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Resíduos de Medicamentos em Carcaças e Excretas no Meio Ambiente

Publicado: 8 de julho de 2010
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Autores:
Prof. Dr. Mário Navarro
Universidade Federal do Paraná - UFPR
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Maíra Vasconcelos
21 de julio de 2010
Convido aos usuários a comentar o video gravado com o professor doutor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Mário Navarro, sobre o impacto dos resíduos de medicamentos presentes em carcaças excretas no meio ambiente. Deixo o espaço aberto para questionamentos, aporte de informações e também o início de novas discussõe sobre o assunto. Obrigada.
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Paulo Martins
Biocamp
21 de julio de 2010
Parabenizo o Professor Doutor Mário Navarro pela preocupação dos impactos da utilização de antimicrobianos no meio ambiente. Na produção animal possuímos órgãos que regulamentam a utilização dos produtos veterinários, outros que estabelecem os limites máximos de resíduos, outros que controlam o lançamento de dejetos no meio ambiente, outros que fiscalizam cada uma das etapas. Mas entendo muito bem quando o Professor mostra sua preocupaçãocom o macroambiente. É exatamente neste sentido que pergunto: Como é desenvolvido este mesmo controle para a população humana? É de conhecimento geral o uso de antimicrobianos por grande parte da população sem acompanhamento médico, sua venda é livre. Aliás, o uso de antimicrobianos não é controlado nem sequer dentro dos hospitais públicos ou privados. O uso de hormônios (anticoncepcionais por exemplo) é largamente utilizado pela grande maioria das mulheres sua venda também é livre. Sub-produtos ou metabólitos dos antimicrobianos e anticoncepcionais são eliminados via fezes e urina e lançados na rede de esgoto, fossas sépticas, ou diretamente no meio ambiente. Muitos deles permanecem ativos mesmo após tratamento sanitário. Seguindo o ciclo da água todos estes produtos retornam ao meio ambiente e podem retornar à cadeia alimentar. Qual o impacto desta carga de drogas e seus metabólitos no meio ambiente? Ela é maior ou menor que a contaminação originada na produção animal?
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Julio Cesar Rodrigues Da Silva
21 de julio de 2010
Caro Professor Acabo de ver sua entrevista sobre o tema dos resíduos de substâncias terapêuticas no meio ambiente. Realmente, também considero que este assunto está diariamente em destaque nos meios de comunicação, principalmente naqueles veículos da midia focados no ambientalismo e na sustentabilidade. Certamente, as informações veiculadas chegam à sociedade, mas na maioria das vezes, se não dizer, em todas as vezes de forma distorcida, repercutindo negativamente, e fazendo com que as pessoas desacreditem que existam instituições sérias, fiscalizando, operadas por profissionais idôneos, assim como V.Sa. milhares de colegas e eu. Chamou minha atenção seu enfoque na fabricação de produtos saudáveis por acho que os nossos produtos são de fato saudáveis à luz da tecnologia disponível cuja a produção é realmente limpa por que é acredita por inúmeras auditorias nacionais e internacionais. As informações disponíveis, até agora, são aquelas que encontramos na literatura científica e as que trazemoos aos congressos. Muito há de se fazer, principalmente na academia, pela geração de novos conhecimento, comprovados repetidamente, para que de fato possamos informar à sociedade que tipos de transformações os antibióticos sofrem quando expostos na natureza para que nenhum grau de incerteza exista para a população. Endosso, plenamente o raciocínio do colega Paulo Cesar Martins, que me antecede no comentário, de que os produtos do arsenal terapêutico humano, também é lançado na natureza, de forma completamente descontrolada desde a sua origem nas farmácias até a deposição nos esgotos e freático. Para finalizar, cabe lembrar que a maioriia dos médicos, nos consultórios da vida, falam barbaridades sobre a proteína de origem animal, seja pelos resíduos ou pela própria composição nutricional. Deveriam ser eles melhor informados para que possam participar de um debate autêntico sobre como resolver o assunto.
