O PIB do agronegócio de Minas Gerais cresceu 11,1% nos primeiros nove meses de 2010 em relação a igual período de 2009. Com base nesta alta, o Cepea/USP (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo) estima renda anual de R$ 97,6 bilhões (a preços de 2010).
O estudo foi encomendado pela FAEMG (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais) e SEAPA (Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais).
A aceleração dos preços - reflexo do contexto internacional - e o aumento dos volumes produzidos vêm elevando a taxa de crescimento da renda do agronegócio mineiro neste segundo semestre. Apenas em setembro, o Cepea/USP calcula que o PIB cresceu 1,12%. Do montante total do PIB, R$ 55,8 bilhões deverão ser gerados pelo agronegócio agrícola. O agronegócio da pecuária deverá movimentar R$ 41,2 bilhões. Entre todos os segmentos, a maior expansão foi verificada na indústria de processamento vegetal, que apresenta crescimento de 21,82% em relação a 2009.
O agronegócio da agricultura cresceu 1,2% em setembro, ritmo um pouco abaixo do verificado em agosto. Observaram-se aumentos de preços, mas houve leve recuo no volume. O destaque foi a redução das estimativas de produção de carvão vegetal. Na agroindústria, os preços médios recuaram um pouco, mas o volume melhorou de forma expressiva. O aumento de 2,89% das vendas de insumos deu fôlego considerável à agroindústria vegetal. Os segmentos básico, agroindustrial e de distribuição mantiveram crescimento semelhante entre si, com taxas entre 1,1% e 1,2%.
No agronegócio da pecuária, o aumento em setembro foi de 1%, bem superior ao de agosto, de apenas 0,28%. Os preços ao produtor aumentaram para todas as atividades primárias. Na agroindústria deste setor, o movimento também é de alta, mas a média de preços ainda é ligeiramente menor que a verificada no ano passado. Não houve variação nas projeções de setembro do volume produzido, mas os números indicam crescimento significativo para quase todos os itens da pecuária. O aumento dos custos, especialmente das rações, começa a ser sentido ao longo da cadeia produtiva.