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Pesagem automática aves

A pesagem automática das aves nos galpões de engorda

Publicado: 20 de outubro de 2010
Por: Carlos Alberto Polonio (Analista de Produtos, Toledo do Brasil Indústria de Balanças Ltda.)
Informativo Técnico
A pesagem das aves dentro dos galpões para acompanhamento da engorda é uma etapa muito importante, mas que causa desconforto, angústia, medo, estresse e doenças, quando é realizada pelo tal "método tradicional". Nele, o funcionário cerca uma parte do barracão aleatoriamente, pega uma ave, às vezes a coloca num saco, amarra suas patas, etc., a pendura numa balança mecânica de varão ou mesmo eletrônica, pesa, solta, desamarra, etc., etc., etc., e a "atira" de volta ao plantel. É impressionante! Há muitos casos de perus que enfartam durante o processo. Há também muitos casos de frangos com riscos na carcaça ocasionados durante a pesagem e que contaminaram os lotes.
O que se deve fazer para evitar isso é passar a controlar os pesos de forma automática, sem contato com as aves. Com este processo, as aves não deixam de expressar seu comportamento normal, além de serem pesadas com qualidade, pois os equipamentos de pesagem são muito bons, muito mais precisos que as velhas balanças de molas ou de varão (aquelas usadas antigamente nas feiras de rua).
Este processo é muito comum na Europa e nos Estados Unidos. No Brasil, a transição está muito lenta, pois os avicultores ainda "temem" a modernidade. Os custos desta pesagem são facilmente compensados pelos ganhos que advém da pesagem automática, ou seja, milhares de pesagens versus algumas pesagens durante a engorda, informação eletrônica que pode trafegar rapidamente para os abatedouros, melhor controle do ganho de peso com relação ao consumo de ração, etc., além de não interferir com a "qualidade de vida" das aves.
Em breve, os importadores da nossa carne passarão a exigir este tipo de pesagem. Idem os órgãos governamentais. Quem estiver preparado terá uma boa vantagem competitiva.
Mais recentemente, além do controle da engorda das aves através da pesagem automática, os grandes abatedouros estão investindo na pesagem simultânea (e também automática!) da ração consumida por elas para medição da conversão em peso. É um investimento naturalmente compensador.
Precisamos sempre estimular os empresários do setor a investir na modernização dos aviários. E na cultura profissional dos empregados e dos avicultores. Já se foi o tempo dos "super-galinheiros"! 
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Marcelo de Souza Lima
8 de enero de 2011

Bom dia pessoal,
agradeço as considerações Mauro Pravato, és um excelente técnico na área de eletrônicos e tens uma coisa que não poderia faltar as pessoas que militam nas áreas de eleição para laborarem: Paixão pelo que faz. Continue assim meu amigo.
Mas voltando ao seu comentário, realmente um dos gargalos que tenho observado no campo é a falta de qualificação da mão-de-obra que atua dentro dos galpões de engorda. Não vou nem comentar o despreparo dos técnicos por que essa varíável pode melhorar dia após dia, pois as aves ensinaram aos envolvidos na cadeia o que ela deseja.
Mais do lado oposto, temos os granjeiros que muitas vezes contam com uma curiosidade prática, sem princípoios e fica muito empírico o seu resultado. O pior é que eles administram um montane de dinheiro muito grande, nunca inferior a R$ 300.000,00, valor de um núcleo de engorda. Por muito menos valor em uma instituição financeira é exigido do profissional um MBA na área de administração.
No entanto, na área rural, nosso funcionário mal sabe operar um painel de controle de temperatura com 3 variáveis, as quais julgo importantíssimas: temperatura, ventilação e umidade relativa.
Diante do quadro, após quase 3 anos ministrando cursos de qualificação de mão de obra grajeira pelo Senar/GO, concluí que não vai adiantar eu investir em balança, nutrição e ambiência, se a mão de obra não for preparada para entender o que fazer durante o processo de engorda, fica desleal demais os resultados.
Tenho insistido na região onde atuo para que os cursos de qualificação passe para a responsabilidade das associações de criadores, uma vez que os mecanismos de defesa das integradoras estão sempre na frente do mecanismos de defesa dos criadores, depois que a produtividade não é eficaz, só nos restam os prejuízos e não temos como reclamar. Por isso, a qualificação deve ser de responsabilidade do criador não do integrador.
Grande abraço a todos.

