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Interferência de sequestrantes com nutrientes

Publicado: 18 de maio de 2009
Por: Vânia Amaral Gonçalvez
É certo que as micotoxinas sao um problema que últimamente tem dado o que falar. Também é certo que hoje em dia existem muitas opções para resolver o problema, dependendo do tipo de micotoxina e da quantidade. Muitos recomendam productos ou empresas, mas ninguém fala sobre a possibilidade de interferencia desses productos sobre o alimento concentrado. - Quem pode garantir um produto com excelentes resultados contra as micotoxinas e seus metabólitos, e que ao memos tempo garanta uma mínima interferencia nutricional ¿? - É possível que seja pior remédio que a doença, se reduzimos a biodisponiblidade de vitaminas ou outros nutrientes ¿
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Danilo Silva Cunha
18 de mayo de 2009
Mas Vânia quando você diz sobre a interferência de alguns sequestrantes de micotoxinas sobre influenciarem na nutrição de qual tipo de sequestrantes está dizendo? Alumínios silicatos ou Beta-glucanos?
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Cristina Felipe Flemming de Sá
Cristina Felipe Flemming de Sá
18 de mayo de 2009
Prezada Vânia Alguns adsorventes, dependendo das propriedades e componentes podem ou não fazer isso. Mas para tirar a sua dúvida: quando os produtos são registrados, eles devem apresentar vários estudos - onde comprovam estabilidade, poder de adsorção, qualidades e composição, além dos demais resultados que um adsorvente é capaz de proporcionar ao animal. Dependendo do Adsorvente, ele pode combater apenas aflatoxinas (sem grande adsorção das fusarium toxinas) ou então as demais micotoxinas: zearalenona, fumonisina, Don, T2, ... Vou usar o exemplo dos produtos da empresa em que trabalho para explicar melhor. Temos um adsorvente, composto por aluminosilicatos, que tem sua ação comprovada contra as aflatoxinas, e para seu uso e segurança animal, foram feitos vários laudos (in vitro e in vivo) nos quais se comprovam a qualidade da matéria prima, o efeito do uso no animal, a dosagem recomendada, se é livre ou não de dioxinas, metais pesados e nitrofuranos (o que tem uma dosagem máxima estipulada pelo MAPA), dentre outros. E alguns adsorventes, quando não são compostos apenas de aluminosilicatos, tem um poder não apenas sobre as micotoxinas de maior estrutura molecular, mas também proporcionam outros benefícios ao animal, já que evitam a imunossupressão das toxinas. Lembre-se que a absorção dos nutrientes não depende apenas dos ADITIVOS (no nosso caso, são de matéria prima natural, não deixando vestígios e sem comprometer o organismo do animal). E se tratando de micotoxinas, as quantidades presentes na alimentação do animal, normalmente são pequenas, mas são o suficiente para prejudicar seriamente o animal - seu trato reprodutivo, lactação, enterites, baixam a imunidade, dentre tantos outros malefícios.... Caso queira maiores informações sobre o assunto, estou à disposição!
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Prof. Roberto de Andrade Bordin
Universidade Anhembi Morumbi - Brasil
18 de mayo de 2009
Olá tudo bem?...espero que sim...gostaria que fosse comentado pela senhora Cristina quais são os testes realizados para determinação dos padrões de qualidade e de ação positiva ou negativa do adsorvente. Estes testes tem regulamentação de qual órgão? abs
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Cristina Felipe Flemming de Sá
Cristina Felipe Flemming de Sá
19 de mayo de 2009
Olá! Tudo bem professor? São feitas análises físico-químicas (pH, umidade e granulometria) e microbiológicas (contagem de bactérias aeróbias totais, contagem de bolores e leveduras, pesquisa de patógenos e coliformes totais) tanto internamente quanto em laboratórios especializados na área. São feitas para manter um controle interno e para a rastreabilidade dos produtos que saem da empresa. Estas análises devem ser apresentadas ao MAPA quando se faz o registro do produto, e quando são feitos experimentos e se deseja acrescentar propriedades a este. As ações do produto são obtidas através de experimentos in vivo e in vitro, que também são enviados ao MAPA.
