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Mercado internacional e antigos gargalos de logística e infra-estrutura

Publicado: 7 de janeiro de 2011
Fonte : Engormix
 
 
 
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Engormix
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Gilman Viana
Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa-MG)
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Romão Miranda Vidal
22 de marzo de 2011
Srs. Vamos por parte como dizia aquele magarefe na linha de processamento. Os nossos produtos -proteína vegetal e proteína animal- sofrem de um mal crônico, quando se trata de exportá-los. Este mal crônico é conhecido por; AUSÊNCIA DOS GOVERNOS FEDERAL E ESTADUAL NO SISTEMA LOGÍSTICO DO BRASIL. Vou exemplificar um. Só um. O sistema logístico da Vale do Rio Doce. A Estrada de Ferro Carajás, é o exemplo mais claro da suprema importância na logística exportação. Analisemos o seguinte. A velocidade média nos 892 quilometros da ferrovia é de 80 km/h com os vagões vazios e de 75 km/h com os vagões cheios e pasmem, a média por composição é de 53 vagões, em bitola larga. A Estrada de Ferro Carajás, acredito possuir algo em torno de 100 locomotivas e 5400 vagões. Isto representa dizer que este tipo de modal contribui em muito para minimizar os preços das comodities exportadas. Nós não conseguimos baixar o preço da tonelada exportada por Santos ou Paranaguá. A diferença de preços da tonelada exportada de soja, entre o Brasil e os Estados Unidos é de US$ 320,00. Não adianta o pecuarista se esforçar em produzir o melhor novilho, se ao embarcar em um caminhão já inicia a tragédia. São caminhões sem a mínima condição de transportar animais. Motoristas sem o mínimo preparo para conduzir uma carga preciosa como a de novilhos. Motorista que usam chicote elétrico para arrumar a boiada na carroceria. De nada adianta se ufanar que temos o maior rebanho do mundo e que estamos lutando bravamente contra a Febre Aftosa. Isto é obrigação nossa. Da classe Médica Veterinária, do falido MAPA/DSA, das Secretarias Estaduais de Agricultura e etc e tal. Todos puderam acompanhar a situação do Paraná. Caiu uma ponte. Cairam as exportações. Por quê a ponte caiu? Pelo simples fato que nunca. Reptio nunca fizeram manutenção das cabeceiras da ponte. Ela simplesmente foi "encolhendo" com a erosão das cabeceiras, que paliativamente eram cobertas com camadas de asfalto. Nunca se preocuparam em vistoriar o trajeto do rio, para analisar os possíveis pontos de contenção, quando das chuvas advindas das "cabeças d'água" que são águas oriundas das chuvas no alto da Serra do Mar. É um mini-tsunami fluvial. Não temos logistica. Não temos infra-estrutura. Não temos portos competitivios. O porto de Paranaguá se modernizou. Sabem a onde? No terminal de exportações de veículos (Renault, Nissan, Volvo, Woslkwagen) e em máquinas (New Holland, Fiate/Ford) e nos terminal de conteineres. E em relação aos grãos e carnes? Não vou nem comentar. Uma carga de soja que sai de Maracaju com destino à Paranaguá, demora 14 dias. O mesmo trajeto em quilometros, nos Estados Unidos, demora? Sabem quanto? 4 dias. Isto de trem. Nos Estados Unidos cargas pesadas, granéis sólidos e liquidos são transportados por ferrovias e hidrovias. Cargas leves e perecíveis por caminhões. Aqui nenhum e nem outro. Um exemplo (mais um) a ALL LOGÍSITCA, transita em um trecho ferroviário - Curitiba-Paranaguá - com mais de 100 anos. Iniciou em 1880. Empregou 9.000 homens. E hoje? Ultrapassada. As composições descem com 23 a 30 vagões e com duas locomotivas e no meio do caminho usam uma máquina que chamam de "help", para segurar ou diminuir a velocidade da composição. E são 110 quilômetros. Agregação de valores. Ou comodities temperadas. Návios fabrica. Abastecem os porões de soja em grãos. Levantam âncora e iniciam o processamento do soja. Quando aportam no destino final, o produto já está processado e só falta o refino e agregação de valor. Frango. Batemos no peito que somos um