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Avaliação do escore fecal e análise econômica com o uso de ácidos orgânicos e óleos essenciais em dietas para leitões

Publicado: 19 de fevereiro de 2024
Por: Alexandre Alves Martins1* Melissa Izabel Hannas2 Júlio Maria Ribeiro Pupa3, Alexandre Alves Martins1*, Melissa Izabel Hannas2, Júlio Maria Ribeiro Pupa3.1Msc. Nutrição de Monogástricos. Universidade Federal de Viçosa, MG*.2Professora Departamento de Zootecnia. Universidade Federal de Viçosa, MG. 3 All Nutri LTDA - Viçosa-MG.
INTRODUÇÃO
Como forma de minimizar os efeitos negativos do desmame, busca-se desde a década de 50, garantir o melhor desempenho dos leitões na fase pósdesmame, através de estratégias nutricionais (VIEITES et al., 2020).
Existem perdas com a diarreia em leitões desmamados em todo o mundo e a morbidade é extremamente variável, em função dos fatores predisponentes existentes ou não nas criações (MORÉS & MORENO, 2012).
Na fase pós-desmame, além da baixa digestibilidade das dietas, os leitões têm baixa produção de HCL estomacal, o que favorece o desenvolvimento de patógenos, principalmente as cepas de Escherichia coli enterotoxigênicas, responsáveis pela síndrome da diarreia pós-desmame (LIMA; MORÉS; SANCHES, 2009).
Essa redução de digestibilidade é resultante da baixa secreção enzimática levando ao comprometimento da integridade intestinal com diminuição na relação de altura de vilosidade e profundidade de cripta (BOUDRY et al., 2004).
O principal sinal clínico é diarreia com consistência variando de pastosa a líquida, de coloração amarelada ou acinzentada, com perda progressiva de peso. Os leitões afetados apresentam apatia, perda de apetite, desidratação e mau estado corporal (MORÉS & MORENO, 2012). Pode ser observada agitação da cauda, as extremidades do focinho, orelha e abdômen podem estar cianóticas, a temperatura retal tende a ser normal e, eventualmente, podem ocorrer sinais de incoordenação motora (FAIRBROTHER & GYLES, 2006).
Em decorrência da desidratação, pode ocorrer hemo-concentração, acidose metabólica (MORÉS & MORENO, 2007) e depleção de eletrólitos evoluindo para a morte. Em alguns casos, um ou mais leitões em boas condições podem morrer subitamente no início da doença, geralmente observado por volta de dois dias após o desmame, sendo o maior índice entre 6-10 dias pós-desmame (FAIRBROTHER & GYLES, 2006).
O uso amplo e algumas vezes indiscriminado de antimicrobianos pode resultar na seleção de bactérias resistentes, que podem prevalecer na população bacteriana e transferir material genético para outros microrganismos suscetíveis, que então adquirem resistência (VAZ, 2009).
Num contexto geral a tentativa de eliminar, totalmente ou parcial a utilização de antibióticos melhoradores de crescimento animal, a utilização de ácidos orgânicos e de fitogênicos tem sido estudado como ferramentas para melhoria de desempenho dos animais em momentos críticos da produção (VALERIANO et al., 2017).
O ácido butírico, tem ação acidificante, antimicrobiano, e é uma fonte energética preferencial para as células intestinais agindo sobre a multiplicação celular e integridade da mucosa. Atua positivamente sobre a atividade microbiana luminal, favorecendo os microrganismos benéficos e controlando os microrganismos patogênicos (MACHINSKY, 2008).
O ácido benzóico segundo Mroz, (2000), utilizado como conservante antibacteriano ou antifúngico de alimentos, em sua adição a dietas pode provocar a queda do poder tampão destas e consequentemente provocar a acidificação da urina. Tem ação antibacteriana sendo ativo contra agentes gram negativos (enterobacteriae) e gram positivos.
Outro ácido orgânico muito utilizado na alimentação animal, é o ácido fórmico, atua principalmente em leveduras e bactérias como Bacillus spec. E. coli e Salmonella, sendo pouco efetivo contra Lactobacillus e fungos (LIMA, J.D., 2020). Esse ácido atua no metabolismo microbiano intermediário e sua ação ocorre por dois processos: redução do pH do meio e ação bactericida. Quando ingerido pelo animal, grande parte do ácido entra no metabolismo e uma pequena parte é excretada pela urina (BASF, s.a.).
