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Biosseguridade saúde frangos

Biosseguridade e cuidados com a saúde dos frangos

Publicado: 18 de outubro de 2011
Por: Fátima Jaenisch (Médica Veterinária, M.Sc. /Embrapa Suínos e Aves)
(Data original de publicação do trabalho: Dezembro/2006)
A produção de frangos é um empreendimento que requer investimentos razoáveis, cujo retorno éproporcional à habilidade do produtor de maximizar os ganhos e minimizar as fontes de perdas. Tanto quanto aalimentação e o manejo, a saúde do plantel é essencial para o sucesso dessa atividade.Aves doentes com ou sem sintomas visíveis causam perdas à produção comprometendo não somente asaúde e segurança do lote e dos plantéis circunvizinhos como podem acarretar o embargo da exportação dosprodutos avícolas.No Brasil, país grande exportador de carne de frango, os mecanismos para prevenir a introdução dedoenças nos sistemas de produção são cada vez mais rigorosos especialmente pela implantação de programasde biosseguridade.
O programa de biosseguridade consiste em um conjunto de medidas aplicadas em todos os segmentos dacriação objetivando principalmente:
- Diminuir o risco de infecções e aumentar o controle sanitário dos plantéis;
- Minimizar a contaminação do ecossistema;
- Resguardar a saúde do consumidor dos produtos avícolas.Os cuidados com a saúde das aves começam ainda na escolha do local para a construção do aviário e, daslinhagens a serem introduzidas na granja. 
 
Principais fatores a considerar

1. Conscientização
É fundamental a conscientização de todos os que trabalhem na granja, quanto à importância daimplantação de medidas rigorosas para reduzir os riscos de introdução de doenças no plantel e da necessidade doisolamento das instalações.
 
2. Aquisição dos Pintos
Os pintos devem ser adquiridos de incubatórios registrados no Ministério da Agricultura Pecuária eAbastecimento (MAPA) e serem livres de micoplasmose, aspergilose e salmonelose. Todos os pintos devem servacinados ainda no incubatório contra a doença de Marek.
 
3. Localização do Aviário
O aviário deve estar localizado em local tranqüilo, respeitando certas distâncias mínimas sugeridas, entre ogalpão de frangos de corte e outros estabelecimentos avícolas com objetivos de produção diferentes. O aviáriodeve estar a pelo menos 100 m de distância da estrada vicinal e a 30 m dos limites periféricos da propriedade. Adistância entre galpões do mesmo núcleo deverá ser de pelo menos o dobro da largura do galpão e de 500 m deoutro estabelecimento de aves comerciais de corte.O aviário de frangos de corte deverá estar distante pelo menos 5 km das granjas de linhas puras, bisavós,avós e qualquer tipo de incubatório; estar a 1 km de um abatedouro de qualquer finalidade; e a 3 km deestabelecimentos de matrizes, de aves comerciais, poedeiras de ovos de consumo, de criação de ratitas e avesornamentais.O aviário deve ser construído com materiais que permitam limpeza e desinfecção e para tal, devem ter assuperfícies lisas.As aberturas, como calhas e lanternins, devem ser providas de telas com malhas de medida inferior a 2,5cm, para evitar o acesso de outros animais como pássaros, animais silvestres e roedores. 
Ao redor do galpão colocar cerca de isolamento, com afastamento mínimo de 5 m, dotado de um únicoponto de acesso para veículos e pessoas. O local deve estar rodeado por árvores não frutíferas, as quais servirão de barreira de proteção às dependências do aviário. É importante manter, nos limites de cada granja, diferentes áreas de acordo com o grau de contaminação:
- Área limpa: localizada nas imediações do aviário, junto às aves;
- Área de interface: área intermediária, localizada entre a entrada da granja, onde é feita lavagem e desinfecçãode veículos, devendo existir um local para troca de calçados e roupas. Nessa área devem estar localizadossilos, depósitos de gás e depósito de equipamentos;- Área suja: local fora da granja e por onde circulam dejetos e materiais considerados contaminados.
 
