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Exigências nutricionais de treonina e triptofano para codornas japonesas e galinhas poedeiras leves em postura (Capítulo II)

Publicado: 28 de maio de 2014
Por: Matheus Ramalho de Lima (Tese apresentada ao Programa de Doutorado Integrado em Zootecnia da Universidade Federal da Paraíba, do qual participa a Universidade Federal de Pernambuco e a Universidade Federal do Ceará, como requisito para obtenção do título de Doutor em Zootecnia - Área de concentração: Nutrição Animal).
Este estudo teve como objetivo determinar a exigência de treonina para codornas japonesas alimentadas com rações com níveis crescentes de treonina sob relação variável e constante. Foram desenvolvidos dois experimentos seqüenciais, o primeiro com rações que continham níveis crescentes de treonina, alterando-se a relação treonina: lisina e, com base nos resultados, realizou-se um segundo experimento, com o objetivo de avaliar a exigência de treonina com relação aminoácidos: lisina constante. No primeiro experimento, a ração basal foi suplementada com 0,000, 0,040, 0,081, 0,121, 0,162 e 0,202% de L-Treonina em substituição ao L - Ácido Glutâmico com o objetivo de alcançar os níveis de 0,660, 0,700, 0,740, 0,780, 0,820 e 0,860% de treonina na ração, resultando nas relações treonina: lisina de 66, 70, 74, 78, 82 e 86%. No segundo experimento, os tratamentos consistiram em uma ração formulada à base de milho e farelo de soja, suplementada com os aminoácidos industriais L-Lisina, DL-Metionina, L-Triptofano, L-Arginina, L-Isoleucina e L-Valina de forma a atender as exigências nutricionais para codornas japonesas em postura. As relações aminoácidos: lisina foi: 70, 19, 126, 92, 90 e 78%, para metionina+cistina, triptofano, arginina, valina, isoleucina e treonina, respectivamente. Foram avaliados dados de desempenho, qualidade dos ovos produzidos e histologia do aparelho reprodutor e digestório. Com base nesses resultados, determinou-se que a exigência de treonina para codornas japonesas em postura é de 0,780 e 0,793% ou 161 e 200 mg/ave/dia, com relação crescente e constante em 78%, respectivamente.
Palavras- chave: aminoácido, desempenho, histologia.
 
INTRODUÇÃO
O ótimo desempenho produtivo apresentado pelas codornas japonesas, com início da postura entre 35 a 40 dias e produção média de 300 ovos/ave/ano, além da necessidade de pequena área para produção (320 a 400 aves/m2), do baixo investimento e rápido retorno do capital investido (Albino & Barreto, 2003), tem estimulado o crescimento da coturnicultura no Brasil.
Dentre os fatores importantes para o sucesso da criação de codornas, a nutrição deve receber uma atenção especial, visto contribuir com o maior percentual dos custos da produção. Apesar da grande importância econômica, poucos estudos têm sido realizados no Brasil sobre as exigências nutricionais de codornas, sendo as formulações de rações para estas aves realizadas com base em tabelas estrangeiras, como o National Research Council - NRC (1994) e o Institut National de la Recherch Agronomique - INRA (1999) ou por extrapolações das exigências para galinhas poedeiras ou frangos de corte. Uma das poucas exceções de dados obtidos de experimentos realizados no Brasil são as Tabelas de recomendações nutricionais para Codornas Japonesas e Européias de Silva & Costa (2009). Rostagno et al. (2011) também, além de já contemplar recomendações nutricionais de galinhas poedeiras, frangos de corte e matrizes nas recomendações de aves, incluiu na última edição as codornas japonesas. Muito embora, os dados apresentados por Silva & Costa (2009) são mais completos e o volume de informação é maior para o produtor de codornas.
A utilização de níveis de aminoácidos inadequados pode levar a um menor desempenho das aves, uma vez que a deficiência resulta em limitação da síntese protéica, com conseqüente redução no ganho de peso e produção de ovos, e o excesso de aminoácidos resulta em desvio da energia para o processo de excreção, diminuindo, desta forma, a energia a ser utilizada para a produção, além do custo ambiental do aumento da excreção de nitrogênio. Assim percebe-se, porém, que a progressiva redução da proteína bruta da dieta pode levar a uma situação em que outros aminoácidos, como a treonina, tornem-se limitante ao melhor desempenho. Desta forma, para se alcançar o aumento do desempenho das aves submetidas a dietas com maiores reduções protéicas, deve-se ter a preocupação de estabelecer com maior precisão as exigências destes aminoácidos.
Assim, este estudo teve como objetivo determinar a exigência de treonina para codornas japonesas alimentadas com rações com níveis crescentes de treonina sob relação variável e constante.
 