Amplamente utilizado na alimentação animal o ácido lático, produto da fermentação microbiana no trato gastrointestinal dos animais, pode ser rapidamente absorvido no intestino delgado ou no intestino grosso por difusão passiva, porém é pobremente metabolizado.
Esse ácido possui ação antimicrobiana primária em bactérias, porém pode ser metabolizado por alguns fungos. Contribui para modificação da microbiota intestinal, mediante a produção de um meio favorável para bactérias láticas, promovendo benefícios ao organismo do animal e com forte efeito sobre Eschechiria coli (MROZ, 2005).
Os óleos essenciais se caracterizam por ser uma mistura de compostos lipofílicos e terpenóides provindos de extratos vegetais (BRENES, A. & ROURA, 2010). Quando utilizados nas rações apresentam atividades antimicrobianas, antifúngicas e antivirais, pois essas atuam principalmente impermeabilizando a membrana celular bacteriana, causando a ruptura das mesmas e consequentemente a sua morte (OMONIJO et al., 2018).
O cinamaldeído, é um óleo essencial com alta capacidade antibacteriana e inibitória frente a coliformes (E. coli) (LI et al., 2012). Com capacidade antimicrobiana seletiva, que favorece o crescimento dos lactobacilos presentes no intestino (LI et al., 2012).
O timol, efetivo contra microrganismos em pH 5,5 solubiliza os lipídios e proteínas, age como “um mucolítico” que facilita a limpeza da árvore respiratória. Desintegra a membrana externa de bactérias gram negativas liberando os lipopolissacarídeos (LPS) e aumentando a permeabilidade da membrana citoplasmática ao ATP (HELANDER et al., 1998).
Em um estudo realizado por Li et al. (2012), para avaliar o efeito de óleos essenciais (timol e cinamaldeído) comparado ao uso de antimicrobianos (clortetraciclina, colistina e kitasamicina) em leitões recém desmamados, os óleos essenciais melhoraram o desempenho e reduziram a probabilidade de diarreia, bem como melhoraram o sistema imune, microbiologia intestinal e digestibilidade, mostrando que nesta fase podem ser uma alternativa ao uso de antimicrobianos tradicionalmente utilizados.
De acordo com Yang et al. (2019), o uso de ácido orgânicos a dietas pós-desmame de 112 leitões compeso médio de 6,70 +/- 1,31kg, resultou em melhor ganho de peso diário e redução na conversão alimentar e no índice de diarreia; o mesmo foi observado por Oh et al. (2019), que avaliou o efeito da inclusão de ácidos orgânicos e óleos essenciais na dieta de 90 leitões desmamados com peso médio de 6,47 +/- 0,27kg.
Assim sendo, a proibição de medicamentos promotores de crescimento, intensifica cada vez mais os estudos sobre os ácidos orgânicos e os óleos essenciais, bem como outros aditivos e suas associações na busca por alternativas eficientes e que favoreçam o desempenho dos animais.
Diante do exposto, o objetivo do experimento foi avaliar o uso de ácidos orgânicos e óleos essenciais em dietas de leitões sobre incidência de diarreia e mortalidade no período de creche e uma análise econômica descritiva.
OBJETIVO
Diante do exposto, o objetivo do experimento, foi avaliar o uso de ácidos orgânicos e óleos essenciais em dietas de leitões sobre a incidência de diarreia e mortalidade no período de creche.
MATERIAIS E MÉTODOS
O experimento foi conduzido no centro experimental da Granja São Francisco da Vaccinar Nutrição Animal no município de Martinho Campos, MG, no período de 18 de junho de 2021 a 28 de julho de 2021. Foram utilizados 96 leitões, machos castrados, resultantes do cruzamento entre animais da Linhagem TN70 x PIC 337, desmamados aos 24 dias de idade, em um delineamento experimental de blocos ao acaso, com oito repetições e três animais por unidade experimental. Foi adotado o peso inicial ao desmame como critérios na formação dos blocos.
Todos os procedimentos e manejos conduzidos com os animais foram aprovados pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal da Universidade Federal de Viçosa (Ceuap, protocolo número 060/2021).
O experimento foi dividido em três períodos, 24 a 38 dias e 24 a 45 dias e 24 a 65 dias de idade, nos quais foram utilizadas dietas à base de milho e farelo de soja, formuladas para atender às exigências nutricionais dos animais de acordo com recomendações de Rostagno et al. (2017).