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Marcelo Andrade
Des-Vet Produtos Veterinarios (Brasil)
23 de febrero de 2011
Como profissional e como cidadão fico feliz que temas construtivos como esse tenham destaque. Na estipulação de Limites Máximos de Resíduos e da Ingestão Diária Admissível por exemplo, assim como no desenvolvimento de medicamentos e produtos veterinários, esses fatores também são avaliados visando produtos cada vez mais eficazes, seguros e de menor impacto ambiental. De uma maneira geral, os antimicrobianos são eliminados principalmente através das fezes e/ou urina, variando de um antimicrobiano para outro, portanto, o tratamento das excretas animais nas propriedades rurais pode auxiliar bastante na diminuição de possíveis impactos ambientais. Me preocupa mais os resíduos de outras classes de insumos agro-pecuários, como os praguicidas, que possuem estabilidade e influência no meio ambiente muito maior do que os antimicrobianos. Para se ter uma idéia da complexidade desse tema, plantas e fungos que estão no meio ambiente e inspiraram os primeiros antimicrobianos e a produção de seus derivados sintéticos convivem com as bactérias há milhões de anos sem apresentar desequilíbrios ambientais, portanto não seriam os resíduos de antimicrobianos nas excretas de animais, em boa parte das vezes já metabolizados em formas inativas, os fatores mais significativos para focarmos em um primeiro momento. Concordo plenamente com o Dr. Paulo César e vou mais além, pois o impacto ambiental causado pelas pessoas nas cidades é infinitamente maior do que o impacto de resíduos de excretas animais no ambiente, mas temos que focar no que podemos fazer, como pessoas, pais e mães, profissionais e formadores de opinião para contribuirmos no manejo e tratamento adequado das excretas animais nas propriedades para minimizar seu impacto no solo e nos rios, represas, lagos, lençóis freáticos e inclusive o mar. Outro ponto que devemos abordar como sociedade, é a preconização cívica e responsável de produtos por médicos, médicos veterinários, zootecnistas e agrônomos, cada profissão em sua área, se possível acompanhando suas respectivas orientações mais de perto, para garantir seus usos adequados, a eficácia e a segurança nos tratamentos ou controles de doenças ou pragas, pois é muito comum haver a preconização de um produto pelo profissional e o cliente, seja ele um produtor que usará um produto veterinário ou agrícola, ou paciente de um médico, ficar responsável pela compra e o uso adequado do produto, sem ter mais nenhum contato com o profissional que receitou o produto. Essa conduta eleva a possibilidade de usos inadequados. Outro ponto a ser abordado, deve ser o destino de sobras de produtos, tanto nas propriedades rurais, como nas cidades, basta lembrarmos daquela farmacinha que cada um de nós tem em casa, com quantidades de medicamentos em quantidade insuficiente ou até com prazos de validade vencidos. Gostaria de ressaltar que esse tema deve se abordado de uma forma técnica, mas o que fará mesmo a diferença para progredirmos no assunto, será nossa consciência cívica e cada profissional procurar auxiliar na área que lhe compete, pois o que mais vejo são pessoas e empresas mostrando os problemas em outras áreas, e não fazendo nada para melhorar algo que está a seu alcance.
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Marcos Tadeu Palotta
25 de abril de 2011
Prof.Dr. Mário, Compreendi sua abordagem como um alerta para o manuseio seguro dos medicamentos disponibilizados. Entendo que, da prescrição à utilização temos: 1- processo fabril da produção e riscos de resíduos e contaminações cruzadas. O crescimento da produção viva tem de ser acompanhado pela adequação da capacidade segura na produção de rações. 2- controles de estoques de rações nas fábricas, transporte dedicado dependendo do tipo de ração, controle de estoque nas granjas, principalmente nos volumes de ração abate. 3- manejo da alimentação e cuidados com sobras de ração, principalmente nos comedouros, causa principal de resíduos em carcaças. Estes são alguns dos parametros de controle que estão ao nosso alcance e devem ser objetivos diários para a inocuidade das carnes produzidas e controle sobre impacto ambiental. Muito importante, conveniente e necessária esta sua abordagem.