MATERIAL E MÉTODOS
O estudo foi realizado no Módulo de Pesquisas com Aves do CCA/UFPB, Areia/PB. A cidade de Areia está inserida na microrregião do Brejo Paraibano (6º 58' 12'' de latitude Sul e 35º 42' 15'' de longitude Oeste), com altitude média de 619 m (GONDIM e FERNANDES, 1980). De acordo com a classificação de Köppen, o clima é tropical semi-úmido do tipo As', isto é, clima quente e úmido que se caracteriza por apresentar estação chuvosa no período outono-inverno, com precipitação pluviométrica média anual girando em torno de 1500 mm, temperatura média anual entre 22 a 30ºC e umidade relativa do ar elevada (75 a 87%). Segundo a classificação bioclimática de Gäussen, nesta região predomina o bioclima 3 dth (nordestino sub-seco), com período seco variando de um a três meses no ano (BRASIL, 1972).
Foram desenvolvidos dois experimentos seqüenciais, o primeiro com rações que continham níveis crescentes de treonina, alterando-se a relação treonina: lisina e, com base nos resultados, realizou-se um segundo experimento, com o objetivo de avaliar a exigência de treonina com relação aminoácidos: lisina constante.
Experimento 1 – Níveis crescentes de treonina, relação variável
Um total de 288 codornas japonesas aos 125 dias de idade foi distribuído em um delineamento inteiramente casualizado, com seis tratamentos, com seis repetições de 8 aves cada. Os tratamentos consistiram em uma ração formulada à base de milho e farelo de soja, suplementada com os aminoácidos industriais L-Lisina, DL-Metionina, L-Triptofano, L-Isoleucina e L-Valina de forma a atender as exigências nutricionais para codornas japonesas em postura, exceto para treonina.
A ração basal foi suplementada com 0,000, 0,040, 0,081, 0,121, 0,162 e 0,202% de L-Treonina em substituição ao L - Ácido Glutâmico com o objetivo de alcançar os níveis de 0,660, 0,700, 0,740, 0,780, 0,820 e 0,860% de treonina na ração, resultando nas relações treonina: lisina de 66, 70, 74, 78, 82 e 86% (Tabela 9).
O L - Ácido Glutâmico foi utilizado para tornar as rações isoprotéicas. O nível dietético do óleo de soja e do inerte foi acrescido em substituição ao L - Ácido Glutâmico que foi modificado com o aumento dos níveis de treonina nas rações experimentais, de forma a tornar as rações isoprotéicas e isoenergéticas.
 
Tabela 9. Composição alimentar e química das rações experimentais
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Experimento 2– Níveis crescentes de treonina, relação constante
Um total de 240 codornas japonesas aos 125 dias de idade foi distribuído em um delineamento inteiramente casualizado, com cinco tratamentos com seis repetições de 8 aves cada. Os tratamentos consistiram em uma ração formulada à base de milho e farelo de soja, suplementada com os aminoácidos industriais L-Lisina, DL-Metionina, L-Triptofano, L-Arginina, L-Isoleucina e L-Valina de forma a atender as exigências nutricionais para codornas japonesas em postura. As rações tinham a mesma relação aminoácidos:lisina de acordo com as recomendações sugeridas pelo NRC (1994), exceto a treonina: lisina que foi fixada em 78%. As relações aminoácidos: lisina foi: 70, 19, 126, 92, 90 e 78%, para metionina+cistina, triptofano, arginina, valina, isoleucina e treonina, respectivamente, conforme são apresentadas na Tabela 10.
Variáveis avaliadas
As variáveis avaliadas foram: consumo de ração (g/ave/dia), produção (%), peso (g), massa (g/ave/dia), conversão por massa (kg/kg) e por dúzia de ovo (kg/dz), peso (g) e porcentagem (%) de gema, de albúmen e de casca, espessura da casca (mm), unidade Haugh, gravidade específica (g/cm3).
 
