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Balanço Água Aves Suínos

Balanço da água nas cadeias de aves e suínos

Publicado: 18 de novembro de 2009
Por: Claudio Bellaver (QualyFoco Consultoria Ltda.), Oliveira, P.A
•1.      Introdução
A água é um componente essencial para a sobrevivência humana e animal, sendo um recurso limitado, portanto seu uso deve ser de forma racional. O elevado consumo de água nas regiões de produção intensiva, sem a gestão adequada, vem reduzindo a disponibilidade de água potável, principalmente nas fontes mais superficiais.
A água doce é utilizada basicamente para a alimentação humana, dos animais e dos vegetais sendo ela exclusivamente continental. Como no planeta terra existe um sistema fechado, a quantidade de água não é alterada pelo fato de haver o ciclo hidrológico, que consiste no movimento constante envolvendo terra, reservatórios de água (lagos, rios, mares), seres vivos para a atmosfera e vice-versa. As águas doces representam apenas cerca de 3% de toda a água potável existente no planeta, sendo que 2% são armazenadas nas geleiras e 1% disponível para utilização pelos seres vivos.
Tem havido freqüentes questionamentos por parte de técnicos, sobre o elevado consumo de água causado pela produção intensiva de animais em regiões de alta concentração. Esses questionamentos, sem a devida análise técnica, por meio de um balanço das entradas e saídas de água no sistema, não tem respaldo cientifico defensável. Por isso, à luz do conhecimento técnico existente e de modo a contribuir sobre as verdadeiras causas da escassez e problemas de poluição da água, é objetivo desse trabalho demonstrar o balanço da água nas cadeias de carne de aves e suínos.
•2.      Funções da água para o animal
A água é uma substância que não têm sido considerada como um nutriente para os nutricionistas e criadores; porém, sem ela não há vida. Nos animais recém nascidos a proporção de água é maior do que nos adultos, nos quais pode atingir cerca de 75% do peso. No metabolismo animal, a água se constitui no meio onde as reações bioquímicas ocorrem e atua na dissipação do calor de reações metabólicas. Os consumos de alimento e água proporcionam energia e nutrientes ao organismo e precisam de ajuste entre as temperaturas do corpo e do ambiente. A água tem ainda função diluente e de substrato para reações químicas.
No organismo existe um mecanismo de turnover (reciclagem) de água onde em um ser humano adulto esse valor pode variar entre 5 e 15 litros/dia, reduzindo a necessidade de ingestão de água nova, que fica por volta de 1 L/dia. Então, com isso já percebemos que os animais reciclam água metabolicamente. Por outro lado, restrições de água trazem desajustes fisiológicos de difícil reparação, diminuindo volume sanguíneo, aumentando a concentração de toxinas e catabólitos na urina, aumentando a respiração; e enfim, reduzindo a performance animal.
•3.      Qualidade da água para os animais
A água de consumo natural para os animais pertence à categoria de águas doces na classe 3, referida pela Resolução do Conama nº 357, de 17 de março de 2005. Entre os atributos qualitativos dessa classe de água constam os limites máximos de variáveis inorgânicas (minerais) e orgânicas (pesticidas). Além disso, a água não deverá: ter efeito tóxico agudo a organismos, ter materiais flutuantes ou resíduos sólidos, ter gosto ou odor, conter corantes, exceder o limite de 1000 coliformes termo tolerantes por 100 mililitros de amostra, exceder 50.000 células cianobacterias /ml ou, 5mm3/L, ter DBO 5/20 maior que 10 mg/ L O2, apresentar turbidez acima de 100 UNT, e o pH deve estar entre 6 e 9.
Essa resolução não se aplica totalmente à produção de suínos e aves, porque esses exigem melhor qualidade da água a ser utilizada nas granjas. Em geral a água utilizada na produção tem origem em fontes naturais ou poços subterrâneos, não sendo utilizada água diretamente dos rios, por apresentarem menor qualidade e riscos sanitários.
