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Agua na agricultura

Peço Água

Publicado: 3 de novembro de 2010
Sumário
O maior sintoma de que os anos passam é quando se usa uma gíria e ninguém entende o significado. Estou certo de que o público, cada vez mais jovem, dos seminários, conferências e encontros dos quais tenho participado, não conhece a expressão "pedir água". Na minha juventude, sem celular, sem internet e sem "ficar", expressava desist&ec...
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Autores:
Osler Desouzart
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Zualdo Gradela Junior
Zualdo Gradela Junior
3 de noviembre de 2010
Parabéns pelo artigo. É muito importante que nos adiantemos a esses assuntos, pois os países ditos centrais estarão nos pressionando comercialmente, antes deles aceitarem nossa vantagem eles tentarão tirar proveito com barreiras comerciais.
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Marcio Ceccantini
Colégio Brasileiro de Nutrição Animal (CBNA)
3 de noviembre de 2010
Parabens pelo artigo, e pelo tema levantado. Quero dizer que em algumas empresas na área de Feed Additives, a preocupação com o uso e reuso da água ja passou da fase das idéias para a fase das ações, com a implantação de controles, comparando constantemente a atividade industrial com o consumo de agua, objetivando assim, a diminuição de consumo deste recurso. Assim, gostaria de dexar uma pergunta: crê que chegaremos ao ponto de medir a nossa atividade agropecuária também pela conversão de água? Algo como Kg de agua consumida/Kg de carne produzida? Mais uma vez parabéns pelo artigo.
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Mario Miraldo
Zoopan
4 de noviembre de 2010
Além de endereçar os meus parabéns ao autor pelo tema apresentado, quero destacar a clareza da sua exposição e a utilização do idioma português de forma tão erudita, límpida e fluída como a água pura que descreve.
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Ilmo de Nunes
Aviagen
4 de noviembre de 2010
Parabéns pelo assunto levantado desta forma. Este é um tema relavante no momento, e será muito mais para o futuro. Necessitamos de pessoas como o Osler para escrever e alertar a todos da importância da água. Minha opinião pessoal e que ele deveria fazer sua a bandeira “Água” como uma luta pessoal e incansável, falando aos quatro cantos do mundo, a importância do assunto “ÁGUA não só para o setor da avicultura como todos os outros setores, que usam este alimento chamado “ÁGUA” MUITAS VEZES UM TANTO ESQUECIDA.
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Duarte Santos
Duarte Santos
6 de noviembre de 2010
Meu caro Osler: Gostei muito do seu artigo, e do seu “grito” de desespero, em vista do muito sério problema que representa a continua escassez e mau aproveitamento da água. Nasci em Angola (1940) e lá vivi os primeiros 35 anos da minha vida. Quando fui obrigado, pelas “politiquices” Mundiais, a arrastar minha esposa e duas filhas de tenra idade, para fugir aos massacres em Angola, passando pela cidade de Windhoek (na altura o chamado Sudoeste Africano, protectorado da Africa do Sul) hoje Namibia, vim a saber que já desde os primeiros anos da década de 1960 e devido a escassez de água, todo o sistema de esgotos da cidade era canalizado para estações de tratamento e reciclagem, sendo depois devolvida à rede de utilização. Imaginemos que o Brasil seguiria este exemplo e faria o mesmo, e não é dificil imaginar as quantidades astronómicas que se poderiam assim recuperar. Neste processo pode-se incluir os monumentais volumes utilizados na agropecuária. Não estou a pretender vender nada, mas sou detentor de tecnologia de digestão aeróbia/aneróbia, a qual incorpora a reciclagem de todos os efluentes e o reuso da água até ao grau potável, isto para realçar o facto, sobejamente conhecido, que a reciclagem da água tem tecnologia provada e até relativamente barata. Tenho curso complementar de Quimica e defendi a minha tese com documento sobre água. Respeitosamente, Duarte Santos.
