Toda a nutrição animal, e no caso específico, na avicultura, a presença de Proteína é essencial, para o prefeito objetivo a ser alcançado. No caso frangos de corte, onde todos os Aminoácidos comparecem obrigatoriamente na formação das Proteínas. Na composição dietética dos frangos de corte, o nível de Proteína deverá ser de 23%, combinação esta entre farelo de soja e milho.
No entanto a literatura e a prática, informam que se disponibiliza outras fontes proteica, como:
- Farinha de carne e ossos: É uma fonte rentável de proteína e fósforo.
- Farinha de subprodutos aviários: É uma fonte de proteína e energia, e geralmente é mais alta em proteína/energia do que a farinha de carne e ossos.
- Proteína Hidrolisada de Frango (PHF): É uma proteína funcional que melhora a performance da ração, pois é altamente digerível, atrativa e palatável.
O custo de produção das Proteínas, impactam na produção avícola de corte. As Cadeias Produtivas dessas Proteínas são complexas. Ilustrando resumidamente. Plantio, tratos culturais, colheita, internação, armazenagem, beneficiamento e uso no fabrico da ração. São custos, que envolvem logística, A.T. dentre outras atividades. O Brasil em sendo um dos maiores produtores de frango.
No ano de 2023 o Brasil exportou 5,138 milhões de toneladas de frangos,Se formos raciocinar de forma direta, para se produzir uma tonelada de frango, serão necessárias 756 quilos de farelo de soja. O cálculo é assustador, 3.884.328.000 quilos de farelo de soja. Todo esse volume, exige por certo uma considerável área de plantio que envolve uma logística muito complexa. Mas se derivarmos o raciocínio para outra fonte de produção de proteína? Nos referimos a produção de Algas. A análise indica que: A composição nutricional de 100 g de algas marinhas comestíveis in natura é:
- Calorias – 41 kcal
- Carboidrato – 7,94 g
- Fibras – 2,7 g
- Gorduras totais – 0,49 g
- Proteínas – 3,51 g
No momento não existe algo tão promissor para a alimentação de frangos de corte, do que o uso de Algas.
A produção de algas por hectare é altamente competitivo, em relação a soja. Na safra 2022/2023, a produtividade da macroalga Kappaphycus alvarezii em Santa Catarina foi de 31,32 toneladas por hectare. A produção de soja por hectare é de 3,3 toneladas. A realidade um tanto distante de ser implementada na avicultura de corte, é um longo caminho.Analisando as atuais e futuras exigências do mercado europeu, que é mais protecionista, em relação ao sistema produtivo. Soja produzida de áreas desmatadas, uso de soja transgênicas, pegada de carbono. Resumo da ópera. Estamos diante de um futuro promissor.
O Brasil tem um alto índice de insolação, com uma incidência solar diária que pode variar entre 4.500 e 6.300 Wh/m². O país recebe mais de 3 mil horas de brilho do sol ao longo do ano. Essa é uma fonte de matéria prima gratuita. Sem ser necessária toda aquela logística – do plantio a armazenagem -. O futuro da Nutrição Animal, sem dúvida passará pelo uso de Algas. Médico Veterinário Romão Miranda Vidal
Inédito para Engormix