Introdução: A utilização de novas tecnologias pode possibilitar resultados econômicos melhores no final do lote e, como exemplo, as enzimas exógenas e os metabólitos podem ser utilizados para esta finalidade em dietas para frangos de corte.
A redução dos custos de produção na criação de frangos de corte atua intensamente em relação às rações, pois é um dos maiores investimentos no setor produtivo. Em relação ao custo de produção, este pode ser decisivo e é tomado como base para pesquisas, haja vista que, em determinados períodos em algumas regiões, cerca de 80% do custo é proveniente da alimentação das aves (Loureiro et al. 2007). Neste aspecto de redução de custo e melhor aproveitamento das dietas, a fitase e o 25(OH)D3 vem sendo utilizados amplamente e com resultados satisfatórios. A fitase reduzindo os efeitos redutores de desempenho causados pela presença do fitato e o 25(OH)D3 melhorando a absorção de cálcio e fósforo, contribuindo consequentemente para uma melhor retenção de minerais nos ossos dos frangos. Desta forma, esta pesquisa teve como objetivo avaliar a redução nutricional e a suplementação de fitase e 25(OH)D3 na dieta de frangos de corte de 1 a 43 dias de idade sobre às variáveis econômicas.
Material e Métodos: O estudo foi conduzido no setor de Avicultura do Departamento de Zootecnia do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba, Campus II, Areia - PB. Foram utilizados 720 pintos de um dia machos da linhagem Cobb, vacinados no incubatório contra as doenças de Marek e Newcastle. As aves foram distribuídas em um delineamento experimental inteiramente casualisado, com seis tratamentos e seis repetições de 20 aves cada.
As dietas foram isoprotéicas (21,5 e 19% de PB), isoenergéticas (2960 e 3150kcal/kg de EM) e isoaminoacídicas, variando apenas os teores de cálcio e fósforo disponível. Os tratamentos foram: T1: Controle Positivo (0,46 e 0,40% Pd; 0,92 e 0,80% Ca); T2: Controle Negativo 1 (0,34 e 0,28%Pd; 0,78 e 0,66% Ca); T3: Controle Negativo 2 (0,29 e 0,23% Pd; 0,78 e 0,66 % Ca); T4: Controle Negativo 1 + Fitase; T5: Controle Negativo 2 + Fitase; e T6: Controle Negativo 2 + Fitase + 25(OH)D3, para as fases de 1 a 21 e 22 a 43 dias de idade, respectivamente. Foi realizada uma análise econômica através da renda bruta relativa (RBR), ou seja, a margem bruta (MB) dos tratamentos 2, 3, 4, 5 e 6 em relação à MB do tratamento controle (T1). A determinação da MBR foi realizada considerando somente os custos variáveis de arraçoamento, uma vez que os custos fixos foram iguais para todos os tratamentos. Para estes cálculos foram considerados o consumo de ração (CR, kg/tratamento) e a quantidade de frango produzido (FP, kg/tratamento). Com os preços dos insumos calcularam-se os custos por tonelada (CTR, U$/ton) e por quilograma de cada ração experimental (CQR, U$/kg). Multiplicando-se este valor pelo consumo de ração dos frangos (em kg/tratamento) durante o período, obteve- e o custo de arraçoamento (CAR, U$/tratamento).
Dividindo-se o custo de arraçoamento pela quantidade de quilos de frango produzidos por tratamento, foram calculados os custos de arraçoamento por quilo de frango produzido (CFP, U$/kg). A renda bruta (RB, U$) foi calculada por meio da multiplicação da quantidade de quilos de frango produzido (Preço utilizado: R$ 2,30/kg; Cotação dólar: 1,773 (08/07/10)). A margem bruta (MB, US$) de cada tratamento foi calculada pela diferença entre a renda bruta e o custo de arraçoamento. Obtendo por último a renda bruta relativa (MBR, %).
Os tratamentos 2 e 3 proporcionaram os piores resultados econômicos em relação à dieta CP, onde este teve uma MBR de 4,34 e 5,92% maior em relação as dietas 2 e 3, respectivamente. Isso demonstra a importância do cálcio e do fósforo na alimentação dos frangos de corte, pois na deficiência, os animais não respondem satisfatoriamente.
O FP no CN2+Fitase foi superior ao CN1+Fitase devido à mortalidade dos frangos, pois para obtenção do valor do FP foi utilizado o número de aves no final do lote Os tratamentos 4, 5 e 6 que receberam a fitase na ração, tiveram ganhos superiores aos Controle Positivo e Negativo 1 e 2. Outro fator de destaque é que o tratamento 6, além da fitase, foi suplementado com 25(OH)D3, obtendo desta maneira a melhor MBR, sendo 11,61% superior ao controle positivo.
Conclusão: A suplementação de fitase exógena e do metabólito 25(OH)D3 em dietas de frangos de corte proporciona melhores resultados econômicos, satisfatórios ao avicultor.
Agradecimentos: À DSM Nutritional Products, à Guaraves Alimentos e a Universidade Federal da Paraíba.
Referências Bibliográficas
LOUREIRO, R.R.S.; RABELLO, C.B.V.; LUDKE, J.V. et al. Farelo de tomate (Lycopersicum esculentum Mill.) na alimentação de poedeiras comerciais. Acta Scientiarum Animal Science, v.29,n.4, p.387-394, 2007.