1 Introdução
Normalmente os avicultores dão menos importância para a qualidade e a quantidade de água que é oferecida aos animais do que dão para as dietas. Entretanto, várias informações encontram-se na literatura demonstrando que este cuidado deve ser revisto, uma vez que problemas de desempenho podem ser atribuídos a este componente nutricional (Macari, 1996). Thulin e Brumm (1991) chamaram a água como o nutriente esquecido, demonstrando a desatenção de todos para a sua importância. Esta colocação procede pois, além de ser entendida a importância da água nas atividades biológicas, também deve ser considerado que em várias partes do mundo a quantidade disponível de água vem diminuindo e a qualidade está de tal forma ficando comprometida, que não pode ser empregada para o uso humano e animal.
2 Funções da água
Entre todas as funções, a mais importante é que ela promove o movimento de nutrientes entre as células dos tecidos dos animais e também é responsável pela retirada de substâncias tóxicas das células e que deverão ser excretadas. Entretanto, ainda deve ser lembrado que a água é responsável pela forma dos corpos dos animais; pelo seu alto calor específico, favorece a dispersão de calor originado durante as reações químicas que ocorrem no organismo; pela sua alta constante dielétrica, permite a diluição de um grande número de substâncias que são transportadas no organismo; participa de praticamente todas reações químicas que ocorrem no organismo; é fundamental na lubrificação das juntas e na proteção das células do sistema nervoso (NRC, 1998).
3 Fontes de água
Existem três fontes de água que todos os animais aproveitam. A mais comum é a água de beber. Entretanto, a água dos alimentos também contribui com uma quantidade significativa. Por exemplo, o grão de milho tem aproximadamente 14% de umidade. Logo, em cada 100 kg de grãos de milho 14 kg são de água. A terceira origem de água disponível aos animais é a chamada água metabólica. Esta água é obtida da oxidação dos nutrientes, durante o metabolismo. Cada grama de lipídio metabolizado dá origem a 1,2 g de água. Já para a proteína e para os carboidratos, para cada grama dos nutrientes metabolizados a produção de água é de 0,6 e 0,5 g, respectivamente. Para cada kcal de energia metabolizada 0,14 g de água metabólica é produzida. Assim estas duas fontes de água correspondem a aproximadamente 20% das necessidades do animal no dia (Leeson & Summers, 1997).
4 Perdas de água
As principais formas pelas quais os animais perdem água são a respiração, a transpiração (perdas por evaporação) e a excreção pelas fezes e pela urina. Em animais em crescimento é possível considerar como perda aquela água que participa da formação de novos tecidos. Ainda, no caso das poedeiras, pode ser considerada como perda a água dos ovos.
Entretanto, é importante lembrar que os frangos não possuem glândulas sudoríparas e isto não permite que eles transpirem. Assim, as perdas por evaporação pela pele não são significativas. Logo, as perdas pela respiração são muito importantes. A perda de calor nos animais é favorecida pois a água tem alto calor latente de vaporização, onde 0,575 kcal são necessárias para vaporizar 1 grama de água. Porém, a temperatura ambiental e a umidade relativa do ar afetam as perdas pela respiração. Leeson & Summers (1997) indicaram que a perda total de calor por evaporação representa somente 12% do total, em frangos mantidos em ambiente com 10oC. Porém, pode chegar até 50%, quando a temperatura do ambiente for de 26 a 35oC. Em ambientes com alta umidade, as perdas por evaporação pela pele perdem ainda mais sua eficiência e, em altas temperaturas, a perda de água por evaporação pode igualar-se ao consumo de água, exigindo maiores cuidados na ventilação dos aviários.
As perdas pelas fezes também são importantes e podem representar de 20 a 30% do volume de água consumido. Entretanto, a perda mais significativa é a que ocorre a partir da excreção urinária.
Várias condições ambientais favorecem ou não estas perdas. Entre elas é possível citar a temperatura do ambiente, a composição mineral da dieta e da água, o teor de proteína da ração, a quantidade consumida de ração, o estado de saúde do animal (as diarréias), o estresse, etc.
Macari (1996) citou um trabalho de Vand de Hel et al (1991), em que os autores encontraram uma perda significativa de peso e de água em pintos de um dia, submetidos a diferentes temperaturas ambientais (Tabela 1). O que pode ser observado é que pintos, mantidos em ambiente termicamente adequado para a idade, perdem peso e água se ficarem sem acesso à água para consumo. Isto é muito importante pois define a importância do consumo de água no momento do alojamento dos pintos. A falta de consumo de água fará com que o animal consuma menos alimento e termine desidratando-se.