Em cada fase, os tratamentos foram constituídos por dietas isoprotéicas, isoenergéticas e isolisínicas. As composições centesimais e nutricionais das dietas basais nas quatro fases estão apresentadas nas Tabelas 1 e 2.
TABELA 1 - Composição percentual das dietas basais para leitões na fase de creche
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TABELA 2 - Composição nutricional das dietas basais para leitões
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Os tratamentos experimentais foram:
Tratamento 1 – Dieta basal + antibióticos
Tratamento 2 – Dieta basal + Blend de óleos essenciais – 300g
Tratamento 3 – Dieta basal + Ácido butírico – 1,5kg
Tratamento 4 – Dieta basal + Blend de ácidos orgânicos e óleos essenciais – 2,0kg
No tratamento 1, os antibióticos em dose terapêutica foram: Amoxicilina 262ppm + Tiamulina 200ppm de 21 a 38 dias (Fase 1), Lincomicina + Espectinomicina 176ppm de 39 a 45 dias (Fase 2), e Doxiciclina 250ppm + Tiamulina 200ppm de 46 a 65 dias (Fase 3). No tratamento 2 a composição do blend de óleos essenciais foi de eugenol 25%, timol 15%, cinamaldeído 12%, carvacrol 10%, citral 5%, com inclusão de 300gr no período de 21 a 65 dias. No tratamento 3 a composição foi de ácido butírico 50%, com inclusão de 1,5kg no período de 21 a 65 dias. No tratamento 4 a composição de blend de ácidos orgânicos e óleos essenciais foi de ácido fórmico 17%, ácido lático 15%, ácido benzoico 7,5%, formiato de sódio 7,0%, cinamaldeído 1%, timol 1%, com inclusão de 2,0kg/ton no período de 21 a 65 dias, representados na tabela 3, onde ambos os tratamentos foram ajustados em substituição ao milho.
Foram coletadas amostras em cada troca de fase para análise bromatológica de Proteína Bruta (PB), Fibra Bruta (FB), Extrato Etéreo (EE), Matéria Mineral (MN), Umidade, Lactose, Cálcio, Fósforo Total.
TABELA 3 - Composição dos tratamentos
Avaliação do escore fecal e análise econômica com o uso de ácidos orgânicos e óleos essenciais em dietas para leitões - Image 3
*Blend de óleos essenciais: eugenol 25%, timol 15%, cinamaldeido 12%, carvacrol 10%, citral 5%
**Ácido butírico 50%
***Blend de ácidos orgânicos e óleos essenciais: ácido fórmico 17%, ácido lático 15%, ácido benzoico 7,5%, formiato de sódio
Após a desmama, os animais foram transportados para o centro experimental, alojados em um galpão com 18 m comprimento, 13 m largura, 3 m altura, telhas de aço galvanizado, teto com forro de PVC e cortinas. Baias em grade suspensa, e piso plástico semi-vazado, medindo 1,60 x 1,0 x 0,56 m e laterais de tela metálica, equipadas com comedouros semiautomáticos, bebedouros tipo chupeta e lâmpadas de calor (250 W) pendulares com regulagem de altura para promover o aquecimento aos leitões. Durante o período experimental, foram utilizados dois aparelhos Data logger, da marca LogTag, modelo HAXO-8, sendo posicionados um ao lado esquerdo e outro ao lado direto da sala durante todo o período de avaliação, para monitoramento do ambiente e registro diário das temperaturas mínimas e máximas e o escore fecal (EF). Os animais foram observados diariamente, para avaliação da consistência das fezes, utilizandose o escore: 1 – fezes normais e firmes; 2 – fezes úmidas; 3 – fezes pastosas; 4 – fezes amolecidas; 5 – fezes diarreicas. A avaliação foi visual, baseada em planilha de fotos elaborada por Guedes et al., 2018, anotados em planilha e analisada por teste de Qui-quadrado de independência. A mortalidade foi anotada em uma planilha especifica, ocorrendo apenas uma morte no tratamento 4, repetição 3.
