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Brasil - Audiência Pública com AGCERT para fazer a intermediação do crédito de Carbono

Publicado: 1 de março de 2005
Fonte : Ammoc
Foi realizado na sede da Associação dos Municípios do Meio Oeste Catarinense (Ammoc), em Joaçaba na última quinta-feira, uma audiência pública entre representantes da AGCERT, empresa canadense com sede em São Paulo, credenciada pelas Organizações das Nações Unidas (ONU), para fazer a intermediação do crédito de carbono baseado no Tratado de Kyoto. Participaram do encontro representantes de Prefeituras da região, de cooperativas e profissionais de empresas e instituições ligadas a suinocultura, agricultura e meio ambiente.O encontro que contou com a parceria da Ammoc teve por finalidade explicar o conceito de seqüestro de carbono que foi consagrado pela Conferência de Kyoto, em 1997, com a finalidade de conter e reverter o acúmulo de gás metano (CO2) na atmosfera, visando a diminuição do efeito estufa. A Cooperativa Rio do Peixe (Coperio) de Joaçaba, já assinou contrato para tornar legal o projeto de crédito de carbono na área da suinocultura. Segundo Décio Sonaglio este contrato abrange primeiramente as seis granjas da cooperativa, a intenção é estende-lo também para os 750 produtores integrados. Conforme Sonaglio neste processo os suinocultores não terão custos na instalação dos equipamentos antipoluentes, no caso os biodigestores, eles serão subsidiados através deste tratado. O valor investido no equipamento vai ser descontado em crédito carbono, o contrato vale por 10 anos.A partir de 2008 os produtores passam a receber em Euros por metro cúbico de gás produzido e queimado, ou seja, que não tenha chegado até a atmosfera. “Este processo trás outros dois importantes benefícios: a eliminação dos odores e também do efeito poluidor no solo que ocorre principalmente por coliformes fecais que contaminam o lençol freático”. PROTOCOLO DE KYOTO No Protocolo de Kyoto foi estabelecido que os países desenvolvidos comprometeram-se formalmente a reduzir suas emissões de gases para atenuar o efeito estufa em 5% abaixo dos níveis de 1990 com o objetivo para o período 2008 - 2012. Tal ação significa a redução de centenas de milhões de toneladas por ano, com um custo enorme para estas economias. Espera-se que estes países, por sua vez, repassem os comprometimentos aos seus respectivos setores industriais, através da criação de impostos sobre emissões de gases causadores do efeito estufa. Estes setores deverão encontrar alternativas de se adaptar aos novos custos de produção ou aos limites de emissões. O segundo ponto importante do protocolo é que será aceito o conceito de comercialização de créditos de seqüestro ou redução de gases causadores do efeito estufa. Sendo assim, os países ou empresas que reduzirem as emissões abaixo de suas metas poderão vender este crédito para outro país ou empresas que não atingiram o grau de redução esperado
Fonte
Ammoc
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