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Bronquite infecciosa galinhas.

Desempenho inicial de matrizes pesadas submetidas a diferentes períodos de jejum pós-eclosão vacinadas ou não contra a bronquite infecciosa das galinhas

Publicado: 17 de fevereiro de 2012
Por: MIGUEL F. FERNANDEZ-ALARCON2, LILIAN F. ARANTES DE SOUZA2, FERNANDO AUGUSTO DE SOUZA, JULIANA DE ANTÔNIO, KAROLL A. ALFONSO TORRES, MARCOS GONÇALVES DE SOUZA, MARCOS MACARI, RENATO L. FURLAN
Sumário

Este trabalho foi desenvolvido em matrizes de frangos de corte, com o objetivo de avaliar os efeitos da vacina contra a bronquite infecciosa das galinhas (BIG) e do jejum hídrico-alimentar póseclosão, sobre o desempenho zootécnico de 1 a 21 dias de criação. Utilizou-se 720 matrizes que eclodiram em um intervalo de 8 h. As aves foram alojadas em câmaras climáticas e distribuídas em DIC em esquema fatorial 2 (vacinado ou não vacinado) X 5 período de jejum (0, 12, 24, 48, ou 72 h), totalizando 10 tratamentos com 4 repetições de 18 aves. A vacinação contra a BIG foi realizada após o alojamento. Após o término do período de jejum empregado em cada tratamento, as aves foram alimentadas ad libitum. Os resultados foram submetidos à análise de variância, e as médias comparadas pelo teste de Tukey, com nível de significância de 5%. Matrizes submetidas ao jejum póseclosão, seguido de alimentação, apresentaram resultados inferiores de conversão alimentar (CA) consumo de ração (CR) e ganho de peso (GP), não ocorrendo recuperação destes parâmetros ao final de 21 dias de criação. Com relação a vacinação foi observado que aves vacinadas apresentaram valores reduzidos de CA e CR aos 21 dias e no GP apenas no 7° dia de criação. Os dados indicam que jejum prolongado pós-eclosão deve ser evitado e que a vacina contra a BIG não prejudica o desempenho zootécnico das aves ao final de 21 dias de criação. 

Palavras-chave: Desempenho zootécnico; imunidade; jejum pós-eclosão; matrizes.

 

Introdução:
Estudos envolvendo o jejum pós-eclosão em matrizes de corte são escassos, contudo em frangos de corte o período de jejum pós-eclosão exerce forte influência sobre o desempenho produtivo (NOY; SKLAN, 1999). Além dos efeitos adversos do jejum sobre o desenvolvimento dos pintainhos, é provável, que o gasto energético envolvido na geração da resposta imune frente a antígenos vacinais possa conferir um desafio adicional para as matrizes neonatas. Van Eerden et al. (2004) isolando o efeito da redução no consumo de ração em decorrência da resposta imune, encontraram que a resposta imunitária utiliza cerca de 9% da exigência nutricional, o que segundo os autores pode afetar os parâmetros produtivos. Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos do jejum hídrico-alimentar pós-eclosão e da vacina contra a BIG, sobre o desempenho zootécnico na fase inicial de criação.
Material e métodos:
Utilizou-se 720 matrizes eclodidas em um intervalo de 8 h. As aves foram alojadas em câmaras climáticas e distribuídas em DIC com dois fatores: vacinados ou não contra BIG e período de jejum (0, 12, 24, 48, ou 72 h), totalizando 10 tratamentos com 4 repetições de 18 aves. As aves vacinadas foram alojadas separadamente das não vacinadas. A vacinação foi realizada após o alojamento, com vacina viva liofilizada contendo a amostra purificada H120 do VBIG. Ao término do período de jejum empregado em cada tratamento, as aves foram alimentadas ad libitum com ração à base de milho e farelo de soja, atendendo as exigências nutricionais do NRC (1994). Foi avaliado o GP, o CR e CA (CA= CR/GP) semanalmente, para tanto a ração fornecida, as sobras de ração e as aves foram pesadas semanalmente. Os dados foram submetidos à análise de variância através do procedimento GLM do programa SAS® e em caso de diferença significativa (P<0,05), as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Resultados e discussão:
Os resultados para GP, CR, CA, nos dias 7, 14 e 21 dias de vida são apresentados na Tabela 1. O efeito da interação entre os fatores não foi significativo (P>0,05) para GP, e CR (tabela 1). Matrizes submetidas ao jejum pós-eclosão, seguido de alimentação apresentaram queda na conversão alimentar (CA), no consumo de ração (CR) e no ganho de peso (GP), não ocorrendo recuperação destes parâmetros ao final de 21 dias de criação. Aves vacinadas apresentaram valores reduzidos de CA e CR aos 21 dias e no GP apenas no 7° dia de criação. Estes resultados são um indicativo de que o jejum pós-eclosão prolongado, da mesma forma que afeta o desempenho de frangos, prejudica o desempenho inicial de matrizes, o que pode influenciar sua curva de crescimento.
Conclusões:
Os dados indicam que jejum prolongado pós-eclosão prejudica o desempenho inicial de matrizes e que a vacina contra a BIG não prejudica o desempenho das aves ao final de 21 dias de criação.
Referências Bibliográficas:
NATIONAL RESEARCH COUNCIL. Nutrient requirement of poultry. 9.ed. Washington: University press, 1994. 
NOY, Y.; SKLAN, D. The effect of different types of early nutrition. Journal Applied of Poultry Research, Athens, v.8, p.16-24, 1999. 
VAN EERDEN, E.; VAN DEN BRAND, H.; PARMENTIER, H.K.; DE JONG, M.C.; KEMP, B. Phenotypic selection for residual feed intake and its effect on humoral immune responses in growing layer hens. Poultry Science, Champaign, v.83, p.1602-1609, 2004. 
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Autores:
Miguel Frederico Fernandez Alarcon
UNESP - Universidad Estatal Paulista
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