Romão Miranda Vidal
20 de octubre de 2010
Srs. Desculpe não concordar com as colocações referentes a necessidade de pesagem para se ter um controle mais acurado dos frangos em relação ao consumo e o ganho de peso (conversão alimentar). Os frigoríficos têm sua programação de abate - escala- e seus compromissos firmados com seus clientes. Em geral operam dentro de uma margem de segurança técnica, que lhes permite atender plenamente seus contratos. Interessa mais aos Integradores o peso médio final e a conversão alimentar, assim como o percentual de mortalidade e o estado físico e sanitário dos frangos, do que estes acompanhamentos bio-estatísicos de peso dos frangos. Todo e qualquer procedimento que leve as aves se movimentarem de um espaço pré-delimitado para outro não pré-delimitado, em função da hierarquia e comportamento entre as aves, causa um enorme transtorno, não só nas aves a serem aferidas, mas nos demais frangos como um todo. Super galinheiros. Esta prática jamais irá deixar de existir. Estamos massificando sistemas produtivos, ao mesmo temp que estamos buscando condições de Bem Estar Animal e Boas Práticas de Produção Animal. O que falta discutir não é o número de frangos por metro quadrado que estamos produzindo, mas sim, o número de quilos por metro quadrado. Controle de gando de peso em qualquer exploração: bovinos, suínos, caprinos, ovinos e pescados, causam enorme descarga de Adrenalina, que resulta em fezes moles, micção freqüente, acelera os batimentos cardíacos e libera hormônios que causam estresse. Portanto uso de balanças de última geração, métodos de apanha, contenção dos frangos em recepientes apropriados,com a finalidade de se averiguar o peso médio, provavelmente irão apresentar um custo / benefício negativo. Médico Veterinário Romão Miranda Vidal.
Marcelo de Souza Lima
20 de octubre de 2010

Prezado Polonio,
claro que uma maior variabilidade de pesos produz uma ferramenta valiosa na tomada de decisão dos envolvidos na cadeia produtiva de engorda de frangos.
Concordo com a sua afirmação de modernização dos aviários para que possamos atender os mercados com carne saudável e segura.
Essa é a minha opinião técnica, como médico veterinário atuante na cadeia avícola.
Agora a minha opinião como avicultor integrado com cerca de 450 mil aves alojadas, difere um pouco. Como investir com os atuais preços pagos pelo kg de carne produzida pelas integradoras? Como acompanhar os avanços tecnológicos começa defazagem que nos é paga para converter ração em carne, que concordo, como avicultor, deveria ser bem medida para mudança estratégica de manejo dos equipamentos na busca do conforto térmico para mair C.A. e consequente ganho de peso, o que geraria melhor remuneração.
Ainda resta comentar oalto preço dos equipamentos modernos, principalmente, os de peso nos galpões de engorda, uma vez que são na sua maioria eletrônicos com placas modernas, que sempre oneram o processo.
A marca que representa é excelente e inovadora. Já fui possuidor de uma balaça toledo de célula e efetuava pesagens de bovinos em confinamentos e à pasto, numa versatilidade incrível, errando muito pouco os rendimentos de carcaça nos frigoríficos, de onde concluo, que é muito importante o processo de pesagem contínua automatizada, mas, qual o preço ?
Grande abraço.
P.S.: Me envie o protótipo da sua balança.
marcelochapuleta@globo.com

Mauro Pravato
Mauro Pravato
24 de diciembre de 2010

Carissimos,olá.Lido com frangos de corte e matrizes desde 1990,sou Tecnico em Agropecuaria,formei na ESAFEC,em Concórdia-SC,sou natural de lá,moro hoje no DF,Presto serviços em Eletroeletronica de granjas,esclusivamente,estou bem apar de todo o processo de sistemas de controle de ambiencia de planteis de frango de corte,conheço o DR Marcelo pessoalmente e varias vezes por mes discutimos os sistemas que as empresas colocam no mercado,nem sempre chegamos a um consenso sobre o assunto,pois ele é muito vasto,e nem sempre os CRIADORES,conseguem acompanhar o desenvolvimento das fornecedoras de equipamentos,seja em tecnologia ou seja no principal...Os custos de implantação desses sistemas.Irei postar mais em outros tópicos que ja vi,muito interessantes como sistemas evaporativos,mas o caso aqui é balanças.
Discordo do amigo da Toledo,não pelo que ele fala,ele está certo,deve-se levar em conta o peso de carne por metro quadrado,mas a foto do equipamento que foi postado,desculpe,mas não funciona.Ando testando esse tipo de sistema a mais de 4 anos,e esse sistema de célula no piso não funciona,tenho cliente aqui com esse sistema e ja abandonou,tenho sistema com controle de curva do processo de linhagem...Ídem,e ja falo porque do Ídem.
99[percent] dos engenheiros de desenvolvimento são teimosos em não aceitar as colocações de técnicos que como eu, a maioria pisa o dia todo em cama de frango.Não farei nomes de empresas que tenho o equipamento aqui dentro da minha casa em um BELO DESUSO,por não aceitarem a minima(E nem de outros)a idéia de como o processo funciona,mas um modelo que achei que tem futuro,eu mesmo por livre vontade e custo,modifiquei o sistema da pesagem,sistema esse de parecido com o do amigo Romão,coloquei no galpão,e tivemos uma diferença gigantesca pois pesou ate o final do lote,mas no original dele só dava certo a pesagem ate o 20º dia,apos isso não pesa mais,pois a bendita balança fica em um ponto fixo e os animais são territoriais...então,babau,se foi a pesagem do lote nos galpões de engorda.O unico incoveniente é dela ter só UMA célula,por isso tem que mudar ela varias vezes de lugar no mesmo dia que resolve se fazer a pesagem,ja existe balanças com 4 celulas,para se pesar no mesmo galpão,ou se colocar 2 em cada galpão pesando junto,mas o custo disso,é bem salgado,essa muda se as programaçoes por galpão,enumera se os galpoes para ela armazenar os dados e tals,se usa um coletor de dados para armazenar,acoplase num computador e tem-se a tabela toda em um zás,fica facil e comodo,mas ainda assim o custo é salgado para esse fim.Outro problema alem dos custos,é mão de obra qualificada pra trabalhar com tecnologias de ponta,controles de ambiencia,balanças de pasagem continua,sistemas de controle de consumo de ração,sistemas de controle de CO2,a velha guerra em controlar a ventilação minima em galpões negativos nos primeiros 15 dias de vida das aves,enfim,a bandida falta de conhecimento de varios setores desse vasto ramo de trabalho,principalmente em manejo das aves.O Marcelão,ja ja posta denovo dando mais uma martelada nesse ponto...Mão de obra,poderiamos até abrir outro tópico e juntos todos fazermos um curso basico pra isso,que sabe.
Bem pessoal,ja falei demais pelo meu tamanho...Gostaria de desejar a todos um BELO FINAL DE ANO,BOAS FESTAS A TODOS.

