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Descrição da síndrome de erosão da moela em aves comerciais no Brasil

Publicado: 17 de fevereiro de 2023
Por: Júlia Roppa1, Gervásio Henrique Bechara2, José di Fabio3, Edson Bordin4. 1Graduanda de Medicina Veterinária, Centro Universitário de Jaguariúna, 2Professor de Patologia Animal, Escola de Medicina e Ciências da Vida, Pontifícia Universidade Católica do Paraná,3Médico Veterinário Ornitopatologista, Laboratório José di Fabio de Patologia Animal- Campinas, 4Médico Veterinário Patologista em São Paulo.
Sumário

Infecções adenovirais são comuns em aves comerciais, principalmente em sistemas de criação intensificada e já foram reportadas em diferentes locais, como: Ásia, África, América do Norte, América do Sul e Europa. As doenças envolvendo os Aviadenovírus (FAdVs), incluem a hepatite por corpo de inclusão (HCI), síndrome da hepatite-hidro pericárdio, (SHH) e outras condições afetando o sistema respiratório e digestivo das aves, além da Síndrome de Erosão de Moela (SEM). Esta publicação objetiva a caracterização da SEM como condição emergente no Brasil. Foram analisadas, entre setembro de 2021 e maio de 2022, 168 aves em 56 casos, sendo estas tanto de corte como de reprodução. Foram conduzidos exames de PCR para identificar o DNA viral e 28 exames histopatológicos com alguns destes revelando presença de corpos de inclusão virais no ventrículo, além de quadros inflamatórios típicos envolvendo infiltrado linfoplasmohistiocítico. Foram encontrados outros processos inflamatórios em outros órgãos, como o pró-ventrículo. O PCR evidenciou positividade para o Aviadenovírus. Com base nos achados do presente estudo, caracterizou-se a presença da SEM no Brasil. Enfatizamos a importância do sequenciamento do vírus, especialmente do tipo 1, como próximo passo a ser seguido.

Palavras-chave: Adenovirus, aviadenovirus, corpos de inclusão, FAdV, histopatologia

Introdução
As infecções por adenovírus (FAdV) são comuns em aves comerciais e as características dos sistemas de criação intensificada favorecem a disseminação dessa doença por, muitas vezes, ocorrerem em locais com múltiplas idades e procedências e pela proximidade entre lotes (Dezengrini et al., 2007). As doenças envolvendo os FAdVs, incluem a hepatite por corpo de inclusão (HCI), a síndrome da hepatite-hidro pericárdio, (SHH) e outras condições afetando o sistema respiratório e digestivo das aves. Dentre elas, a Síndrome de Erosão de Moela (SEM), com ventriculite, combinada ou não com a pancreatite necrótica, se situa entre as últimas. Até o presente momento de publicação deste artigo, faltam descrições completas a respeito disso no Brasil. Nos últimos anos, essa patologia vem sendo reportada mundialmente, quer em reprodutoras ou frangos de corte. O excesso de biossegurança pode aumentar o risco de contaminação vertical, obrigando a que se considere a presença de anticorpos antes da fase reprodutiva (Schachner et al., 2021).
Revisão bibliográfica
Descrição do vírus e distribuição no brasil
Referências à descrição molecular do FAdV A estão disponíveis em diversas publicações (De la Torre et al., 2018; Duncan & Prasse, 1982; Grafl et al., 2018; Hess, 2013; Naranjo, 2012; Thomson, 1990) ou pelo Comitê Internacional de Taxonomia de Vírus (CITV). Em suma, os FAdV pertencem ao gênero Aviadenovírus, antigo grupo 1, à espécie A e seus sorotipos. São vírus DNA não envelopados e apresentam geometria icosaédrica. Possuem entre 70 e 90 nm de diâmetro com DNA fita dupla. O capsídio possui 252 capsômetros, dos quais 240 são formados pela proteína hexon e 12 pela proteína penton. Em 2017, Matczuk et al. (2017) sequenciaram dois vírus causadores de SEM em frango de corte e reprodutores na Europa, constatando ser formado por 43.849 bp e sendo bastante semelhantes ao vírus CELO não patogênico. Quando eles compararam os dois vírus de campo, um recuperado de frango de corte e outro de reprodutoras, com o CELO não patogênico, as maiores diferenças em aminoácidos ocorreram no ORF 0, ORF 1, ORF14, IV 2, polimerase, Pilla, penton base, Fibre 2 e penton base Fibre 1. No Brasil, De la Torre et al. (2018) reportaram que circulam os sorotipos FAdV-8a, FAdV-8b e o FAdV-11 que estão envolvidos com a HCI. Também no Brasil, Mettifogo et al. (2014) relacionaram o FAdV como causa do HHS.