Tabela 1 — Efeito da temperatura do ambiente na perda de peso, de água e de peso do saco vitelino, expressos em percentagem, em pintos de 1 dia.
5 Consumo de água
5.1 Mecanismos de consumo de água
A água representa, aproximadamente, 70% do peso das aves. Do volume total, 70% encontra-se dentro das células e 30% nos espaços intracelulares e no sangue. O conteúdo de água do corpo está diretamente associado ao seu teor de proteína. Assim, com o aumento da idade, a deposição de tecido adiposo nos frangos aumenta e, por conseqüência, o percentual de água, em relação ao peso corporal, diminui (Leeson & Summers, 1997). Além disto, aves mais pesadas (velhas) tem um menor "turnover" de água no organismo. Esta evidência é importante pois demonstra que pintos tem uma troca de água mais acentuada do que os frangos e isto pode ser importante em momentos de estresse calórico (Macari, 1996).
De acordo com Macari (1996), três são os mecanismos que induzem ao consumo de água (a desidratação celular, a desidratação extra-celular e o sistema reninaangiotensina). Destes, aparentemente os principais são a desidratação celular e o sistema renina-angiotensina. O autor (Macari, 1996) mostrou em um diagrama o mecanismo que induz o consumo de água (Figura 1). Além do hipotálamo, o órgão subfornical, localizado na periferia do ventrículo cerebral, também tem função na indução de consumo de água pelas aves.
A perda de água nos frangos, mantidos em ambiente quente, pode diminuir a quantidade de sangue circulante. Para evitar um comprometimento do sistema circulatório, água das células e dos espaços intracelulares é transferida para o compartimento plasmático. Esta desidratação celular e extracelular causa a secreção de angiotensina. Se a redução de volume sangüíneo ocorre por perda de água pelos rins, ocorrerá a secreção de renina, hormônio que promove a conversão do angiotensinogênio em angiotensina II. Uma vez que a angiotensina II é secretada, ocorrerá o desencadeamento do processo de consumo de água por parte da ave (Macari, 1996).
Figura 1 — Mecanismo de ingestão de água pelas aves (Adaptado de Macari, 1996).
5.2 Fatores que interferem no consumo de água dos frangos
Entre os fatores mais significativos que interferem no consumo de água estão a genética, a idade do animal, o sexo, a temperatura do ambiente, a temperatura da água, a umidade relativa do ar, a composição nutricional e a forma física do alimento.
- Genética
Bailey (1999) citou um trabalho de Braun & Stallone (1989), em que os autores confirmaram que existem diferenças de consumo de água para diferentes linhagens de aves. Os autores justificaram suas observações dizendo que algumas aves apresentam síndrome da diabete insipidus nefrogênica, situação que faz com que os rins não tenham a capacidade de concentrar a urina. Assim, animais com esta síndrome perdem mais água do que aqueles que não a tenha.
- Idade da ave
O NRC (1994) apresentou uma tabela de consumo de água para frangos com diferentes idades. Os consumos foram determinados em ambiente com temperatura de 21oC, exceto para os pintos jovens (Tabela 2).
Tabela 2 — Consumo de água por frangos de corte mantidos em ambiente de termoneutralidade.
Bailey (1999) citou os trabalhos de Patrick & Ferrise (1962), Kellerup et al. (1965) e Lynn (1984), onde os autores identificaram que o consumo de água está relacionado ao peso corporal do frangos e ao consumo de alimento e, por conseqüência, aumenta linearmente com a idade dos animais. Como pode ser visto na Tabela 3, com o passar dos anos e com a evolução genética, os frangos têm atingido pesos corporais idênticos em períodos de tempo inferiores. Estas diferenças de ganho de peso correlacionam-se diretamente com os consumo de água.
Tabela 3 — Consumo de água em frangos de corte (ml/frango/semana).
Pesti, Amato & Minear (1985) demonstraram que o consumo de água é diretamente proporcional à idade dos frangos. De acordo com a equação dos autores, o consumo de água pode ser previsto, multiplicando a idade do frango (em dias) por 5,28 ml.
- Sexo
Marks & Washburn (1983) demonstraram que machos consomem mais água do que as fêmeas e Marks (1985) indicou que esta diferença ocorre desde o primeiro dia de vida.
Ingraci et al. (1995) confirmaram que frangos machos consomem mais água do que as fêmeas. Embora os consumos na primeira semana não foram estatisticamente diferentes, os autores também verificaram que as diferenças já se apresentavam desde o início da vida dos animais. A relação de consumo de água:consumo de ração foi de 2,0:1, nos machos e de 1,7:1, nas fêmeas (Tabela 4).
