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População de Protozoários Ciliados no rúmen de bovinos Nelore em pastos de Brachiaria brizantha Marandu recebendo suplemento proteico ou com livre acesso a banco de proteína de Leucaena leucocephala nas diferentes estações do ano

Publicado: 4 de janeiro de 2013
Por: Marcelo de Queiroz do Centro Avançado de Pesquisa e Tecnologia do Agronegócio de Bovinos de Corte, Instituto de Zootecnia, Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, Secretaria de Agricultura e Abasteciamento e Antônio João Lourenço do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Nutrição Animal e Pastagens, Instituto de Zootecnia, Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, Secretaria de Agricultura e Abasteciamento.
Sumário

RESUMO: A população de protozoários ciliados do rúmen de bovinos foi avaliada em animais recém desmamados em pastos de B. brizantha (Teste), com banco de L. leucocephala (Banco), suplemento protéico (46,6%PB) nas secas (Seca) ou suplementação protéica (43,9%) durante o ano todo (Ano), em blocos casualizados, com quatro repetições por tratamento. As coletas de líquido ruminal foram realizadas em Agosto, Novembro, Fevereiro e Maio. A contagem total de protozoários mostrou efeito de época do ano, apresentando em Maio as maiores populações e em Fevereiro as menores (P<0,05). O gênero Entodinium teve as concentrações em Maio maiores que Fevereiro (P<0,05), sendo este o gênero predominante (74,8%). Os Diplodinium apresentaram menores concentrações no Ano (P<0,05), e os meses de Fevereiro e Maio superiores a Novembro (P<0,05). Em Fevereiro observou-se população do gênero Epidinium mais elevada (P<0,05). A população de Isotricha teve maiores concentrações no tratamento Banco (P<0,05), e no mês de Maio (P<0,05). Nas diferentes épocas, Agosto mostrou menores concentrações de Dasytricha, quando comparado aos outros períodos (P<0,05).

Palavras chave: suplementação protéica, bovinos de corte, pastejo, banco de proteína, protozoários cíliados.

INTRODUÇÃO
Os protozoários perfazem cerca de 40 a 80% da biomassa microbiana ruminal (VEIRA, 1986), compondo em cerca de 31% a proteína de origem microbiana (PUNIA e LEIBHOLTS, 1984). A habilidade em digerir a maioria dos componentes dos alimentos conferem importante papel aos ciliados no processo de fermentação ruminal, sendo responsáveis por 34% da digestibilidade da fibra. A ausência dos ciliados está associada à diminuição da digestibilidade da forragem (HEGARTY et al., 1994; ANKRAH et al., 1990; PUNIA et al., 1987), assim como a diminuição das concentrações de N-NH3, que limita a ação das bactérias celulolíticas do rúmen.
Segundo HUNGATE (1966) as concentrações de protozoários variam conforme o tipo da dieta e qualidade da mesma, assim como a freqüência com que o animal é alimentado, estado fisiológico, e a raça dos animais.
WILLIANMS e COLEMAN (1991) sugerem que as adições de proteína na alimentação de bovinos apresentam resultados pouco conclusivos, podendo haver aumento, ou diminuição da contagem total. Os autores revisaram, que na adição de uréia há tendências em aumentar a densidade de protozoários totais, principalmente os gêneros Entodiniun, Dasytricha e Isotricha. JOUANY (1996) relata que os Holotricha (Isotricha spp. e Dasytricha spp) atacam preferencialmente a proteína solúvel, enquanto os Entodinium são degradadores da parte insolúvel da proteína.
VEIRA (1986) afirma que o número de protozoários pode ser relativamente baixo em animais recebendo dietas exclusivas de forragens, e maior nas misturas de forragens e grãos. GRUBB e DEHORITY (1975) em estudos conduzidos com ovinos, observaram decréscimo no número total de ciliados 2-4 x 105 (ml)-1, quando a dieta era somente feno de gramínea, e aumento 10-12 x 105 (ml)-1, na alimentação composta por milho e feno (60:40%). Os autores também relatam que o fato de ter ocorrido um aumento numérico de protozoários Holotricha na maior proporção de concentrado na dieta foi devido à maior quantidade de carboidratos solúveis do alimento.