Tabela 10. Composição química e alimentar das rações experimentais
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O período de avaliação da produção de ovos foi dividido em cinco períodos de 21 dias cada. Ao final de cada período foram coletadas as sobras das rações de cada parcela para o cálculo do consumo de ração. A coleta dos ovos foi realizada duas vezes ao dia (10:00 e 16:00 h), sendo anotados em ficha de freqüência de postura e a mortalidade. A produção dos ovos em porcentagem foi calculada dividindo-se a quantidade de ovos totalizados por parcela pelo número de aves, corrigindo pela mortalidade. Os ovos dos últimos três dias de cada período foram pesados individualmente para a obtenção do peso médio dos ovos. Os cálculos da massa de ovo foram realizados pelo produto da produção de ovos e do peso médio dos ovos por parcela. A conversão alimentar por massa de ovo foi calculada através da relação entre o consumo de ração e massa de ovo produzida. A conversão por dúzia de ovos foi calculada pela relação entre o consumo de ração dividida pela produção, sendo esse resultado multiplicado por doze.
Ao final de cada período, foram selecionados quatro ovos por parcela para determinação do peso e porcentagem de gema, de albúmen e de casca, após separação manual destes componentes, onde as cascas foram colocadas em estufa a 105°C por quatro horas. A porcentagem de cada um dos componentes do ovo foi obtida dividindo-se o peso do componente pelo peso do ovo, em seguida multiplicando o resultado por 100. A espessura da casca será medida com o auxílio de um micrômetro digital com precisão de 0,1 mm em três pontos na linha mediana do ovo, com os quais será calculada a média aritmética.
A cada final de período experimental foram selecionadas amostras representativas de dois ovos por parcela onde foram feitas imersões dos ovos em diferentes soluções salinas com os devidos ajustes para um volume de 25 litros de água com densidades que variavam de 1,060 a 1,100 com intervalo de 0,0025 g/cm3. Os ovos eram colocados nos baldes com as soluções, da menor para a maior densidade e eram retirados ao flutuarem, sendo anotados os valores respectivos das densidades correspondentes às soluções dos recipientes. Antes de cada avaliação, as densidades eram conferidas com densímetro de petróleo.
Nas análises histológicas, a coleta do material foi realizada através de fragmentos do sistema digestório (duodeno e fígado) e reprodutor (magno e útero) de 10 animais por tratamento. Os fragmentos foram imersos em fixador metacarn (60% metanol, 30% clorofórmio e 10% ácido acético) por 12 horas, sendo transferidos para álcool 70% em seguida.
Para a microscopia óptica foi feita a inclusão dos fragmentos em paraplast. Foram realizados cortes seriados dos fragmentos com 5 μm de espessura. As seguintes colorações histológicas foram realizadas para a descrição histológica: hematoxilina e eosina, periodic acid Schiff (PAS) e tricômio de Masson. As fotomicrografias foram capturadas com o auxílio de microcâmera acoplada ao microscópio Olympus BX-51 e as imagens digitalizadas no software KS 400.3 (Zeiss).
Os resultados foram submetidos as analises de variância e regressão utilizando-se o programa SAEG (Universidade Federal de Viçosa, 2000).
 
RESULTADOS
Experimento 1 – Níveis crescentes de treonina, relação variável
O consumo de ração não foi influenciado (P>0,05) pelos níveis dietéticos de treonina nas rações das codornas. Entretanto, as demais variáveis apresentadas na Tabela 11 foram significativamente influenciadas pelos tratamentos de forma quadrática (P<0,01), determinando-se uma relação ótima para cada variável de 77,13; 75,12; 78,22; 79,61 e 81,00% ou 0,771, 0,751, 0,782, 0,796 e 0,810% de treonina para a produção, peso, massa, conversão em massa e em dúzia de ovos, respectivamente.
 
Tabela 11. Consumo de ração (CR, g), produção (PR, %), peso (PO, g), massa (MO, g), conversão em massa (CMO, g/g) e em dúzia de ovos (CDZ, g/g) em função das relações treonina: lisina das rações
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Na Tabela 12 são apresentadas as equações polinomiais obtidas nas análises estatísticas das variáveis apresentadas na Tabela 11.
 