dos maiores exportadores de frangos griller.. Mas não agregamos valor ao peito exportado (o de frango, é claro).Patas de frango. Estamos vendidos para o Japáo, China, Cingapura, Coréia do Sul, por três anos. Patas in-natura. Alguém ja teve a idéia de pesquisar os mercados acima citados e analisar a forma como consomem a carne de frango? Simples e fácil. Não precisa ser inteligente. É só verificar os hábitos e costumes e fornecer o prato pronto. Um cliente meu, exporta para a Coréia do Sul, macarrão instantâneo. Os coreanos fornecem as embalagem, todas com informações no idioma coreano (chinês que não seria...), fornecem o tempero que é embalado aqui e lógico a embalagem. O que este meu cliente faz? Simplesmente recheia as embalagens com o macarrão instantâneo e o tempero e exporta. Que tal se fizessemos isto com a carne de bovinos, suinos, aves, marrecos(???). Mas antes é preciso as classes produtores iniciarem uma campanha de privatização das rodovias, das ferrovias, dos portos. Tercerizar o Serviço de Inspeção Federal. Construir novos terminais para cargas congeladas. Construir mais vagões para conteineres frigoríficos. Construir novos "portos secos". Caso contrário, senhora pecuarista e senhor pecuarista, os seus esforços nunca serão recompensados à altura de que são merecedores. De carona a Classe Médica Veterinária de campo e industria. Atenciosamente. Médico Veterinário Romão Miranda Vidal.
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Ricardo Gomes
CATI - Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Secret. Agric. São Paulo)
CATI - Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Secret. Agric. São Paulo)
10 de enero de 2011
Parabéns pela entrevistas, vem de encontro que nós colegas da CATI da Sec. da Agricultura do estado de SP conversamos com implantação de manuais técnicos de Boas Praticas, e é isso mesmo, alguém tem que abrir o caimnho, o rebanho de Santa Catarina é modesto e sobrará mercado para o restante do país e esse rebanho atende exigencias internacionais. Mas o mercado que sobrará será para pecuaristas organizados que atendem mercado exterior, isso tem que ficar bem claro. Recentemente, orientando um colega de Iturama/MG em nossa pós de Gestão de Projetos, sugeri a ele e o seu companheiro na monografia, descrever a perspectiva para o mercado de carne nas fronteiras Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Goias e não muito surpreso, o que falta é seriedade entre muitos pecuaristas e acreditarem no mercado exigente, alguns caminham para o sucesso e outros fuscam o próprio sucesso e o sucesso de todo um mercado nacional, até quando eles se manterão desorganizados e perdendo espaço e até quando não vamos diminuir nossos custos e tereremos que infrentar essa nosssa infra estrutura precária e os gargalos da logistica que nela concerne, a esperança é verde e, verde são as lindas pastagens que esse boi quase verde estão em cima sustentando parcialmente o PIB Brasileiro. Ainda falta muita genética, alimentação e sanidade, o tripé do processo diário que qualquer propriedade deveria ter.
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Maíra Vasconcelos
7 de enero de 2011
Olá, comunidade Engormix. Comente os temas abordados em entrevista concedida por Gilman Viana, em dezembro de 2010, poucos dias antes de terminar sua gestão à frente da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), iniciada em 2007. Além de Santa Catarina, o mercado agropecuário brasileiro sentirá as repercussões positivas com a abertura das exportações de carne bovina aos Estados Unidos? São projetadas oportunidades de crescimento para o mercado brasileiro agropecuário, dado principalmente à sua capacidade de expansão da produção interna de alimentos para atender a crescente demanda internacional. Porém, o Brasil ainda amarga perdas devido a deficiente situação de infra-estrutura e logística. Quais são as maiores perdas geradas por esse gargalo? Espero seus comentários.
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