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Conceito básico da Alimentação Líquida para Suínos

Publicado: 9 de novembro de 2010
Gostaria de comentar e colocar em discussão a alimentação líquida para saínos. A alimentação líquida para suínos, amplamente utilizada na Europa, define-se pela mistura de ração ou co-produtos secos com água ou co-produtos líquidos. Nos sistemas computadorizados existentes no mercado, cujo ramo é liderado mundialmente pela Weda – especializada em sistemas de dieta líquida -, a mistura ocorre em tanques e é bombeada pela tubulação até os cochos. O sistema proporciona diversas vantagens, entre as quais se destacam a economia com ração (co-produtos baratos e menor desperdício), otimização da mão de obra, redução da poeira nos galpões, melhor digestibilidade e palatabilidade aos suínos e retorno do investimento em pequeno a médio. Economicamente viável, o sistema possui investimento inicial maior, se comparado com o de dieta seca, contudo o retorno se dá em poucos anos, sobretudo por meio da redução no desperdício da ração (ou seja, pelo aprimorando do índice de conversão alimentar). Obrigado.
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Autores:
Klaus Pettinger
Weda Brasil
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Claudir Piva
1 de diciembre de 2010
Eu sou Eng. Agrícola, e estava na Perdigão Agroindustrial S.A., quando o primeiro equipamento de arraçoamento líquido foi importado da Alemanha pela Perdigão. Desta forma fomos nós que introduzimos no Brasil o primeiro equipamento da Weda. Quanto as vantagens e economias expostas no texto anterior, realmente são compensadoras para o suinocultor. Gostaria de saber qual seria meu investimento para uma unidade de terminação de 1.000 suínos. Atenciosamente Eng. Claudir Piva Romero
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Klaus Pettinger
Weda Brasil
2 de diciembre de 2010
Prezado Sr. Claudir Piva, primeiramente a Weda do Brasil agradece sua participação no Fórum. A Perdigão Agroindustrial S.A. é uma das nossas mais estimadas e fiéis clientes, especialmente em Rio Verde (GO), com dezenas de máquinas (quase 40) instaladas e possui estudos que já atestaram a eficiência do sistema de Alimentação Líquida Computadorizada, confere? Sobre sua pergunta: a Weda trabalhou em um modelo especialmente destinado a unidades de até 1.000 animais em terminação. Existem valores fixos, especialmente da cozinha, que não variam e, consequentemente, quanto mais animais, maior a diluição do investimento por cada animal. Da mesma forma, quanto maior a granja, mais rápido o equipamento se paga em função do volume de ração economizada/não desperdiçada com a dieta líquida. Sugiro, a quem interessar, entrar em contato conosco para elaborarmos orçamentos, sem compromisso, que permitirão um dimensionamento mais real de acordo com cada granja. Espero ter respondido seu questionamento a contento. Atenciosamente Klaus Pettinger Weda do Brasil
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Marcos Tavares
Marcos Tavares
2 de diciembre de 2010
Prezado Sr.Klaus Pettinger Gostaria de saber como é feito o balanceamento nutricional da alimentação visto que parte é ração e parte é líquido. Há experiência com uso de Iogurte ?
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Klaus Pettinger
Weda Brasil
3 de diciembre de 2010
Prezado Sr. Marcos Tavares, em geral a proporção entre parte líquida e sólida varia entre 2,5 a 3 partes de líquida para 1 de sólida. A configuração é feita diretamente no sistema computadorizado, que realiza os cálculos da quantia de cada ingrediente a ser pesado no tanque misturador. Da mesma forma, é possível determinar a curva de alimentação de acordo com as necessidades de cada fase de produção (com a quantidade e tipo de ração desejados). O sistema é indicado para qualquer tipo de subprodutos, inclusive iogurte, soro de leite, levedura de cerveja, etc. Já há experiências realizadas com iogurte que funcionam muito bem. Eis outro diferencial da alimentação líquida computadorizada: é possível acrescentar qualquer tipo de subproduto líquido ou seco, na quantidade desejada, com precisão de até 10 gramas. Obrigado pela participação e à disposição no caso de dúvidas adicionais. Atenciosamente, Klaus Pettinger Weda do Brasil
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Vitor Santos
5 de diciembre de 2010