NOGUEIRA FILHO et al. (1992) forneceram capim elefante, cortados em diferentes estádios vegetativos, a bovinos fistulados, e observaram a presença de Entodiniumspp., Diplodinium spp e Polyplastrom spp. Houve queda linear nas concentrações de Entodinium spp., bem como nas concentrações totais de protozoários com o avançar da idade da planta forrageira.
Vários autores descrevem o gênero Entodinium spp. como o protozoário predominante na contagem total, chegando a 90%, especialmente quando a alimentação é a base de concentrado, (HUNGATE, 1966; NOGUEIRA FILHO et al.,1992). Já os protozoários dos gêneros Diplodinium spp. e Epidinium spp., por apresentarem concentrações consideráveis de celulase, são degradadores de fibra, haja visto que suas populações aumentam em dietas fibrosas (HUNGATE, 1966; WILLIANMS e COLEMAN, 1991; JOUANY, 1996).
Os Holotricha (Isotricha spp. e Dasytricha spp.) aparecem em maior número nos ruminantes em regime de pastejo, recebendo feno ou cana de açúcar, pois tem a capacidade de degradar os polissacarídeos não estruturais e carboidratos solúveis das plantas (HUNGATE, 1966; WILIANMS e COLEMAN ,1991; OLIVEIRA et al., 1992; JOUANY, 1996).
A adição de bagaço de cana de açúcar in natura em níveis crescentes (9, 15 e 21%) à dieta com alta quantidade de concentrado promoveu crescimento linear na contagem total dos Entodiniumspp., porém em termos de porcentagem houve decréscimo, indicando que o nível de bagaço estimulou muito mais a proliferação dos gêneros Epidinium, Isotricha, Dasytricha e Eudiplodinium. Isto ocorreu devido ao aumento da fibra e maior fornecimento de açúcares solúveis na dieta (NOGUEIRA FILHO et al., 1999).
Coletando material ruminal após o abate de ovinos oriundos de pastagens naturais, MARINHO (1983) observou variações no número total de protozoários entre 50-300 x 104 g-1 do conteúdo ruminal. Sendo que os gêneros que ocorreram com maior frequência foram Entodinium spp, Eudiplodinium spp., Polyplastron spp. e Dasytrichaspp. Os Holotricha, particularmente o gênero Dasytrichaspp., foram observados em número relativamente elevado, estando, segundo os autores, condizentes ao tipo de dieta que os animais estavam submetidos.
FRANZOLIN NETO et al. (1988), fornecendo níveis crescentes de Leucaena leucocephala associada a feno de capim Rhodes, observaram aumento aparente de protozoários do gênero Entodinium spp., enquanto houve um decréscimo do gênero Dasytricha spp. GALINDO et al. (1995) notaram que a população total de protozoários ciliados não foi alterada com a inclusão de Leucaena leucocephala nas dietas de vacas holandesas.
VANDERWATH e MYBURGH(1941) em trabalho realizado na África com carneiros, avaliaram as variações das populações de ciliados entre o inverno, primavera, verão e outono, onde observaram 100, 277, 455 e 278 x 103 protozoários (ml)-1, respectivamente. Sendo que os grandes entodiniomorfos (Diplodinium spp.) apareceram em maiores concentrações no inverno, pois podem degradar com mais eficiência a fibra da forragem.WESTERLING (1970) trabalhando com renas, observou concentrações de 350 x 104 protozoários (ml)-1 no verão, e 200 x 104 protozoários( ml)-1 no inverno, também com maiores concentrações de Diplodinium spp.
São poucas as informações sobre variação da população de protozoários ciliados no rúmen durante as diferentes estações do ano, pois a maioria dos trabalhos são realizados sob condições controladas (confinamento, gaiolas, etc.). Desta forma o objetivo deste trabalho foi de avaliar a variação da população total e dos diferentes gêneros de protozoários ciliados no rúmen de bovinos nelore nas diferentes estações do anos e diferentes estratégias de alimentação a pasto.
