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Principais pontos críticos existentes na criação de codornas japonesas

Publicado: 22 de setembro de 2021
Por: Aliton Nunes da Silva, José Humberto Vilar da Silva
1. INTRODUÇÃO
A coturnicultura é um ramo da avicultura, onde codornas são criadas para produção de ovos ou para abate. Nos últimos três anos essa atividade apresentou crescimento, apesar do declínio em 2016, onde efetivo nacional de codornas, independente da finalidade da criação (produção de carne ou ovos), foi de 15,1 milhões de aves, resultado 20,4% inferior em relação ao do ano anterior. A redução foi observada em todas as regiões, com maior proporção no Sudeste, onde se concentra a maior parte do plantel, entretanto em 2019 foi estimado que o número de cabeças de codornas foi de 16,84 milhões, um aumento de 3,9% no plantel, em relação ao registrado no ano anterior. (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, 2019).
As codornas são excelentes produtoras de carne e ovos, vista assim como uma ótima alternativa de proteína animal a ser inserida na alimentação humana e com a adequação de novas tecnologias de produção, a criação vem saindo de uma atividade tida como de subsistência para ocupar um cenário de atividade mais tecnificada (Pastore et al., 2012), seguindo assim o viés da avicultura comercial atual, onde já se encontram galpões maiores com equipamentos modernos proporcionando melhores condições de manejo das aves.
Durante muitos anos a coturnicultura, foi considerada como uma atividade alternativa para pequenos produtores (SOUSA et al., 2012). No entanto inúmeros fatores estimularam o seu sucesso comercial, onde a produção de ovos de codorna em larga escala tornou-se viável, pois, se adequou às novas tecnologias existentes, aliadas a precocidade sexual (ARAÚJO et al., 2015) e a produtividade elevada das codornas (LIMA et al., 2015), passando de atividade utilizada para a subsistência para uma atividade altamente tecnificada com resultados promissores aos investidores (GERON et al., 2016; SAKAMOTO et al., 2016). Os mesmos fatores são citados por MOURA et al., (2010), que ainda complementa que o sucesso da criação também foi alcançado pela qualidade da proteína do ovo, uma excelente fonte de proteína animal com alto valor biológico para a população.
Porém assim como todo sistema de produção, existem alguns fatores que dificultam o desenvolvimento da atividade tanto para corte quanto para a postura, portanto em função destes problemas torna-se necessário identificar e caracterizar melhor, esses pontos negativos (Críticos), para evitar o declínio da criação de codornas e dar continuidade a eficiência da produção mantendo a qualidade dos produtos gerados.
2. OBJETIVO
Objetivou-se com este trabalho revisar e caracterizar os pontos críticos existentes na criação de codornas que podem influenciar na produtividade destas aves.
3. LINHAGEM E CARACTERIZAÇÃO DA CRIAÇÃO
As codornas pertencem à família dos fasianídeos (Phasianidae) e subfamília Perdicinae, sendo a menor ave do grupo (FABICHAK, 2005), apesar do grande número de linhagens pertencentes a essa família, no cenário brasileiro a linhagem destinada para a produção de ovos é a Codorna japonesa (Coturnix Coturnix Japonica).
A codorna japonesa é originaria do Japão e parte do Sudeste Asiático. É uma ave ideal para iniciantes, pois é bastante dócil e de fácil criação. Assim como a codorna americana, a japonesa também pode coabitar com outras aves, quando em cativeiro, já que são bem sociáveis. Outra característica da Coturnix Coturnix japonica é quanto à sua resistência. Esta adapta-se bem tanto em regiões de climas frios como em regiões de climas quentes. Entretanto, a condição climática ideal para a sua criação gira em torno de 21 e 25° C. Esta espécie possui a coloração da cabeça e do pescoço mais contrastante no macho, em relação à fêmea. Geralmente, a japonesa possui uma faixa bege na lateral da cabeça, a plumagem do corpo, varia nos tons de bege, marrom e cinza-azulado. Quando adulta, esta espécie pode pesar de 120 a 180 g e alcançar dos 15 aos 16 cm de tamanho.
A Coturnix japonica é excelente produtora de carne e de ovos. Aos 35 dias de vida, já começam a postura, que pode ocorrer durante todo o ano (de 200 a 300 ovos/ano). Isso demonstra a sua alta precocidade. O período de incubação dos ovos vai de 17 a 18 dias.
No Brasil a criação de codornas da linhagem japonesas, é uma atividade que se desenvolveu principalmente nas regiões Sul e Sudeste. Na década de 90, houve grande crescimento na produção, como consequência do consumo de ovos (até então restrito ao mercado atacadista e aos supermercados) pelas indústrias beneficiadoras, que passaram fornecê-los processados para o mercado consumidor (BARRETO et al., 2007). Durante muitos anos a coturnicultura, foi considerada como uma atividade alternativa para pequenos produtores (SOUSA et al., 2012).
As codornas são alojadas em galpões de produção onde estes na maioria das vezes é  feito de alvenaria, alguns produtores adotam galpões de estrutura de metal. Os galpões de produção possuem suas cabeceiras orientadas no sentido Leste / Oeste, para que o sol, principalmente no verão, não penetre no seu interior, atingindo as gaiolas ou baterias com as codornas, prejudicando-as ou até as matando, pelo calor excessivo que isso provocará dentro do galpão. O tamanho do galpão varia de acordo com o porte da criação, assim sendo, podemos ter desde pequenos galpões ou coberturas até galpões para milhares de codornas. Entretanto o seu pé direito deve ser de 2 a 2,30m e suas paredes de alvenaria de tijolos, de pré-moldados, de tábuas, de tela, mas com cortinas que podem ser de plástico, sacarias, etc. As aves na fase de cria e recria são criadas em piso, coberto pela cama, que pode ser oriunda de diversos tipos matérias, como bagaço de cana-de-açucar, serragem de madeira, palha de arroz, entre outros, estes servem de isolamento térmico, e de absorvente das excretas, assim que as aves atingem a maturidade sexual e passa a produzir ovos, estas são transferidas para as gaiolas de produção onde recebem água limpa e ração a vontade especifica para produção de ovos.