A formulação de dietas liquidas não é assim tão simples. O cáculo da receita formula tem de der feita primeiro e depois será introduzida no computador. Ele apenas faz os cáculos mediante os ajustes das matérias secas dos produtos. Regra geral a formulação de dietas liquidas faz-se para 25[percent] de Matéria Seca. A diluição será em função da soma das matérias secas dos produtos usados na formulção. A titulo de exemplo a matéria seca do yogurte ronda os 11-12[percent], o soro de leite 6-7,5[percent], a levedura de cerveja 14-18[percent]. Consoante os valores obtidos de matéria seca, serão introduzidos no computador e ele faz novamente os cálculos para ajustar a matéria a 25 [percent]. Convém mencionar que em porcas gestantes os valores de dliuição devem ser muito mais altos que nos suinos de engorda. Em regra nas porcas usa-se diluições de 1kg de matéria seca para 6 litros de água, que se traduz em dietas com 16-17 [percent] de matéria seca por quilo de alimento. Neste tipo de alimentação deve-se usar concentrados muito bem calculados e ajustados para combater alguns defices de vitaminas e minerais. Quando bem feito é um sistema muito vantajoso e com bons resultados economicos.
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Antonio Roset Balcells
Arvet veterinaria SL
3 de mayo de 2011
Soy un veteinario español especializado en porcinocultura. Estoy visitando Brasil y en varias de las charlas que he tenido con ganaderos y veterinarios ha salido el tema de la alimentación liquida. Creo que es una importante apuesta empresarial para mejorar los costes económicos de una explotación, indice de conversión, uniformidad en el ganado, gestión del tiempo, etc. El uso de maíz ensilado es de una alta rentabilidad económica, tengo varios clientes en España que lo usan y es un gran productos para la alimentación porcina. Nota: Brasil me encanta y estoy encantado con su alto nivel técnico y productivo Un saludo Antonio Roset Balcells Veterinario www.arvet.eu arvet@arvet.eu
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José Roberto Simioni
4 de mayo de 2011
Prezado Klaus e demais colegas, Na alimentação líquida há alguma recomendação de manejo ou inclusão de algum produto com a finalidade de controlar o desenvolvimento de micoorganismos nessa dieta, tais como fungos e leveduras? Casos de morte súbita, principalmente na terminação, podem ter alguma relação com contaminação por leveduras advindas da dieta líquida? Obrigado
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Vitor Santos
5 de mayo de 2011
O sistema de alimentação liquida deve seguir como qualquer outro sistema de alimentação um protocolo de maneio, tendo em conta o tipo de subproduto(s) que se utilizam. A titulo de exemplo tem a utilização de acidificantes, que tem um efeito de controlar fermentações indesejáveis e estabilizar os produtos. Casos de morte súbita são muito frequentes quando isso não acontece ( por exemplo na utilização do soro de leite) ou também caso ultrapasse alguns limites na utilização . Existem também alguns tipos de leveduras e bactérias que se podem adicionar para colonizar o biofilm criado nas condutas de distribuição. São vários os cuidados e são várias as soluções. Abraço.
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Marcos Martinez do Vale
Universidade Federal do Paraná - UFPR
11 de mayo de 2011
Prezados Senhores: Concordo com os comentários dos colegas Vitor Santos e Antônio Roset. A formulação não deve ser tão simplista e devemos considerar o teor de matéria seca das formulações, uma consideração pouco comum para os nutricionistas de não ruminanates. Presenciei o sistema em funcionamento e realmente permite ótimas oportunidades à suinocultura, particularmente na utilização de alimentos ensilado e/ ou de resíduos da industrialização de alimentos e laticínios. Por outro lado, me preocupa alguns detalhes da homogeneidade das dietas ao longo da linha. Minerais como o calcário são mais pesados e as fibras mais leves ou mais densos e menos densos respectivamente. Nesse sentido, tenho uma questão ao Sr. Klaus. Como se mantém a homogeneidade da mistura da dieta ao longo de linhas de abastecimento? Qual a distância viável entre cozinha e final da linha para se promover uma distribuição adequada? Existe algum teste prático de sedimentação para avaliação da homogeneidade ao longo das linhas de distribuição? Essa questão se destina a ter em mente qual as dimensões que se deve esperar de instalações utilizando essa tecnologia. Abraços
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Klaus Pettinger
Weda Brasil
11 de mayo de 2011