4. Manejo Sanitário
- Evitar trânsito de pessoas, animais e veículos próximo aos aviários;
- As pessoas que precisarem entrar no estabelecimento devem fazer a troca obrigatória de calçados e roupas(se possível, adotar a prática de tomar banho) antes de entrar na granja;
- Todos os acessos ao aviário devem possuir um recipiente com solução desinfetante para que as pessoasdesinfetem os calçados (pedilúvios);
- Onde houver trânsito de veículos, instalar arcos de desinfecção ou utilizar o rodolúvio;
- Proceder a desinfecção de todos os utensílios, antes de entrarem na granja;
- As aves devem ser criadas no sistema "todos dentro, todos fora", ou seja, alojar no mesmo aviário, aves demesma idade e procedência;
- Observar diariamente a limpeza dos bebedouros bem como do aviário e suas imediações;
- Fazer periodicamente o controle de moscas e ratos;
- Todo o resíduo da produção, especialmente carcaças e cama de aviário devem ser trabalhados emcompostagem;
- Monitorar a qualidade da matéria prima utilizada na produção da ração e evitar o uso de produtos de origemanimal;
- Fornecer às aves somente água potável;
- Todo plantel deve estar submetido ao programa de monitorização sanitária do Serviço Oficial, para doença deNewcastle, influenza aviária e salmonelose;
- Trânsito interestadual de aves deve ser acompanhado pela guia de trânsito animal (GTA);
- O produtor deve estar atento às doenças existentes na região. A determinação de um programa de vacinaçãodeve atender às necessidades epidemiológicas de cada região e estar de acordo com as especificações dos Órgãos Oficiais;
- Aves doentes não devem ser vacinadas.
 
5. Limpeza e Desinfecção
É imprescindível limpeza completa e posterior desinfecção do aviário e de todos os equipamentosutilizados, antes de um novo alojamento. Após a saída de todos os frangos do aviário devem ser retirados todos os utensílios utilizados e remover acama.
- Lavar com água sob pressão todos os equipamentos do aviário (comedouros, bebedouros, telas, cortinas,paredes);
- Desinfetar o aviário, utilizando desinfetantes à base de: amônia quaternária, glutaraldeído, formol, cloro, iodo,cresol ou fenol. É importante fazer o rodízio periódico do princípio ativo do desinfetante utilizado; A reutilização da cama de aviário só poderá ser realizada se não houver sido constatado problemassanitários que possam colocar em risco a saúde das aves e após um tratamento de descontaminação da cama.
- Redistribuir a cama. Colocar sempre cama nova nos círculos de proteção;
- Deixar o aviário fechado e sem a presença de aves, por pelo menos 10 dias após a limpeza e desinfecção;
- Antes do recebimento dos pintos deve ser feita uma nova desinfecção do aviário.
 
Todo sistema de produção deve ter um responsável técnico e estar em consonância com as normas do Serviço Oficial. 
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Autores:
Fátima Jaenisch
Embrapa Suínos e Aves
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Weliton Marcus Silva
24 de octubre de 2011

o cloro continua sendo o melhor e mais eficiente em questão de desifetante de  água de largo aspecto do mercado que o dioxio de cloro .

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Fernando Stuart
20 de octubre de 2011

Gostaria de salientar algumas informações:
Com relação às pesquisas realizadas por este ou aquele fabricante, devo informar as pesquisas só possuem efetiva validade uma vez que realizadas por órgãos CONSAGRADOS de saúde pública. Certamente existem várias publicações e monografias feitas de forma independente, mas para consulta pública não são considerados como informações oficiais.
Com relação ao a remoção do cloro por meio de elemento filtrante, a Sra. Edilene Cotrim esta coberta de razão, pois esta é realmente é a solução mais simples, econômica e eficaz de garantir uma água sem cloro, porém sem a presença de agentes patogênicos uma vez que a água tenha sido clorada por pelo menos 15 minutos antes de passar pelo filtro. Mas apenas para lembrar, existem produtos clorados que produzem cloraminas, THMs e organoclorados, que são substâncias que mesmo o carvão ativado não consegue retirar, e este é o mesmo problema que os centros de hemodiálise enfrentam ao utilizar produtos que geram outros resíduos, em fim ninguém é obrigado a utilizar este ou aquele produto, pois uma vez que o produto seja aprovado pela portaria da ANVISA, o mesmo pode ser utilizado, e neste aspecto eu discordo da Sra. Edilene Cotrim, pois as portarias que regem o tratamento de água são a 152 e a 150, e não conheço outra que as substitua, e se houver, por favor, perdoem minha ignorância e se possível informem o link ou número da mesma como estou fazendo agora para aqueles que desejarem se informar, para que eu me informe. Gosto sempre de citar as portarias e publicações para que as minhas informações tenham maior confiabilidade
Seguem os links:
Port 152 (http://www.anvisa.gov.br/legis/portarias/152_99.htm)
Resolução 150 (http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/150_99.htm)
Port 518 (http://www.anvisa.gov.br/legis/portarias/518_04.htm)

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Edilene Cotrim
HIDROALL
20 de octubre de 2011

Sr Amiel
Para a utilização de vacinas e algumas medicações, onde é solicitada a retirada do cloro, o melhor a fazer é utilizar um tablete “declorador”, que muitas empresas de vacinas fornecem, ou então filtrar a água em elemento filtrante de carvão ativado, estes dois procedimentos vão “eliminar” o cloro presente e lhe fornecer água de boa qualidade. A água utilizada pode interferir nos resultados da medicação ou vacinação.
Sr Weliton, grata pela parceria de tantos anos, nosso objetivo é colaborar.

