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“Síndrome reprodutivo e respiratório do suino”, da sigla Inglesa (PRRSV).

Publicado: 3 de janeiro de 2011
O vírus do “síndroma reprodutivo e respiratório do suino”, da sigla Inglesa (PRRSV), continua a ser o flagelo da indústria suinocultora, produzindo, de acordo a vários estudos feitos respeitantes ao mercado Estado Unidense, entre 650 a 800 milhões de US Dollars/ano em prejuizos. Vamos já com mais de 20 anos de luta para tentar controlar este problema e, ainda que se saiba hoje muito mais do que se sabia nos fins da década de ’80, ainda não conseguimos chegar aos resultados por todos desejados. Porquê ? Não é certamente por falta de esforços conjugados, não só dos próprios suinocultores, como também da classe cientíica e de vários incentivos em termos do necessários apoio financeiro, desde os privados até aos Governamentais. Aqui poderíamos, com o devido respeito, parafrasear (alterando ligeiramente) a célebre frase de Winston Churchill, dizendo que: “ Na história dos problemas Veterinários, nunca tantos deveram tanto a tão poucos.” Não posso aqui enunciar os nomes de todas as entidades envolvidas nessa luta gigantesca, pois que me arriscaria a pecar pela ausência de alguns. Desnecessário será elaborar aqui uma informação completa sobre o síndroma, dado que tal tem sido já vastamente publicado, limitando este artigo a uma sugestão complementar. As vacinas até aqui produzidas não têm permitido obter, e sobretudo manter, os níveis de proteção desejados. Científicamente sabe-se o porquê desta dificuldade, mas sabe-se também do grande problema em o remediar devido a uma multitude de factores, começando na natureza do próprio vírus e alargando depois à fisiologia do suino e finalmente às variadíssimas interdepêndencias relacionadas aos processos utilizados na exploração da actividade, onde para além das faltas ambientais se podem, e muito especialmente, adicionar as administrativas. Dos inúmeros estudos feitos até esta data foi-se gradualmente verificando que, não obstante se tratar de um vírus particularmente difícil, onde for possível aplicar os conhecimentos existentes conjugados com os recursos médicos existentes, consegue-se uma situação controlada (a tal estabilização do rebanho) que se pode prolongar por tempo tão largo quanto seja a determinação de assim o fazer. A razão desta solução não ser já uma rotina para todos mas únicamente um privilégio de poucos, será motivo de debate, mas no meu parecer talvez se lhe possa atribuir, em princípio três (3) pontos de partida: 1) Motivação, 2) Elucidação, 3) Disciplina. Das três (3) alíneas mencionadas a primeira está naturalmente explicada pelas perdas económicas, frustração, e o desejo de vencer o problema. A segunda presume que não haja o conhecimento suficiente para enfrentar a situação requerendo, óbviamente, um processo de esclarecimento e ensinamento conducente à finalidade desejada. A terceira, ainda que o não pareça, poderá ser das três (3) a mais difícil de alcançar, pois é por via de uma disciplina bastante forte que se conseguem conquistar as 2 primeiras e, finalmente, executar todas elas no seu conjunto. Dado que a motivação e a disciplina são características humanas inatas, ainda que possam ser posteriormente adquiridas, resta pois a última do triângulo que é a elucidação, e neste ponto eu diria que dada a gravidade que todos sabemos ser a existência e continuidade desta calamidade, uma bem orquestrada campanha de ensinamento, utilizando os recursos de propagação de informação que hoje temos ao nosso dispôr, aliado a seminários especialmente dedicados ao assunto e orientados por Veterinários, Técnicos especializados, tele-conferências Nacionais e Internacionais bem como, sessões selectivas por distribuição geográfica indo do centro para a periferia, poderia lograr-se um controle do problema e, numa última e almejada meta, a sua eradicação. Sinceros votos de que o 2011, e os seguintes, nos tragam a todos saúde, paz e prosperidade. Duarte Santos (DVM-Angola, especialista em suinos-Canada).
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