Tabela 12. Equações polinomiais das variáveis influenciadas estatisticamente pelas relações treonina: lisina das rações
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Na Tabela 13 os dados mostram que as relações treonina: lisina utilizada neste estudo não foram capazes de modificar de forma significativa as variáveis de qualidade interna e externa dos ovos (P>0,05).
 
Tabela 13. Percentagem de albúmen (PAlbúmen, %), gema (PGema, %) e casca (PCasca, %), pigmentação da gema (PIG) e gravidade específica (GE, g/cm3) e espessura da casca dos ovos em função das relações treonina: lisina das rações
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As vilosidades intestinais das codornas japonesas alimentadas com rações com maior relação treonina: lisina foram mais largas e possuíam mais ramificações (Figura 5A, B) e tiveram células caliciformes em maior número e mais ativas (Figura 5C, D). As dobras do magno das codornas em postura do tratamento com maior relação treonina: lisina, com 0,860% de treonina, se apresentaram mais ativas (relacionado à coloração rosa) (Figura 5E, F) e o epitélio dessas dobras possuíam mais células produtoras de muco (Figura 5G, H). No útero das codornas japonesas em postura do grupo alimentado com rações com maior relação treonina: lisina existiu mais dobras secundárias (Figura 5I, 1J).
 
Figura 5. Fotomicrografias dos sistemas digestório e reprodutor feminino de codornas japonesas em postura alimentadas com rações com relação treonina: lisina em 66 e 82%. (A, C, E, G e I) Codornas japonesas em postura alimentadas com ração com relação treonina: lisina em 66% ou 0,660% de treonina. C, D, F, H e J) Codornas japonesas em postura alimentadas com ração com relação treonina: lisina em 82% ou 0,820% de treonina. (A, B, I e J) Coloração de hematoxilina-eosina. (C, D, G e H) Coloração de Periodic Acid Schiff. (E e F) Coloração de tricômio de Masson. (A, B, E e F) barra = 500 μm. (C, D, I e J) barra = 200 μm.(G e H) barra = 100 μm.
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Nos tratamentos com maiores relações de treonina: lisina, as glândulas tubulares do magno se apresentaram em maior número e em estágio funcional mais ativo e apresentando quantidade de albúmen superior a encontrada nos demais tratamentos (Figura 5E, F). O aumento do nível de treonina nas rações, especialmente no nível de 0,820%, também promoveu o aumento de produção de muco pelo epitélio do magno, facilitando dessa forma a passagem do ovo, em formação, pelo oviduto e protegendo a mucosa do mesmo (Figura 5G, H). Essa ração também aumentou a quantidade de dobras secundárias do útero dessas aves (Figura 5I, J).
O fígado dos animais com relação treonina: lisina de 66% apresentou maior positividade ao PAS (Figura 6G), indicando maior acúmulo de glicogênio. Quando comparado, o fígado das codornas com relações maiores que 66% de treonina: lisina na ração apresentou menor depósito de glicogênio hepático (Figura 6H, I).
 
Figura 6. Fotomicrografias do fígado de codornas em postura dos grupos com dietas utilizando-se relação treonina: lisina de 66% (A, D e G), 82% (B, E e H) e 86% (G, H e I). Coloração de hematoxilina-eosina (A, B e C). Coloração de tricômio de Masson (D, E e F). Coloração de periodic acid Schiff (G, H e I). Barra= 200μm.
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Apesar dos resultados obtidos pelo aumento do nível de treonina nas rações, com consequente elevação da relação treonina: lisina, tais rações proporcionam um agravamento da esteatose hepática comumente encontrada no fígado de aves de produção, visto que tal patogenia era mais intensa na relação de 86%, que continha o maior nível (0,860%) de treonina avaliado no estudo (Figuras 6A, B, C). Juntamente com a esteatose, também foi observado que no fígado das aves dos tratamentos que receberam rações com maiores níveis de treonina, especialmente os tratamentos com níveis de 0,820 e 0,860%, havia pequenos depósitos de colágeno parenquimal (Figura 6E, F), já nos demais tratamentos, o colágeno se apresentava apenas ao redor dos vasos sanguíneos, situação normal (Figura 6D).
Experimento 2– Níveis crescentes de treonina, relação constante
Conforme os dados apresentados na Tabela 14, podemos verificar que todas as variáveis avaliadas foram influenciadas estatisticamente com comportamento quadrático, exceto o consumo de ração.
 