•4.      As cadeias de produção de suínos e aves
Compreendendo a necessidade de água de qualidade como insumo essencial para os suínos e aves, houve a partir da década de 70 até a atualidade um crescendo tecnológico na produção dessas espécies, chegando-se a produção de 3 e 10,5 milhões de toneladas/ano dessas carnes, respectivamente. Essa produção demanda quantidades apreciáveis de água como insumo de produção. Devido a controvérsias na questão de utilização e poluição de mananciais e corpos d´água o assunto tornou-se o foco de atenção de grupos com visão restrita sobre a conceituação da sustentabilidade. Deve-se aqui definir a sustentabilidade como um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade organizada. Portanto, para um empreendimento ser sustentável, deve ser: ecologicamente correto; economicamente viável; socialmente justo e culturalmente aceito.
Discute-se atualmente uma nova expressão que deriva do inglês Water Footprint e que foi traduzida por a Pegada de Água, a qualimplica em adicionar toda a água necessária para se obter um produto final. Por exemplo, cada vez que bebemos um copo café, utilize-se 140 litros de água ou, para um quilo de carne bovina consumido, necessitariam 16.000 litros de água. Esses dados nos levam a uma reflexão e questionamento sobre algumas visões distorcidas da produção econômica e da sustentabilidade ambiental. Para equacionar a essa questão é necessário considerar o balanço das necessidades de entradas e saídas da água na cadeia produtiva.
•5.      Estimativa de água consumida pelos suínos
O consumo de água de um sistema de produção suíno deve levar em consideração os consumos do macho reprodutor, das matrizes e dos leitões até o abate. O consumo do macho é mínimo uma vez que a reprodução é feita por inseminação artificial, mas mesmo assim foi considerado o consumo de 1 reprodutor no calculo do consumo de água por kg de carne, sem ter sido ponderado que um macho atende a um grupo de 20 fêmeas. Para os cálculos de consumo de água das porcas foi considerado o consumo de ração das fases de gestação, lactação e vazia considerando a relação de 3 L de água para 1 kg de ração e 2,4 partos/ano. Nos leitões, de mesma forma foi considerada a relação de água para ração (3:1). Foi levado em consideração o grupo de 25 leitões/porca/ano, o peso de abate de 110 kg e uma conversão alimentar de 2,8 kg de ração para cada kg de peso vivo produzido. Assumiu-se o rendimento de carcaça de 75%. Com isso os valores do consumo água/kg de carne suína são mostrados na tabela 1.
•6.      Estimativa de água consumida por frangos de corte
Para a estimativa da necessidade de água na produção de frangos utilizaram-se três fases de produção de 14 dias cada, com um consumo total de 4,6 kg de ração/frango de 2,4 kg de peso final e uma relação de 3 L de água consumida por kg de ração. O rendimento de abate foi calculado como sendo de 78%. Também foi considerada a reprodutora matriz, que embora não estando na região de produção de frangos tem uma pequena participação na necessidade de água para o sistema. Foi considerada a produção de 180 ovos viáveis no ano. Os valores globais estimados do consumo de água/kg de carne de frango são mostrados na tabela 2.
•7.      Água de higienização das instalações de suínos e aves
Em uma granja de suínos há necessidade de higienização das instalações, havendo variações conforme a região geográfica em que se encontra. Considerando a necessidade estimada para higiene da maternidade, creche, recria e terminação e o ciclo de 2,4 parições/porca/ano e 25 leitões nesse ciclo, chegamos ao valor de 4,70 L de água/kg de carne produzida (tabela 3). Os dados para a estimativa referem-se a uma granja com valor elevado de água consumida para higienização. Já em aves a estimativa de higiene das instalações para frangos criados em aviários de 12.000 frangos com 7 lotes ao ano e peso de abate de 2,4 kg e rendimento de carcaça no abate de 78%, chega-se a 2,25 L de água/kg de carne (tabela 4).