4. PONTOS CRÍTICOS DA CRIAÇÃO DE CODORNAS
4.1. Procedência das aves de um dia e controle efetivo da etapa de cria e recria
O sucesso da criação de cornas depende de vários fatores que estão atrelados uns aos outros, onde cada etapa influenciara no resultado final da criação. Os primeiros pontos críticos a serem destacados na criação de codornas são pontos identificados na etapa inicial de criação que é a aquisição das aves de um dia e o manejo dessas aves nas fases iniciais. As aves de um dia devem ter boa procedência vindo de incubatórios que ofereçam assistência técnica, certificados de controle de doenças e especificações gerais de manejo do material genético adquirido. Um trabalho publicado por Medeiros et. al, (2015) avaliou o desempenho de codornas originárias de dois incubatórios diferentes, os autores verificaram diferenças no desempenho das aves, onde as aves de um dos incubatórios apresentaram melhor ganho de peso de conversão alimentar, sendo que vários fatores podem ter afetado esse resultado por parte de cada incubatório como a escolha dos reprodutores, consanguinidade, manejo de vacinação adequado, etc. Portanto é justificado que a etapa de escolha do incubatório correto é um ponto crucial no desenvolvimento e resultado final da criação de codornas.
As fases de cria e recria de codornas são cruciais no processo de crescimento da ave, que vai desde que a ave sai da incubadora e passa a viver por conta própria, no meio externo. O período de um dia até a produção do primeiro ovo é crítico na vida de uma poedeira, é durante esse tempo que a capacidade fisiológica da ave é desenvolvida. Nesse período de cria e recria a ave precisa crescer saudável, livre de doenças e ter um ganho de peso adequado para que o animal seja útil no processo de revenda na produtividade dos ovos pois se as aves não atingirem peso ideal nas fases de cria e recria elas não serão boas poedeiras. Como é uma ave pequena, qualquer variação em seu peso conta para a obtenção de um maior ou menor lucro da ave. Estima-se que a faixa de peso a ser atingida pelas aves aos 38 dias (Pré-postura) deve ser em torno de 150 a 160 gramas, de peso vivo onde ela estará apta a produzir uma boa quantidade de ovos.
O manejo como em todos os sistemas de criações é um dos principais pontos a ser observado e está diretamente ligado com a eficiência produtiva do sistema de criação, portanto o controle efetivo das práticas realizadas no período de cria e recria das codornas japonesas é um ponto crucial no desenvolvimento da criação, onde alguns fatores de manejo existente nesse período podem ser destacado, tais como o manejo de limpeza e desinfecção, manejo nutricional e alimentar, o controle da temperatura do ambiente e o programa de iluminação, são os principais manejos críticos nessa fase, pois irão refletir na produção da futura poedeira. Um trabalho publicado por Silva et. al, (2004) cita que o ótimo desempenho de codornas depende da interação complexa entre a nutrição e uma variedade de fatores internos (genética, sexo, estágio fisiológico, doenças e bem-estar) e externos ao corpo da ave (ambiente). Geralmente as fases de cria e recria duram cerca de 36 dias, durante esse período as aves necessitam de certos cuidados onde o controle efetivo de várias práticas de manejo devem ser adotados, a partir do primeiro dia de vida as aves já devem ser alojadas no ambiente onde serão criadas até o início da postura, geralmente esse ambiente, é em galpões de alvenaria com piso de cimento coberto por cama (material usado para absorção de excretas e isolamento entre a ave o piso), no entanto antes do alojamento das aves e dispersão da cama, o galpão e utensílios devem ser lavados e desinfetados para evitar a proliferação de microrganismos patogênicos que venham infectar as aves e comprometer o desempenho, um estudo realizado por SAKOMOTO, et. al (2016), demostrou que quando as aves são submetidas a um desafio sanitário por, Escherichia coli o desempenho cai drasticamente, pois a ave vai ter que mobilizar nutrientes que seriam destinados a produção para poder produzir anticorpos para combater os microrganismos.
Um ponto importante a ser controlado antes do alojamento das aves é a revisão da quantidade de aves que deve ser alojada, respeitando a densidade recomendada de acordo com cada semana de vida, é recomendado que a densidade na primeira semana de vida seja 200 aves/m2, sendo diminuída gradativamente a cada semana antes de iniciar a postura, chegando a densidades de 150, 100 e 65 aves/m2 nas semanas dois, três e quatro respectivamente. O atendimento correto da quantidade de aves a ser alojada permite ao criador eficiência no controle de competição por alimento, evita superlotação e consequentemente permite ao criador controle de estresse térmico e a disseminação de doenças. Murakami e Ariki (1998) recomendam, para a criação de codornas japonesas na fase de postura, uma área de 100 cm2 /ave. Em poedeiras comerciais, para evitar danos maiores, tem-se adotado como prática de manejo a debicagem que diminui significativamente o comportamento agressivo e proporciona um bem-estar mais duradouro às aves (Kuo et al., 1991; Noble e Nestor, 1997; Sherwin e Kelland, 1998). As rações servidas devem ser balanceadas de acordo com as necessidades de produção e seus nutrientes devem ser administrados em quantidades exatas, conforme exigências das aves. Quando a ração servida carece de nutrientes ou apresenta excessos, a produção é prejudicada. Os comedouros devem ser limpos e todas as aves devem ter espaço para se alimentarem e os bebedouros também devem seguir esse mesmo padrão. 