Tabela 14. Consumo de ração (CR, g), produção (PR, %), peso (PO, g), massa (MO, g), conversão em massa (CMO, g/g) e em dúzia de ovos (CDZ, g/g) em função dos níveis de treonina nas rações
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A produção de ovos foi melhorada com o aumento dos níveis dos aminoácidos nas rações e esse efeito proporcionou um melhor peso dos ovos, que gerou uma melhor massa de ovos, bem como uma melhor conversão em massa e em dúzia de ovos. O nível ótimo determinado através das equações polinomiais dessas variáveis foram 0,787; 0,837; 0,798, 0,781 e 0,764% de treonina, respectivamente.
Na Tabela 15, são apresentadas as equações polinomiais das variáveis apresentadas na Tabela 14.
 
Tabela 15. Equações polinomiais das variáveis influenciadas estatisticamente pelos níveis de treonina das rações
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Pode-se verificar que a treonina não influenciou a qualidade interna e externa dos ovos de codornas japonesas (Tabela 16), mas melhoram o desempenho produtivo das aves, como apresentado na Tabela 14, de forma que, a medida que o nível de treonina na ração aumenta, o desempenho acompanha, chegando a um patamar de desempenho ótimo.
 
Tabela 16. Gravidade específica (GE, g/cm3), Unidades Haugh (UH), porcentagem de albúmen (PAlbúmen, %), casca (PCasca, %) e gema (PGema,%) dos ovos sobre os níveis de treonina
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Em relação à avaliação histológica, os órgãos do sistema digestório (intestino, cecos e magno) não apresentaram diferenças entre os tratamentos estudados. Tal efeito demonstra que mesmo alterando os níveis de treonina e dos demais aminoácidos, mas mantendo a relação aminoácidos: lisina, tais estruturas não são alteradas.
O estudo histológico do útero das codornas nos diferentes tratamentos demonstrou que o único tratamento que apresentou diferença foi o tratamento com menor densidade em aminoácidos, ou seja, o tratamento 1, que continha 0,623% de treonina. Nesse, observou-se dobras uterínicas mais finas que os demais tratamentos com maior densidade em aminoácidos, entretanto a espessura do epitélio do útero era a mesma entre os demais tratamentos avaliados nesse estudo. Não houve diferença histológica para magno dentre os tratamentos.
O fígado foi o órgão que apresentou as maiores diferenças, dentre os estudados. Em todos os tratamentos, o fígado se apresentou esteatótico, com lipídeos encontrados principalmente ao redor das tríades hepáticas, sendo pouco positivo ao PAS e sem depósito de colágeno parenquimal. Entretanto, o fígado das codornas do tratamento 3, com 0,779% de treonina, tinha um peso significativamente maior (Figura 7) e possuía esteatose mais avançada (Figura 8).
Outro efeito que pode justificar a maior produção de ovos apresentada pelas codornas alimentadas com a ração do tratamento 3 é a pouca positividade do fígado ao corante PAS, o que indica pouco depósito de glicogênio hepático, o que pode indicar uma maior destinação dessa fonte de energia para outros órgãos, no caso para o sistema reprodutor o que elevaria a capacidade de produção de ovos.
 