•8.      Água de higienização em frigoríficos de aves e suínos
A recomendação da Inspeção Federal do MAPA para o consumo de água de higienização e nos processos relacionados ao abate de aves e suínos, é que sejam utilizados 30 litros de água/frango e 850 litros de água/suíno.  Esses consumos referem-se a água utilizada desde a plataforma de entrada até a expedição, inclusive com os processos auxiliares de lavanderia, refeitório, caldeiras, frio. 
Considerando aves de 2,4 kg ao abate com 78% de rendimento de carcaça e 30 litros/ave abatida o gasto no frigorífico de aves é de 16,03 litros/kg de carne de frango. Em suínos de 110 kg de peso ao abate, com rendimento de 75% e utilizando 850L/suíno abatido, o gasto é de 10,30 litros/kg de carne suína.  
É importante notar que nos frigoríficos o procedimento em uso prevê que a devolução da água aos corpos d'água com DQO seja menor do que no ponto coletado e, deve ainda atender a legislação ambiental. Portanto, na maioria das vezes há ganhos ambientais, uma vez que a água coletada de muitos rios é poluída e necessita tratamento para uso na indústria.
•9.      Água em carcaças de animais abatidos
Alguns trabalhos indicam que em algumas regiões de maior produção animal há exportação de água através das carcaças dos animais. Para quantificar o valor correspondente a essa afirmação é preciso considerar que a carcaça animal é composta basicamente por proteína, gordura, minerais e água. A água equivale a cerca de 66% do peso da carcaça de aves e suínos dependente da fase produtiva do animal. Portanto, cerca de 0,66 L/kg de carne. Ainda precisam ser computados os pesos de abate, o rendimento de carcaça, o número de frangos e suínos abatidos por mês, o que permite simular para uma dada situação, os valores constantes da tabela 5.
•10. Água em cereais e rações animais
Ao mesmo tempo em que se considera a exportação de água em carcaças, é necessário contabilizar a água importada em cereais ou ingredientes que entram no sistema de produção de frangos e suínos e que provem de outras regiões.  Assim levando em consideração a conversão alimentar dos animais, o peso médio de abate, o número de aves abatidas por mês, chega-se aos valores totais de rações e água nos alimentos que constam da tabela 6.
•11. Precipitação média da bacia hidrográfica
Para o calculo do balanço hídrico é necessário considerar a precipitação que ocorre em uma área territorial. Nesse caso, trabalhou-se com a área total de um município com de 800 km2 eem cuja área há o abate de 350.000 aves/dia e 3.500 suínos/dia. Leva-se em conta a precipitação pluvial media da região (mm/mês) e a evaporação da água (mm/mês). Os demais parâmetros de cálculo são os que constam da tabela 7. Calculou-se então o total de água disponível em m3 por mês na região considerada, o que resultou na estimativa de 68.665.637 m3.
•12. O balanço de água na área geográfica considerada
O balanço de água é dado pelo total de água disponível na área calculada no item anterior considerando o consumo de água/kg de carne suína produzida; o consumo de água/kg de carne de frango produzido; o total de água para higiene das granjas e frigorífica; a exportação de água através das carcaças e, a importação de água via ração. Para os mesmos valores de abate diário do item anterior, chega-se a uma demanda de 571.851 m3 de água/mês o que equivale a 4,16% da precipitação total disponível na região (tabela 8). Para a estimativa do balanço de água considerou-se apenas 20% de utilização da água disponível na região, pois não pode-se utilizar 100% da água de chuva, em função das perdas existentes. Se as perdas fossem desprezadas e fosse considerado 100% de utilização da água disponível, então a percentagem da demanda em relação ao disponível seria de 0,83%.
Na área considerada neste trabalho a precipitação total anual (mm) registrada pode ser observada na figura 1, onde se observa que no período entre 1987 e 2009 (precipitação total registrada ate setembro de 2009) existe uma tendência de aumento da quantidade de chuva, conforme observação registrada pela estação meteorológica existente na região.