4.2. Temperatura nas fases de criação
Em um ambiente produtivo seja na granja de postura ou na granja de cria e recria (granja de postura) onde a temperatura não apresenta controle, esse fator deve ser considerado um importante ponto crítico na criação tanto para a saúde das aves quanto para qualidade dos ovos. As codornas são muito sensíveis ao frio nos primeiros dias de vida, por isso é necessário investir em fontes de produção de calor para promover aquecimento do ambiente como, aquecedores a gás, lenha ou até mesmo lâmpadas incandescentes de alta potência. Entretanto a medida que a ave vai crescendo torna -se necessário a diminuição do fornecimento de calor para a ave, pois ela já não irá precisar, portanto é preciso seguir a tabela de recomendação de temperatura pra codornas na fase do crescimento. Na fase de postura é recomendado uma temperatura de 28 C°, para que as aves se mantenham em conforto térmico e expressem toda sua produtividade. A produção e qualidade de ovos também pode ser afetada devido ao aumento da temperatura no ambiente de produção. Quando as aves se encontram em um ambiente com temperaturas próximas de 35º C, a perda de calor se dá, quase exclusivamente, devido a evaporação pulmonar, dependendo da temperatura e da umidade do ar, as aves podem aumentar sua freqüência respiratória em até 10 vezes (ofegação) com o intuito de eliminar mais calor para o meio ambiente, onde este fenômeno reduz a pressão parcial de CO2 no sangue provocando um aumento do pH sanguíneo, processo conhecido como “alcalose respiratória”. A alcalose respiratória desencadeia, também, um desequilíbrio eletrolítico e mineral, que pode resultar na produção de ovos pequenos, de casca fina ou mesmo sem casca, isto ocorre porque a alcalose provoca uma redução na concentração do cálcio difusível no sangue. Na tabela 1 encontram-se apresentados os valores de recomendação das faixas de temperatura ideais para as codornas japonesas durante toda a fase de criação.
Tabela 1. Faixas de temperatura conforto térmico para codornas japonesas durante todas as fases de criação
Faixas de temperatura conforto térmico para codornas japonesas durante todas as fases de criação
As aves de modo geral necessitam de ambientes com faixas de temperaturas ótimas que permitam a homeostase da temperatura corporal para evitar o gasto de energia com ativação de mecanismos fisiológicos de para proporcionar essa regulação, pois a medida que a temperatura do ambiente diminui ou aumenta em função da temperatura de conforto térmico as aves passam a desenvolver o estresse térmico onde estas aves apresentarão um funcionamento inadequado das suas atividades metabólicas, e consequentemente sua capacidade produtiva vai cair, no caso de animais que já estejam na fase de produção de ovos. O estresse pode ser definido como a ação de agentes e influências nocivas, como o frio ou calor excessivo, infecção, intoxicação, etc. O estresse térmico tem se destacado como um potencial redutor do desempenho, na produção de frangos de corte, tornando - se um dos maiores desafios da avicultura moderna (LOPES; LIMA, 2015).
Segundo Baêta e Souza (2010) ambiente ao qual as aves estão inseridas compreende todos os elementos físicos, químicos, biológicos, sociais e climáticos que influenciam o seu desenvolvimento e crescimento. Dentre estes, os elementos climáticos, componentes do ambiente térmico do animal, incluem a temperatura, a umidade relativa, movimentação do ar e radiação, sendo estes os mais relevantes, por exercerem ação direta e imediata sobre as respostas comportamentais, produtivas e reprodutivas dos animais.
Segundo Silva et al. (2012), o processo da manutenção da homeotermia, somente é eficiente quando a temperatura ambiental estiver dentro dos limites da termoneutralidade, sendo que as aves não se ajustam, perfeitamente, em extremos de temperatura, podendo, inclusive, ter a vida ameaçada. Dessa forma, é importante que as aves sejam alojadas em ambientes, onde seja possível o balanço térmico.
Codornas quando mantidas em temperaturas de estresse seja por calor moderado ou severo crônicos, não conseguem se manter com a performance normal, demonstrando a necessidade de se garantir que o ambiente térmico dos aviários seja mantido adequado de acordo com as exigências para cada idade das codornas (SOUZA et al. 2014).
As codornas têm boa produção de ovos quando as temperaturas mínimas e máxima não excedem 25 e 30 ° C, respectivamente (Albino & Barreto, 2012). Entretanto se houver um aumento da temperatura o desempenho tente a ser afetado, pois no estresse por calor, ocorre um bloqueio no centro de apetite localizado no hipotálamo das aves, que reduz a ingestão de alimento para diminuir a produção de calor interno. Há uma redução na ingestão de nutrientes que afeta a produtividade das aves, diminuindo a produção de ovos e o peso dos ovos, chegando a cessar devido à o estreitamento de folículos ovarianos (MACK et al., 2013). Vercese et al. (2012) demostrou que codornas alojadas em câmara climática com diferentes temperaturas ambiente (21, 27, 30, 33 e 36 °C), tiveram redução significativa a partir de 27 °C no consumo de ração, produção de ovos, no peso e na massa dos ovos. O autor relata que o peso do ovo caiu 4,05% quando a temperatura passou de 21°C para 30°C e quando as aves foram alojadas a 33°C, esta redução foi ainda mais expressiva, (9,49%). ElTarabany (2016) relatou que a temperatura exerce forte influência para o parâmetro peso do ovo, tendo em vista que codornas estressadas pelo calor tendem a gerar ovos mais leves. De acordo com Guimarães et al. (2014), isto acontece porque as aves limita o consumo de ração para fazer o ajuste na ingestão de energia e controlar a produção de calor corporal a medida que a temperatura ambiente aumenta.