Figura 7. Peso do fígado e a relação fígado/carcaça dos diferentes tratamentos de codornas japonesas em postura.
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Figura 8. Fotomicrografia de fígado de codorna japonesa em postura. A) Indivíduo do tratamento com 0,779% de treonina apresentando esteatose avançada. B) Indivíduo representativo dos demais níveis. Aumento de 200x.
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DISCUSSÃO
Experimento 1 – Níveis crescentes de treonina, relação variável
No NRC (1994) verifica-se uma recomendação de 0,74% de treonina na ração de codornas japonesas em postura, enquanto no INRA (1999) as recomendações para este aminoácido é de 0,58%. Já Silva & Costa (2009) recomendam uma ração com pelo menos 0,79 e 0,67% de treonina total e digestível, respectivamente. Enquanto isso, Rostagno et al. (2011) recomendam uma ração para codornas em postura, com média de peso de 177g, 0,658% de treonina digestível.
Utilizando dietas à base de farelo de soja e caseína, Allen & Young (1980) estimaram a exigência de 0,67% de treonina para codornas japonesas em postura. Por sua vez, Shim & Vohra (1984), Shrivastav & Panda (1990) e Shim & Lee (1993) estimaram os níveis de 1,10; 0,64 e 0,63% de treonina.
Avaliando a influência da suplementação de L-Treonina nas rações de codornas japonesas em crescimento, Baylan et al. (2006) utilizaram seis níveis de treonina total nas rações, que foram de 0,81 a 1,06%, variando 0,05% de treonina a cada nível. A ração basal tinha 23% de proteína bruta e 1,10% de lisina total, de forma que a suplementação do aminoácido industrial foi utilizada para obter os níveis de treonina determinados pelos tratamentos. Após análise dos resultados, os autores verificaram que a suplementação da treonina nas rações influenciou o peso vivo e a conversão alimentar das aves, mas não ocasionou influência nos pesos das partes da carcaça. Logo, os autores concluíram a que a suplementação de treonina não afeta o crescimento e que isso pode estar relacionado a uma possível adaptação aos níveis nutricionais de treonina nas rações.
Umigi et al. (2007) trabalharam com cinco níveis de treonina digestível, de 0,65 a 0,85%, variando 0,05% entre os níveis. As dietas foram isonutritivas, exceto para a treonina digestível, de forma que a proteína e a energia contida no aminoácido L-Treonina com a sua suplementação, foi corrigida através do L - Ácido Glutâmico e do óleo vegetal, além do amido. Os autores não verificaram efeito no consumo diário de ração, corroborando com os dados deste estudo, mas o consumo de treonina. Assim, com base nos resultados obtidos, Umigi et al. (2007) concluíram que uma ração com 0,65% de treonina digestível é suficiente para proporcionar um bom resultado em desempenho e qualidade de ovos.
Neste estudo foi avaliada a suplementação de L-Treonina em níveis dietéticos de 0,66 a 0,86% variando 0,04% a cada nível de treonina total em rações de codornas japonesas em postura, equivalendo a relações de 66, 70, 74, 78, 82 e 86 com a lisina total. Embora não tenha sido observado efeito sobre o consumo de ração, tal qual Umigi et al. (2007), observamos um efeito quadrático para a produção, o peso, a massa, a conversão em massa e na conversão em dúzia de ovos, obtendo relações ótimas de 77, 75, 78, 79 e 81, respectivamente.
Sá et al. (2007) trabalhando com níveis de treonina nas rações de poedeiras leves, não obtiveram diferenças significativas para o peso dos ovos, mas um aumento na massa dos ovos quando a treonina teve seu nível elevado. Sendo assim, os resultados aqui apresentados mostram que o aumento da relação treonina: lisina na ração, pelo menos de codornas em postura, também influencia positivamente no peso, massa, conversão em massa e em dúzia de ovos tal qual em poedeiras leves, conforme apresentado por Sá et al. (2007) e por Lima et al. (2009ab) e Lima et al. (2011), quando avaliaram a treonina digestível com poedeiras leves em postura.
Sobre a qualidade dos ovos das codornas japonesas, Umigi et al. (2007) não encontraram alterações neste parâmetro em função dos níveis de treonina das rações, corroborando com os resultados obtidos por Lima et al. (2010). Similarmente, Lima et al. (2009) trabalhando com poedeiras leves, não observaram efeitos significativos para as variáveis de qualidade interna e externa dos ovos quando do aumento dos níveis de treonina. Já Teixeira et al. (2005) relataram que a treonina digestível influencia apenas a gravidade específica quando da elevação dos níveis de treonina nas rações.