Balanço da água nas cadeias de aves e suínos - Image 1
Figura 1 - Registro da precipitação total anual observada nos últimos em 23 anos pela estação meteorológica, existente na região considerada neste trabalho.
•1.      Considerações
A análise do balanço acima permite concluir que mesmo em áreas de produção intensiva de aves e suínos e com uma indústria frigorífica de grande porte em seu território, o volume de água necessário para o funcionamento dessas cadeias é muito menor que o volume de água disponível na região.
Não há definitivamente falta de água, em contrário ao que vem sendo dito e o que existe na verdade é que a água disponível não é aproveitada. Não há retenção de água disponível, principalmente água pluvial, para utilização nas várias atividades pecuárias e para outros usos da sociedade organizada.
A produção animal nas espécies consideradas utiliza em torno de apenas 4,16% da água disponível na região e retém somente uma parte desse total. Grande parte da água utilizada para o consumo animal retorna ao sistema hidrológico através do vapor de água da respiração animal e dos dejetos e urina. Na granja e no frigorífico, a água de higienização não é retida e retorna para o ambiente, em geral sem tratar (água de higienização da granja) ou, tratada nos sistemas existentes no frigorífico, sendo então retornada aos corpos de água naturais.
Pode-se afirmar que não é o animal per se o agente poluidor, mas sim o conjunto de fatores de gestão da água e da produção, que não inclui sistemas adequados de tratamentos para despoluição da água utilizada antes de devolvê-la ao ambiente. Essa reflexão deve também ser aplicada às demais atividades da sociedade, onde se sabe da enorme carência de saneamento básico nas cidades de todo o país, o que também influi muito significativamente na poluição das águas.
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Claudio Bellaver
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João Luis dos Santos
19 de enero de 2010
Prezados (as) A outorga é emitida por autoridades da União, dos Estados e do Distrito Federal, de acordo com o domínio do corpo hídrico. Os rios e lagos que banham mais de um Estado ou país e, ainda, as águas armazenadas em reservatórios de propriedade federal (açudes do DNOCS e da CODEVASF, por exemplo) são de domínio da União e, nesses casos, a outorga é emitida pela ANA. Os demais rios, lagos e açudes, bem como as águas subterrâneas, são de domínio dos Estados ou do Distrito Federal e a outorga é emitida pela respectiva autoridade outorgante. A ANA e as demais autoridades outorgantes poderão informar ao usuário se o corpo hídrico é de domínio da União, do Estado ou do Distrito Federal. Os seguintes recursos hídricos que estão sujeitos à outorga: ·Derivação/captação de água ou lançamento de esgotos e demais resíduos líquidos ou gasosos, tratados ou não, em rios, lagos ou açudes ·Extração de água subterrânea ·Outros usos que alterem o regime de vazões, a quantidade ou a qualidade do corpo hídrico, tais como: barramentos, desvios, canalizações, atividades aqüícolas, etc. Em cada região, o comitê de bacia hidrográfica deve definir quais usos não serão sujeitos à outorga. Enquanto não houver essa definição, as autoridades outorgantes definirão, de acordo com o domínio do corpo hídrico, os usos que não serão sujeitos à outorga. Entretanto, esses usos devem ser cadastrados junto à autoridade outorgante. Para o caso de corpos hídricos de domínio da União, a ANA definiu, por meio da Resolução n.º 707/2004 que não estão sujeitos à outorga: ·Serviços de limpeza e conservação de margens, incluindo dragagem, desde que não alterem o regime de vazões, a quantidade ou a qualidade do corpo hídrico ·Obras de travessia (pontes, dutos, passagens molhadas, etc.) de corpos hídricos que não interfiram no regime de vazões, quantidade ou qualidade do corpo hídrico, cujo cadastramento deve ser acompanhado de atestado da Capitania dos Portos quanto aos aspectos de compatibilidade com a navegação ·Vazões de captação máximas instantâneas inferiores a 1,0L/s ou 3,6m³/h, quando não houver deliberação diferente do Conselho Nacional de Recursos Hídricos – CNRH. Atenciosamente.
