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Produção Animal em 2019: a questão não é se chegaremos, mas sim como queremos chegar

Publicado: 12 de agosto de 2009
Sumário
Estudos de instituições nacionais como o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e internacionais como FAO, Banco Mundial e OECD são unânimes em afirmar que daqui dez anos o Brasil será a maior produtor de proteína animal do mundo. Projeta-se que 30% de toda carne consumida no mundo terá o selo "Made in Brazil". Analisando ...
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Julio Cesar Pascale Palhares
Embrapa
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Carlos Buxadé Carbó
Universidad Politécnica de Madrid - UPM
Universidad Politécnica de Madrid - UPM
17 de agosto de 2009
Estimado colega: Me temo que debe haber un error en su dato referenciado de que, en 10 años, el 30 por 100 de toda la carne consumida en el Mundo tendrá su origen en Brasil. Le ruego repase: a. Evolución prevista de la población mundial a 10 años vista. b. Consumo actual global de proteína de origen animal. c. Previsión de consumos de dicha proteina en el 2019. Un saludo cordial.
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Luiz Antonio Fernandes
IFMS - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
IFMS - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
15 de febrero de 2010
Prezado Dr. Palhares, Só agora tive a sorte de poder ler seu artigo. No dia 08.02.10, li o artigo do Sr. Hélio Cabral Júnior Arquitetando o crime do século contra a pecuária nacional, e parece-me que já é reflexo dos comentários do seu artigo. Preocupo-me com esses aspectos referênte criação de proteina animal na forma extensiva, principalmente por q o MAPA, até onde sei, não coloca suas cartas. Conheço alguns produtores aqui no Norte que estão migrando para o confinamento, pelos motivos de meio ambiente, e fazendo de suas pastagens áreas de recuperação e projetando sistemas agrosilviopastoril. O Sr. vê um modelo de produção em larga escala usando esses métodos? At. Fernandes TA-IFPA-Castanhal
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Julio Cesar Pascale Palhares
Embrapa
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16 de febrero de 2010
Fernandes, Quando pergunta um modelo de produção em larga escala utilizando esses métodos? A que métodos está se referindo? Podemos ter sistemas extensivos em grande escala e também sistemas confinados, a grande escala está relacionada a quantidade e não é só isso que interessa. Devemos aliar quantidade com capacidade de suporte do ambiente. Por exemplo, dez cabeças de bovinos por hectare no bioma amozônico ou no bioma Cerrado é diferente. Me preocupa quando ouço que a solução para bovinocultura de corte na Amazônia é a intensificação via recuperação de pastagens ou confinamento. Economicamente, sabemos que isso é benéfico, mas se feito de forma errada, ambientalmente trará grandes danos ambientais. É regra geral, quando intensificamos e concentramos uma grande quantidade de animais em uma pequena área, a presão ambiental é elevada. Um dos reflexos é uma grande quantidade de resíduos gerados por unidade de área, assim devemos ter um programa de gerenciamento desses resíduos bem estabelecido. Imagine se todos bovicultores no Norte do país migrarem para o sistema confinado e não tiverem um programa de gerenciamento de resíduos a consequencia imediata é a poluição dos solos e das águas, ou seja, preservaremos as florestas, mas iremos impactar outros recursos naturais. Lhe pergunto, esses produtores que estão migrando para o confinamento, manejam os resíduos? Estabelecer a produção pecuária na região Norte do país de forma sustentável não é uma tarefa fácil, mas é possível. Antes de tudo devemos conhecer muito bem as realidade econômicas, sociais, culturais e ambientais dessa região. Podemos aprender com as experiências nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, mas devemos criar uma pecuária amazônica, que ao meu ver ainda não existe. Um sistema produtivo específico para essa região que considere toda sua complexidade. também devemos responder a seguinte pergunta: o que queremos para amazônia? Enquanto não soubermos isso,ficaremos andando em círculos e perdendo tempo entre discursos e conflitos ideológicos