Análise econômica descritiva
Foi realizada a análise econômica descritiva para todos os tratamentos a partir da soma do custo de alimentação por fase estabelecido, considerando o custo da ração utilizada na fase versus o consumo de alimento em cada fase e os resultados de desempenho dos leitões na fase total de avaliação. Para todos os tratamentos, a fase 1 de 24 a 38 dias de idade, corresponde ao custo e consumo das rações pré-inicial 1 e pré-inicial 2. A fase 2 de 38 a 45 dias, corresponde ao custo e consumo da ração inicial 1, e a fase 3 de 45 a 65 dias, considerou o custo e consumo da ração inicial 2. Para todos os tratamentos, foram considerados o custo da ração utilizada na fase versus o consumo de alimento na fase. Posteriormente foram calculados o custo total de alimentação e o custo por quilo de suíno produzido.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
As temperaturas mínimas e máximas medidas durante todo o período de 24 a 65 dias de idade foram, respectivamente, 13,6°C e 26,1°C no lado direito, e 13,6°C e 26°C para o lado esquerdo, sendo observados nos gráficos 1 e 2. A temperatura ambiente é o componente climático de maior influência na produção animal (CURTIS, 1983). Assim, o ambiente térmico no qual o suíno é mantido pode influenciar o consumo de alimento, a taxa, a eficiência e a composição do ganho e, consequentemente, o crescimento de leitões (ORLANDO et al., 2001).
GRÁFICO 1 - Data Logger – LogTag lado direito -24 a 65 dias
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GRÁFICO 2 - Data Logger – LogTag lado esquerdo - 24 a 65 dias.
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As rações foram coletadas e amostradas em cada troca de fase para análise bromatológica de Proteína Bruta (PB), Fibra Bruta (FB), Extrato Etéreo (EE), Matéria Mineral (MN), Umidade, Lactose, Cálcio, Fósforo Total. Os resultados destas análises estão apresentados na tabela 4.
TABELA 4 - Análises bromatológicas
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Análise do escore fecal
A análise de escore fecal não apresentou diferença estatística entre os tratamentos nas três fases analisadas, tabelas 5,6 e 7.
O custo da alimentação para os leitões submetidos aos tratamentos, estão apresentados na tabela 8.
Comparando ao custo final do tratamento com antibióticos, o tratamento com blend de óleos essenciais apresentou um aumento de 3,85% no custo de quilo de leitão produzido. O tratamento com ácido butírico reduziu o custo em -0,33%, e o tratamento com blend de ácidos orgânicos e óleos essenciais reduziu o custo em -4,29%.
A utilização destes aditivos, vem se mostrando uma boa alternativa em substituição aos antibióticos, possibilitando a redução do uso e de custo em virtude da melhoria de desempenho (CHO et al., 2015), entretanto, devido as diferenças de desafios a que são submetidos, podem não ser observados os efeitos de melhoria de desempenho (BORGES et al., 2015).
TABELA 5 – Análise de escore fecal entre os tratamentos na fase 1
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TABELA 6 – Análise de escore fecal entre os tratamentos na fase 2
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TABELA 7 – Análise de escore fecal entre os tratamentos na fase 3
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TABELA 8 - Custo da alimentação dos suínos e custo por quilo de suíno produzido com os tratamentos.
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CONCLUSÃO
Conforme a hipótese testada, o uso de aditivos blends de ácidos orgânicos e óleos essenciais é efetivo em garantir ou manter a saúde intestinal com melhor retorno econômico quando fornecido em dietas para animais após o desmame.

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O principal sinal clínico é diarreia com consistência variando de pastosa a líquida, de coloração amarelada ou acinzentada, com perda progressiva de peso. Os leitões afetados apresentam apatia, perda de apetite, desidratação e mau estado corporal (MORÉS & MORENO, 2012).
Em decorrência da desidratação, pode ocorrer hemoconcentração, acidose metabólica (MORÉS & MORENO, 2007) e depleção de eletrólitos evoluindo para a morte. Em alguns casos, um ou mais leitões em boas condições podem morrer subitamente no início da doença, geralmente observado por volta de dois dias após o desmame, sendo o maior índice entre 6-10 dias pós-desmame (FAIRBROTHER & GYLES, 2006).
Esse ácido atua no metabolismo microbiano intermediário e sua ação ocorre por dois processos: redução do pH do meio e ação bactericida.
O timol, efetivo contra microrganismos em pH 5,5 solubiliza os lipídios e proteínas, age como “um mucolítico” que facilita a limpeza da árvore respiratória. Desintegra a membrana externa de bactérias gram negativas liberando os lipopolissacarídeos (LPS) e aumentando a permeabilidade da membrana citoplasmática ao ATP (HELANDER et al., 1998).
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