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Claudio Bellaver
QualyFoco
7 de enero de 2010
Dr. Romao Obrigado novamente por sua participação. O assunto que levantas é bastante sensivel e polemico. Compartilho com voce a ideia de que a exploração da agua como um bem publico, precisa ser rediscutida. A outorga da agua a empresas estaduais e municipais precisa ser rediscutida e junto com o esgotamento sanitario das cidades. As companias estaduais em geral ficam com o filé e deixam o esgotamento a Deus dará... Vejo como sulução as Parcerias Publico Privadas. Por outro lado e por principio não compartilho a ideia de pagamento pela agua rural nem pelos produtores nem pelos urbanos. O que se pagará é pelos serviços prestados e ai entra toda a Gestão da Agua (captação, tratamentos, esgotamento, etc.). Como sei que pode ser polemico antecipamos que é apenas é uma opiniao e respeitamos todas as demais. CB
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Claudio Bellaver
QualyFoco
7 de enero de 2010
Com referencia a curiosidade do leitor sobre pequena produção e uso de agua fertilizante na lavoura, gostaria de dizer que em muitos casos os dejetos, após tratamento apropriado, são utilizados como fertilizantes na forma liquida ou como sólidos. A agua da lavagem vai para um grande sistema de tratamentos de dejetos, com separação de fases solida e liquida.
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Romão Miranda Vidal
6 de enero de 2010
Sr. Voltando ao assunto sobre o uso da água para a produção de aves e suínos. Ratificio totalmente as palavras do nobre colega, autor o artigo. Mas gostaria de esclarecer um ponto. Seria mais uma forma de auferir lucros, quando os produtores se organizarem e iniciarem um sistema de PSA - Pagamento Sobre Serviços Ambientais -, a água é um produto que de uma forma ou outra é produzido em uma propriedade rural. E não pode deixar de fazer parte dos ativos comercializáveis. Uns até dirão: Mas é um produto natural. De fato o é, mas....custo tempo, mão de obra, conhecimentos para manter um olho dágua, uma mina de água, um córrego, uma nascente e até uma várzea. Se este produto ÁGUA tem origem em uma propriedade e irá beneficiar à centenas de quilômetros uma empresa estataal, que irá vender esta água para o consumidor urbano, nada mais justo que o produtor rural de aves, suínos, bovinos e etc, passem a ser remunerados pela PRODUÇÃO DE ÁGUA que na realidade é um SERVIÇO AMBIENTAL. Não querendo fugir da ética, mas convido aos caros colegas que acessem o site : www.cemaer.com.br . O Cemaer estará promovendo um curso sobre PSA em Curitiba e Campo Grande, mas poderá promovê-lo em outras cidades. O que passa a existir de agora em diante, é a valorização dos produtos naturais mantidos no campo. Finalizando. Se um avicultor ou suinocultor tem uma jazida de calcáreo na propriedade, e este produto calcáreo é classificado como um produto natural (sem transformação -in-natura) ele será remunerado por tonelada vendida. E por que não deverá ser remunerado o avicultor, o suinocultor ou produtor rural, que tem na sua propriedade uma ou várias fontes de produção de água, a qual irá, repito a centenas de quilômetros beneficiar uma empresa que vende esta água tratada, para outras empresas que irão lucrar com o uso desta água? Att. Médico Veterinário Romão Miranda Vidal
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Claudio Bellaver
QualyFoco
9 de diciembre de 2009
Prezada Luciane e Dr. Romao, Seus comentários certamente nos encorajam a questionar os falsos numeros de pegadas de agua apresentados por alguns tecnicos, defendidos sob a alegação de que utilizamos outra metodologia de calculo. Nossos calculos são simples, demonstráveis e realísticos nao necessitamos buscar respaldo em números e ideias importadas. Quanto ao comentario do Romão, penso que já pagamos demais pela água. Imagina pagar no meio rural - absurdo... O artigo escrito remete para politicas publicas de captação de água. Obrigado pelo apoio. Autores