 
MATERIAL E MÉTODOS
Local e Área Experimental: O trabalho foi realizado na Estação Experimental Central, do Instituto de Zootecnia, localizado no município de Nova Odessa, SP. A área experimental utilizada era formada por 48 piquetes de 1 hectare cada, formando 16 parcelas experimentais dividida em 3 piquetes. O pastejo foi rotacionado dentro da parcela, com período de descanso e ocupação foi de 42 e 21 dias, respectivamente. O delineamento experimental foi de blocos casualizados, com 4 tratamentos e 4 repetições.
Os animais foram submetidos aos seguintes tratamentos: pastagem exclusiva de Brachiaria brizantha (Teste); pastagem de Brachiaria brizantha associada a uma área adjacente (banco de proteína) com livre acesso a Leucaena leucocephala (Banco); Pastagem de Brachiaria brizantha + suplementação alimentar fornecida no cocho apenas período da seca (junho a novembro de 1998) (Seca); pastagem de Brachiaria brizantha + suplementação alimentar fornecida no cocho no período da seca e das águas (junho 1998 a maio de 1999) (Ano).
A pastagem utilizada foi formada de Brachiaria brizantha cv. Marandu, e o banco de proteína de Leucaena leucocephala cv. Cunnigaham, representando 25% da área do piquete. Foi realizada adubação de manutenção com 100kg P2O5 ha-1, e 60kg K2O ha-1, por cobertura e a lanço 100kg N ha-1 (500kg de sulfato de amônio ha-1), em abril de 1998 e março de 1999.
O período da seca considerado durou 140 dias (25 de junho de 1998 a 12 de novembro 1999) e o das águas 174 dias (12 de novembro de 1998 a 4 de maio de 1999), sendo o período experimental total de 314 dias.
Pastagem e forragem disponível: A disponibilidade de forragem foi estimada pelo método do quadrado (1,0 x 1,0m), e avaliação das áreas de Leucaena leucocephala foi feita segundo Lourenço et al. (1981), em 5 pontos aleatórios das áreas avaliadas. Foram determinadas a matéria seca a 105°C, a proteína bruta (PB) pelo método micro Kjeldahl (A.O.A.C.,1990), a digestibilidade "ïn vitro" (Tiley & Terry, 1963), a fibra detergente neutro (FDN) e fibra detergente ácido (FDA; Robertson & Van Soest, 1981).
Animais experimentais e carga animal: Foram utilizados 192 bovinos machos inteiros da raça Nelore, recém desmamados, pesando em média 152 kg de peso vivo. A carga animal média foi de 683 kg peso vivo ha-1 (12 animais por parcela) no período da seca, e de 1182 kg de peso vivo ha-1 (14 animaispor parcela) no período das águas. A carga animal foi ajustada para que ao final de cada período de pastejo o piquete apresentasse o mínimo de 1500 Kg de MS ha-1. As pesagens individuais dos animais foram feitas com auxílio de balança eletrônica em intervalos de 28 dias, sempre pelo período da manhã sem jejum (MANELLA et al., 2002).
Suplementação Alimentar: A analise dos dados do Quadro 1 mostra os ingredientes utilizados na composição do suplemento alimentar para os períodos das secas e águas, e no Quadro 2 a composição química dos suplementos. Utilizou-se 6,8 % de sal e 0,16 % de Rumensinâ (monensina) no suplemento para limitar o consumo em aproximadamente 600 g/animal/dia. O suplemento foi fornecido a cada 3 dias em cocho coberto, sendo que as quantidades eram ajustadas em função das sobras do concentrado cocho.