Abraços

Mauro

PS:Amigo Romão,gostaria que entrasse em contato comigo por email:mauro.pravato@yahoo.com.br
Iremos discutir as ideias e formas de fazer um sistema de pesagem adequado a granjas,me proponho a te ajudar.
Abraços

Adriano Coutinho
21 de octubre de 2010
Boa Tarde. Gostaria de dar um parecer quanto a Pesagem Automática. Em primeiro lugar e como foi comentado, o stres causado pelo sistema tradicional de pesagem, encurralando um grupo de aves em diversos pontos do galpão é extremamente prejudicial ao desempenho das aves. Além disto as lesões decorrentes deste manejo, especialmente quando são pesadas em grupos dentro de um saco ou caixa trazem grandes prejuisos na linha de abate por escoriações e arranhaduras. Mas me parece que mesmo o responsável por apresentar este produto da Toledo não comentou o que me parece tão importante quanto o acompanhamento do ganho peso e conversão alimentar. Este instrumento nos possibilita a identificar problemas sanitários antes mesmo das aves exteriorizarem qualquer sintoma. Em qualquer problema sanitário o primeiro efeito é a redução do consumo de reção e consequente ganho de peso. Isto normalmente já ocorre alguns dias antes que o mais experiente avicultor ou veterinário perceba. Com esta ferramenta e as possibilidades que a automação dispõe, é possivel acompanhando a curva de crescimento real, comparando com o esperado (tabela da linhagem) observar desvios que podem ajudar na antecipação da identificação de problemas e de tomadas de decisões. Mas para isto é preciso de um sistema de pesagem preciso, com uma amostragem significativa, o que não se consegue com apenas uma balança instalada em um galpão de 15.000 aves por exemplo. Neste caso seriam necessárias pelo menos uma balança para cada 4 a 5.000 aves. O investimento neste caso é significativo já que para obter resultado com este tipo de pesagem deve estar fixa no galpão, fazendo parte dos equipamentos de cada unidade de criação. Com a ave em contato com a mesma desde o primeiro dia. Sei que o investimento inicial hoje para uma granja, com o rendimento pago pelas integradoras, fica muito difícil, mas com certeza, sendo bem trabalhado por pessoal com capacidade de interpretar as oscilações e acumular um histórico, certamente o retorno será rápido. Adriano Coutinho Médico Veterinário
Daniel de Carvalho Goncalves
20 de octubre de 2010
Boa Noite, acredito assim como voce que estamos em um periodo de atualizacao constante, e sei o quanto que é estressante e ruim para o frango ficar fechando e pesando diversas aves para serem feita uma media, mas o problema maior no meu ver é a correcao da conversao alimentar dia dia pois sem o peso fica dificil... Eu adiquiri uma balanca destas a cerca de 1 ano só que a balanca que adiquiri FanControl nunca funcionou aqui nao sei se nao foi instalada corretamente, se tem algum defeito ou se eu nao estou sabendo usala acho que falta tambem assintencia por parte de algumas empresas. Se possivel me envie descritivo de sua balanca com valor avista para mim ok abracos pois toledo é uma marca muito conceituada e concerteza nao terei problemas...
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