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Morfometria intestinal e desempenho de frangos de corte submetidos a dietas com óleo de buriti

Publicado: 13 de junho de 2022
Por: Gabriel Sales
Sumário

Objetivou-se, com essa pesquisa, avaliar o desempenho produtivo, o rendimento de carcaça e a morfometria intestinal de frangos de corte com dietas submetidas à inclusão do óleo de buriti. Trata-se de um alimento energético que pode ser utilizado na alimentação de frangos visando substituir o óleo de soja, o qual apresenta alto custo na produção. O óleo de buriti ainda possui suas propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes, antimicrobianas, podendo conferir benefícios na alimentação de frangos. Foram utilizados 180 frangos de corte machos, da linhagem Ross, distribuídos em um delineamento inteiramente ao acaso, com três tratamentos e seis repetições de 10 aves por unidade experimental. A fase experimental ocorreu de 14 a 28 dias, e os níveis 0%, 0,75% e 1,50% de óleo de buriti foram inseridos na ração à base de milho e soja. Pode-se inferir que as dietas à base de óleo de buriti na dieta com inserção dos níveis de 0%, 0,75% e 1,50% não diferiram significativamente para as variáveis de desempenho produtivo, mas, em relação ao rendimento produtivo, houve uma diferença significativa para o rendimento de carcaça, acompanhado de maior disposição de gordura abdominal, gordura de sobrecoxa e coração, efeito comum na utilização de óleos. Apesar de não serem observadas diferenças estatísticas para a maioria das variáveis na avaliação da morfometria intestinal, houve aumento na profundidade de cripta do duodeno e do íleo, bem como aumento da camada muscular do duodeno e do jejuno, que podem ter sido provocados por alguma injúria no intestino e não por efeito direto do óleo de buriti. Nas demais variáveis, não houve diferença entre os tratamentos, e conclui-se que o óleo de buriti não causou prejuízo ao desempenho, ao rendimento e à morfometria intestinal de frangos de corte no período de 14 a 28 dias de idade.

Palavras-chave: energia metabolizável, alimentação de aves, vilosidades intestinais

RESUMO
Objetivou-se, com essa pesquisa, avaliar o desempenho produtivo, o rendimento de carcaça e a morfometria intestinal de frangos de corte com dietas submetidas à inclusão do óleo de buriti. Trata-se de um alimento energético que pode ser utilizado na alimentação de frangos visando substituir o óleo de soja, o qual apresenta alto custo na produção. O óleo de buriti ainda possui suas propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes, antimicrobianas, podendo conferir benefícios na alimentação de frangos. Foram utilizados 180 frangos de corte machos, da linhagem Ross, distribuídos em um delineamento inteiramente ao acaso, com três tratamentos e seis repetições de 10 aves por unidade experimental. A fase experimental ocorreu de 14 a 28 dias, e os níveis 0%, 0,75% e 1,50% de óleo de buriti foram inseridos na ração à base de milho e soja. Pode-se inferir que as dietas à base de óleo de buriti na dieta com inserção dos níveis de 0%, 0,75% e 1,50% não diferiram significativamente para as variáveis de desempenho produtivo, mas, em relação ao rendimento produtivo, houve uma diferença significativa para o rendimento de carcaça, acompanhado de maior disposição de gordura abdominal, gordura de sobrecoxa e coração, efeito comum na utilização de óleos. Apesar de não serem observadas diferenças estatísticas para a maioria das variáveis na avaliação da morfometria intestinal, houve aumento na profundidade de cripta do duodeno e do íleo, bem como aumento da camada muscular do duodeno e do jejuno, que podem ter sido provocados por alguma injúria no intestino e não por efeito direto do óleo de buriti. Nas demais variáveis, não houve diferença entre os tratamentos, e conclui-se que o óleo de buriti não causou prejuízo ao desempenho, ao rendimento e à morfometria intestinal de frangos de corte no período de 14 a 28 dias de idade.
 
Palavras-chave: energia metabolizável, alimentação de aves, vilosidades intestinais
Esse artigo foi originalmente publicado em Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.74, n.2, p.359-366, 2022 | http://old.scielo.br/pdf/abmvz/v74n2/0102-0935-abmvz-74-02-359.pdf. Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

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