Tabela 4 — Efeito do sexo no consumo de água.
Entretanto, também é importante considerar que a diferença de consumo está relacionada com a diferença de peso dos frangos com a mesma idade e também com a composição tecidual de cada um deles com a mesma idade. Deve ser lembrado que quanto maior a deposição de tecido adiposo menor é a deposição de água na carcaça.
- Temperatura do ambiente
Possivelmente, a temperatura do ambiente é o principal fator que influencia as alterações no consumo de água pelos frangos. De acordo com o NRC (1994), o consumo de água de frangos aumenta em 7% para cada grau centígrado acima de 21°C. Além disto, com o aumento da temperatura o consumo de alimento diminui. Assim, com o aumento da temperatura, a relação consumo de água:consumo de ração, que em condições termoneutras é de 2:1, aumenta para valores bastante diferentes de 2:1. Lesson & Summers (2001) indicaram que frangos mantidos em ambiente com temperatura contínua de 24°C têm um consumo de água diário correspondente a 4% de seu peso corporal. Quando os animais estão submetidos a um ambiente quente, e estão sob estresse térmico, este consumo aumenta para 6% de seu peso corporal. Porém, é importante lembrar que as aves tem a capacidade de aclimatarem-se a uma situação de calor excessivo. Inicialmente, quando são submetidas a um estresse por excesso de calor, aumentam significativamente o consumo de água. Porém, com o passar dos dias, este consumo diminui, até atingir um nível inferior àquele dos primeiros dias de estresse (Parker, Boone & Knechtges, 1972).
Leeson & Summers (1997) apresentaram uma tabela que relaciona o consumo de água de frangos submetidos a diferentes temperaturas de ambiente (Tabela 5). Os autores sugeriram que estes valores podem variar com o estado de saúde dos frangos e do consumo de alimento.
Tabela 5 — Efeito da temperatura ambiental no consumo de água (litros/1000 frangos).
Macari (1996) também mostrou a alteração do consumo de água em função da temperatura do ambiente. Ele trabalhou com duas temperaturas. A primeira foi a temperatura de termoneutralidade, para a semana de vida dos frangos, e a segunda foi uma temperatura constante de estresse de 30 a 33°C (Tabela 6). As diferenças, expressas em percentagem, demonstram o efeito da temperatura do ambiente no consumo de água. Também demonstram que quanto mais velho o frango pior é a resposta. Isto pode ser entendido pois a diferença entre a temperatura de termoneutralidade entre 30 a 33°C é maior, a medida que o frango fica mais velho.
Tabela 6 — Efeito da temperatura ambiente no consumo de água.
- Temperatura da água
Como foi mencionado, a principal fonte de água para os animais é a água de beber. Entretanto, o consumo dependerá, fundamentalmente, de sua temperatura. Normalmente a temperatura da água tende a se assemelhar a temperatura do ambiente. Isto deve ser uma preocupação constante de manejo pois se o ambiente está quente a água deverá estar fria e, por indevido controle deste aspecto, termina ficando quente e não acessível para os animais. Em pintos é recomendado que a temperatura da água seja um pouco mais quente do que aquela empregada para frangos mais velhos, para que eles não percam energia pelo consumo de água muito fria. Entretanto, segundo Leeson & Summers (1997), pouca evidência científica existe para confirmar este procedimento prático.
Na verdade, a situação deve ser avaliada com cuidado. Em local quente, onde os pintos ficam nos primeiros dias, a água termina ficando com a temperatura do ambiente. Os pintos entram em estresse por excesso de temperatura, não bebem a água por estar quente e desidratam-se. A aparência dos pintos é de que estão molhados, o que está correto pois eles se molham para trocar calor, sem beber água e, portanto, continuam desidratados. Nestes casos é recomendado como procedimento de manejo que se faça um "flushing" da água no sistema hidráulico, para forçar a redução da temperatura da água do sistema, considerando que a água que está no reservatório tem temperatura mais baixa do que aquela que está no encanamento.
Leeson & Sumers (1997) mostraram, em poedeira, que o aumento de consumo de água ocorre com o aumento da temperatura do ambiente (Tabela 7). Nestes casos, a redução da temperatura da água favorece a produtividade das aves.
Tabela 7 — Efeito da temperatura da água no consumo de dieta em ambiente quente (33°C).
