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etiologia celulite frangos

Etiologia da celulite em frangos

Publicado: 20 de outubro de 2011
Por: Dr. Benito Brito 1, Fátima Jaenisch 2, BG Brito3* - 1Ecolvet Laboratório. Paraná - Brasil; 2Embrapa Suínos e Aves. Santa Catarina – Brasil; 3Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor. Rio Grande do Sul – Brasil.
Sumário

Neste trabalho, determinou-se a etiologia da celulite em frangos de corte no abatedouro. Foram avaliadas 40 lesões de celulite provenientes de 28 criações de aves. Foram realizados exames bacteriológicos e micológicos para definir a etiologia. Concluímos que a Escherichia coli esteve presente na maioria das lesões de celulite de frangos no abate.
Palavras Chave: Frangos, Celulite, Pele.

Introdução
A celulite é uma inflamação supurativa, aguda e difusa, que afeta os tecidos subcutâneos e, em algumas ocasiões o tecido muscular, sendo frequentemente associada com a formação de abscessos. A celulite nas aves causa a descoloração e espessamento da pele, por isso também é conhecida como processo inflamatório, dermatite necrótica (Norton, 1997).
Nos últimos anos têm aumentado o interesse no estudo da celulite aviária, principalmente devido aos grandes prejuízos decorrentes da condenação de aves nos abatedouros por lesões cutâneas. No Brasil estima-se que as perdas anuais ultrapassem a 40 milhôes de dolares (Brito et al., 2003). O objetivo deste trabalho foi determinar a etiologia das lesões de celulite em frangos.
Materiais & Métodos
No abatedouro foram selecionadas 40 lesões de celulite de frangos de corte originários de 28 granjas do estado do Paraná, Brasil. Os micro-organismos foram isolados das lesões de celulite com o auxílio de suabe estéril, posteriomente o suabe foi semeado em meios de ágar sangue, ágar Mac Conkey, cultivado durante 18 horas a 37º C. Para identificação bacteriana foram avaliados os aspectos de crescimento, características morfo tintoriais à técnica de Gram e provas bioquímicas conforme descritas por Cowan & Steel (1970) e Edward & Ewings (1972). Para o exame micológico as amostras foram submetidas ao cultivo em ágar Sabouraud e permaneceram em temperatura ambiente durante 21 dias para posterior identificação.
Resultados & Discussão
Os resultados da análise microbiológica das lesões de celulite foram apresentadas na Tabela 1. Foram consideradas 40 amostras provenientes de 28 aviários. Observa-se que a Escherichia coli foi a bactéria isolada com maior freqüência (96,43%), seguida em menor percentagem por Citrobacter sp (10,71%), Proteus vulgaris (7,14%), Staphylococcus sp (3,57%), Streptococcus sp (3,57%), Candida albicans (3,57%), Pseudomonas aeruginosa (3,57%), Klebsiella sp (3,57%), Serratia sp (3,57%), Penicillium sp (3,57%) e Aspergillus sp (3,57). Os dados obtidos neste trabalho estão de acordo com Messier et al. (1993) que também relatam o predominio da Escherichia coli nas lesões de celulite. Além da Escherichia coli diversos pesquisadores têm identificado outros micro-organismos presentes nas lesões de celulite. Norton et al. (1999) citam Enterobacter agglomerans, Pasteurella multocida, Proteus vulgaris, Pseudomona aeruginosa e Streptococcus dysgalactiae.
Tabela 1. Freqüência de micro-organismos isolados de lesões de celulite em frangos de corte ao abate originários de 28 granjas
Micro-organismos
Freqüência de Isolados
%
Escherichia coli
27
96,43
Citrobacter sp
3
10,71
Proteus vulgaris
2
7,14
Staphylococcus sp
1
3,57
Streptococcus sp
1
3,57
Candida albicans
1
3,57
Pseudomona aeruginosa
1
3,57
Klebisiella sp
1
3,57
Penicillium sp
1
3,57
Aspergillus sp
1
3,57
Serratia sp
1
3,57
Conclusões
A Escherichia coli é a bactéria frequentemente encontrada sozinha ou em associações com outros micro-organismos nas lesões de celulite dos frangos no abate.
Bibliografia
Brito BG; Gaziri LCJ; Vidotto, MC. 2003. Virulence factors and clonal relationships among Escherichia coli strains isolated from broiler chickens with cellulitis. Infect. Immun. 71(7):4175-4177.
Cowan ST & Steel KJ. 1970. Manual for the identification of medical bactéria. Cambridge, Cambridge University.
Edward PR & Ewings WH. 1972. Identification of Enterobacteriacea. Minneapolis, Burgess Publishers.
Messier S; Quessy S; Robinson Y; Devriesse LA; Hommez J; Fairbrother, JM. 1993. Focal dermatitis and celullitis in broiler chickens: bacteriological and pathological findings. Avian Dis. 37:839-844.
Norton RA. 1997. Avian cellulitis. World''''s Pout. Sci. J. 53:337-349.
 
 
Conteúdo do evento:
Autores:
Dr. Benito  Brito
Instituto de Pesquisas Desidério Finamor- IPVDF
Fátima Jaenisch
Embrapa Suínos e Aves
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