Sendo assim, a treonina parece influenciar o desempenho das aves, mas não a qualidade dos ovos. Entretanto, as diferenças histológicas no sistema reprodutor das aves, conforme os resultados histológicos, especialmente quando se verifica que com os maiores níveis de treonina nas rações, as glândulas tubulares do magno se apresentaram em maior número e em estágio funcional mais ativo. Dessa forma apresenta quantidade de albúmen superior, o que, permitem que a produção dos ovos seja feita em um período de tempo menor, aumentando assim a produção, peso, massa, conversão em massa e dúzia de ovo, corroborando com os resultados obtidos neste estudo, especialmente para a produção, peso, massa, conversão em massa e em dúzia de ovos.
Da mesma forma percebe que o aumento dos níveis de treonina também elevou a quantidade de dobras secundárias do útero das codornas japonesas em postura. Tais características permitiriam a formação da casca em um menor tempo, aumentando assim, a produção de ovos, visto que o ovo em formação fica no útero por tempo variável para a deposição de carbonato de cálcio, sendo esta acelerada pelo aumento da superfície interna do órgão, o que pode reduzir os ovos despigmentados, pois grande parte deste tipo de ovo é caracterizada por algum fator estressante que faz com que a ave faça a postura precoce e, com a formação da casca de forma mais rápida, esse problema de manejo pode ser amenizado.
Embora, alguns dados na literatura apenas relatem os efeitos da suplementação de treonina nas rações sobre o desempenho zootécnico, nossos resultados conciliam os dados já descritos anteriormente com as modificações histológicas no trato digestório e reprodutor das codornas japonesas, que dão, sem dúvida, maior consonância aos dados e possibilitam uma resposta mais consistente da utilização da treonina.
O melhor desempenho das aves em relação à maior suplementação de treonina nas rações pode ser explicado pelas alterações histológicas encontradas nas vilosidades intestinais nas codornas, ocorrendo um re-arranjamento da mucosa, que demonstra a necessidade fisiológica de ampliar a superfície absortiva do intestino delgado em relação a um determinado nutriente (Aptekmann et al., 2001).
Fatos que corroboram com os resultados de Gomide-Júnior et al. (2004), nos quais demonstraram que a mucosa intestinal responde a agentes exógenos por meio de modificações morfológicas na altura e número das vilosidades intestinais, profundidade de criptas intestinais, proliferação celular e número de células mortas por perda epitelial.
Em relação à maior positividade à colocação de PAS no epitélio intestinal com o aumento da treonina nas rações, demonstra que as células caliciformes do epitélio intestinal produziram maior quantidade de muco, além de estarem em maior número. Essa característica permite que o bolo alimentar passe pelo intestino com maior facilidade evitando constipações e protegendo a mucosa intestinal de danos causados pelo jejum ou agentes patogênicos (Gomide-Júnior et al., 2004). Sendo assim, o aumento do nível de treonina na ração também pode proporcionar efeitos positivos para a saúde animal.
O aumento da produção de ovos em decorrência do aumento dos níveis de treonina na ração também pode ser explicado pela ocorrência de alterações na fisiologia da deposição energética hepática. Pois, os resultados indicam que nos animais que receberam ração com maiores níveis de treonina não há depósito energético, sendo a energia, em sua maior porcentagem, destinada primariamente para a produção de ovos.
Com base nos resultados sobre as glândulas tubulares do magno, que se apresentaram em maior número e em estágio funcional mais ativo, podemos dizer que essas características permitem que a produção dos ovos seja feita em um período de tempo menor, aumentando assim a produção, peso, massa, conversão em massa e dúzia de ovos. Tais características como o aumento de produção de muco no epitélio do magno e uma maior quantidade de dobras secundárias do útero, permitem a formação da casca em um menor tempo, aumentando assim, a produção de ovos, visto que o ovo em formação fica no útero por tempo variável para a deposição de carbonato de cálcio (King & McLelland, 1979), sendo esta acelerada pelo aumento da superfície interna do órgão.
Em relação à esteatose com o aumento da treonina nas rações, estudos demonstram que a suplementação da dieta com metionina também induz o aumento da gordura hepática (Bunchasak & Silapasorn, 2005). Este aumento da esteatose hepática pode ter sido causado pela maior síntese de estrogênio no ovário para dar suporte a maior produção de ovos (Bunchasak & Silapasorn, 2005.