Prezado Sr. Antonio Roset, muchas gracias por su comentario (vou continuar em português para não passar verguenza). Ficamos satisfeitos em conhecer sua percepção positiva acerca da alimentação líquida no Brasil. Realmente os resultados obtidos nas máquinas instaladas são muito positivos em termos de rentabilidade e retorno de investimento. O grande interesse de produtores brasileiros e também argentinos na alimentação líquida WEDA corrobora estas teses. Apenas no primeiro trimestre de 2011 foram vendidas 5 máquinas de alimentação líquida WEDA para terminação , sendo 3 no Brasil e 2 na Argentina - num total de quase 40.000 terminados a serem atendidos por estes sistemas. E obrigado pelos elogios ao nosso querido Brasil. Forte Abraço. Atenciosamente, Klaus Pettinger WEDA DO BRASIL
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Antonio Roset Balcells
Arvet veterinaria SL
11 de mayo de 2011
Me alegro que este progresando el sistema. Yo tengo experiencias muy positvas de España, Holanda y Bélgica. Mi actividad principal es la inseminación artificial porcina, especialmente la inseminación post cervical, pero entiendo la porcinocultura como un todo. El idioma no es problema si hay volundad de entenderse, un poco de portoñol y nos entendemos todos Obrigado Antonio Roset Arvet Veterinaria, SL www.arvet.eu
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Klaus Pettinger
Weda Brasil
11 de mayo de 2011
Prezado Sr. José Roberto, Prezado Sr. Vitor, os senhores estão corretos. Existe a necessidade de um controle contra o desenvolvimento de microorganismos provenientes de eventual acúmulo de resíduos, especialmente quase se fala do uso de determinados subprodutos. Posso informar que existem no mercado opções de sistemas de limpeza/desinfecção alcalina e/ou ácida para alimentação líquida suína, como os que a Weda desenvolveu. Exemplos são o "Hight-Light (UV)" e a limpeza de via com água limpa após todos os tratos. Isso proporciona ao sistema trabalhar com diversas matérias-primas e subprodutos. Evidentemente, como dito, é preciso evitar o excesso de fermentação das matérias-primas, pois esse processo leva a perda dos nutrientes (proteína e lactose) e produção de ácido láctico o qual potencializa a fermentação intestinal, podendo levar a ocorrência de torções. O nosso sistema oferece balanceamento da ração seguindo orientação e programação de quantidades e também o controle de Ph, mais utilizado para leitões de creche, tendo em vista os desafios proveniente da adaptação dos leitões à troca de proteína animal (leite) para proteínas vegetais (farelo de soja por exemplo) nesta fase. Claro que a limpeza do sistema vai depender do tipo de e da qualidade de matéria-prima e subprodutos utilizados. De qualquer forma, o equipamento WEDA está preparado e oferece segurança testada e comprovada para manter a qualidade das rações. Obrigado e à disposição em caso de novas dúvidas. Forte abraço. Atenciosamente, Klaus Pettinger WEDA DO BRASIL
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Klaus Pettinger
Weda Brasil
11 de mayo de 2011
Prezado Sr. Marcos, muito obrigado por seu comentário e sua pergunta. Realmente a manutenção da homogeneidade da ração ao longo do transporte é um dos maiores desafios do sistema de alimentação líquida para suínos. Para tanto, a WEDA desenvolveu o MixPipe, um tubo, cuja própria estrutura interna possui uma saliência / friso em forma de espiral longitudinal de aprox. 10mm de altura, que provoca uma rotação completa da ração (360o) a cada 1m de tubo. Desta maneira, a ração, quando bombeada para as vias de alimentação, permanece em constante rotação e, por conseguinte, em constante mistura, o que praticamente elimina a sedimentação, mesmo das partes mais pesadas, como os minerais. Essas saliências foram desenvolvidas de modo a evitar também o acúmulo de resíduos de ração dentro da tubulação, evitando obstruções. Apenas a título de conhecimento, o MixPipe é uma exclusividade Weda e seu lançamento foi premiado pela Associação Agrícola Alemã (correspondente ao Ministério da Agricultura) com medalha de ouro. Grandes instalações na Europa, como no leste alemão, por exemplo, provaram a eficiência e eficácia do sistema (assita ao funcionamento: http://tinyurl.com/3udntwo). No Brasil ainda havia certa restrição à aquisição de tubos MixPipe, em função do seu valor. Contudo, todas as novas instalações vendidas este ano possuem esse tipo de tubulação, o que proporcionará uma “experiência nacional” deste sistema. Em termos de distância, trabalhamos com no máximo 300m, desde a cozinha até a última baia, para manter tanto a qualidade da dosagem da ração quanto do funcionamento do sistema. Forte abraço. Atenciosamente, Klaus Pettinger WEDA DO BRASIL
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Vitor Santos
11 de mayo de 2011