O consumo de água diminui a medida em que a sua temperatura aumenta. Leeson & Summers (2001) comentaram que existem evidências de que frangos são capazes de identificar diferenças de temperatura da água de 2°C. Macari (1996) citou que a resposta em relação a temperatura da água desencadeia-se no nervo lingual da ave e isto ocorre quando a temperatura da água atinge 24°C. Com a temperatura da água em 36°C, a atividade nervosa nesta região é dez vezes superior àquela com 24°C. Assim, de acordo com esta evidência, é possível concluir que as aves preferem água com temperatura igual ou inferior a 24°C.
Beker & Teeter (1994), usando frangos com 35 dias de idade, e por aproximadamente 14 dias, avaliaram o efeito da temperatura da água oferecida aos animais em ambiente quente (temperatura oscilando entre 24 e 37°C), suplementada ou não com 0,5% de cloreto de potássio (KCl). Como pode ser visto na Tabela 8, a água com temperatura de 26,7°C afetou o consumo de água de forma semelhante de quando estava com 43,3°C. O melhor consumo de água ocorreu quando a água tinha a temperatura de 10,0°C. A adição de KCl beneficiou o consumo de água quando a sua temperatura estava com 26,7°C mas não quando a sua temperatura estava 43,3°C. Quando a água tinha a temperatura de 10,0°C, o KCl tendeu a melhorar o consumo de água mas a diferença não foi estatisticamente significativa. O consumo de ração tendeu a acompanhar o consumo de água. Onde a água estava mais fria o consumo de ração foi maior. A adição de KCl só contribuiu para o consumo de ração quando a temperatura da água foi de 10°C. Na temperatura intermediária da água (26,7°C), o KCl não afetou o consumo de ração e com a temperatura de 43,3°C, a adição de KCl prejudicou o consumo de ração. O ganho de peso diário foi melhor quando a temperatura da água foi de 10,0°C. O KCl somente colaborou com o ganho de peso diário quando a temperatura da água foi de 26,7°C. Com as temperaturas extremas, o KCl em nada influenciou no ganho de peso diário. As eficiências alimentares foram maiores quando a temperatura da água foi de 10°C ou quando as aves receberam água com 26,7°C, suplementada com KCl. Quando a temperatura da água foi de 43,3°C, as eficiências alimentares foram as menores e não melhorou com a adição de KCl. Os resultados de mortalidade não foram alterados em qualquer circunstância.
Tabela 8 — Efeito da temperatura da água no desempenho de frangos submetidos ao estresse térmico.
- Composição nutricional do alimento
Qualquer nutriente que promove um aumento na excreção de minerais pelos rins também promove um aumento de consumo de água.
Marks & Pesti (1984) demonstraram que o aumento do teor de proteína na dieta aumenta o consumo de água e também a relação água: alimento.
Este fenômeno torna-se mais relevante quando a dieta tem um teor de proteína acima ou abaixo do desejado. Nestes casos, o excesso de aminoácidos não empregados para síntese deverão ser catabolizados e excretados na forma de ácido úrico, através da urina. Este aumento de excreção impõe um aumento de perda de água.
Marks (1987) demonstrou que o aumento de sal na dieta proporciona um aumento no consumo de água. Da mesma maneira potássio aumenta o consumo de água. Assim, ingredientes ricos em potássio, como soja e melaço, são ingredientes que promovem um aumento no consumo de água pelos frangos de corte. O efeito do potássio também foi demonstrado anteriormente, no trabalho de Beker & Teeter (1994).
Maiorka et al. (1998), trabalhando com níveis crescentes de sódio total (0,10%, 0,22%, 0,34% e 0,46%) em dietas de primeira semana de frangos de corte, mostraram que o aumento de sódio proporcionou um aumento no consumo de água, que foi acompanhado por um aumento no consumo de ração e no ganho de peso dos frangos de corte. Vieira et al. (2000) e Krabbe (2000) também confirmaram que o aumento de consumo de ração está relacionado com o consumo de água e o consumo de ração está relacionado com o ganho de peso e com a conversão alimentar dos frangos. A dúvida sobre a umidade das excretas de pintos submetidos a níveis crescentes de sódio foi avaliada por Maiorka et al. (1998) e Vieira et al. (2000). Os autores verificaram que o nível de sódio da dieta na primeira semana não interferiu na excreção de água, fato interessante e que põe em cheque o paradigma que relaciona piora da qualidade de cama em situações de aumento da suplementação de sódio (Tabela 9). Se o consumo de água aumentou com a aumento da suplementação do sódio e o percentual de água na excreta não variou, para onde esta água foi? Vieira et al. (2000) avaliaram a matéria seca das carcaças de pintos com 4 e 7 dias de idade, que consumiram dietas contendo níveis crescentes de sódio (0,12; 0,24; 0,36 e 0,48%) e identificaram que o aumento de sódio proporcionou uma diminuição da matéria seca das carcaças, identificando um aumento de retenção de água com o aumento do teor de sódio da ração. Os autores concluíram que parte do aumento de peso proporcionado pelo aumento de sódio foi devido a maior retenção de água (Tabela 10). Esta retenção de água nos primeiros dias de vida dos pintos pode ser fundamental para diminuir a possibilidade de desidratação nos pintos mais débeis e que têm mais dificuldade de acesso as fontes de água.
