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Período de creche e consumo do colostro

Publicado: 5 de outubro de 2010
Por: Maíra Vasconcelos
Olá, Comunidade Engormix. Publico a entrevista realizada com o zootecnista, gerente de produtos, da FormilVet, Maurício Viana, sobre os estudos na fase de creche. Boa Leitura! 1 – Para o setor da suinocultura, qual a importância em focar estudos, independente da área (genética, nutrição, manejo), em leitões no período de creche? A fase de creche é a mais difícil da vida dos leitões. Todo o esforço dedicado para evitar mortes, doenças e perdas de peso dos leitões, nos primeiros dias pós-desmame, será recompensado com melhor conversão alimentar e menor custo de produção por leitão. 2 – Diante da afirmação de que é possível adiantar o consumo do colostro, como se dá esse processo no leitão? A habilidade de leitões recém-nascidos para regular sua temperatura corporal é limitada, principalmente por causa do seu incompleto desenvolvimento hipotalâmico, o que é agravado pela pequena camada de gordura subcutânea e pelas poucas reservas corporais de glicogênio. Os leitões de menor peso corporal são mais afetados pela maior superfície de exposição em relação a sua massa corporal. Por isso, a aplicação de um produto com grande capacidade de absorção da umidade sobre o corpo do recém nascido irá secar esses animais de forma mais rápida, proporcionando a estes animais um maior conforto térmico, favorecendo portanto um consumo mais rápido do colostro. 3 - Independente do uso de qualquer tipo de produto, quais os procedimentos que o suinocultor pode adotar para que na fase de aleitamento (após o nascimento) o leitão tenha um bom desenvolvimento futuro? O manejo inadequado na hora do nascimento provoca estresses térmico, fisiológico, energético e imunológico que levam muitos animais posteriormente a morte. O primeiro cuidado após o nascimento deverá ser na limpeza da narinas e a boca dos leitões massageando-os na região lombar posteriormente, aplicar o pó secante para garantir a manutenção da temperatura corporal evitando o choque térmico do leitão e a conseqüente hipotermia dos recém nascidos. Logo em seguida deve-se amarrar (4 cm) o umbigo e efetuar o corte um 1 cm abaixo dessa amarração e desinfetar com iodo. Esses animais deverão ser imediatamente orientados para a primeira mamada dando atenção especial para os menores que devem ser colocados nas tetas dianteiras. A aplicação de vitamina em leitões mais fracos, de 2 ml de medicamento a base de ferro no terceiro dia de idade e castração antes de completar os 12 dias de idade deve-se ser os cuidados tomados no período do aleitamento. Além é claro da aplicação das vacinas para este período. Deixo o espaço aberto para o aporte de informações e intercâmbio de conhecimentos. Espero sua participação. Obrigada.
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Maíra Vasconcelos
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Duarte Santos
Duarte Santos
5 de octubre de 2010
Ola Maíra Vasconcelos: A explicacao sobre os cuidados necessários no período perinatal do leitão, ainda que académicos, estão absolutamente certos, concisos e de valor para o tema. Independentemente do uso de outros produtos, eu diria que a utilização de uma pequena zona de isolamento, dentro da jaula de maternidade, onde os leitões possam ser retidos e mais eficazmente cuidados, debaixo de luz infra-vermelha (ou tapete aquecido) seria de grande utilidade para permitir que eles possam ser progressivamente levados às tetas (tal como também diz no seu artigo). Isto permite seleccionar que os mais debeis tenham oportunidade de tomar o colostro e estabelecer a sua posição na ordem de alimentação. De notar que nunca se deverão meter todos os leitões nascidos dentro desta zona, tomando o cuidado de deixar sempre pelo menos um (1) com acesso à mãe. Neste periodo da vida do leitão a vacinação não é recomendada pela interferência que teria com a imunidade passiva. Para não haver conflito com anticorpos que estejam circulando recebidos do colostro, qualquer vacina (com excepção de autógenas), deveria ser administrada 4 a 7 dias antes do desmame, ainda que isto possa ser alterado pelo Veterinário que assiste a exploração. Cumprimentos. Duarte Santos (DVM-Angola, Swine Specialist, Canada)
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