4.3. Prevenção de doenças, controle efetivo da limpeza e desinfecção dos ambientes de criação 
A prevenção de doenças constitui de práticas que contribuem para a saúde das codornas a limpeza e a higienização do ambiente da criação, a limpeza frequente dos bebedouros e comedouros, assim como, a retirada periódica das fezes nas bandejas coletoras. Deve-se lavar e desinfetar a bateria ou a gaiola toda vez que dela for retirado um lote. As codornas japonesas são animais bastante resistente a doenças, no entanto alguns cuidados importantes devem ser tomados, principalmente nos primeiros 20 dias das codorninhas. Nesse período, elas estão sujeitas a uma série de doenças e, requerem toda a atenção por parte do coturnicultor. O bom manejo sanitário das aves já é um grande passo para a manutenção da saúde das codornas. Os métodos de vacinação e vermifugação das codornas são práticas essenciais e obrigatórias a todo criador que busca o sucesso da criação. Assim que as aves nascem elas devem receber as vacinas contra duas principais doenças de interesse econômico, a Newcastle e a Coriza. Tratam -se de males que causam grande mortalidade nas codorninhas nos primeiros dias de vida, pois se disseminam rapidamente no plantel. A vermifugação acontece aos 30 dias de idade, onde as aves, são vermifugadas através da ração, com drogas à base de mebendazole. A Sanidade da instalação é fundamental, é muito importante ficar de olho no acúmulo de resíduos (como esterco, resto de ração, cama de frango). Tudo isso pode ocasionar em proliferação de ectoparasitas, que causam lesões, perda de peso e até morte.
Os protocolos de limpeza e desinfecção, quando corretamente adotados, podem ser um meio econômico de reduzir os microorganismos patogênicos e fazem parte de programas de bioseguridade, sendo mais fácil e mais barato prevenir uma doença do que ter que lidar com algum surto. Portanto, o desenvolvimento e aplicação de um protocolo de limpeza e desinfecção é um ponto crítico a ser destacado, pois a ação dessa prática proporciona o controle e a prevenção de doenças infecciosas tornando-se essencial para a avicultura moderna, tanto na granja, quanto no incubatório. Os protocolos de limpeza e desinfecção dependem da necessidade da granja (Codornas, frangos de corte, matrizes, localização, desafios, etc.) ou do incubatório. Não há um desinfetante único adequado para todas as situações e todos os desafios. A desinfecção sem um protocolo anterior de limpeza não é economicamente eficaz. Os protocolos de limpeza e desinfecção usados diariamente são diferentes dos necessários para controlar um surto de doença infecciosa. Entretanto, ambos têm componentes em comum: a limpeza e a lavagem completa antes da aplicação de qualquer desinfetante são essenciais.
Antes de selecionar os agentes de limpeza e desinfetantes a serem usados em um protocolo de higiene, diversos fatores devem ser levados em conta. Alguns desinfetantes são eficazes para protocolos de desinfecção de rotina na granja e no incubatório, mas são necessários outros para situações de surto (controle de emergência de doenças). Em um protocolo eficaz de desinfecção, deve ser considerado o microorganismo a ser atingido, as características de um desinfetante específico e questões ambientais.
Os desinfetantes químicos podem ter diversos efeitos contra microorganismos, geralmente eles reagem com enzimas essenciais dos microorganismos. As ações incluem oxidação, hidrólise, desnaturação ou substituição. Quando implica em matar os microorganismos, usa-se o sufixo – cida (como biocida, bactericida, viricida, esporicida), enquanto que o sufixo – stático (como bacteriostático, virostático, esporostático) indica que o crescimento do microorganismo é apenas inibido ou evitado, as principais classes de desinfetantes e suas características são:
  • ÁLCALIS E ÁCIDOS - Onde seus mecanismos de ação é atribuído ao aumento de espécies de H+ e OH- nas soluções, interferindo com certas funções microbianas. É mais eficaz como agente de limpeza do que como desinfetante, uma vez que não é eficiente contra algumas bactérias e contra a maioria dos vírus. Geralmente se recomenda uma solução a 4%.
  • ÁLCOOIS – Agentes antimicrobianos de amplo espectro que danificam os microorganismos por desnaturação de proteínas, causando danos à membrana celular e lise celular, são considerados de ação rápida e são capazes de matar a maioria das bactérias em cinco minutos de exposição, mas têm atividade viricida limitada e são ineficazes contra esporos. O etanol é considerado viricida, já o isopropanol não age contra vírus não-envelopados. Uma consideração importante em relação aos álcoois é a concentração usada, sendo 70 a 90% a ideal.
  • ALDEÍDOS - Os aldeídos têm amplo espectro germicida. Os glutaraldeídos são bactericidas, viricidas, fungicidas e, em altas concentrações (2%) e longo tempo de contato, esporicidas, devem ser usados a um mínimo de 1000ppm de ingrediente ativo em superfícies limpas. Os formaldeídos, incluindo o formol, são desinfetantes muito potentes, mas podem ser muito tóxicos para humanos e animais. O formaldeído é bactericida, esporicida e viricida, mas funciona mais devagar que o glutaraldeído.
  • FENÓIS – Os compostos fenólicos são derivados do fenol (ácido carbólico). Estes biocidas atuam através de dano na membrana, são ativos contra bactérias (especialmente Gram +) e vírus envelopados. Dependendo da formulação (nem todos os produtos são iguais), alguns fenóis podem não ser eficazes contra vírus não-envelopados e esporos.
  • COMPOSTOS PEROXIGÊNICOS – São agentes oxidantes de amplo espectro, à base de peróxido, que funcionam desnaturando as proteínas e os lipídios dos microorganismos. Alguns compostos peroxigênicos modernos têm atividade ampla, contra vírus, bactérias, fungos e esporos, não prejudicam o meio ambiente. Peróxido de hidrogênio, ácido peracético e monopersulfato de potássio são as melhores opções disponíveis.
