bruta relativa (MBR, %).
Os tratamentos 2 e 3 proporcionaram os piores resultados econômicos em relação à dieta CP, onde este teve uma MBR de 4,34 e 5,92% maior em relação as dietas 2 e 3, respectivamente. Isso demonstra a importância do cálcio e do fósforo na alimentação dos frangos de corte, pois na deficiência, os animais não respondem satisfatoriamente.
O FP no CN2+Fitase foi superior ao CN1+Fitase devido à mortalidade dos frangos, pois para obtenção do valor do FP foi utilizado o número de aves no final do lote Os tratamentos 4, 5 e 6 que receberam a fitase na ração, tiveram ganhos superiores aos Controle Positivo e Negativo 1 e 2. Outro fator de destaque é que o tratamento 6, além da fitase, foi suplementado com 25(OH)D3, obtendo desta maneira a melhor MBR, sendo 11,61% superior ao controle positivo.
Conclusão: A suplementação de fitase exógena e do metabólito 25(OH)D3 em dietas de frangos de corte proporciona melhores resultados econômicos, satisfatórios ao avicultor.
Agradecimentos: À DSM Nutritional Products, à Guaraves Alimentos e a Universidade Federal da Paraíba.
Referências Bibliográficas
LOUREIRO, R.R.S.; RABELLO, C.B.V.; LUDKE, J.V. et al. Farelo de tomate (Lycopersicum esculentum Mill.) na alimentação de poedeiras comerciais. Acta Scientiarum Animal Science, v.29,n.4, p.387-394, 2007.
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Autores:
Matheus Ramalho
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