Tabela 9 — Efeito da suplementação de sódio no consumo de água (ml), no consumo de ração (g), no ganho de peso (g), na conversão alimentar (g/g) e na umidade da excreta (%) de pintos na primeira semana de idade.
Tabela 10 — Efeito da suplementação de sódio na matéria seca das carcaças de frangos com 4 e 7 dias de idade.
Forma física da dieta
Marks & Pesti (1984) demonstraram que dietas peletizadas ou peletizadas e moídas proporcionam aumento no consumo de alimento e também de água. Porém, é importante considerar que o aumento de consumo de água provavelmente não é devido à forma física da dieta mas sim ao aumento de consumo que ela promoveu. Como consumo de ração e de água estão correlacionados, a forma física provavelmente não é causa mas sim efeito.
- Tipo e regulagem dos bebedouros
Os bebedouros podem ser do tipo calha, pendular ou nipple.
No caso dos bebedouros tipo calha e pendular duas considerações importantes devem ser levadas em conta. A primeira delas é a altura dos bebedouros e a segunda é a quantidade de água nos bebedouros. Como altura, os bebedouros devem ser regulados na projeção do dorso dos frangos. Bebedouros regulados baixos não permitem o consumo adequado pois as aves não têm como succionar a água, pela ranhura no palato e pela anatomia do bico. Bebedouros regulados baixos prejudicam o consumo e aumentam o desperdício de água. Bebedouros regulados altos dificultam a chegada dos frangos para posicionarem-se para beber e, em alguns casos, dificultam o consumo pois os frangos não conseguem ver a água, especialmente os menores do lote. Com relação a quantidade, ela varia com a idade dos frangos. Na primeira semana os bebedouros devem ficar bem cheios, aproximadamente 90% de sua capacidade. A medida que os frangos vão ficando mais velhos, a quantidade de água deve ir diminuindo, até que aos 21 dias de idade a quantidade de água deve corresponder a 1/3 da capacidade dos bebedouros. Este procedimento deve ser considerado para não haver restrição de consumo de água no início da vida dos frangos e para não haver desperdício de água quando os frangos ficam mais velhos.
No caso dos bebedouros tipo nipple duas considerações também devem ser levadas em conta, que são a altura dos bebedouros e a vazão dos mesmos. Como altura, os bebedouros tipo nipple devem ser ajustados de tal forma que quando os frangos se posicionam para beber água, o ângulo da cabeça deve ficar em torno de 45o. No verão, é melhor que os bebedouros tipo nipple fiquem regulados baixos do que regulados alto. No verão, bebedouros regulados altos reduzem ainda mais o consumo de água. Com relação à vazão, cada tipo de bebedouro recomenda valores crescentes de vazão, de acordo com a idade dos frangos. Esta medida deve ser feita semanalmente, para evitar uma restrição de consumo de água.
Uma maneira prática de controlar a altura dos bebedouros é definir a altura ideal para o tamanho dos frangos, marcá-la com um elástico em uma das pernas, e caminhar pelo galpão acertando todos os bebedouros ou linha dos nipples com a mesma altura.
Outro problema comum com os bebedouros é o número inadequado deles dentro do galpão e/ou uma má distribuição deles dentro do galpão.
5.3 Restrição de consumo de água
Muitos técnicos recomendam a restrição alimentar para reduzir as perdas urinárias e fecais, com o intuito de melhorar a qualidade da cama. As evidências com relação a este parâmetro são positivas. Entretanto, quais são as conseqüências no que diz respeito as características produtivas, fisiológicas e imunitárias?