  • COMPOSTOS DE AMÔNIA QUATERNÁRIA (CAQ) - São produtos de uma reação de substituição nucleofílica de alquil halidas por aminas terciárias. Embora o mecanismo de ação dos compostos de amônio quaternário ainda não tenha sido descrito em detalhes, há explicações para o mecanismo de ação. Os compostos de amônia quaternária desnaturam as proteínas das células de bactérias e fungos, afetam as reações metabólicas e permitem que substâncias vitais vazem para fora das células, causando sua morte.
  • CLORO E COMPOSTOS DE CLORO – Nunca foi demonstrada a forma exata com que o ácido hipocloroso destrói os microorganismos, mas especula-se que o ácido hipocloroso ajuda a emergência do oxigênio, que por sua vez se combina com componentes do protoplasma, destruindo o microorganismo, o cloro deve inibir algumas reações enzimáticas essenciais na célula. A inibição destas reações metabólicas citoplasmáticas é responsável pela destruição de células bacterianas e fúngicas. Os compostos à base de cloro mais comuns são, o cloro líquido, hipocloretos de cloro e cloraminas orgânicas.
  • COMPOSTOS DE IODO - O iodo, principalmente me sua forma molecular, pode penetrar rapidamente a parede celular de microorganismos (Chang, 1971). A morte dos microorganismos pelo iodo pode ser causada por sua incapacidade em sintetizar proteínas devido à oxidação de um importante aminoácido, pelo aumento do número de molecular de aminoácidos, que leva à desnaturação do DNA.
Deve-se escolher um desinfetante com um espectro adequado de eficácia para evitar problemas de resistência é o primeiro passo para desenvolver um bom protocolo de limpeza e desinfecção em operações avícolas.
A desinfecção da cama de frango também é um método comumente utilizado nas granjas avícolas, no entanto, não existem trabalhos que avaliem a real efetividade dessa prática no controle da coccidiose. Torna-se necessária a avaliação da efetividade de métodos preventivos de controle frente ao desafio da coccidiose e o seu impacto sobre o plantel avícola.
A reutilização da cama é uma prática adotada para diminuir custos com a aquisição de camas novas e para aumentar a quantidade de nutrientes nesta, para posterior utilização como biofertilizante na agricultura. Também é uma forma de estabilizar ou diminuir o impacto ambiental, ao reduzir a quantidade de camas por ave produzida. No Brasil, é comum a reutilização da cama por lotes consecutivos, porém, este manejo pode trazer impactos negativos referentes à manutenção de agentes patogênicos na cama reutilizada (SANTOS et al., 2005). No entanto somente a cama de animais saudáveis pode ser reutilizada, e mesmo assim deve ser tratada antes de receber o novo lote, onde alguns produtos químicos podem ser usados para o tratamento, entre eles, a cal, cal hidratada, gesso agrícola e sulfato de alumínio. Outro método de controle de parasitos na cama reutilizada, é o método da fermentação, método comumente praticado na avicultura industrial (COSTA & ÁVILA, 2003). O método de fermentação da cama do aviário consiste no empilhamento da cama, no centro do aviário e em cobri-la com lona plástica em toda a sua extensão. É recomendado um período de, no mínimo, 10 dias do processo antes da remoção da lona e redistribuição da cama no aviário.
4.4. Alimentação nutrientes e atendimento das exigências nutricionais nas fases de criação
A alimentação e o atendimento das exigências nutricionais são pontos críticos importantes na criação de codornas, tendo em vista de que o maior percentual dos gastos com a criação (75%), se encontra nesses dois fatores e possíveis erros neste seguimento pode provocar graves prejuízos na produção.
A alimentação das aves em todas as fases de criação é feita através de rações confeccionadas a base de milho, farelo de soja, suplementos minerais, vitamínicos e alguns aditivos contra oxidação da ração. As aves recebem rações de forma continua desde o momento da entrada no ambiente de produção onde as rações devem ser fornecidas à vontade para as aves e a quantidade de todos os nutrientes nesse alimento deve estar de acordo com as exigências das aves e compatível com cada fase de produção.
Basicamente os nutrientes exigidos pelas codornas são, proteína, carboidratos, lipídeos, vitaminas e minerais, de acordo com Garcia et al. (2012) no que se refere à produção de codornas japonesas, existem informações limitadas acerca das exigências nutricionais e esse fator pode comprometer os custos com a alimentação ao se subestimar ou superestimar suas exigências, fazendo necessário conhecer as exigências de todos os nutrientes para evitar incrementos nutricionais desnecessários que venham prejudicar o desempenho das aves.
O uso de programas alimentares balanceados tem por objetivo fornecer a quantidade exata de nutrientes exigidos pelas aves em qualquer que seja a fase de produção, esse atendimento visa não só suprir a necessidade nutricional da ave, mais também reduzir os custos com a alimentação e minimizar possíveis impactos ambientais advindos de resíduos da produção animal por meio do suprimento de nutrientes em excesso.
Um dos nutrientes essenciais para as codornas é a proteína bruta, nutriente responsável por várias funções no organismo das aves desde os primeiros dias de vida das aves, a proteína quando ingerida é totalmente degradada em suas unidades menores chamadas de aminoácidos, esses compostos são responsáveis direto pelo crescimento das aves, fazendo parte da construção de proteína corporal, proteína das penas, síntese de imunoglobulinas, síntese de enzimas, restauração dos tecidos intestinais, etc. A proteína dietética e os aminoácidos são atendidos pela inclusão de milho e farelo de soja, entretanto a quantidade de proteína e de aminoácidos desses dois ingredientes não consegue atender a necessidade proteica dos animais, portanto outros ingredientes podem ser usados para complementar essa deficiência, como aminoácidos sintéticos, concentrados proteicos, farelos de vegetais ricos em proteína, como amendoim, castanha, etc.