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Flauri Migliavacca
MIG-PLUS
25 de abril de 2011
Ficou muito bem definido o que o Dr. Paulo César Martins comentou sobre o video do Médico Mário Navarro. Em vários artigos já publicados, sempre se deixa pessoas ignorantes comentar assuntos de alta releância e a imprensa faz sensacionalismo. Eu duvido que alguem que comanda uma revista e ou um jornal não sabe que o frango não ingere hormonio de nenhum tipo, mas continuam permitindo que algum sem graça, faça menção no assunto e publicam. Sobre o uso prudente de antibióticos na produção animal De maneira geral o povo do mundo todo está sendo mal informado sobre o uso racional de antibióticos, principalmente os de uso em produção animal. Inclusive Promotoria Pública e o PROCON. (por interesses) Foi demonstrado que após uso racional de antibióticos, com retiradas previstas antes dos animais irem para os frigoríficos, (carência). Coletados os órgãos por onde estas drogas são eliminadas, foi realizado um cálculo destes resíduos, provando que um ser humano terá que consumir em média 25 kg deste órgão (Fígado, rins, etc.) por dia, durante 50 anos, para ter uma probabilidade em 100.000 para ter seqüelas do uso de um antibiótico da maneira como estamos expondo. Portanto, a probabilidade é zero. Não existe a interferência cruzada de resistência bacteriana pelo consumo de carnes e muito menos ovos e leite. Não existe prova científica cabal demonstrando isto! As carnes, os ovos, o leite, enfim a produção animal deste país é da mais alta qualidade mundial e os países do primeiro mundo tem muito medo deste gigante chamado BRASIL e nos impõem restrições diárias para nos tornarmos incompetentes perante seus mercados. Os antibióticos racionalmente utilizados em produção animal, todos, todas as pessoas indistintamente sairão ganhando, mais ainda os consumidores. Podem comer sem medo. É claro que estamos falando de produtos de origem animal INSPECIONDOS por órgãos competentes e não comprar carnes, ovos e leite clandestinos. Todas as empresas de Nutrição que produzem seus premixes e núcleos para complementar as necessidades exigidas de cada espécie animal, possuem em seu departamento técnico um Veterinário responsável pelas equipes de campo e está em comunicação diária. Hoje, nenhum animal vai para o abate sem o boletim sanitário, um documento onde consta o que este lote de suínos comeu ou deixou de comer. Empresas estão autorizadas e constantemente auditadas pelo Ministério da Agricultura para fazer uso de antibióticos em seus produtos (Não são hormônios). Para usar estes produtos o Ministério da Agricultura certifica a Instrução Normativa 65, da qual raras empresas se habilitam. Todos os Veterinários e criadores trabalham na mais nítida transparência, ninguém quer mais enganar ninguém, todos sabem que o mercado é selecionador. Ninguém mais tem cacarecos pra vender ao consumidor. Temos somente alimento saudável. Devido a União européia não utilizar os antibióticos como promotores de crescimento, adotando assim o principio da precaução para não criar resistência, os americanos usam o principio da prova, causando assim esta polemica toda sobre o uso deste aditivo. Eu como Veterinário quero sempre comer as carnes, ovos e leite, de animais que foram alimentados com antimicrobianos e retirados dentro do prazo, pois com certeza estes animais foram prevenidos contra as doenças. No caso da EUROPA, jamais esta prevenção vai acontecer, pois é certo que se você comer carne, leite e ovos neste continente, comerá carne de animais que adoeceram, porque, após a retirada destes produtos antimicrobianos como promotores de crescimento (não é hormônio) a Europa teve que dobrar ou triplicar o uso destes antibióticos, não mais para prevenir, e sim para curar os doentes. Aumentando assim o prejuízo do criador. (Quando você nota o lote doente, já perderam 10 kg em média) Portanto consumidor, você prefere comer qual das carnes? Do animal que ficou doente comendo antibiótico em altas doses, ou carne de animal que comeu antibiótico como promotor e jamais viu doença na vida? Tudo isto e muito mais fazem para enganar o consumidor, mal informado. Sobre o meio ambiente e as excretas e residuos nas carcaças que o Médico Navarro fala no seu vídeo, repito aqui o que o Paulo Cesar Martins abordou no seu comentário; E as excretas dos humanos? O uso indiscriminado destes medicamentos, hormonios humanos principalmente, nada se comenta o que ocorre no meio ambiente, isto tudo sendo descarregado nos rios e outras fontes de água que retornarão ao consumo humano.
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