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Weliton Marcus Silva
20 de octubre de 2011
amiel,trabalhei em araguari no frango romano onde eu tive grande desafio de gumboro e bronquite,foi muito deficio combater esse virus.na epoca pitinhos viam vacinado do encubatorio mas tivemo que usar um reforço no campo com cepa forte ibd-l para gumboro que era ceva ou merial que pegou muito bem(pintinhos vacinados do incubatorio com transmune ou vaxxitec deve ter um reforço com cepa forte).
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Amiel Braza Camilo Cossa
20 de octubre de 2011
tens toda razao no seu comentario WELITON porem, a realidade de Mocambique ainda e um poco retrogada pois ainda nao fazemos em imbrioes e o pais e endemico em gumboro, newcastle bronquite e marek. recomendo a todos que queiram contruir uma instalcao avicola isolar o maximo das cidade mas nao aceitam pk sai muito caro escoar o produto ao mercado e instal-se uma serie de riscos que comprometem a biseguranca
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Weliton Marcus Silva
20 de octubre de 2011
sendo que 7 anos não tenho desafio de gumboro ou bronquite,nas minhas estalações sendo que o aviario fica 12 km da cidade.
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Weliton Marcus Silva
20 de octubre de 2011

por que a utilização de vacinas em água, sendo que hoje ja exitem vacinas em inbrioes no encubatorio.e so fazer um bom maneijo de desifecçoes com bons produtos,ja exitentes no mercado utilização de dioxio de cloro amonia e varios outros ok.

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Amiel Braza Camilo Cossa
20 de octubre de 2011

outro aspecto a considerar tambem na bioseguridade e que a água vacinal deve estar livre de cloro ou por outra recomendo que 3 dias antes ou 3 dias depois temos de suspender o cloro quando vamos proceder a vacinacao dos pintos pois o cloro inativa a vacina. contudo ja existem formulacaoes no mercado que ajudam a estabilizar a agua de vacina que podem se recorrer e trazem bons resultados abracos

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Weliton Marcus Silva
19 de octubre de 2011
melhor do esse esclarecimento so se for uma palestra.sou cliente da hidroall junta compro cloro desse empresa a 12 anos nunca tive poblema quanto uso de cloro tive foi ganhos do meus lotes .eu te agradeço edilane cotrim
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Edilene Cotrim
HIDROALL
19 de octubre de 2011

Prezado Sr Stuart
O uso do ácido acético é comum para limpeza do sistema de distribuição de água na produção animal, em concentrações adequadas, são os conhecido ácidos orgânicos (classificação química).
O uso do tricloro (ácido tricloroisocianúrico) não é errado e não contraria e nem fere Portarias ou RDC s da Anvisa ( Agencia Nacional de Vigilância Sanitária), inclusive temos marcas registradas para consumo humano ( ingestão) com este principio ativo, esta informação pode ser consultada diretamente no site da Anvisa, caso o senhor deseje.
Quando me refiro a cloro orgânico, quero me referir à classificação química do produto, e esta classificação é conhecida desta forma pelo mercado, não estou indicando marca ou selo, ou produto para utilização na produção orgânica de alimentos.
Os produtos indicados para consumo animal precisam ter eficácia para patógenos específicos, e esta deve ser a preocupação do usuário e é a preocupação de nossa empresa( HIdroall), que há anos investe em pesquisas e estudos de seus produtos para este fim.
O objetivo deste fórum é colaborar com o mercado, disponibilizando informações pertinentes, dividir anos de estudo e pesquisa a campo e de laboratório, contribuir tecnologicamente com a produção de alimentos, orientando Médicos Veterinários, Técnicos, granjeiros, produtores.
Infelizmente existem empresas e profissionais que dificultam a execução de trabalho sério, e disponibilizam produtos de eficácia duvidosa, não orientam adequadamente seus usuários, e passam informações inadequadas ao mercado, mas depende de nós profissionais e usuários deste fórum modificar isto.

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