Os lipídeos e carboidratos fazem parte do grupo de nutrientes orgânicos responsáveis pelo fornecimento de energia para as aves, sendo assim a energia, não é considerada um nutriente, mas sim o resultado da oxidação de nutrientes orgânicos no metabolismo animal (SAKOMURA & HOSTAGNO, 2016). Esta energia encontrada nos alimentos é um dos limitantes do consumo da dieta, e um embalanço entre este componente e os nutrientes dos alimentos, pode causar grandes prejuízos à produção. A energia exigida pelas aves recebe o nome de energia metabolizável e é expressa em quilocalorias/Kg de alimento. É indispensável o atendimento correto do conteúdo de energia nas rações para as aves seja na fase de crescimento ou na fase de postura, pois a energia é um importante regulador de consumo de alimento e erros na quantidade de seu fornecimento pode ser crucial no desenvolvimento das codornas, além do mais o conteúdo exigido pelas codornas não é variável apenas pela fase de criação das aves, fatores como o ambiente de criação também pode alterar a exigência de energia pelas aves, de acordo com Jordão Filho, et. al (2011) as codornas japonesas, quando alojadas no piso, apresentam maior demanda de energia para mantença que codornas alojadas em gaiolas, em função do maior espaço disponível para a ave expressar livremente o comportamento da espécie na vida selvagem como andar, ciscar, correr e voar, assim melhorando a eficiência produtiva.
Os minerais representam de 3 a 4% do peso vivo das aves, estando envolvidos em várias vias metabólicas, exercendo funções importantes no crescimento e reprodução. Tais funções fisiológicas não se limitam apenas na manutenção da vida, mas também no aumento da produtividade do animal (PINTO et al., 2012). Os minerais são classificados em macro e micro minerais, onde os macro minerais são responsáveis por desenvolver funções estruturais na formação e manutenção do tecido ósseo das aves e na fase de postura exercem a função de formação da casca dos ovos, dentre eles destacamos o cálcio, fosforo, magnésio, sódio, cloro e potássio. Os micro minerais estão ligados a funções no metabolismo das aves, participando nas ativações de reações químicas dentre eles destacamos, o iodo, ferro, zinco, selênio, molibdênio, manganês.
Outro grupo de nutrientes essenciais para as aves são as vitaminas, onde estas são classificadas de acordo com a sua solubilidade, em compostos lipídicos ou em água, sendo assim elas são classificadas em lipossolúveis (Vitamina A, D, E e K) e hidrossolúveis (Vitaminas do complexo B e C). As vitaminas são essenciais para o desenvolvimento animal, uma vez que participam como cofatores em reações metabólicas e permitem maior eficiência dos sistemas de síntese no organismo animal. A suplementação vitamínica representa 1,0 a 3,0% dos custos das rações. (Souza et al., 2013).
A quantidade dos nutrientes citados a serem inclusa nas rações para as aves são encontradas nas tabelas de exigência nutricionais abaixo segue uma tabela contendo a exigência de vários nutrientes para codornas nas três fases de criação, os valores de exigência foram extraídos das tabelas brasileiras de exigências nutricionais de aves e suínos, (ROSTAGNO et al. 2017), e das Tabelas para codornas japonesas e europeias segundo Silva e Costa (2009).
Tabela 2. Nutrientes e exigências nutricionais de codornas japonesas durante todas as fases de criação de acordo com duas tabelas de recomendações
Tabela 2. Nutrientes e exigências nutricionais de codornas japonesas durante todas as fases de criação de acordo com duas tabelas de recomendações
4.5. Qualidade dos ingredientes das dietas
As exigências nutricionais das codornas são atendidas pelo fornecimento de alimento, na forma de rações, entretanto a ração só irá atender aquilo que o animal necessita se os alimentos estiverem com os seus nutrientes preservados e livre de substancias toxicas que venham prejudicar as aves, segundo Pimenta (2009), para se obter excelência de qualidade, as características de cada ingrediente devem se manter sob mínima possibilidade de mudança causada por via biológica, física e química. Por isso no processo de produção de rações é necessário a observação constante, dos ingredientes que serão utilizados para fabricação das dietas, que posteriormente será utilizada na alimentação dos animais.
Os principais ingredientes usados nas dietas das aves, como milho, derivados de soja, óleos e farinhas de origem animal, devem ser cuidados de maneira especial por se tratar de produtos altamente susceptíveis a diversos tipos de contaminações. Fatores indesejáveis como as micotoxinas em grãos, oxidação das gorduras, fatores antrinutricionais em fontes de proteínas de origem vegetal e bacterioses em farinhas de origem animal podem provocar diversos danos à saúde animal, resultando em perda de desempenho, aumento da conversão alimentar e elevados custos de produção.
As substancias que mais afetam os grãos destinados a alimentação animal são as micotoxinas, as micotoxinas são metabólitos que trazem grandes perdas para a produção comprometendo diretamente a qualidade dos ingredientes contaminados como os derivados do milho, trigo, sorgo, cevada e arroz. Para os animais as diversas toxinas encontradas podem provocar efeitos nocivos à saúde, apresentando diferentes sinais clínicos, como queda de desempenho, aves com canelas e cristas esbranquiçadas, diferentes graus de diarreias, lotes desuniformes, podendo chegar a apresentar graves lesões no trato gastrintestinal, o que prejudica a digestão dos alimentos resultando em piora da conversão alimentar e elevação do custo de produção. As principais micotoxinas que contaminam os grãos de milho são a aflatoxina, a zearalenona (F-2), a ocratoxina e dois tricotecenos: a toxina T-2 e o deoxinivalenol, sendo as três primeiras mais frequentemente encontradas. De acordo com Santurio (2000), a contaminação de rações e outros alimentos por micotoxinas pode variar de acordo com as condições ambientais, e de armazenamento. O autor ainda comenta que um lote de grãos armazenados é um material sujeito às transformações, relacionadas à deteriorações e perdas devido a interações entre os fenômenos físicos, químicos e biológicos.
