Na produção de frangos de corte, para a ideal proteção sanitária dos plantéis, quais as tecnologias e práticas devem ser adotadas pelo produtor, para garantir a diminuição do risco de entrada de agentes infecciosos?
Apenas para citar um exemplo, além da cortina vegetal, quais as demais práticas devem ser adotadas?
Espero seu comentário.
Olá Maíra, sempre sugerindo bons temas para debatermos, parabéns.
Talvés a sua pergunta devesse ser reformulada. As tecnologias e praticas já estão definidas, o problema é o produtor avicultor acreditar que é necessário utilizá-las conforme recomendação técnica.
Dessa forma, o nosso maior problema são os velhos paradigmas do passado que em algumas regiões são muito presentes ainda, o que dificulta a propagação de boas práticas de fabricação de frangos seguros, do ponto de vista sanitário.
Como técnico e como avicultor, avalio os meus colegas produtores de frangos que não acreditam na recomendação técnica para proteger os seus lotes e, consequentemente, produzir um alimento mais seguro do que o que já produzimos.
Certa vez ouvi no campo que o produtor não acredita em nada que tenha o tamanho inferior ao tamanho de uma barata, sendo protozoários, bactérias e vírus algo que não se fotografa com nossas máquinas digitais sem o auxílio de um microscópio.
Olha o quanto é simples proteger- mos o nosso plantel. Galinhas caipiras são reservatório de doenças que podem afetar a produção e a viabilidade de aves em engorda intensiva e vira e mexe você encontra esses animais nas proximidades dos galpões.
Medidas de higiene e limpeza também são muito bem vindas, tais como lavar as mãos ao chegar e sair da granja, utilizar um calçado somente para dentro da granja, uso de desinfetantes para os solados dos calçados, são medidas simples de alto impacto na propagação de doenças e infermidades.
Produtos para se utilizar na desinfecção não faltam, falta uma consciência em utilizá-los. A prática de fazer bem feito da primeira vez é um condicionamento que deve ser reproduzido dentro dos aviários.
Não podemos nos esquecer que as aves são verdadeiras máquinas de produção de proteínas de alto valor nutritivo, não só para nós, mas para os microorganismos qur produzem doenças, portanto, todo cuidado é pouco.
Sinto que o profissional da avicultura, avicultor, deveria acreditar mais na tecnologia e que as coisas simples também possuem uma importância muito grande no processo de prevenção, uma vez que não temos muito tempo para tratar rebanhos, por isso a prevenção é tão importante, o que os técnicos chamam de biosseguridade.
Claro que existem várias práticas e medidas de prevenção, mais vamos aguardar os comentários dos demais colegas.
Um grande abraço a todos.
Veja nobre amigo Arturo Gomes, como meu comentário é pertinente.
A falta de higiene nos aviários ou por parte da consepção dos envolvidos no processo podem conduzir a doenças.
A não execução do calendário profilático corretamente pode levar a doenças em frangos. Veja que não é a ausência do mesmo, é a não execução correta do programa, o que é pior do que a ausência.
O próprio ambiente conduzido pelos funcionários por exemplo a falta ou coleta inadequada com seus devidos fins dos animais mortos conduzidos e compostados corretamente, pode trazer um quadro propício a doenças.
Acho que além do que os colegas já comentaram, algumas medidas simples podem ser tomadas visando uma garantia da sanidade dos aviários de produção de frangos, dentre as quais podemos citar:
1. Isolamento dos aviários com cortinas de vegetação, servindo como quebra vento e impedindo a chegada de elementos de contágio pelo ar;
2. Barreiras de controle de entradas de pessoas e veículos, usando sistemas de desinfecção dos mesmos;
3.Manejo de lotes de aves de mesma idade de entrada e saída;
4. Uso de processo de compostagem para as aves mortas;
5. Sistema integrado de controle de roedores;
6. Um bom manejo de tratamento e desinfecção de camas de aviário entre um lote e outro;
7. Um programa adequado de manejo nutricional e utilização de água de boa qualidade.
Quando os estabelecimentos superam certo volume (digamos o de cria familiar) devem ter certa fiscalização publica para su habilitação. Esta fiscalização deve seguir certas normas, relativas a exposição de comida e agua, presença de roedores,, vacinas, etc.
Indiretamente, podem tomarse variáveis ou índices para controle: mortalidade, aumento de peso dos animais, número de insetos ou roedores presos em armadilhas durante certo tempo, análise de microorganismos na agua ou na comida dos frangos.
Estas variaveis tem um rango no qual entendemos que a situação é normal. Quando este rango é superado, devemos analisar as causas que estão gerando esta modificação. Por exemplo, se em uma certa armadilha exposta por um día, temos como normal pegar entre 8 e 12 moscas, se um día contamos 20, é importante verificar se existe um foco que esta atraindo maior número de insetos.
Agrego, referente às cortinas de vegetação, mais efetos:
1) melhor ambiente para as aves, pois são um climatizador natural. Também um melhor ambiente para as pessoas que trabalham no lugar
2) árvores dão guarita a corujas, que caçam roedores
3) árvores evitam pombos e pardais, frangos com muitos parasitas.
4) melhor imagem da planta avícola frente aos habitantes da região
5) possiveis subprodutos como frutas.
Bom dia, concordo com os nossos amigos Arturo e Marcelo, que com a adoção de Boas Praticas de Produção e um projeto adequado de locação das edificações para produção de frangos, levando em consideração as normas sanitárias, e incorporando os itens já citados anteriormente, o produtor estará agregando mais segurança à qualidade e sanidade das suas aves, com conseqüente aumento de produtividade.
Ofertando um produto com qualidade e dentro das garantias de segurança alimentar.
Uma exigência cada vez maior deste segmento de mercado altamente especializado.
Olá, Sou acadêmica de medicina veterinária da FAI Faculdades de Itapiranga Santa Catarina. Sétimo semestre, no qual estou tendo avicultura. Lendo as discussões dos senhores concordei com todas as medidas preventivas que citaram, exceto com o que o Sr. Arturo Gómez, onde ele cita a utilização de arvores frutiferas, pois estas são uma grande porta de entrada para doenças e parasitos, pois estas com a sua produção de frutas vai atrair outras aves, canarios, pombos, e também insetos, roedores que vão se alimentar de tais frutos, com isso .. essa proximidade até os aviários dos frangos vai aumentar a probabilidade de contaminaçã, porque todos estes outros animais são portadores, vetores de doenças e parasitos. Então do meu ponto de vista seria melhor a introdução de arvores não frutiferas, no caso eucaliptos é uma boa opção, pois produz sombra, propicia boa ventilação. Não estou dizendo que está errado o ponto de vista do Sr. Arturo, apenas dei a minha visão em relação a tal prática. Muiito interesante os assuntos aqui discutidos!
Se esses animais foram vetor de doenças e parasitas, eu ja estaría morto, e os frangos que os vizinhos criam na mata tambem.