Quadro 1: Composição em base seca do suplemento para a época das secas e das águas
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Quadro 2: Composição química do suplemento alimentar para o período das secas e das águas na base seca(%MS)
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Colheita de Líquido Ruminal e de sangue e análises laboratoriais: As colheitas foram feitas nos meses de agosto/1998 (inverno), novembro/1998 (primavera), fevereiro/1999 (verão) e maio/1999 (outono), em 3 animais, sorteados ao acaso em cada parcela experimental, perfazendo um total de 48 animais por período de colheita. Foi colhido aproximadamente 500 ml de líquido ruminal através de sonda flexível oro-gástrica, com auxílio de bomba de vácuo acoplada a um Kitassato (ROSENBERGER, 1987).
Contagem diferencial de protozoários: Foram tomados 05 ml do líquido ruminal para fixação em 05 ml de formol a 20 % em um tubo de ensaio.
As contagens diferenciais dos protozoários ciliados do rúmen foram determinadas utilizandose um retículo de 0,5 mm x 0.5 mm de área, com subdivisões de 25 quadrículos, acoplado na ocular de um microscópio marca Olympus modelo CH2 e com câmara de contagem de "Sedgwick-Rafter" com medidas internas de 50 mm x 20 mm x 01 mm (capacidade 01 ml), conforme técnica descrita por DEHORITY (1977).
Cerca de 01 ml da amostra diluída foi colocada em um tubo de ensaio para ser corada com 02 gotas de verde brilhante a 02% por 04 horas, em seguida foram adicionados 09 ml de glicerol a 30% e homogenizada a mistura, tornando a alíquota do líquido ruminal diluída 20 vezes. Com auxílio de uma pipeta encheu-se a câmara de contagem com a amostra, que acoplada ao microscópio contaram-se 50 campos óticos através do retículo, com aumento de 100x. O fator de correção de 1,6 foi multiplicado pelo valor médio da contagem dos campos.
Os protozoários foram classificados nos gênerosIsotricha, Dasytricha, Entodinium, Epidinium e na subfamilia Diplodinae (incluem os gênerosDiplodinium, Eudiplodinium, Ostracodinium e Polyplastron).
 
ANÁLISE ESTATÍSTICA:
O delineamento foi em blocos casualizados com quatro repetições por tratamento, adicionado ao fator de medida de tempo. Os resultados foram analisados através do programa computacional Statistical Analysis System (SAS Institute Inc., 1985), sendo anteriormente verificada a normalidade dos resíduos pelo Teste de SHAPHIRO-WILK (PROC UNIVARIATE) e as variâncias comparadas pelo Teste F. Os dados que não atenderam a estas premissas foram submetidos à transformação logarítima [Log(X + 1)] ou pela raiz quadrada [RQ(X+1/2)]. Os dados originais ou transformados, quando este último procedimento foi necessário, foram submetidos à análise de variância pelo procedimento GLM (PROC GLM). Foi adotado um nível de significância de 5% para todos os testes realizados.
Tal análise foi realizada utilizando-se o comando REPEATED gerado pelo procedimento GLM (PROC GLM do SAS), sendo as médias comparadas através do teste Tukey. Na presença de interação entre efeito do tratamento e de tempo a separação foi feita dentro de cada período de coleta.
 
RESULTADOS E DISCUSSÕES:
As avaliações das pastagens de Brachiaria brizantha e dos bancos de Leucaena leucocephala por ocasião da colheita do líquido ruminal encontramse no Quadro 3.
Quadro 3: Disponibilidade (kgMs ha-1), e composição químico bromatologica (%MS) da pastagem nos meses do ano (agosto, novembro, fevereiro e maio) em que foram realizadas as coletas de líquido ruminal
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Em fevereiro os teores de PB e a digestibilidade "in vitro" da brachiaria estiveram baixos para a época, provavelmente pelo fato da pastagem estar velha, devido maior taxa de crescimento da planta e o longo período de descanso para a gramínea no período (42 dias), propiciando aumento dos constituintes da parede celular (FDN e FDA). Em Maio, o maior teor de proteína foi reflexo da adubação de manutenção ocorrida em março de 1999.