As fontes lipídicas da ração como óleos e gorduras podem ser afetados pelos processos de oxidação ou peroxidação lipídica que são as principais causas da perda de qualidade do alimento. O consumo do alimento oxidado causa risco para saúde das aves devido aos danos no seu desempenho, a ingestão do alimento oxidado compromete a absorção de nutrientes provocando a síndrome da má absorção além de outras deficiências nutricionais secundárias. Cabel et al. (1988) verificaram efeito depressivo no desempenho em frangos de corte a medida que se aumenta o nível de peróxidos na dieta, Adams (1999) mostra também exemplos de efeitos negativos de gorduras oxidadas sobre no ganho de peso, consumo de ração, conversão alimentar e mortalidade. Portanto para evitar esses efeitos deletérios no desempenho das aves é recomendado utilizar substancias antioxidante nas dietas.
Outro ponto importante a ser avaliado na qualidade dos ingredientes são os fatores antinutricionais, estes interferem de forma negativa na absorção de nutrientes e reduzindo os valores nutricionais de um ingrediente, é o que ocorre por exemplo na soja, principal fonte de proteína utilizada na nutrição de aves, seus diversos fatores antinutricionais reduzem a absorção dos nutrientes, e ainda podem causar lesões nas microvilosidades intestinais. Dessa forma, torna-se indispensável seu processamento com alta temperatura antes de ser utilizada visando destruir os fatores antinutricionais como por exemplo, o inibidor de tripsina e quimiotripsina.
Durante seu processamento, o superaquecimento pode causar danos pelo excesso de calor, ocasionando a reação de “Maillard” onde há complexação do açúcar com aminoácido, reduzindo sua disponibilidade, ou seja, reduzindo o valor nutritivo da soja. Os métodos mais utilizados para medir a inativação dos fatores antinutricionais da soja é a determinação da urease através da variação de pH e a solubilidade proteica em KOH a 0,2%. A recomendação para urease é de no máximo 0,20 e quanto menor, melhor, já para proteína solúvel ideal de 80 a 85%, sendo que, valores acima desse intervalo pode indicar superaquecimento no seu processamento.
Na maioria dos vegetais usados na fabricação de ração para as codornas um importante fator antinutricional que pode ser encontrado é o fitato, esse fator antinutricional é prende na sua molécula minerais como fosforo, cálcio e magnésio, esta molécula é encontrada principalmente nas sementes e varia quanto à sua localização nos cereais, estando presente no gérmen (milho) ou na camada de aleurona (trigo e cevada), nas leguminosas está associado aos compostos protéicos. Além dessa molécula tornar indisponível esses minerais, Lima (2008) demonstrou que a presença do fitato na dieta de aves piora os valores de energia metabolizável e a digestibilidade dos aminoácidos em codornas japonesas. O autor relata que a ligação que o fitato possui com os nutrientes, aumenta a dificuldade de acesso das enzimas digestivas e as perdas endógenas causadas pelas agressões do fitato à mucosa intestinal. Para controlar esse fator antinutricional é utilizado a enzima exógena fitase, pois segundo Keshavarz et al., (2004) e Ravindran et al., (2006), ao hidrolizar o fitato, a enzima libera o fósforo, melhorando a assimilação pelo animal e reduzindo os impactos negativos da excreção de fósforo inorgânico para o meio ambiente.
Outro farelo que pode ser utilizado na alimentação é o farelo de algodão, entretanto o principal problema que pode ser encontrado, é o gossipol, um fator antinutricional que pode prejudicar a absorção de nutrientes e reduzir o valor biológico da proteína (ŚWIĄTKIEWICZ et al. 2016). As sementes de algodão podem ser utilizadas para nutrição animal e até mesmo humana, após a extração do óleo, gera-se um coproduto (torta e farelo) que pode ser utilizado na alimentação animal como fonte de proteína (GADELHA et al., 2014). Entretanto devido ao fator antinutricional gosipol o farelo de algodão deve ser incluso na dieta das aves de apenas como substituição parcial ao farelo de soja. Yuan et, al. (2014), após utilizarem rações à base de milho e farelo de soja, incluindo 6% de farelo de algodão, observaram que as galinhas apresentaram maior taxa de postura, peso médio dos ovos, pigmentação da cor da gema dos ovos e que o farelo de algodão pode ser utilizado em até 6% da dieta total na substituição do farelo de soja.
Os ingredientes de origem animal também são ingredientes usados na alimentação de codornas e estes necessitam de um rigoroso controle de qualidade por serem bastantes susceptíveis a contaminações bacterianas por microrganismos dos gêneros Salmonella e Clostridium.O gênero Clostridium pode se apresentar em mais de 100 espécies, dentreeles destaca-se o Clostridium perfrigens. Os sintomas da contaminação por Clostridium ssp nas aves são: severa apatia, diminuição de apetite, penas arrepiadas, fezes escuras,com ou sem manchas de sangue e diarreias, provocando queda no desempenho.