Em relação aos pequenos depósitos de colágeno parenquimal observados no fígado das aves que receberam rações com relações treonina: lisina de 82 e de 86%, vale ressaltar que, embora tenha sido pequena quantidade, este efeito denota processo fibrótico resultante de processos contínuos de regeneração hepatocitária (Fausto et al., 2003). Entretanto a vida produtiva média de uma codorna é de aproximadamente 360 dias, sendo assim, tais alterações metabólicas não geram perdas produtivas, qualitativas e por conseqüência, econômicas. Em adição, o grupo que apresentou mais evidentemente essas alterações hepáticas, foi o grupo na qual a relação era de 86%, grupo esse, na qual a alta relação treonina: lisina na dieta não se traduziu nos melhores índices zootécnicos.
Experimento 2– Níveis crescentes de treonina, relação constante
O NRC (1994) recomenda que as rações de codornas japonesas em postura devem ter 0,74% de treonina enquanto que o INRA (1999) e Silva & Costa (2009) recomendam 0,58 e 0,79% de treonina, respectivamente. Os resultados desse estudo mostram que as relações aminoácidos: lisina é de fundamental importância para o melhor desempenho das aves, contudo, essa afirmativa só será efetivamente verdadeira se a ração atenda aos níveis mínimos requeridos pelas aves, independente da relação, de tal forma que o ideal seria o intercepto entre o nível e a relação.
Os dados apresentados neste estudo corroboram com os apresentados por Sá et al. (2007), pois quando estavam avaliando níveis de treonina em rações de poedeiras leves não perceberam uma influência significativa sobre o peso dos ovos, mas houve uma melhora na massa de ovo quando a treonina teve um aumento na ração, em virtude principalmente de uma melhora na produção diária de ovos. Dessa forma, tal qual apresentado por Sá et al. (2007), pode inferir que os efeitos benéficos gerados nas galinhas poedeiras leves são semelhantes nas codornas japonesas em postura com a suplementação de treonina nas rações, se confirmando ainda em trabalhos publicados por Lima et al. (2009a) quando avaliaram relações crescentes de treonina digestível: lisina digestível e recentemente por Lima et al. (2011), quando avaliaram a treonina digestível em relação à lisina sob relação constante com poedeiras leves em postura.
Com base na avaliação da qualidade interna e externa dos ovos, Lima et al. (2009b) também não verificaram influências da treonina sobre a qualidade interna e externa dos ovos de poedeiras leves, enquanto que Teixeira et al. (2005) obtiveram uma variação na qualidade externa dos ovos de poedeiras leves, especificamente na gravidade específica.
A não influência nos órgãos do sistema digestório demonstra que mesmo alterando os níveis de treonina e dos demais aminoácidos, mas mantendo a relação aminoácidos: lisina, tais estruturas não são alteradas.
Com base no estudo histológico do útero das codornas japonesas em postura, os resultados apresentados nesse estudo podem indicar que apesar de mantida a relação treonina: lisina de 78%, quantidades de treonina e dos demais aminoácidos na ração de codornas japonesas em postura pode levar a uma produção de casca menos eficiente podendo influenciar diretamente da sua qualidade, muito embora, essa alteração na qualidade não tenha sido observada estatisticamente, pelo menos no que concernem as variáveis avaliadas.
O aumento no peso do fígado pode ser explicado pelo maior depósito de gordura no órgão, sendo esse depósito lipídico causado pelo efeito da alta síntese de estrogênio pelo ovário para suportar a maior produção de ovos entre os tratamentos avaliados.
Outro efeito que pode justificar a maior produção de ovos apresentada pelas codornas alimentadas com a ração do tratamento 3 é a pouca positividade do fígado ao corante PAS, o que indica pouco depósito de glicogênio hepático, o que pode indicar uma maior destinação dessa fonte de energia para outros órgãos, no caso para o sistema reprodutor o que elevaria a capacidade de produção de ovos.
É importante mencionar que apesar do aumento da esteatose hepática não houve depósitos de colágeno parenquimal hepático nas aves do tratamento 3, o que denotaria processo fibrótico resultante de processos contínuos de regeneração hepatocitária (Fausto et al., 2003).
Sendo assim, os animais do tratamento 3 possuem características histológicas que tendem a proporcionar índices zootécnicos de maior eficiência em relação aos demais tratamentos, sendo essa afirmativa baseada nas avaliações histológicas e validadas pelos resultados observados nos dados de desempenho zootécnico das codornas japonesas.
 
CONCLUSÃO
A exigência de treonina para codornas japonesas em postura é de 0,780 e 0,793% ou 161 e 200 mg/ave/dia, com relação variável e constante em 78%, respectivamente.
 
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Matheus Ramalho
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