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Luiz Antonio Fernandes
IFMS - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
18 de noviembre de 2010
Prezado Sr. Osler Desouzart. Lí hoje sua matéria sobre Peço Água. Espero que não peça arrego pois nós habitantes desse Planeta necessitamos de seres especiais como o Sr. Sou Técnico Agropecuário e estou pensando após ler suas conclusões sobre a Água Virtual. Realmente parece que é a mesma coisa como os Japoneses compram aluminio do Brasil, quer dizer energia elétrica barata e sem poluição, assim como outras exportações brasileiras. No caso específico do frango, fiquei pensando no refrigeramento quanto correponde em água e em toda a cadeia produtiva, até chegar no prato de um Árabe. Coloquei-me como seu seguidor, e espero aplaudi-lo em breve e ter a satisfação de apertar sua mão. at. Fernandes
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Duarte Santos
Duarte Santos
11 de enero de 2011
Estimado Eng. Marcio Ceccantini Em resposta à sua pergunta eu diria que, na realidade, a prática de utilizar a água como parâmetro de produção já é uma realidade, ainda que usada por poucos. Suinoculturas com gerência mais eficaz servem-se do consumo de água, por vários sistemas de medição, para determinar se os animais não estão entrando em fase de “incubação patológica” conducente a surtos doentios com as suas consequências na quebra de produtividade, aumento de morbidade e de mortalidade. Sabido como é, com aceitável exactidão, qual o consumo de água per capita durante as diferentes fases no ciclo de produção, uma alteração nesse consumo serve de “despertador” para a gerência investigar e aperfeiçoar o seu “olho clínico” na rotina diária da exploração. Além do aspectp sanitário, esta observação dos volumes de água utilizados, também é útil em alertar para possíveis rupturas e relativo impacto ambiental e económico. Uma simples “chupeta de bebedouro” a pingar durante toda a noite (por ex.) gasta mais de 100 litros de água, e torna o local húmido e propenso a gerar muitos outros problemas para os animais a isso expostos. Cumprimentos. Duarte Santos (DVM – Angola – especialista em suinos – Canada)
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Osler Desouzart
12 de enero de 2011
Prezado Senhor Zualdo Gradela Junior, Fico-lhe grato pelo comentário ao artigo. Acredito que as próprias nações desenvolvidade, hoje centralizadoras do protecionismo e dos obstáculos não tarifários ao livre comércio de produtos agrícolas, estão plenamente conscientes que o mundo carece dos elementos essenciais para agricultura: fotossíntese, terra arável e água. Eu diria que o livre comércio será mais facilitado pela carência de água no mundo do que por decisões ou vontades políticas. O fato da água estar concentrada em poucos países fará com que no futuro se acentue o comércio de água virtual. Abraços, Osler
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Osler Desouzart
12 de enero de 2011
Prezado Ceccantini, Perdoe-me o tempo em responder sua pergunta, mas viajei sem parar até o dia 18.12.2010 e tive que sofrer uma intervenção cirúrgica a 22.12. Somente agora estou de volta à ativa. Definitivamente eu acredito que teremos indices de produtividade de água. Tenho pregado essa idéia desde 2003 e hoje já tenho clientes que adotam monitoramente de consumo de água, instalando hidrômetros em cada galpão. Não precisa muito tempo para que constatem a falta de uniformidade do consumo de um galpão para outro, o que faz com que adotem medidas para verificar e sanar os problemas que levam a um maior consumo de água/capita/animal de um galpão em relação a outros. Às vezes medidas simples de controle tem um impacto relevante, pois somente administramos aquilo que controlamos, como dizem sabiamente Ishikawa e Vicente Falconi. Além disso, tenho clientes que já monitoram o consumo de água por animal criado e por animal abatido, fixando metas de melhoria contínua para a redução do consumo de água. E outros que já estão investindo para tratar e re-aproveitar água. Produtividade de água será tão importante quanto qualquer outro índice agropecuário. Abraços, Osler
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Osler Desouzart
12 de enero de 2011