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Luiz Antonio Fernandes
IFMS - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
IFMS - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
18 de febrero de 2010
Prezado Dr. Palhares. Construir uma condição ambiental, parece, - pelo mesmos já sinto os efeitos aqui no campo - que é uma evolução para o Brasil, assim como aos produtores de larga escala e a agricultura familiar. A sustentabilidade que o setor procura é objetivamente adequar: Custo x Meio Ambiente(ecológico e social) x Produtividade. Se há a necessidade de criar: Um sistema produtivo específico para essa região que considere toda sua complexidade. também devemos responder a seguinte pergunta: o que queremos para amazônia?(Dr. Palhares). O Sr., cita que:Enquanto não soubermos isso,ficaremos andando em círculos e perdendo tempo entre discursos e conflitos ideológicos, diga qual seria o caminho certo? Será que no evento 5º encontro confinamento: Gestão Técnica e Econômica, ( 10 a 12 de março deste ano, no Centro de Convenções Prof. Dr. Ivaldo Melito - UNESP/ FCAV, em Jaboticabal, SP.) poderia elaborar-se um documento para os responsáveis pelas normatizações e licenças ambientais do governo, concernentes a: Emissões e tratamentos de dejetos(líquido, solido e gasoso), biodigestores, abatedouros, curtumes, transporte de animais eentre outros. Além disto, fora da área de manejo, quais seriam as necessidades de pesquisa pela Embrapa, de como reduzir o tempo de engorda do animal para abate, com novas técnicas alimentares. Espero poder colaborar no que for necessário para não ficarmos andando em circulos. At., Fernandes
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Airon Magno Aires
2 de marzo de 2010
Parabéns pelo artigo, excelente !!! Concordo que estamos distantes do desenvolvimento pleno de nossas produções pecuárias e ainda mais da sustentabilidade, e que dispomos de recursos e conhecimentos técnico para tal. Se olharmos para dentro das universidades e para os centros de pesquisa como o EMBRAPA iremos encontrar um biodigestor inflado de informações para oferecer ao produtor, no entanto, poucos são os incentivos para disseminar o conhecimento. e praticar o extensionismo rural. Por isso eu pergunto, que tipo de ação seria eftiva para aproximar os elos da sustentabilidade ambiental e o produtor rural. Forte Abraço Airon Magno Aires Zootecnista
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Romão Miranda Vidal
2 de marzo de 2010
Senhores. Falar ou comentar a respeito do artigo tão bem elaborado pelo Dr. Palhares fica um tanto dificil. Mas acredito que em termos de pecuária de corte -bovinos - a situação não é tão complicada. Podemos iniciar esta facilitação citando a Embrapa Gado de Corte, as Universidades e as Associações de Criadores de Raças Bovinas de Corte. O que chama a atenção no contexto criatório brasileiro é a diversidade de raças puras, raças sintéticas, além do grande número de cruzamentos, assim como o QUANTITATIVO. O Brasil se destaca pelo rebanho de bovinos -comercial - que se encontra dos pampas gaúchos às planícies de Roraíma. Mas isto não vem de encontro ao que mercado está buscando. Acredito que Segurança Alimentar com Qualidade serão os pilares básicos para que possamos ir muito além de 2019. Regimes extensivos, beirando ao orgânico Boi verde Boi orgânico Novilho Precoce Novilho semi-precoce Confinamento total Semi-confinado Ramos genéticos europeus e indianos. Enfim temos todas as condições edafo-climátcas, raciais, técnicas, mão de obra, pesquisas, apoio da iniciativa privada a exemplo da Ergomix, que nos levam a crer que o artigo publicado pelo nobre Dr. Palhares, nos chama a atenção para olharmos o futuro de forma consciente e com os pés no chão. Nossas considerações. Médico Veterinário Romão Miranda Vidal
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Julio Cesar Pascale Palhares