Erosão de ventrículo e patologia correlatada
A SEM está reportada na Asia, África, América do Norte e Europa, sendo descrita inicialmente em 1930 por Holst e Halbrook. Em 1993, no Japão, Tanimura et al. (1993) correlacionaram os achados macroscópicos com o processo inflamatório não purulento de mucosa ventricular e a presença de corpos de inclusão intranucleares basofílicos com aumento do núcleo que ocupava por vezes aproximadamente 50% das dimensões da célula. Também no Japão, Ono et al. (2003), reportaram o envolvimento do FAdV-sorotipo 8, como causador da SEM. Mais tarde, o sorotipo FAdV-1 foi correlacionado com erosões de coelina, e considerado como sendo uma patologia dissociada das outras (Fitzgerald et al., 2019). Posteriormente, Mirzazadeh et al. (2021) descreveram a doença e detectaram o FAdV-1 a partir de casos de erosão de moela ao abate. Nos EUA, Grafl et al. (2013) reproduziram a patologia de ventrículo com a inoculação experimental do FAdV-1. Logo depois, Grafl et al. (2018), confirmaram a patogenicidade do FAdV-1 como causa única dessa condição, descartando definitivamente o FAdV-8a. Nosso grupo desconhece relatos publicados dessa ocorrência no Brasil.
Citopatogenia: provável via de acesso às células permissíveis - virulência
O potencial de infecção celular por parte do FAdVs varia com o sorotipo e via de inoculação, além do volume de inóculo. Na China, através do uso do emergente FAdV-4 foi identificado o receptor da célula permissiva como sendo a proteína CAR (Coxsackievirus and Adenovirus Receptor), pelo domínio 2 (D2). Assim, a infecção celular decorre da interação do adenovírus fibra (do inglês fibre), isto é, a projeção filamentar do vírus que, nos casos dos vírus aviários, é dupla, com o D2 da proteína CAR. Com isso o agente internaliza e após a desintegração do capsídio, o genoma viral penetra no núcleo celular.
Muito do que se aceita no caso de aviadenovirus, vem das adenoviroses humanas. No caso do FAdV1, o que se sabe é que o vírus também se liga a uma proteína gástrica de aproximadamente 200 Kd (Schachner et al., 2018). No entanto, o fator de virulência ligado ao FAdV-1 não é conhecido. Uma conclusão clínica importante é que a homeostase metabólica é difícil de ser mantida na presença de ventriculite (SEM) ligada ao FAdV-1. Não há distinção entre os genes hexon e de filamento (fibre 2) entre os sorotipos patogênicos, o que torna difícil explicar as distintas patologias ligadas ao vírus (Absalón et al., 2017; Slaine et al., 2016; Vera-Hernández et al., 2016).
Clínica, anatomia patológica e histopatologia
Por ocorrer transmissão vertical e horizontal (Grafl et al., 2018; Schachner et al., 2018), há variação na idade dos animais afetados. Clinicamente observa-se depressão no desenvolvimento das aves. Pode ocorrer alterações de eclodibilidade. Outras citações clínicas incluem ataxia e eventualmente diarreia. Não raramente há histórico de aumento de condenação do ventrículo ao abate. A mortalidade varia, mas em geral, é baixa quando comparada ao aumento de refugo que chega a 15%. Aves afetadas horizontalmente podem apresentar um curso de doença mais prolongado. A anatomia patológica se atém mais ao ventrículo, com megalia e alterações da coelina, com erosões. O proventrículo pode eventualmente mostrar edema de parede com eventuais hemorragias de mucosa. Em quadros complicados se observa enterite catarral e atrofia bursal.
De acordo com a literatura, a histopatologia ventricular apresenta características indicativas da SEM (Grafl et al., 2018), constatando-se erosões, necrose epitelial e infiltração não purulenta linfoplasmohistiocítica, que pode ser intensa, comprometendo principalmente a lâmina própria e mais profundamente a submucosa, e por vezes atinge a muscular externa com quadros multifocais de peri vasculite não purulenta. No que se refere a outros órgãos, eventualmente se destacam algumas lesões de proventrículo, de natureza inflamatória, com infiltração linfoplasmohistiocítica, com evidência de corpo de inclusão. O pâncreas pode exibir focos de necrose acinar e/ou infiltração mononuclear intersticial. Pode ocorrer enterite atrófica e depleção linfoide na bolsa de Fabricius. No fígado, pode-se observar, como patologia complementar, tumefação hepatocítica com eventual necrose pericentral e/ou perivascular. Reação inflamatória mononuclear não é incomum no interstício ou em áreas pericentrais ou perivasculares. No entanto, as lesões capitais são efetivamente aquelas do ventrículo.
