Explorar
Comunidades em Português
Anuncie na Engormix

Identificação descarte poedeiras improdutivas

Identificação e descarte de poedeiras improdutivas

Publicado: 14 de maio de 2012
Por: Paulo Sérgio Rosa, Jacir José Albino, Levino José Bassi, Márcio Gilberto Saatkamp,
As galinhas poedeiras de linhas comerciais, disponíveis no mercado, têm elevada capacidade de produção de ovos. Para expressar esse potencial é necessário utilização de ração balanceada, programa de vacinação correto, utilização de equipamentos e instalações adequadas.
Ao optar por uma determinada marca comercial ou linhagem, o produtor deve exigir nota fiscal, guia de transporte animal (GTA) e laudo veterinário do atestado de vacinação para doença de Marek. No momento do alojamento das pintainhas é recomendável que já tenha sido elaborado cronograma de atividades de manejo do lote com datas de vacinações, debicagem, pesagens e transferências.
Durante o período de criação das aves, particularmente até o início da produção, o criador deve fazer também um acompanhamento minucioso de controle de peso e uniformidade das aves.
Após os períodos de cria e recria inicia-se o período de postura. Essa transição é de suma importância para o futuro lote. Aves mal formadas terão uma vida produtiva abaixo de suas potencialidades genéticas. Normalmente entre dezoito e vinte semanas de idade, dependendo da linhagem, as poedeiras já devem estar preparadas para a postura. É importante considerar que nem todas as galinhas entram em postura ao mesmo tempo, mas espera-se que em lotes saudáveis todas as aves já tenham atingido a maturidade sexual até as 30 semanas de idade. Contudo, vários fatores podem prejudicar o desempenho das aves, mesmo após o início da maturidade sexual. Entre eles destacam-se:
  • Deficiências nutricionais e distribuição e regulagem incorreta de equipamentos (comedouros e bebedouros), o que pode causar desuniformidade no lote.
  • Elevada densidade de criação.
  • Material de cama inadequado e manejo incorreto.
  • Ocorrência de doenças em virtude da ausência de programas de vacinação e biosseguridade.
  • Problemas com verminoses ou parasitas externos (piolhos, ácaros).
Para corrigir deficiências de manejo é fundamental que o produtor utilize como referência os manuais de criação e boas práticas na produção de galinhas de postura. No monitoramento do lote deve-se anotar os dados de produção de ovos que serão utilizados para acompanhar o desempenho das aves. Quando a criação é em gaiolas é possível monitorar as aves pelo número da gaiola. Se o desempenho das aves não for o esperado, de acordo com o manual da linhagem, é possível que a partir das 30 semanas de idade, sejam realizados controles regulares para descarte de fêmeas com baixo índice de produção ou que não estejam produzindo, utilizando para tanto, métodos simples de avaliação visual conforme Tabela 1.
Tabela 1. Características de galinhas em produção e fora de produção
Identificação e descarte de poedeiras improdutivas - Image 1
Além das caracterizações constantes na Tabela 1, os métodos de reversão da cloaca (Fig. 1) e verificaçãodas distâncias entre os ossos púbicos e o osso externo (Tabela 2) poderão ser utilizados pelo produtor com ointuito de identificar as aves com baixa produção ou improdutivas. Na medição da distância horizontal entreos ossos púbicos e da distância vertical entre esses mesmos ossos e a ponta do osso externo, considera-seem produção as aves que apresentam abertura suficiente para a passagem do ovo (Fig. 2, 3, 4 e 5).
Tabela 2. Avaliação de galinhas em produção e fora de produção.
Identificação e descarte de poedeiras improdutivas - Image 2
 
Fig. 1. No método de reversão da cloaca deve-se conter a galinha como dorso para cima e pressionar levemente a região em torno da cloaca. Aves em produção faz em a reversão facilmente. Aves improdutivas não apresentam reversão de cloaca.
Identificação e descarte de poedeiras improdutivas - Image 3
 
Fig. 2. Avaliação da distância entre as extremidades dos ossos púbicos e apontado osso externo (ave em produção: 3 a 4 dedos)
Identificação e descarte de poedeiras improdutivas - Image 4
 
Fig. 3. Avaliação da distância entre as extremidades dos ossos púbicos e apontado osso externo ( ave improdutiva: 1 a 2 dedos).
Identificação e descarte de poedeiras improdutivas - Image 5
 
Fig. 4. Avaliação horizontal da distância entre os ossos púbicos (ave em produção: 2 a 3 dedos)
Identificação e descarte de poedeiras improdutivas - Image 6
 
Fig. 5. Avaliação horizontal da distância entre os ossos púbicos (ave improdutiva: menos que 2 dedos)
Identificação e descarte de poedeiras improdutivas - Image 7
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
MAZZUCO, H .; ROSA, P.S. ; PAIVA .D.P. de; JAENISCH, F.R.F. Manejo e produção de poedeiras comerciais. Concórdia: EMBRAPA- CNPSA, 1997. 67 p. (EMBRAPA- CNPSA. Documentos, 44) .
SUNDE, M . L. Ahorre descartando sus ponedoras. Indústria Avícola. v . 37, n. 2, p. 22- 24, f ev . / 1990.
Tópicos relacionados:
Autores:
Paulo Sérgio Rosa
Embrapa Suínos e Aves
Recomendar
Comentário
Compartilhar
Vitor oliveira
25 de julio de 2018
Muito interessante e útil. Obrigado.
Recomendar
Responder
Profile picture
Quer comentar sobre outro tema? Crie uma nova publicação para dialogar com especialistas da comunidade.
Junte-se à Engormix e faça parte da maior rede social agrícola do mundo.