O ganho diário de peso vivo observado estão descritos em MANELLA et al. (2002). No período seco os tratamentos Seca e Ano propiciaram ganhos individuais médios diários superiores ao Banco e Teste (534 e 486 x 277 e 201 g por dia, respectivamente, P<0,05), e no período das águas os ganhos obtidos nos tratamentos Ano e Banco foram maiores que os animais Seca e Teste (782 e 741 x 584 e 645 g por dia; P<0,05).
A análise de variância dos dados das concentrações totais de protozoários ciliados no Quadro 4, apresentam efeitos significativos para época do ano (P=0,0161) A concentração total de protozoários ciliados no mês de Maio 21,43 x104(ml)-1 foi superior (P.<0,05) a encontrada no mês de Fevereiro 15,91 x104(ml)-1.
As concentrações médias totais de protozoários obtidas neste trabalho 17,63x104 (ml)-1 estão no intervalo proposto por VANDERWATH e MYBURGH (1941), ORTOLANI e TAKIMOTO (1987), DEHORITY e ORPIN (1988) e MARINHO (1983) para animais recebendo dietas com alto volumoso ou em pastejo.
VANDERWATH e MYBURGH (1941) observaram maior concentração de protozoários no verão 45,5x104 (ml)-1, e no inverno as menores 10,0 x104 (ml)-1. No presente trabalho, o outono (Maio) mostrou concentração mais elevadas 21,43x104 (ml)-1 que os outros meses de avaliação. Provavelmente, esse fato esteja relacionado com adubação nitrogenada realizada em Março, proporcionando rebrota ao capim, disponibilizando forragem de melhor qualidade ao pastejo pelos bovinos.
Quadro 4: População total de protozoários cilíados (X 104 (ml)-1 de líquido ruminal nas diferentes épocas do ano (Agosto, Novembro, Fevereiro e Maio) em bovinos recebendo diferentes estratégias de alimentação
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Estas observações estão de acordo com as feitas por NOGUEIRA et al. (1992), que observaram decréscimo linear na população de ciliados no rúmen de bovinos ao fornecer capim napier em diferentes estádios de crescimento, com valores de 18,73 X104 (ml)-1 e 10,1 X104 (ml)-1 quando fornecido plantas jovens e plantas em idade mais avançadas, respectivamente.
No presente trabalho não foi possível constatar aumento na população de ciliados em decorrência do suplemento protéico, ao contrário de outros autores, que relatam aumento do número de protozoários com fornecimento de concentrado (HUNGATE, 1966, ABE et al.,1973; GRUBB e DEHORITY, 1975; VEIRA, 1986; CARVALHO et al., 1997 e D'AGOSTO et al. 1998), e ou de dietas ricas em proteína (PURSE e MOIR , 1966; WILLIANMS e COLEMAN, 1991).
A ausência do aumento esperado na concentração total de protozoários no rúmen dos animais suplementados, pode ter sido em função da presença de monensina no suplemento, pois esta, causa diminuição na população dos ciliados (KARTZ et al. 1986).
A concentração de protozoários do gênero Entodinium spp., inserida no Quadro 5 apresentam os efeitos para época do ano (P=0,0011). A avaliação de Maio 15,63 x 104(ml)-1 foi superior (P.<0,05) aos resultados obtidos no mês de Fevereiro (10,65 x 104 (ml)-1.
Quadro 5: População total de Entodinium spp. ciliados (X 104 (ml)-1 de líquido ruminal) nas diferentes épocas do ano (Agosto, Novembro, Fevereiro e Maio) em bovinos recebendo diferentes estratégias de alimentação
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NOGUEIRA FILHO et al. (1992) relatam redução linear para o gênero Entodinium spp. no rúmen dos animais alimentados com forragens envelhecidas. A população de protozoários do gênero Entodinium spp. no presente trabalho, teve comportamento semelhante aos relatados por NOGUEIRA FILHO et al. (1992).
