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Efeito de diferentes níveis de proteína bruta e suplementação de farinha de carne e aminoácidos sobre o desempenho de frangos de corte

Publicado: 23 de novembro de 2009
Por: Antonio Mário Penz Júnior, NN Shiroma1*, AN Figueiredo1, DG Bruno1, TC Coutinho1
Introdução
A nutrição de frangos de corte está cada vez mais direcionada para que o potencial de desempenho e de rendimento de carcaça seja alcançado. Há evidências de que a suplementação com alguns aminoácidos sintéticos essenciais, não empregados usualmente nas dietas de frangos de corte, resulta em melhora no desempenho (2). A utilização de diversas fontes de proteína pode alterar a digestibilidade de um determinado aminoácido em particular (1). Este experimento teve como objetivo avaliar diferentes níveis de PB na fase de crescimento (21 a 35 dias de idade), utilizando dietas com e sem a inclusão de farinha de carne e ossos (FCO) e de aminoácidos sintéticos essenciais, não disponíveis comercialmente.
Materiais e Métodos
O presente experimento foi realizado no Centro de Pesquisa em Nutrição Animal (CPNA), da Nutron Alimentos LTDA (Mogi-Mirim, SP). Foram utilizados 3200 frangos de corte, machos (Cobb500), com 21 dias de idade e peso médio de 962g, os quais foram distribuídos em 80 boxes (11 aves/m2). O delineamento foi inteiramente casualizado, com arranjo fatorial 2X4X2: duas dietas (com e sem farinha de carne e ossos), quatro níveis de PB (19, 20, 21 e 22%) e duas suplementações de aminoácidos sintéticos (aas) (com e sem triptofano, valina, isoleucina e arginina), totalizando 16 tratamentos, com cinco repetições de 40 frangos, cada. As dietas experimentais foram isocalóricas (3230 kcal EMAn/kg), contendo a mesma quantidade de lisina digestível (1,088%). Nos tratamentos suplementados com os aas, as dietas foram formuladas para obter o mesmo nível destes aas da dieta com maior nível de PB (22%). Nas outras dietas, foram mantidas as exigências recomendadas por (3). O balanço eletrolítico dietético (número de Mogin) foi mantido em 227 Meq/kg em todas as dietas. Foram avaliados o desempenho e a porcentagem de peito em relação à carcaça (%peito) aos 35 dias de idade. As variáveis foram submetidas à análise fatorial (software Statistix 9.0). Quando houve significância somente dos níveis de PB, foi empregada a metodologia dos contrastes polinomiais, para determinar se a resposta foi linear ou quadrática.
Resultados e Discussão
Aos 35 dias de idade, houve efeito quadrático dos níveis de PB sobre o consumo de ração (CR), o peso corporal (PC35) e o ganho de peso (GP) dos frangos (Tabela 1). De acordo com as equações de regressão, o CR foi maximizado com 18,7% PB e o PC35 e o GP foram maximizados com 19,6% PB. Para a variável conversão alimentar (CA) houve interação entre a inclusão de aas e os níveis de PB e a inclusão de aas e a presença de FCO (Tabela 1 e Figura 1). No menor nível de PB, a suplementação com aas melhorou significativamente a CA. Isto permite cogitar que a dieta com 19% de PB estava deficiente nesses aas. Em dietas suplementadas com aas, a presença de FCO melhorou significativamente a CA. Com relação ao %peito, somente a adição de FCO influenciou este parâmetro (25,4 vs 26,2%, P<0,01).
Tabela 1 - Consumo de ração (CR), Peso corporal (PC35), ganho de peso (GP, g) e conversão alimentar (CA) de frangos no período de 21 a 35 dias de idade - efeitos da farinha de carne e ossos (FCO), da proteína bruta (PB) e da suplementação com aminoácidos sintéticos (aas).
Efeito de diferentes níveis de proteína bruta e suplementação de farinha de carne e aminoácidos sobre o desempenho de frangos de corte - Image 1
 
Efeito de diferentes níveis de proteína bruta e suplementação de farinha de carne e aminoácidos sobre o desempenho de frangos de corte - Image 2
Figura 1 - efeito de interação entre a suplementação de aas e os níveis de PB (esquerda) e a suplementação de aas e a adição de FCO (direita). Letras diferentes indicam médias estatisticamente distintas (teste de Tukey, P<0,05)
Conclusão
Aos 35 dias de idadeo CR foi maximizado com 18,7% PB e o PC e o GP foram maximizados com 19,6% PB na dieta. A adição de aas sintéticos foi efetiva no nível mais baixo de PB e quando houve a adição de FCO. A adição de FCO melhorou a porcentagem de peito.
Bibliografia
1. Angkanaporn K, Ravindran V, Bryden WL. Poultry Science 1996; 75(9):1098-1103.
2. Corzo A, Moran-Jr ET, Hoehler D. Poultry Science 2003; 82:402-407.
3. Rostagno HS, Albino LFT, Donzele JL, Gomes PC, Ferreira AS, Oliveira RF, Lopes DC. 2000.
Tabelas Brasileiras para Aves e Suínos. Viçosa, MG:UFV. p.141.
 
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Autores:
Antônio Mário Penz Junior
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Marcelo de Souza Lima
25 de noviembre de 2009
Prezado amigo Pens, como sempre, expondo bem as suas idéias e colaborando com a nossa avicultura através de artigos e teses bem conduzidas. Com as novas tendências de manejo para aves de corte em andamento, creio que esses dados serão de grande valia para os nutricionistas, onde poderão validar em maior escala essas suas conclusões. Creio que com a forte pressão da globalização e o esmagamento dos preços da commoditie frango, restará somente a redução de custos na produção de carne, onde a Conversão Alimentar e o manejo serão muito importantes na rentabilidade do processo de engorda, onde artigos dessa natureza fazem uma diferença. Grande abraço.
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