Pode também utilizar sepiolita para ter uma melhor homogenização. Funciona muito bem.

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Florian Paysan
23 de julio de 2012
Boa tarde, Prezado Klaus, você disse que a alimentação líquida é muito usada na Europa e concordo com você. Gostaria de saber se você conhece o percentagem de granjas que usa esse sistema no Brasil? Obrigado, Florian Paysan.
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Gabriel Cipriano Rocha
Universidade Federal de Viçosa - UFV
24 de julio de 2012
Prezados, Aqui nos EUA e Canada existe bonificação (ou penalização) pela qualidade de carcaça. Ha um comentário no mercado que os animais que recebem alimentação liquida, devido a seu maior consumo, TERIAM um maior percentual de gordura na carcaça, alguém tem uma posição a respeito? Obrigado, Gabriel C Rocha
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Vitor Santos
24 de julio de 2012
Na UE também existe essa penalização / Bonificação. Sim, geralmente os porcos com alimentação liquida tendem a ser um pouco mais gordos, em especial se forem castrados e abatidos a cima dos 105 kg de PV. No entanto, através de uma formulação adequado consegue resolver esse problema. A restrição alimentar também poderá ser outra solução. Cumprimentos, Vitor Santos
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Klaus Pettinger
Weda Brasil
24 de julio de 2012
Prezado Sr. Florian! No Brasil somente perto de 3% das granjas possuem o sistema de alimentação líquida. Estamos trabalhando para aumentarmos este percentual. Ronny Essert
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Flauri Migliavacca
MIG-PLUS
24 de julio de 2012
Vejo com muito bons olhos alimentação líquida em várias fases da produção de suínos. Pensamento de hoje, tentar alocar dentro de uma fórmula de ração produtos alternativos de vários tipos e de disponibilidade conforme a região e época do ano, sendo portanto a alimentação líquida a maneira simples e eficiente de os animais se alimentarem sem desperdício por causa de uma simples troca de matéria prima, não interferindo na palatabilidade. Neste momento onde grande parte trabalha com milho e F.Soja, com certeza hoje inviabiliza a produção. Por isto faz-se necessário um debate deste nível e todos os iniciantes em suinocultura devem calcular direito sua nova estrutura e forma de alimentação, para que em menor espaço de tempo possa pagar o investimento. Creio que é uma bela maneira de nestas crises de grãos, usar também esta alternativa de (alimentação líquida) para diminuir o grande custo de produção de ração para formar o mesmo kg de suíno. Parabenizo o bate papo proporcionado pelos colegas aqui e pelo sitio ERGOMIX colocando no ar este debate. Obrigado pela oportunidade. Flauri Migliavacca
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Lauri Jr.
10 de agosto de 2012

Bom Dia. Inicialmente gostaria de parabenizar ao tema abordado na discussão e a todos os participantes.

Sou da região do Paraná e na ideia de otimizar custo e produção estamos com um projeto de um novo sitio creche para 10 a 15 mil leitões.
Neste projeto foi cogitado a ideia de já se implantar este sistema de arraçoamento liquido nesta fase.

Gostaria de saber a opinião de todos sobre este assunto.

Exite muito trabalho sobre ração liquida em creche?
E realmente seria vantajoso fazer estes sistema de arraçoamento em vez do sistema tradicional?

Atte.,
Lauri E. Rauber Junior

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