Leeson & Summers (1997) citaram um trabalho de Kellerup et al (1971), onde os autores forçaram uma restrição de consumo de água aos frangos. Pelo trabalho, pode ser visto a redução significativa de consumo de alimento pelas aves causada pela restrição no consumo de água (Tabela 11). Entretanto, pela interpretação dos dados, pode ser verificado que a mais marcante redução de consumo de ração ocorreu nos primeiros 10% de restrição de água. Esta informação é muito importante pois demonstra que os frangos devem ter água à disposição, sempre à vontade e, em condições de ser bebida. Uma pequena restrição compromete o seu desempenho.
Tabela 11 — Efeito da restrição de consumo de água no consumo de alimento.
Marks (1981 e 1985) demonstrou que a relação do consumo de água:consumo de alimento é um importante indicativo de eficiência de utilização dos alimentos pelos frangos. Assim, monitorar o consumo diário de alimento e água trata-se de um procedimento importante e que deve ser considerado. Savori (1978) e Van Kampen (1983) também demonstraram a importância desta relação de consumo água:ração. Suas equações de predição sugerem que para cada aumento de consumo de 5 g de ração ocorre um aumento de consumo de água de 8,5 ml. Em poedeiras, Van Kampen (1983) demonstrou que quanto maior a relação consumo de água:consumo de ração, maior é a eficiência de utilização do alimento.
Estes dados permitem fortalecer o conceito de que os frangos comem porque bebem. Mas, permite dizer mais. Quanto maior o consumo proporcional de água maior é o aproveitamento do alimento. Evidentemente, que os autores referiram-se a um aumento de consumo em ambiente de temperatura constante.
A restrição alimentar também provoca alterações fisiológicas e de imunidade dos frangos que não devem ser ignoradas. Bailey (1999), revendo a literatura, identificou que a restrição ao consumo de água promove um aumento significativo de ácido úrico, de uréia, de proteínas totais, de glicose, de potássio, de sódio e de cloro e de células vermelhas no sangue, além de um aumento do hematócrito. Os rins também são afetados pela restrição de água. O autor também identificou uma referência (Gross & Chickering, 1987) em que os pesquisadores observaram que aves com restrição de água, por 48 horas, tiveram reduzida a resistência ao desafio por Escherichia coli.
Entretanto, um aspecto deve ser ressaltado. A restrição de consumo não ocorre somente por falta de água nos bebedouros. A restrição pode ocorrer em casos em que a temperatura da água esteja muito elevada, e faz com que os frangos reduzam o seu consumo, ou pela posição dos bebedouros, que pode comprometer o consumo à vontade de água.
Esta é a razão pela qual em todos os galpões de frangos devem ser instalados medidores de consumo de água. Qualquer redução no consumo diário deve ser avaliada e pode representar problemas para o desempenho futuro dos frangos.
6 Equilíbrio hídrico
Macari (1996) definiu equilíbrio hídrico como a diferença entre a quantidade de água consumida por um animal e a quantidade de água excretada por este animal. Esta diferença deve ter como resultado um valor zero. Ele apresenta o equilíbrio hídrico com a seguinte equação:
Ai + Aa + Am - (Ae + Au + Af + Ac) = 0
onde Ai (água ingerida), Aa (água do alimento), Am (água metabólica), Ae (água evaporada), Au (água da urina), Af (água das fezes) e Ac (água corporal).
Para que os animais estejam em pleno equilíbrio hídrico, os mecanismos que controlam este processo devem estar devidamente ajustados. Quanto mais ajustados estejam, melhor será o desempenho dos animais.
7 Qualidade da água
Em várias regiões do mundo, a disponibilidade de água é o fator mais limitante para a produção de frangos de corte. Entretanto, em muitas regiões, a água está disponível mas sua qualidade é que limita a produção. Assim, de nada adianta a água estar à disposição se não há consciência da importância da manutenção de sua qualidade. As conseqüências da má qualidade da água são as mais variadas e as mais complexas. É importante lembrar mais uma vez a relação direta que existe entre o consumo de água e o consumo de alimento. Assim, toda a restrição de água que ocorre, vem acompanhada da perda de desempenho dos animais. Logo, preservar a quantidade de água e a sua qualidade é fundamental, se o objetivo é obter desempenho adequado e economicamente conveniente. Em geral, águas de superfície são mais difíceis de manter a qualidade do que águas de poços artesianos. Entretanto, muitas vezes a fonte de água é bastante boa e a qualidade é perdida pelo mau armazenamento, onde são empregados reservatórios sujos, não cobertos, passíveis de serem alcançados por pássaros, ratos e outros animais ou, mais facilmente, contaminados pelo ar. Também pode perder a qualidade pelo sistema de encanamento empregado, onde também os resíduos de minerais e microorganismos estão presentes. Assim, proteger os reservatórios e os encanamentos é um procedimento indispensável.