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Ronnie Dari
Ronnie Dari
21 de mayo de 2009
Bom dia, Eu gostaria de dar uma contribuição às respostas já enviadas à Vânia. Você está certa em questionar sobre a interferência dos aditivos anti micotoxinas sobre a disponibilidade dos nutrientes da dieta. Atualmente, para aqueles aditivos que não tem uma especificidade comprovada (ex. alguns aluminosilicatos são muito bons em adsorver as aflatoxinas. Mas, não tem especificidade. Isso significa que poderiam, sim, adsorver outras moléculas) são testados de maneira indireta, para que possam ser aprovados pelo MAPA e obter registro para a comercialização. Como isso é feito: no experimento a ser realizado in vivo, é incluído um tratamento em que uma dose elevada do produto é fornecida aos animais sem contaminação com a micotoxina objeto do estudo. Este tratamento dará uma ideia da inocuidade do produto. Veja que é uma forma indireta e assumida pelas autoridades e pelo mercado como satisfatória. Pois, se os animais não apresentam sinais de perda de desempenho, significa que o produto testado não está interferindo significativamente na nutrição. Att., Ronnie Dari Nutron Alimentos Ltda
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Carlos A. Mallmann
LAMIC - LABORATÓRIO DE ANÁLISES MICOTOXICOLÓGICAS
3 de junio de 2009
Caros amigos colegas e principalmente nós que estamos preocupados com o tema de interferência dos AAM (adsorventes) em outros nutrientes. Como já de domínio público, o Brasil é o único país a preocupar-se com este tema. A controvérsia grande não somente local, mas internacional, levando ao estabelecimento de alguns requisitos básicos com a finalidade principal de proteger o usuário dos AAMs. Um grupo de trabalho liderado pelo MAPA e assistido pelos principais pesquisadores envolvidos com o tema em específico, estipulou algumas diretrizes mínimas para efetuar uma avaliação, o mais próximo possível para a segurança do usuário. Dentre as normas, são requeridas avaliações in vitro e in vivo. As in vitro, além das já supracitadas, com cuidados com contaminantes e BPFs, que são definitivamente óbvios em qualquer produto destinado ao mercado, são recomendadas avaliações de adsorção/neutralização in vitro. Estes não são determinantes sobre a capacidade “in vivo” e servem acima de tudo como marcadores de qualidade de controle de um produto ao longo do tempo. Sendo um pouco mais claro, o produto deverá apresentar sempre o mesmo percentual de adsorção/inativação ao longo do tempo (por isso recomendado com a periodicidade de seis meses). Sabendo-se de que algum produto por ser minerado/processado, poderá, eventualmente, apresentar alterações que possam comprometer seus resultados in vivo. Assim, se uma empresa produtora apresentar um produto que tenha disponibilidade e julgue satisfatório no teste in vitro, então submeterá o mesmo somente ao teste in vivo. Neste, por sua vez, são avaliadas não somente os parâmetros zootécnicos (ganho de peso, consumo, conversão alimentar, etc...) e morfológicos (diminuição no percentual de peso de fígado, por exemplo) mas parâmetros relacionados à interferência do AAM, como por exemplo nos minerais Ca e P, que indicam algum parâmetro de interesse. Absolutamente não se avalia todos os fatores, mas acreditamos que em outras áreas isso também não seja de todo praxe. Mas a avaliação do AAM em sua dosagem máxima e também não demonstrar nele diferença com o grupo controle, nos permite inferir que a probabilidade do mesmo causar algum dano significativamente maior que o da micotoxina, quando evidentemente presente, seja pouco provável. As preocupações de segurança desta ordem, são freqüentemente solicitadas pelas empresas. Todas as informações sobre um produto poderão ser encontradas no relatório final da avaliação in vivo, de posse das empresas, mais recentemente são disponibilizados no site do LAMIC, no endereço www.lamic.ufsm.br/aam/, onde podem ser encontrados com maior facilidade, dependendo somente da liberação do login e senha por parte da empresa detentora do AAM. Esperando ter contribuído, Prof. Mallmann
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Dennis Omar Molina Rios
21 de julio de 2009
Quero felicitar a todos os colegas participantes no fórum de Interferências de secuestrante com nutrientes, creio que numa participarão do Dr Mallmann en Medellin , Colombia, falou de duas coisas, uma era que em suínos cada dia era menor a suicidava de esta espécie a presença de Micotoxinas na alimentação, e outra coisa era que deveria-se respeitar as doses do produto, neste caso os secuestrante. para os colegas de Paraná, meu abrazo, já que formei ai na faculdade de Medicina Veterinária
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