Embrapa
Embrapa
3 de marzo de 2010
Caros Colegas, Fico feliz em receber os comentários de todos sobre o artigo e ainda mais em saber que existem profissionais por esse país preocupados com as questões ambientais da pecuária nacional e se propondo a auxiliar no que for preciso. As colocações de todos são muito pertinentes e em conjunto nos levarão a tão almejada produção animal com segurança ambiental. Quanto as colocações do FERNADES, acredito que o evento em Jaboticabal seja uma oportunidade para se iniciar as discussões sobre qual seria o sistema de bovinocultura de corte ideal para as condições amazônicas, já que muitos atores estarão presentes, mas é fundamental que profissionais que atuam na região amazônica, estejam presentes. Produzir com qualidade ambiental não é uma tarefa fácil e simples, mas é viável e possível. Não depende de um, mas de todos. Penso que ninguém contesta que evoluimos na condição ambiental de nossas produções, principalmente de suínos, mas avanços são necessários. Como citado, a nutrição é a base de qualquer manejo ambiental. Quando bem feita, menor a quantidade de resíduo gerado e menor seu potencial poluidor, menor a emissão de gases e odores, menor o custo ambiental. Já dispomos de tecnologias nutricionais, validadas cientificamente, que impactam positivamente no manejo ambiental. Por quê não estamos utilizando muitas delas? Muitos dizem que é uma questão de custo, só que as análises de custo estão sendo de forma errada, não avaliando o custo de produção, mas somente o custo da dieta. Outra questão importante é estabelecermos indicadores de desempenho ambiental para as atividades pecuárias, não basta fazermos, devemos mostrar que estamos fazendo. Já somos questionados sobre a relação litros de água/kg de carne, KWh/kg de carne, CO2/kg de carne, etc. Recomendo a todos participarem do I Congresso Sul Brasileiro de Pecuária Sustentável www.anisus.com.br, uma boa oportunidade para delinearmos políticas e programas.
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Eder Ghedini
20 de abril de 2010
Olá Dr. Palhares! Ao meu ver, o aumento do poder aquisitivo não estará corelacionado de maneira satisfatória para um expressivo consumo de carne, veja bem, o custo de produção certamente aumentará, se hoje temos um custo x para pruduzir-mos determinada quantia de carne, com o passar do tempo teoricamente esse custo aumentará, certo? Sei que o nosso boi verde, tem um custo mais baixo, por outro lado, precisaremos adotar técnicas de manejo, por exemplo, de correção de solo, que pouco se vê hoje, haja visto a deteriorização e a precariedade dos solos com manejo muitas vezes extensivo de criação. O consumidor de baixa renda, irá comprar carnes nobres somente em épocas ou datas festivas, oque incide de maneira insatisfatória, colabora mas pouco! Precisamos sim, ao meu ver, tecnificar as propriedades mudando a cultura e determinados pensamentos que já se encontram ultrapassados. Penso que o consumo de carne tende a aumentar em função do crescimento populacional, a defazagem salarial de muitos trabalhadores, como eu, é evidente, a classe média de nosso país está empobrescendo. Acho muito precosce este tipo de análise, temos sim ao meu ver, trabalhar para que haja principalmente uma política governamental mais sólida e eficaz nesta área, com incentivos para produção e comercialização do produto.
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Maurício França
Maurício França
28 de abril de 2010
Prezados amigos, lí uma reportagem que produtores amazônicos estão consiguindo aumentar sua produtividade em um menor espaço, objetivando aumentar o turismo em sua fazenda em áreas prezervadas, acredito que isso fará com que eles aumentem quantidade de Kg/área ao explorarem a terra e os animais de maneira mais consciente. Em relação aos dejetos de confinamento, simposios tratando desse assunto fará com que mais produtores e profissionais abordem sistemas de manejo dos dejetos, assim consiguiremos em menor tempo mais pessoas informadas. Grande abraço. Maurício França.
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