Várias são as características físico-químicas e microbiológicas que devem ser observadas quando da avaliação da qualidade da água.
7.1 Microorganismos
Somente a determinação da presença de microorganismos na água de bebida para frangos de corte não é suficiente. A quantidade com que eles encontram-se na água é que deve ser avaliada. Nos Estados Unidos da América, o The Bureau of National Affairs propôs que a água de bebida dos animais deverá ter menos que 5.000 coliformes totais/100 ml. Entretanto, eles citaram que isto só serve como um guia de recomendação. Além de Escherichia coli, na água também podem ser encontrados Salmonella spp, vibrio cholerae, Leptospira spp, protozoários e vermes.
Com relação aos coliformes, eles são classificados em total e fecal. Coliformes totais são bactérias encontradas na vegetação, em resíduos de animais e no solo. Já coliformes fecais são as bactérias provenientes de intestino de animais. Estas bactérias têm vida curta quando fora do corpo do animal. Assim, sua presença como contaminante indica uma contaminação recente. Macari (1996) indicou que os valores máximos de coliformes totais e fecais para frangos de corte são 10.000 UFC/100 ml e 2.000 UFC/100 ml, respectivamente. Entretanto, como coliforme total significa poluição da água, a recomendação é que sempre que aparecer coliforme total a água seja tratada. O mesmo autor (Macari, 1996) citou um trabalho de Geldreich (1972) em que o autor identificou um aumento significativo na freqüência de isolamento de salmonela, em amostras de água, quando o número de coliformes fecais foi superior a 200 UFC/100 ml. O autor também identificou que quando o valor foi superior a 2000 UFC/100 ml, 100% das amostras de águas analisadas tinham a presença de salmonela.
A cloração da água serve como procedimento para a sua desinfecção, eliminando enterobactérias. Entretanto, protozoários e enterovírus são menos afetados pelo cloro. Também é importante lembrar que substâncias como nitrito, ferro, hidrogênio, amônia e matéria orgânica diminuem a ação do cloro. A matéria orgânica transforma cloro em cloramina, que tem menos ação desinfetante. Maior o nível do pH da água maior a necessidade de cloro como desinfetante. Entretanto, excessiva cloração altera o gosto da água e pode comprometer o seu consumo e o desempenho dos frangos.
Meirelles et al. (1995) demonstraram que a adição de 5 ppm de cloro na água de bebida diminuiu o consumo de água dos animais mas os ganhos de peso, em diferentes períodos, foram beneficiados (Tabela 12). Os autores também verificaram que as UFC de bactérias diminuiu com a inclusão do cloro na água. No experimento foi usado hipoclorito de sódio.
Tabela 12 — Efeito da cloração da água no consumo de água e no ganho de peso dos frangos de corte.
Macari (1996) mostrou o efeito da cloração da água (2 a 3 ppm) na redução da sua contaminação bacteriana, em bebedouros de frangos de corte (Tabela 13). Esta redução tende a diminuir a transmissão horizontal de bactérias entre as aves, que estão consumindo água no mesmo bebedouro.
Tabela 13 — Efeito da cloração da água na redução da sua contaminação bacteriana.
Macari e Amaral (1997) mostraram dados bacteriológicos da água de bebedouros tipo chupeta e nipple. Como pode ser visto na Tabela 14, os bebedouros tipo pendular apresentaram uma contaminação muito maior do que aqueles do tipo nipple, sugerindo uma maior possibilidade de contaminação cruzada entre os animais do galpão e também que eles devem ser limpos freqüentemente, para que esta contaminação seja menor.
Tabela 14 — Efeito do tipo do bebedouro na contaminação bacteriológica da água (microorganismos/ ml de amostra).
7.2 pH
Estando o pH da água entre 6,0 e 9,0, a possibilidade de que ele venha a interferir na sua qualidade é pouco provável (Macari, 1996). O pH normalmente interfere nas reações químicas que podem estar envolvidas com o tratamento da água. Valor alcalino de pH reduz a eficiência da cloração da água enquanto que valor ácido, além de comprometer a conservação de metais das tubulações e equipamentos, também pode proporcionar a precipitação de algumas substâncias antibacterianas. O pH da água também pode interferir na resposta vacinal. Pouco é sabido de qual a diluição que deve ser feita de uma vacina quando o pH da água é ácido ou alcalino.
