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Como evitar a correlação negativa entre o peso ao nascer e a mortalidade inicial de leitões

Publicado: 25 de junho de 2009
Por: Reinaldo Kato
O intenso melhoramento genético ocorrido nos últimos anos fez com que as matrizes suínas se tornassem ainda mais prolíferas, produzindo em média 2 a 3 leitões adicionais por leitegada, comparando à década anterior. Com esse aumento do número de leitões nascidos por leitegada, houve duas mudanças importantes refletidas no manejo da granja: menor peso ao nascer dos leitões e maior competição pela mamada, e isso resultou em uma maior taxa de mortalidade de leitões na maternidade. Ou seja, a seleção e melhoramento genético para hiperprolificidade gerou um quadro com maiores leitegadas (número de leitões nascidos vivos), menor peso e maior desuniformidade dos leitões e maior competição entre os leitões. Há uma correlação negativa entre o peso ao nascer e a mortalidade inicial de leitões, ou seja, estudos atuais apontam maiores taxas de mortalidades em função do baixo peso ao nascer (Leitões com menos de 900g apresentam uma taxa de sobrevivência entre 42-50% segundo McGlone & Pond, 2002). Leitões nascem com poucas reservas energéticas (basicamente o glicogênio hepático e muscular) que permitiriam a sobrevivência dos mesmos entre 36-48 horas em condições de ambiente termoneutro. Neste sentido, pode-se facilmente visualizar a importância da ingestão do colostro que além do suprimento energético proporciona a transmissão adequada da imunidade passiva, prevenindo possíveis quadros de infecções aos leitões. Porém, devido a alta competição pela mamada, leitões que já nascem com baixo peso e poucas reservas energéticas tornam-se mais susceptíveis à quadros de inanição e hipoglicemia resultando em elevadas taxas de mortalidade na maternidade.
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Reinaldo Kato
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Prof. Roberto de Andrade Bordin
Universidade Anhembi Morumbi - Brasil
29 de junio de 2009
Olá tudo bem? Em relação ao comentado tenho ainda mais uma colocação...o ambiente gestacional para esta matriz bem como a maternidade não conferem padrões de bem estar para o tamanho de litigada (gostado e amamentado), facilitando assim uma maior mortalidade inicial dos leitões, seria adequado uma reformulação das práticas de manejo bem como dos ambientes produtivos. abas
Maryna Wesllenny
Maryna Wesllenny
28 de agosto de 2009
Olá professor, com relação ao desenvolvimento e mortalidade dos leitões na maternidade ao fator temperatura, sendo os leitões necessitam de temperaturas mais quentes e a matriz mais frias, sendo que isso pode afetar o desempenho de ambos. E parabéns pelo artigo!!! maryna wesllenny
Marcos Pereira
Marcos Pereira
14 de septiembre de 2009
Olá Prof. Roberto Bordin! O seu comentário em bem estar da matriz referisse ao sistema de confinamento SISCON, e no SISCAL o bem estar desta matriz tem relação com o numero de litigada e esta correlação entre o peso ao nascer e a mortalidade tem a mesma percentagem? Marcos Pereira.
Paulo Roberto Da Cruz
5 de noviembre de 2009
É de suma importância fazer a equalização das litigadas, já no primeiro dia de vida dos leitões. O acompanhamento de todas as mamadas, é de suma importância para garantir a ingestão do colostro nos três primeiros dias de vida. O baixo peso ao nascer é compensado com muito trabalho, dedicação e boas fêmeas amas de leite. Pode-se lançar mão de bancos de leite e/ou colostro como ação corretiva aos leitões mais fracos. O sucesso esta nas mãos dos operadores e de um bom treinamento.
Maurício França
Maurício França
14 de diciembre de 2009
Acredito também que a mamada do colostro tenha maior influência na mortalidade do que o peso ao nascer!Pude verificar que leitões que são auxiliados nas primeiras mamadas conseguem chegar tranquilamente em fases posteriores no mesmo peso que leitões que nasceram mais pesados,tem um porém nessa história,esses leitões com menor peso ao nascer tem dificuldade nas primeiras mamadas,devendo esses obrigtoriamente serem monitorados para que a injestão do colostro seje bem feita!Existem produtos no mercado que são uma fonte de energia para esses animais,sendo fornecido 12 horas após nascido,é uma fonte extra de energia o ajudando a controlar a temperatura corporal e assim indo mais vezes ao teto da mãe,diminuindo a morte por hipoglicemia e aumentando o peso de desmamado!A homogenização também é um passo fundamntal para uma competição mais igual,aumentando a uniformidade final do lote!Essa discussão é muito proveitosa para mim!!!Obrigado!!!
Edumar Ricardo da Silva
Edumar Ricardo da Silva
15 de diciembre de 2009
Fêmeas hiperprolíferas e com grande número de leitões nascidos vivos, grande número de leitões desmamados e grande número de leitões terminados tem sido o objetivo de todo o suinocultor. Para termos um grande número de leitões nascidos vivos também é importante na parição ter um bom atendimento ao parto. Este atendimento pode ser crucial para se ter um maior número de leitões desmamados. O aumento do número de animais por leitegada o que representa um maior número de leitões com menor peso ao nascer acarreta uma disputa maior pelas mamadas e uma consequente redução no número de leitões desmamados. Para recuperar o peso dos leitões abaixo da média a utilização de complexo vitamínico na fase de maternidade pode ser uma alternativa viável. Este procedimento acarretará em um custo adicional no valor do complexo vitamínico e mão de obra que com certeza a granja já possui. Parabéns pela matéria, professor. Edumar Ricardo da Silva Medíco Veterinário Canoinhas - Santa Catarina Colégio Agrícola Vidal Ramos
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