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Determinação dos índices de contaminação por aflatoxina e zearalenona em rações para consumo animal no Brasil no período de janeiro de 2001 a fevereiro de 2004.

Publicado: 17 de fevereiro de 2012
Por: Prof. Mallmann, DILKIN, P., C. A., FICK, F. A., DILKIN, M., ARAUJO, D., MÜRMANN, L
INTRODUÇÃO
Micotoxinas são metabólitos secundários produzidos por fungos. Nas últimas décadas, vêm merecendo considerável atenção à nível de criação de animais. Entre as toxinas mais encontradas nas rações para consumo animal estão as Aflatoxinas (Afs) e a Zearalenona (ZEA).
As Aflatoxinas são toxinas naturalmente produzidas por fungos do gênero Aspergillus, encontradas em diversos substratos utilizados para alimentação humana e animal. Quando ingeridas por mamíferos, possui efeitos mutagênicos, teratogênicos e carcinogênicos, afetando principalmente o fígado.
A Zearalenona é um metabólito secundário com características estrogênicas produzidas por fungos do gênero Fusarium.
Portanto, a ingestão de rações contaminadas por estas toxinas pode acarretar danos à saúde, inclusive mortalidade e perdas econômicas significativas. Por isso, o objetivo deste trabalho foi de investigar os índices de contaminação das rações por estas micotoxinas.
METODOLOGIA
Durante o período de janeiro de 2001 a fevereiro de 2004, foram analisadas 6591 amostras de rações animais no Laboratório de Análises Micotoxicológicas (LAMIC).
Nestas análises, foram verificadas as presenças de Afs e ZEA, sendo que a metodologia utilizada para análise foi preconizada por MALLMANN et al. (2000), que consiste na homogeneização, pesagem, extração por acetonitrila/água (84:16, v/v), seguida de filtragem, secagem por fluxo de nitrogênio e ressuspensão com acetonitrila/água/ácido acético (84:16:0,5 v/v/v). O extrato obtido foi clarificado com sílica em um sistema automatizado, onde as aflatoxinas passaram por um processo de derivação. Após, analisou-se a concentração das toxinas por injeção em sistema de cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) dotada de detecção por fluorescência.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A realização deste estudo proporcionou um amplo levantamento de dados sobre as condições das rações para consumo animal, no que se refere a contaminação por micotoxinas.
Das amostras analisadas pode se observar uma prevalência da contaminação por afs, onde 3577 (54,27%) estavam contaminadas por Afs e 1050 (15,93%) pela ZEA. A contaminação máxima encontrada de Afs foi de 1636 μg/Kg e de Zea, 5445 μg/Kg. A média de contaminação por Afs e ZEA nas amostras que obtiveram positividade, foi de 11,63 μg/kg e 530,46 μg/kg, respectivamente. Os níveis de contaminação foram elevados, desta forma, a contaminação de rações animais por micotoxinas é um problema sério que pode ocorrer através de condições inadequadas de armazenagem bem como na lavoura, durante o período pré-colheita. O melhor método para controlar a contaminação por micotoxinas é inibir o crescimento dos fungos e realizar análises cromatográficas prove o seu monitoramento.
CONCLUSÃO
Com os altos níveis de contaminação por Afs e ZEA obtidos nas amostras analisadas, ressalta a necessidade de monitoramento com técnicas adequadas, obtendo-se assim uma melhoria da qualidade das rações. Desta forma, um bom método para controlar a contaminação por micotoxinas é inibir o crescimento de fungos que provocam a contaminação. Assim, é de fundamental importância a análise de amostras de rações por cromatografia pois os dados obtidos comprovam que as medidas preventivas falham, o que garante então, o controle da qualidade das rações.
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Autores:
CA Mallmann
LAMIC - LABORATÓRIO DE ANÁLISES MICOTOXICOLÓGICAS
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