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DESEMPENHO DE FRANGOS DE CORTE (22 A 42 DIAS) ALIMENTADOS COM DIETAS PELETIZADAS CONTENDO GLICERINA BRUTA

Publicado: 27 de outubro de 2015
Por: F de C Tavernari*1, GJMM de Lima1, LFT Albino2, S Marasca3, C Sordi4, R Oliveira5. * 1Embrapa Suínos e Aves, 2Universidade Federal de Viçosa, 3Universidade Federal de Santa Maria, 4Faculdade Concórdia, 5Faculdade de Ciências Agrárias de Andradina.
Introdução.
A maior parte das rações produzidas para frangos de corte no Brasil são peletizadas. Como benefício deste processamento observa-se melhora na digestibilidade dos nutrientes, redução de contaminações por patógenos, bem como melhorias nas condições de transporte. Existem muitos aditivos umectantes que podem ser utilizados para melhorar o processo de peletização, contudo a glicerina além de ser um umectante eficiente (1) é um alimento energético que tem grande potencial de produção no país. Assim sendo, objetivou-se avaliar o desempenho de frangos de corte na fase final (22 a 42 dias) alimentados com rações peletizadas ou fareladas com a inclusão de níveis crescentes de glicerina bruta.
Material e Métodos.
O delineamento experimental utilizado foi em blocos (peso) casualizados com 8 tratamentos e 8 repetições de 25 aves por unidade experimental, de acordo com um arranjo fatorial (2 processamentos: farelada e peletizada X 4 níveis de glicerina bruta: 0, 4, 8 e 12%). Todas as dietas foram formuladas para atender as mesmas exigências (2) e a glicerina bruta utilizada continha 80,0% de glicerol, 87,0% de MS, 4,0% de Cl, 2,4% de Na e 3228 Kcal/Kg de EMAn. Aos 42 dias as aves e os comedouros foram pesados individualmente para avaliar o consumo de ração, o ganho de peso, o coeficiente de variação do peso final das aves e a conversão alimentar. As analises estatísticas foram realizadas através do software Sistema de Análises Estatísticas e Genéticas (SAEG) (3), utilizando a análise de variância e análise de regressão (P<0,05).
Resultados e Discussão.
Os resultados estão apresentados na tabela 1. As aves alimentadas com ração peletizada apresentaram maior consumo de ração e maior ganho de peso (P<0,01), porém apresentaram conversão alimentar similar as aves alimentadas com ração farelada (P>0,05). Quanto ao uso de glicerina bruta na ração, houve resposta quadrática para o consumo de ração (consumo de ração = 3,16954 + 0,0335762X – 0,00428988X2 ; R2 = 0,99) e para ganho de peso (ganho de peso = 3,17756 + 0,0293714X – 0,00392979X2; R2 = 0,99) (P<0,01), mas não houve diferença para a conversão alimentar (P>0,05). A variável ganho de peso apresentou interação entre os fatores avaliados (P<0,01). Com o aumento dos níveis de glicerina bruta observou-se efeito (P><0,01) quadrático para a variável coeficiente de variação do peso final das aves (CV = 7,72636 – 0,362112X + 0,0438098X2 ; R2 = 0,88), o que pode ser explicado pela dificuldade de mistura das dietas com níveis elevados de glicerina bruta.> <0,01). Com o aumento dos níveis de glicerina bruta observou-se efeito (P<0,01) quadrático para a variável coeficiente de variação do peso final das aves (CV = 7,72636 – 0,362112X + 0,0438098X2 ; R2 = 0,88), o que pode ser explicado pela dificuldade de mistura das dietas com níveis elevados de glicerina bruta.
Tabela 1 - Consumo de ração (CR), ganho de peso (GP), coeficiente de variação de peso aos 42 dias (CV) e conversão alimentar (CA) de frangos de corte alimentados com ração farelada (FAR) ou peletizada (PEL) contendo níveis crescente de glicerina bruta.
DESEMPENHO DE FRANGOS DE CORTE (22 A 42 DIAS) ALIMENTADOS COM DIETAS PELETIZADAS CONTENDO GLICERINA BRUTA - Image 1AB Letras maiúsculas, na mesma coluna, diferem entre si pelo teste de SNK (P<0,05)
ab Letras minúsculas, na mesma linha, diferem entre si pelo teste de SNK (P<0,05)
1 Não Significativo
L Linear
Q Quadrático
Conclusão.
Dietas peletizadas e o uso de glicerina bruta melhoram o ganho de peso de frangos de corte, contudo níveis elevados de glicerina bruta podem comprometer a uniformidade do lote.
Bibliografia.
1. Groesbeck CN, McKinney LJ, DeRouchey JM, Tokach MD, Goodband RD, Dritz SS, Nelssen JL, Duttlinger AW, Fahrenholz AC, Behnke KC. Journal of Animal Science. 2008; 86(9): 2228-36 86
2. Rostagno HS, Albino LFT, Donzele JL, Gomes PC, de Oliveira RF, Lopes DC, Ferreira AS, Barreto SLT, Euclides RF. UFV. 2011:252p.
3. Universidade Federal de Viçosa-UFV. SAEG-Sistema de Análises Estatísticas e Genéticas. Viçosa, MG, 2000.
 
***O TRABALHO FOI ORIGINALMENTE PUBLICADO PELA EMBRAPA SUINOS E AVES - ANO DE PULBICAÇÂO 2014.
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Autores:
Gustavo Lima
Embrapa Suínos e Aves
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Paulo Tabajara Costa
6 de mayo de 2016
As dietas não foram isonutritivas ? Qual a composição das" de cujas"" . A Conversão alimentar , para o periodo, não pode ser real. PTCCosta.
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