DENNIS et al. (1983) menciona que a população de Entodinium spp. é maior quando se tem dieta rica em energia. Em média a população total de protozoários foi predominantemente de Entodinium spp. (74,8%), estando de acordo com outras observações (HUNGATE, 1966; VANCE et al. 1972; DENNIS et al., 1983, FFOULKES e LENG, 1988; NOGUEIRA FILHO et al.,1992).
O Quadro 6 mostram os resultados das avaliações da população do gênero Diplodinium spp. A análise de variância demonstrou que houve efeito significativo das comparações das médias entre os tratamentos e para efeito de épocas de avaliação na população do gênero Diplodinium.
Quadro 6: População total de Diplodinium spp. (X 104 (ml)-1 de líquido ruminal) nas diferentes épocas do ano (Agosto, Novembro, Fevereiro e Maio) em bovinos recebendo diferentes estratégias de alimentação
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As concentrações para os tratamentos Teste (0,731 x 104 ml-1), Seca (0,889 x 104 ml)-1 e Banco (0,863 x 104 ml)-1 foram superiores (P<0,05) ao tratamento Ano (0,574 x104 ml)-1.
Durante as épocas do ano os meses de Maio e Fevereiro foram superiores a Novembro 0,898 e 0,937 vs 0,494x 104 (ml)-1; P<0,05 , e em Agosto as concentrações intermediárias (0,705 x 104).
Quando se tem dietas mais fibrosas ocorre aumento na população de Diplodinium spp. (PURSE e MOIR, 1966). Neste trabalho, quando foram avaliados as concentrações entre tratamentos, o comportamento da população de Diplodinium spp. esteve de acordo com relatos feitos por PURSE e MOIR (1966), pois em Agosto e Fevereiro, quando as plantas forrageiras apresentaram qualidade inferior, a população deste protozoário aumentou. Em Maio foi observada maior concentração de Diplodinium, porém representou apenas 4,2% do total, em Fevereiro foi de 6,1% da população total.
VANDERWATH e MYBURGH (1941) observaram tendências semelhantes ao avaliarem a população de protozoários ciliados de ovinos sob pastejo na África durante as estações do ano. As proporções de Diplodinium spp foram mais elevadas (20,6%) quando as forragens apresentaram qualidade inferior, e com a melhora da forragem, houve diminuição (15,7%).WESTERLING (1970) também relatou tendências semelhantes quanto ao comportamento deste protozoário nas diferentes épocas do ano.
Os animais com acesso ao banco de proteína em Leucaena apresentaram tendências a ter maior densidade de Diplodinium spp.. FRANZOLIN NETO, et al. (1988) também observaram essa mesma tendência de aumento nas proporções de Diplodinium spp. quando adicionaram 30% de feno de leucena a dietas de feno de capim Rhodes.
A análise dos dados referente ao gênero Epidinium spp. (Quadro 7) apresentou efeito de época do ano (P=0,0001), onde a concentração de Fevereiro foi maior que Agosto, Novembro e Maio 0,339 vs 0,144, 0,181 e 0,208 X104 (ml)-1, P<0,05.
Quadro 7: População total de Epidinium spp. (X 104(ml)-1 de líquido ruminal) nas diferentes épocas do ano (Agosto, Novembro, Fevereiro e Maio) em bovinos recebendo diferentes estratégias de alimentação
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Segundo WILLIANMS e COLEMAN (1991) os ciliados do gênero Epidinium spp. por apresentarem a enzima celulase, assim como os Diplodinium spp, são capazes de degradar a celulose. Isto pode explicar as maiores concentrações deste gênero nas coletas feitas em Fevereiro. Ao fornecer níveis crescentes de bagaço de cana-de-açúcar a bovinos confinados, NOGUEIRA FILHO et al.(1999) observaram aumento na população de Epidinium spp., que segundo os autores isto provavelmente ocorreu devido à maior fibra dietética.