No geral as qualidades nutricionais dos ingredientes devem ser analisadas antes de serem destinados ao processo de fabricação de ração, o sistema de analises de Weende criado há mais de um século ainda tem aplicação na avaliação de alimentos, onde nesse sistema são inclusos analises de umidade, nitrogênio total, gordura, fibra bruta, cinzas e extrativo não nitrogenado. Entretanto outros métodos complementares são usados para melhorar as frações obtidas pelo método de Weende e entre elas a fibra bruta foi fracionada por Van Soest e Wine (1967) em fibra detergente neutro (FDN), fibra detergente ácido (FDA) e lignina, a determinação de em aminoácidos totais por meio de HPLC. Outras analises podem ser efetuadas para avaliar a qualidade das matérias primas como as de resíduo de pesticidas, onde idealmente as farinhas de origem animal e farelos vegetais não devem conter resíduos. De acordo os níveis de tolerância do FDA in NRA 2003, os máximos toleráveis são 0,5 ppm para o DDT, DDD, DDE; 0,3 ppm para Dieldrin e 2 ppm par a PCP. A Salmonela não deve estar presente em amostras de 25g. O processamento por calor elimina a contaminação, mas pode haver recontaminação sendo que as boas práticas de fabricação reduzem o risco de contaminação e recontaminação, sendo essencial o controle de vetores como pássaros, roedores, insetos e também, controle nas condições de armazenagem e distribuição. E o índice de peróxidos (IP) que é dado em mEq/1000 g de amostra e está indicado para ser menor do que 10 em nos ingredientes. Para concluir, as rações produzidas e fornecidas às aves de produção, podem ser veículos para diversos tipos de contaminações. Para a produção do alimento seguro, diversos controles devem ser feitos com a finalidade de erradicar ou diminuir qualquer risco de contaminação. O controle de matérias-primas é fundamental uma vez que, dentro do processo de produção de rações, os ingredientes já não podem mais passar por transformações que recuperem sua integridade nutricional e sanitária.
4.6. Manejo de luz nas fases de criação
A iluminação artificial dos galpões de criação é um manejo utilizado para manipular o comportamento e produção das aves, nos primeiros dias de vida o fornecimento de luz artificial durante o período noturno permite que a ave tenha acesso continuo aos comedouros e bebedouros para que possam ingerir livremente água e ração, proporcionando melhora no crescimento e adaptação ao ambiente nos primeiros dias de vida e durante todo o período de criação. O uso da iluminação artificial é mais ostensivo em países onde se utilizam sistemas de criação em galpões fechados (países da Europa e Estados Unidos) e em regiões com clima desfavorável, elevando o custo com energia elétrica e afetando diretamente o valor do produto que chega ao mercado consumidor. No Brasil, a grande maioria dos sistemas de criação é em galpões abertos, necessitando de menor iluminação artificial, porém não a descartando (GEWEHR & FREITAS, 2007).
A iluminação artificial vai além de estímulos de ingestão de alimento ou de água, a ave tem o desenvolvimento do sistema reprodutivo e consequentemente a produção de ovos estimulada pela presença de luz no ambiente, Rocha (2008) relata que a luz precisa atravessar os ossos do crânio para estimular os fotorreceptores específicos no hipotálamo. O mesmo autor ainda relata que a luz é percebida pelos fotorreceptores hipotalâmicos que convertem o sinal eletromagnético em uma mensagem hormonal onde acontece a secreção do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH), este hormônio atua na hipófise produzindo o hormônio luteinizante (LH) e hormônio folículo estimulante (FSH), estes se ligam aos seus receptores nas células granulosas do folículo ovariano, estimulando a produção de andrógenos e estrógenos pelos folículos pequenos e produção de progesterona pelos folículos préovulatórios maiores.
No entanto, dias curtos não estimulam a secreção adequada de gonadotrofinas porque não iluminam toda a fase fotossensível, já os dias mais longos, entretanto, faz a estimulação, e deste modo à produção de LH é iniciada. Este mecanismo neuro-hormonal controla as funções reprodutivas, comportamentais e as características sexuais secundárias das aves (ETCHES, 1996; ROCHA, 2008).
No entanto é preciso ter um controle efetivo do fornecimento artificial de luz para as aves ao longo das fases de criação, onde nas fases iniciais a quantidade de luz fornecida para as aves deve ser bem menor do que o fornecimento na fase de produção de ovos para evitar desenvolvimento precoce do sistema reprodutivo da ave, entretanto um fornecimento abaixo do recomendado para a fase de crescimento pode aumentar a idade do pico de postura das aves bem como a diminuição da produção. Segundo Oliveira (2004) o fornecimento de luz artificial na fase de cria é essencial para estimular a alimentação e evitar mortes por amontoamentos, alguns autores recomendam o fornecimento contínuo de 24 horas de luz na fase de cria, e na fase de recria não deve ultrapassar 12 horas, onde os programas de iluminação devem ser decrescentes para evitar a maturidade sexual precoce, (MURAKAMI; ARIKI, 1998).
Na fase de postura, as codornas devem receber cerca no máximo 17 horas de luz por dia, de acordo com Ariki (2000), o fornecimento de 24 horas de luz para as aves mesmo na fase de postura deve ser evitado, pois provoca desgaste das aves aumentando a incidência de prolapso do oviduto e ovos de casca com casca fina e ovos de pele. Oliveira (2004) também recomenda que seja fornecido 17 horas de luz na fase de postura, entretanto na primeira semana de postura o fornecimento deve ser de apenas 15 horas, com aumentos de 30 minutos semanais até completar as 17 horas.
De acordo ARAÚJO et al., (2011), os sistemas artificiais de luz foram desenvolvidos para aperfeiçoar o ganho de peso, controlar a idade para a maturidade sexual e aumentar a produção de ovos em poedeiras, codornas e matrizes.
Portanto o fator de iluminação deve receber bastante atenção, e ser relacionado como um dos principais pontos críticos já que influencia diretamente no desenvolvimento da futura codorna poedeira podendo afetar a produção de ovos.
5. CONCLUSÃO
De forma geral, a identificação e interpretação dos pontos críticos na criação de codornas, podem auxilia, os técnicos ou produtores no controle dos fatores prevenindo problemas relacionados a esses pontos e alcançando melhorias produtivas, tornando a criação cada vez mais lucrativa.

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Autores:
Aliton Nunes da Silva
José Vilar da Silva
Universidade Federal da Paraíba UFPB
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