Olá Lauro e Valéria.
O desenvolvimento de técnicas e processos que contribuam para a redução de micotoxinas é de extrema importância para a produção agrícola. Este é um grande problema mundial, principalmente agora que todos estão aderindo ao plantio direto. Parabéns pela divulgação dos resultados, pois com isto, outros pesquisadores poderão compreender melhor o problema.
Trabalhamos há 4 anos na pesquisa de processos e já empregamos radiação com cobalto; radiação em acelerador de elétrons; UV A, B e C; Fotocatálise com TiO2 anatase; fotólise e outras, com resultados pífios. Há cerca de um ano mudamos nosso foco e resolvemos atacar a fonte, ou seja, reduzir a carga de fungos na palhada e com isto diminuir a pressão na próxima safra.
Observe que não é uma ação simples uma vez que temos de "esterilizar" a palhada no momento da colheita e mantê-la limpa até o próximo plantio. Com isto, há uma drástica redução nos fungos que ficam nos resíduos da colheita, permitindo uma quantidade menor de inóculos.
Isto não dispensa o uso de fungicidas, mas também reduz significativamente a necessidade de aplicações preventivas.
Pedimos patente dos equipamentos necessários para esta esterilização e já iniciamos os testes de campo com um aparelho acoplado a colheitadeira.
Nossa patente também visa a desenvolver equipamentos autônomos, motorizados, para esterilizar o campo antes da colheita e para tratar os grãos antes e durante o armazenamento em silos e armazéns.
Em laboratório conseguimos eliminar quase 100% dos fungos, incluindo ascósporos, hifas, clamídias e vários organismos nocivos (carunchos, ovos e larvas).
Breve repassaremos os resultados neste fórum.
Abraços.