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Romão Miranda Vidal
9 de diciembre de 2009
Srs. Autores. Balanço da água nas cadeias de aves e suínos. O que foi soberbamente apresentado, é digno de ser apresentado como sendo uma das diretrizes, aos que por falta de informações técnicas e precisas, responsabilizam a pecuária como um todo, sendo a responsável pelo uso desmedido de água. Convém lembrar que este mesmo elemento xiita que atropela os acontecimentos, é o primeiro a lavar com jatos de água a calçada da sua residência e etc. Deixemos de lado tais viventes. Acredito que poderia contribuir modestamente com este artigo, ao fazer referência à PSA. Por favor não se assustem, não tem nada a ver com exame laboratorial de sangue, referente a Próstata. Mas sim a - Pagamento por Serviços Ambientais -Muitos avicultores e suinocultores, possuem em suas propriedades, nascentes de água (minas de água) que fazem parte de outros cursos naturais de água, que compõem uma micro-bacia, que vai de certa forma em determinado momento, fazer parte de um sistema de abastecimento de água para uma população. E quem gerencia e lucra com esta água vendida à população? A empresa estatal.E porque o avicultor e o suinocultor, que preserva a sua nascente, não deveria lucrar também? Desculpe atravessar o seu artigo magistralmente elaborado e elucidativo, mas acredito ser uma oportundade para que tenhamos também mais água e com qualidade. Médico Veterinário Romão Miranda Vidal. CRMV-PR-0039
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Claudio Bellaver
QualyFoco
24 de noviembre de 2009
Prezados Luiz Alberto, Luzi Léa e Joao Luiz Obrigado pelos comentarios positivos. Agora tem à disposição um artigo para fazer o contra-ponto de muita confusão que existe no setor. Sds Claudio Bellaver
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João Luis dos Santos
23 de noviembre de 2009
Luiz Alberto Sem dúvida não falta água em nosso pais. O que nos falta é a conscientização para um melhor aproveitamento, tratamento e conservação desta água. Nosso sistema de irrigação por exemplo é puro desperdício de água. Parabens pelo artigo. João Luis
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Jose Eduardo Duarte Regato
17 de marzo de 2011
Os meus parabéns pelo artigo que aborda de forma extremamente séria as questões da utilização da água. Na actualidade importa, de facto, garantir que a água é bem utilizada e muito principalmente que são convenientemente preservadas as reservas existentes. As tecnologias disponíveis permitem garantir o uso racional deste bem tão precioso tornando-se urgente assegurar a sua correcta aplicação pelo que me parece importante promover, em todo o Mundo, políticas públicas que, claramente, incentivem a utilização dessas tecnologias. A saúde do Planeta é da nossa responsabilidade mas também é essencial promover a produção de alimentos que assegurem a alimentação dos milhões de habitantes que ainda hoje têm fome. É possível conciliar a produção de alimentos com a preservação do espaço em que essa actividade decorre mas para que tal seja realizado de forma generalizada torna-se necessário aumentar a consciência em torno deste assunto. O meu agradecimento pelo contributo que o artigo dá a este assunto. José Regato
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Matemático Arturo Gómez
5 de enero de 2011
Eu notei que as florestas nos morros fazem uma especie de bucha, que retem a agua de chuva e permite sua liberação lenta criando córregos aproveitaveis. O desmatamento tão de moda atualmente têm pelo menos, dois efetos em tal sentido: 1) A agua de chuva desce a toda velocidade, sobrando no momento da chuva e faltando depois. 2) A terra se resseca muito mais rapido por causa do sol direto. e a falta do microclima criado pelas arvores.
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