7.3 Sólidos dissolvidos totais (SDT)
Esta determinação é das mais importantes. Também é conhecida por salinidade. Oferece uma boa referência da qualidade química da água. Os minerais que normalmente mais contribuem para os valores de SDT são cálcio, magnésio, sódio, cloro, bicarbonato e enxofre. Segundo o NRC (1974), a medida em que o SDT aumenta a qualidade da água piora, causando a repulsa para o consumo de água e a perda de desempenho zootécnico (Tabela 15). Entretanto, os animais tendem a se adaptar, quando submetidos permanentemente a água de qualidade indesejada quanto ao teor de SDT. Em casos extremos, quando conhecidos os minerais que predominam na água, eles podem ser retirados total ou parcialmente da formulação das dietas. Este é o procedimento correto quando, por exemplo, o nível de sódio e cloro da água é muito elevado. Outra alternativa, para situações em que o valor de SDT é elevado, é o uso de substâncias trocadoras de ions. Estas substâncias são colocadas em colunas por onde a água deve passar, retendo os minerais que estão em excesso na água (normalmente sais de cálcio e magnésio). Entretanto, quando estas colunas ficam saturadas, elas devem ser recuperadas. A recuperação é feita passando uma solução com outro sal pela coluna. Este procedimento desloca os sais retidos. Porém, como normalmente estes sais são à base de sódio, é importante monitorar a teor de sódio da água tratada, para verificar se a mesma não ficou com um nível inadequado deste mineral (Leeson & Summers, 1997).
Tabela 15 — Qualidade da água para aves, de acordo com os valores de SDT.
7.4 Dureza
Como no caso dos SDT, a dureza da água pode ser causada por vários minerais e, entre eles, estão o cálcio e o magnésio. O maior problema com a dureza da água não está relacionado com a sua qualidade para os animais. Pouco eles são afetados por este fator. Entretanto, excesso de dureza pode comprometer fortemente as tubulações, por acúmulo de material no sistema. Este comprometimento das tubulações pode prejudicar a vazão de água nos bebedouros e, assim, indiretamente prejudicar os frangos de corte. A classificação para dureza da água para frangos está apresentada na Tabela 16.
Tabela 16 — Qualidade da água para aves, em função da sua dureza.
7.5 Outros minerais contidos na água
Várias são as possibilidades de outros minerais encontrarem-se nas águas de bebida. Os níveis máximos sugeridos variam com as fontes de informação.
A presença de nitrato nas fontes de água normalmente são devidas a adubação nitrogenada do solo ou proveniente de resíduos animais. O nitrito é resultante da redução do nitrato. Esta redução pode ocorrer no meio ambiente ou através das bactérias presentes no trato intestinal. Ele é 10 vezes mais tóxico que o nitrato. Além disto, o nitrito promove a oxidação do ferro da hemoglobina transformando-a, em metahemoglobina, comprometendo a sua capacidade de transporte de oxigênio. A presença de nitrato/nitrito na água também pode causar cianose nos frangos de corte e pode interferir no metabolismo da vitamina A. A supercloração da água rapidamente oxida o nitrito em nitrato, reduzindo a toxicicidade desta substância.
Na Tabela 17 estão apresentados níveis de alguns minerais em que acima dos indicados poderão causar problemas para o desempenho dos frangos de corte (Macari, 1996 e Leeson & Summers, 1997).
Por todos estes indicadores é que deve ser recomendado o monitoramento de qualidade da água pelo menos duas vezes por ano. O correto, especialmente em águas de superfície, que estas medidas sejam tomadas na época de abundância de água no ano e na época de pouca água no ano.
8 Efeito da má qualidade da água no desempenho de frangos de corte
Levantamento desenvolvido pela Universidade de Arkansas (Barton, 1996), junto aos produtores de frangos de corte, identificou que algumas características fisicoquimicas interferem em parâmetros produtivos mais do que outras. O autor identificou as variações de respostas, apresentadas na Tabela 18.
Tabela 17 — Níveis máximos de minerais que não interferem no desempenho dos frangos de corte.
Tabela 18 — Relação entre o desempenho de frangos de corte e as características da água.
9 Conclusão
A água é um nutriente indispensável para a vida, tendo em vista todas as funções que ela exerce. Os indicadores mostram que a quantidade e a qualidade da água oferecida aos frangos de corte não podem ser negligenciadas. Pela estreita relação entre consumo de água e consumo de ração, qualquer impedimento no consumo à vontade de água pode comprometer o seu desempenho. Este comprometimento ocorre pois a falta de água causa prejuízos à anatomia e à fisiologia do animal e também compromete o seu sistema imune.
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