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Preços reagem e Bolsa de Suínos fecha a R$ 2,18

Publicado: 12 de fevereiro de 2009
Fonte : Suinos.com
O suíno começou a recuperar os preços na Bolsa de São Paulo. Depois de encerrar sem negócios na semana passada, o pregão desta segunda-feira fechou cotado até R$ 41 por arroba, ou R$ 2,18 por quilo, o que representa uma valorização de 2,5% em relação aos últimos negócios realizados na Bolsa.
Na comparação com os valores praticados no mercado regional durante a semana passada, a alta foi ainda maior, chegando a 7,8%.
Apesar deste aumento, o clima foi de muita apreensão por parte dos produtores, que viram os preços despencarem de R$ 70 para R$ 41 por arroba em apenas três meses. Apesar dos efeitos da crise financeira mundial e da tradicional redução do consumo neste período, os criadores garantem que não existe razão para cotações tão baixas, uma vez que o quadro de oferta e demanda está muito equilibrado.
O suinocultor Ricardo de Mello, de São Sebastião da Grama, garante que a praça paulista está negociando animais mais leves, em torno de 88 quilos, para atender a demanda aquecida. "Não tem animais, a semana passada foi muito boa para vendas. Precisei comprar suínos para atender alguns clientes e foi uma loucura para conseguir. Por isso não tem justificativa para preços tão baixos", disparou o produtor.
Animais do sul e rede varejista pressionam cotações em SP
Os criadores atribuem parte desta pressão ao aumento da oferta, de animais e de carcaças, por parte de frigoríficos e suinocultores independentes de Santa Catarina em São Paulo com preços bem mais baixos, entre R$ 37 e R$ 38 por arroba. Mas, ainda assim, a conta não fecha. O presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira Junior, mostrou que o volume ofertado pelos catarinenses está relativamente baixo em relação à demanda.
Um levantamento do Ministério da Agricultura calculou que este excedente representa cerca de 1,5% do consumo, o que significa que para absorver este produto, o mercado precisaria de um incremento de apenas 195 gramas por habitante ao longo do ano. Reforçando este quadro, Mello reforçou que os frigoríficos do Estado também estão sofrendo pressão por parte da rede varejista. "Os açougues estão comprando a carcaça a R$ 3 e vendendo a R$ 10, isto é um absurdo. O consumo da carne suína é baixo no país por causa do preço no varejo e ele não reflete a realidade do campo", provocou o suinocultor.
Suinocultores perdem R$ 60 por animal vendido
Ao mesmo tempo em que as cotações do animal entraram em queda livre nos últimos meses, os preços do milho e do farelo de soja subiram nas principais praças brasileiras. Apesar das últimas retrações nos valores do milho e da soja, que juntos representam cerca de 70% do custo de produção, os criadores reclamam que ainda estão em um patamar muito elevado.
O produtor de Brotas, Carlos Alberto Cunha, destacou que a suinocultura precisa de quedas ainda maiores nos custos. "É verdade que o milho está caindo, mas caiu de R$ 25 para R$ 22 por saca de 60 quilos. O farelo caiu de R$ 1.100 para R$ 950 por tonelada, isso não resolve o nosso problema, os preços ainda estão muito altos para a nossa realidade", afirmou. O mesmo cenário foi descrito pelo produtor de Limeira, Pedro Tosello. "Estamos perdendo R$ 60 por animal vendido", garantiu Tosello.
Perspectiva de novas altas
Depois da reação no último pregão, Ferreira aposta em novas altas para o suíno ainda nesta semana. Segundo ele, o mercado será puxado pela combinação de possíveis reajustes nos preços das carcaças de Santa Catarina com a oferta ainda menor que nas semanas anteriores e o fato de os produtores estarem com animais leves, o que possibilita um encolhimento da oferta até acontecerem novos reajustes. 
Fonte
Suinos.com
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