O gênero Epidinium spp. apresentou menores concentrações em relação aos outros gêneros, semelhante a relatos de DENNIS et al. (1983) e FRANZOLIN NETO et al. (1988) e inferiores às observações de MARINHO (1983) e NOGUEIRA FILHO et al.(1993). WILLIANMS e COLEMAN (1991) descrevem vários trabalhos onde o gênero Epidinium spp. era predominante, em animais recebendo dietas exclusivas de volumoso, justamente pela capacidade em degradar a fibra.
No Quadro 8 é possível observar efeito significativo para época do ano (P=0,0001) e para tratamentos (P=0,0011) na análise de variância do gênero Isotricha spp..
Quadro 8: População total de Isotricha spp. ciliados (X 104(ml)-1 de líquido ruminal) nas diferentes épocas do ano (Agosto, Novembro, Fevereiro e Maio) em bovinos recebendo diferentes estratégias de alimentação.
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A população de Isotricha no mês de Maio foi superior a Agosto, Novembro e Fevereiro 1,362 x 0,704, 1,038, 0,808 X104(ml)-1, P<0,05. Novembro apresentou população maior que Agosto 1,038 x 0,704 X104(ml)-1, P<0,05.
O tratamento Banco teve população maior que o Ano, Seca e Teste 1,291 x 0,773, 0,861 e 0,988 X104(ml)-1, P<0,05, e o Teste maior que o Ano (0,988 x 0,773 X104(ml)-1, P<0,05. FRANZOLIN NETO et al. (1988) observaram tendência de aumento nas concentrações de Isotricha spp., quando adicionaram leucena na dieta, semelhante as observações feitas para o tratamento banco (L. leucocephala) no presente trabalho.
No Quadro 9 os protozoários do gênero Dasytricha spp., apresentaram efeito para época do ano (P=0,0001). Nos meses de Novembro, Fevereiro e Maio mostraram Maiores concentrações de Dasytricha que em Agosto 2,548, 3,013 e 3,035 x 1,596 X104(ml)-1, P<0,05.
Quadro 9: População total de Dasytricha spp. ciliados (X 104(ml)-1 de líquido ruminal) nas diferentes épocas do ano (Agosto, Novembro, Fevereiro e Maio) em bovinos recebendo diferentes estratégias de alimentação
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A população de holotrichas (Isotricha spp. e Dasytricha spp.) aparece em maior concentração em dietas ricas em carboidratos solúveis (HUNGATE, 1966; WILLIANMS e COLEMAN, 1988; WILLIANMS e COLEMAN, 1991; JOUANY, 1996), assim como nas forragens novas (WILLIANMS e COLEMAN, 1991).
NOGUEIRA FILH et al. (1999) observaram aumento de ciliados holotricha ao fornecer níveis crescentes de bagaço de cana in natura (9, 15, 21%). As concentrações variaram de 6,4 a 14,8 x104(ml)-1 para Dasytricha, e de 6,5 a 14,8 x104(ml)-1 para os Isotricha, segundo os autores este aumento foi em decorrência do aumento de açúcares solúveis na dieta.
MARINHO (1983) constatou variações de Isotricha 0,5 a 2,6 x104(ml)-1 e Dasytricha 1,8 a 7,6 x104(ml)-1 semelhantes as variações observadas neste ensaio.
Bubalinos a pasto complementados com canade- açúcar apresentaram predominância de ciliados do gênero Dasytricha spp. (OLIVEIRA et al., 1992). No presente trabalho este gênero compôs em média apenas 14,1% da população total. Segundo WILLIANMS e COLEMAN (1991) a participação média nos holotrichas para animais a pasto é de 20% da concentração total, concordando com nossas observações, onde as proporções de dasytricha e isotricha somados, perfizeram 19,9%.
As oscilações nas características da forragem durante as quatro épocas analisadas foram as principais causa da variação na concentração total dos protozoários, e principalmente pelas alterações ocorridas nos gêneros. A suplementação protéica ou o acesso a banco de proteína, não modificou a população de protozoários, bem como as variações individuais de cada gênero.
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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Autores:
MARCELO DE QUEIROZ MANELLA
IZ - Instituto de Zootecnia / Secretaria de Agricultura e Abastecimento
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