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Poedeiras ovos castanhos

Cria e recria das poedeiras de ovos castanhos

Publicado: 1 de dezembro de 2011
Por: Élsio A. P. Figueiredo, Valdir S. Avila, Paulo S. Rosa, Fátima R. F. Jaenisch,
As poedeiras industriais Embrapa 031 são galinhas de pequeno porte, ideais para sistemas comerciais intensivos de produção de ovos de casca marron. Podem ser criadas e recriadas em aviários com piso como, também, em baterias com gaiolas coletivas.
Produtores de até 1000 galinhas que adquirem frangas com 16 semanas de idade, contam com a vantagem de não arcar com os investimentos e possíveis riscos de produção do período de cria e recria, além de necessitarem um curto período de tempo até o início da produção de ovos.
Alojar as pintas de um dia, na proporção de 10 aves/m2, em aviários pinteiros, contendo cama nova (de boa qualidade, cobrindo uniformemente todo o piso com 7 cm de espessura, podendo ser de maravalha/serragem, palha/capim, sabugo triturado), aquecedores, bebedouros e comedouros infantís, abastecidos corretamente para evitar desperdícios e contaminações. Um círculo de proteção deverá ser construído ao redor desses equipamentos para facilitar o controle da temperatura no nível das pintas. Manter a temperatura de 32oC no dia da chegada das pintas e baixar 1oC por dia até chegar na temperatura ambiente. Fornecer água em abundância, limpa, fresca e isenta de microorganismos.
Fornecer ração inicial à vontade, até a 6a semana para as futuras poedeiras. Debicar levemente as pintas no 8o dia de idade e re-debicar às dez semanas.
Pesar individualmente quatro amostras a cada duas semanas para monitorar peso e uniformidade. Nos casos de desuniformidade do lote, determinar a causa do problema, procurando problemas sanitários (de parasitismo), superpopulação, calor, frio, desnutrição e debicagem mal feita. Separar as aves menores e alimentá-las separadas do grande grupo.
Sugere-se arraçoamento diário, com incrementos semanais, para cada fase de vida da ave, conforme mostrado na Tabela 1. Considerar que frangas muito leves devem ser colocadas em um plano de nutrição melhor (isto é, adiantar de uma até três semanas a tabela de arraçoamento, conforme o caso) até que alcancem o peso-meta. Para frangas acima do peso, proceder ao inverso (isto é, retardar os aumentos semanais de ração). Fornecer ração inicial de postura até a 6a semana de idade e ração recria da 7a até a 18a semanas de idade. Adquirir ração balanceada de fornecedor idôneo. Quando houver condições, de fabricação de uma boa ração na propriedade, para a fase inicial/cria e para a fase crescimento/recria, uma opção é fabricá-las com aquisição dos respectivos núcleos, como mostra o exemplo de ração de postura oferecido por Gessulli, (1999)1, misturando-se 5% do núcleo de postura para a fase inicial com 65% de milho moído, mais 30% de farelo de soja 45. Da mesma forma para fabricar a ração recria/crescimento, aquele autor sugere uma mistura de 5% do núcleo de postura para a fase crescimento com 60% de milho moído, mais 20% de farelo de soja 45 e mais 15% de farelo de trigo, mas em ambos os casos, há de ser observado as quantidades e instruções de mistura do fabricante do núcleo.
Para diminuir os riscos de problemas com a saúde das aves são imprescindíveis cuidados na limpeza e desinfecção das instalações e dos equipamentos, adequada eliminação das carcaças e dos resíduos de produção, seguindo rigoroso programa de biosseguridade. O esquema de monitoramento de biossegurança das aves e o programa de vacinação devem ser elaborados pelo veterinário responsável pela granja, sempre em conformidade com a situação epidemiológica do local e com o serviço oficial.
No período de cria e recria, especial atenção deve ser dada à enfermidades como a doença de Newcastle, Gumboro e bronquite infecciosa. Nesse período, vacinar as aves com amostras vivas. A varíola aviária deve ser prevenida, vacinando-se as aves na terceira semana de idade via punção da asa ou no incubatório juntamente com a vacina de Marek, pela via subcutânea. Nesse caso, reforçar a imunidade contra varíola aviária, na quinta semana de idade. Doenças como encefalomielite e síndrome da queda de postura (EDS) comprometem principalmente a produção de ovos e devem ser prevenidas através de vacinação no período de pré-postura.
No manejo da iluminação recomenda-se: Fornecer 24 horas de luz no 1odia de vida, reduzindo-se 2 horas de luz para cada dia, até atingir luz natural, mantendo-as apenas com iluminação natural até 10 semanas de idade; De 10 a 16 semanas de idade, fornecer luz natural para épocas de fotoperíodo decrescente (Jan-Jun) e luz constante de 13 a 14 horas (natural + artificial) para épocas de fotoperíodo crescente (Jul-Dez); A partir da 16a semana de idade, fornecer luz artificial crescente até atingir um total de 16 horas de luz, no pico de produção, mantendo-se esse valor constante até o final do período produtivo. Entretanto, para locais próximos do Equador, onde o tamanho do dia é mais constante entre as estações, apenas um pequeno estímulo luminoso é suficiente para se atingir altos níveis de produção. A transferência das frangas para o aviário de produção deve ser efetuada às 16 semanas.
Cria e recria das poedeiras de ovos castanhos - Image 1
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Autores:
Fátima Jaenisch
Embrapa Suínos e Aves
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Paulo Sérgio Rosa
Embrapa Suínos e Aves
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Fabio Tavares Zancan
14 de julio de 2015
Matéria muito bem feita, principalmente para aqueles que trabalham com poedeiras.
Luís Atila DE hOLANDA bEZERRA
18 de julio de 2015
Boa tarde, Li com a devida atenção a matéria e gostaria de me aprofundar um pouco mais. Sou de profissão advogado-Defensor Público em vias de requerer aposentadoria, estou criando galinhas de várias raças, inclusive tenho a Embrapa 51, estando minhas atividades avicolas em processo de espanção. Como aqui no Nordeste, pois resido em Fortaleza-Ce, se busca algo novo, certo, que em muitas cidade do interior do Ceará, já existem pequenos criadores de galinhas caipiras, seria maravilhoso que tivessemos um maior conhecimento á respeito da Embrapa 31, bem assim como podemos ter acesso a ovos galados. Só tenho que parabenizar a voces pela iniciativa e ao mesmo tempo ficamos no aguardo ce boas notícias. Deverei copiar o que se contém da matéria e exibir para outros criadores, cordialmente, Atila Bezerra-Fortakeza-Ce
Luiz Carlos Dos Santos
14 de julio de 2015
Gostei da matéria, muito bem elaborada. Em nossa região a integradora fechou, deixando os integrados com o prejuízo, pois o investimento em instalações ficaram perdidos. Como saída estou estudando migrar para poedeiras. Já que tenho dois aviários estou pensando em utilizá-los neste sistema sem utilização de gaiolas para baratear o investimento pois as gaiolas ficariam muito caro. Mas tenho muitas dúvidas ainda quanto: Quantidade de galinhas alojar por metro quadrado. Qual a raça se adapta melhor para esse tipo de criação. Viabilidade. Onde posso conseguir mais informações sobre o assunto? Atenciosamente Luiz Carlos
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