Prezado Sr.Miraldo, Agradeço-lhe o elogio que me calou fundo, visto que prezo muito nosso idioma e busco cultivá-lo. Estive em fins de novembro na minha mui adorada Lisboa, onde dei aulas na Universidade Católica de Lisboa, no âmbito do PAGE PEC - Programa Avançados de Gestão de Empresas Pecuárias, organizado e patrocinado pelo meu cliente Intervet Schering-Plough, e fiz uma conferência intitulada “Internacionalização das Empresas de Carnes” por ocasião do Congresso da APIC. Cumprida esta parte, deleitei-me com Cartuxa e outros e com a deliciosa cozinha tradicional portuguesa, que quanto mais tradicional melhor. Grato mais uma vez pelo atencioso comentário, Osler
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Osler Desouzart
12 de enero de 2011
Prezado Nunes, Desde que participei em 2003 do Congresso do World Agricultural Forum que tenho feito de conscientizar o setor agrícola sobre a importância de água tanto uma bandeira como uma missão. Creio já ter feito mais de 60 conferências no Brasil, Argentina, Chile, Peru, Equador, Panamá, Nicarágua, Rep.Dominicana, México, USA, Portugal, Espanha, França, Bélgica, Alemanha, Holanda, Itália, Bulgária, Turquia, Marrocos, Tailândia, Indonésia, Filipinas e China, sempre chamando atenção para o tema de água, os mais escasso dos recursos naturais. Faço conferências probono em universidades brasileiras e um dos objetivos é transmitir a vocês jovens, a quem cumpre levar a missão de expandir de forma sustentável a produção de alimentos no futuro, a consciência da carência de recursos naturais, principalmente água. Seguirei com esse trabalho que um amigo dileto qualificou de missionário, convencendo e convertendo um de cada vez. Posso dizer-te que já coleciono algumas vitórias na medida em que clientes estão adotando critérios de produtividade de água. Abraços, Osler
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Osler Desouzart
12 de enero de 2011
Prezado Sr.Duarte Santos, Grato por seus comentários. Não há nenhum pejo em oferecer conhecimento, pois é isso que faz com que a humanidade avance, apesar dos políticos, das políticas e das ideologias, fontes de sorrisos para poucos e de lágrimas para a grande maioria. Bebi água do Rio Bengo em finais dos anos 70, quando funcionário da área internacional do Grupo Pão de Açúcar ajudei na missão de suprir alimentos para Angola. Aceite meus cumprimentos. Em outros comentários que postei já justifiquei o imperdoável atraso em responder ao seu comentário. Osler
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Osler Desouzart
12 de enero de 2011
Prezado Fernandes, Agradecido pelo teu comentário elogioso. Cada kg de frango exportado representa para o país importador uma economia de 2.828 litros de água. Nesse total está contida á água necessária a produzir os grãos que alimentam o frango, a água consumida diretamente pelo animal e aquela consumida por seus país para gerá-lo, assim como a água necessária ao processo de abate e industrialização do animal. Como o frango é a mais amigável das carnes em termos de consumo de água e hoje estou projetando melhorias para o futuro (alcançaremos 1,4 kg de índice de conversão ração/kg vivo em 2022 e deveremos estar em 1,25/1,3 kg em 2030), a tendência será que a produção avícola seja a mais difundida no mundo. Entretanto, carne bovina que exige 16.000 litros por kg produzido pronto para consumo será uma carne cuja produção se concentrará nuns poucos países que detém recursos naturais. Será um artigo de luxo e os países que carecem de água, mas dispõem de poder aquisitivo suficiente, satisfarão suas necessidades através de importações, o que aliás já está ocorrendo. É o primeiro grande fluxo de comércio de água virtual. Aceite minhas excusas pelo tempo em responder. As razões já foram expostas em comentário anterior. Abraços, Osler
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Duarte Santos
Duarte Santos
12 de enero de 2011
Estimado Sr. Osler Desouzart, Os meus agradecimentos pela sua nota em referência à minha resposta neste assunto tão importante como é a utilização e conservação da água. Dizíamos nós em Angola que quem bebia água do Bengo jamais de lá sairia eu, embora tendo bebido dela durante 35 anos, depois de meus Avós e Pais o terem feito, fui obrigado por risco de vida, a um exodus forçado que me arrastou a viver na Africa do Sul, Inglaterra e finalmente Canada, para onde vim por convite do Governo. Aqui complementei a minha educação Veterinária já feita em Angola e na Inglaterra. Embora especializado em suinos, tenho tecnologia própria em tratamento e reciclagem de biomassa, via digestão aneróbia, a qual deverá em breve, e finalmente, começar a ser sériamente considerada dado a sua funcionalidade e favoritismo pró ambiental. Queira dispôr dos meus humildes conhecimentos quando a isso houver lugar. Respeitosamente, Duarte Santos
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Luiz Antonio Fernandes
IFMS - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
4 de abril de 2011
Sr Osler. Agradeço as informações. Sobre o novo Código Florestal Brasileiro, quais os impactos direto na manutenção dos pastos atuais, considerando que com a demanda crescente de criação animal extensiva? Em termos de confinamento por exemplo dos bovinos, a relação kilo/litro permanece ou tende a cair. Esse valor de 16.000 considera a recuperção e o tratamento e efetivamente é o se perdeu na converção? At..; Fernandes
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Osler Desouzart
12 de mayo de 2011
Prezado Fernandes, Lamento que somente agora possa te contestar, mas os meses de abril e maio tem sido felizmente muito ocupados. A estimativa de 16.000 litros foi feita por Hoekstra com base em gado estabulado. A tendência é de melhoria pois está havendo uma maior consciência sobre a importância da água e aí começam a haver iniciativas no sentido de melhorar. Estou pregando aos produtores de todas as espécies que adotem o conceito de "produtividade de água". Abraços. Osler
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Marcelo de Souza Lima
29 de octubre de 2011
Prezado Osler Desouzart, como sempre, seus artigos são um show de conhecimento e de direções a serem, no mínimo, refletidas com carinho. Curiosamente, iniciei a leitura do artigo sobre água, imaginando que poderia incluir um comentário sobre a minha experiência com água, vivida em uma empresa avícola em Itaberaí-GO. Qual foi a minha surpresa ao ler o seu comentário sobre a única empresa avícola que conheces a realizar um tratamento decente e honesto, em relação a água. Afinal, isso só foi possível, por que o empresário José Carlos de Sousa é um visionário, tem muito do mérito de tudo aquilo lá. Durante 9 anos coordenei o processo de controle da ETA e da ETE, por estarem relacionadas e, ainda coordenava o processo de aprovação e desenvolvimento de produtos químicos utilizados nos processos de limpeza da planta. Não se espante, por que, através de um acordo de cooperação com a prefeitura municipal com o MAPA, eu exercia a função de Inspetor do SIF 3404, então, ficava fácil orientar para fiscalizar. Tenho muito orgulho de ter participado do início das lagoas, desde a sua escavação, até o seu enchimento e início de atuação. Aprendi muito com essa experiência, pois, essas lagoas são sensíveis como uma pessoa geniosa, por isso que muitas não funcionam. Não bata tê-las, temos que entende-las. Hoje já me encontro fora da empresa e não sei como anda o processo de capitação e tratamento, mas posso afirmar que seus comentários são preocupantes, não do ponto de vista da explanação, mas do ponto de vista das precauções, por que, antes de sair da empresa São Salvador Ltda, registrei as baixas seguidas do nível das águas do Rio das Pedras, rio que serve de capitação, onde a cada período de seca, o nível estava mais baixo. Mas faça um esforço para conhecer a empresa, é muito bonita e bem idealizada. O Zé Garrote (apelido do José Carlos de Souza), reflorestou toda margem do lado da empres, com espécies nativas da região, recompondo osesmatamento da margem que existia, antes da aquisição pela empresa, dentre outras medidas que colaboram com a sua exposição. Pois bem Osler, muito me alegra que a minha dedicação durante anos fosse motivo de sitação em uma de suas explanações, fruto de um aprendizado repassado pelo Zé Garrote, faça bem feito da primeira vez. Adicionei a isso um recheio, amor. Faça o que goste, para que fique bem feito e ainda produza prazer, como o que estou sentindo agora ao ler o seu comentário. Faça o que lhe disse, vá visitar o Abatedouro São Salvador Ltda, você não vai se arrepender, além de ótimo anfitrião, o Zé Garrote gosta de mostrar a sua bela empresa. Um grande abraço.
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