Corpo de inclusão
Um encontro relativamente frequente são os corpos de inclusões virais em células colunares da mucosa do ventrículo, embora possam ser também constatados no pâncreas e mucosa intestinal, bem como no proventrículo. O corpo de inclusão é um agregado nuclear ou citoplasmático de proteínas coráveis, pela multiplicação do vírus invasor e, portanto, caracteriza seus antígenos. Quando um vírus infecta uma célula, o DNA complementar codificado pelo RNA mensageiro orquestra a elaboração de proteínas. Quando ocorrem falhas, esses resíduos não são removidos e se tornam depósitos pela condensação. Há variação no tipo de corpo de inclusão correlacionado ao aviadenovirus, sobretudo com base na densidade dos mesmos e na morfologia (Fitzgerald et al., 2019). Por vezes são facilmente identificados, e por vezes, ausentes. Quando citoplasmático, tendem a ser eosinofílicos. Quando nuclear, basofílicos. Podem aumentar significativamente o núcleo, ou então são representados por grânulos fortemente basofílicos distribuídos pela organela. Por vezes produzem halo. Corpos de inclusão tendem a ser constatados tão somente até duas semanas após a infecção, e provavelmente têm relação com a cepa e seu potencial infectante.
Temos aprendido com o estudo que não há um Teste Gold mais específico para a definição da doença, mas sim um conjunto deles, incluindo os moleculares (Grafl et al., 2018), com PCR ou HIS (hibridização “in situ”) ou então a imunohistoquímica. No entanto, a patologia microscópica do ventrículo tem importância fundamental para o diagnóstico da SEM.
Descrição dos casos
De setembro de 2021 a maio de 2022, vimos constatando, no JF- Laboratório de Patologia Animal, Campinas-SP, significativo aumento de casos clínicos suspeitos de aviadenovirose, entre eles a Síndrome de Erosão de Moela, notadamente em frango de corte e dissociada de outras alterações. Na maioria das vezes envolveram aves extremamente jovens, logo após o nascimento.
Resultados e discussão
Avaliação clínica e patológica
Bastante condizente com o reportado na literatura, acresce-se a palidez de carcaça e de órgãos cavitários. O ventrículo dilatado, com frequência se mostrava repleto de um conteúdo marrom escuro. A membrana da coelina, glicoprotéica, mostrava-se áspera e engrossada com erosões focais ou multifocais. O proventrículo, quando incluído, se mostrava aumentado e, ao corte longitudinal, edematoso e com a mucosa hemorrágica. Não raramente se encontrava alguma indicação de enterite inespecífica. As alterações macroscópicas citadas podem ser observadas nas figuras 1 A-C.
Figura 1. A. Erosão de moela em ave de 6 dias acometida por FAdV. B. Erosão de moela em ave de 21 dias acometida por FAdV. C. Erosão de moela em ave adulta acometida por FAdV
Figura 1. A. Erosão de moela em ave de 6 dias acometida por FAdV. B. Erosão de moela em ave de 21 dias acometida por FAdV. C. Erosão de moela em ave adulta acometida por FAdV
Histopatologia
Cortes transversais e longitudinais notadamente do ventrículo, provenientes de casos com suspeita de SEM clínica ou proveniente do abate, oriundos das Regiões Centro Oeste e Sul, foram processados. Após a fixação, foram desidratados em séries progressivas de etanol, diafanizados em xilol e incluídos em parafina para obtenção de cortes seriados de quatro micrômetros e corados por hematoxilina eosina (Luna, 1971; Peterson et al., 2011) e observados à microscopia de luz. Dependendo do caso, cortes de intestino delgado, fígado, bolsa de Fabricius e pâncreas foram também processados.
Histologicamente, nos casos de SEM os achados inflamatórios corroboraram com aqueles referenciados na literatura (Grafl et al., 2018) e acima descritos. Acresce-se que no caso de degeneração da coelina, também se constatou afluxo heterofílico multifocal. Chamaram muita atenção as lesões inflamatórias, inclusive perivasculite não purulenta bem distribuída na muscular externa. Em células epiteliais justapostas a áreas de infiltração inflamatória da lâmina própria (Figura 2), observaram-se núcleos aumentados e bastante basofílicos, por vezes agrupados, e portando muitas vezes prováveis corpos de inclusão intranucleares (Figura 3).
Figura 2. Infiltração linfoplasmohistiocítica na lâmina própria em ventrículo (40x)
Figura 2. Infiltração linfoplasmohistiocítica na lâmina própria em ventrículo (40x)
Quando o pâncreas foi incluído, não raras vezes observou-se pancreatite acinar necrotizante, focal e multifocal (Figura 4-5). Para os outros órgãos processados, as lesões foram genéricas.
Figura 3. A. Corpo de inclusão em células epiteliais do ventrículo (40x). B. Processo inflamatório com provável corpo de inclusão e a membrana da coelina infiltrada por polimorfonucleares. (40x).
Figura 3. A. Corpo de inclusão em células epiteliais do ventrículo (40x). B. Processo inflamatório com provável corpo de inclusão e a membrana da coelina infiltrada por polimorfonucleares. (40x).
Figura 4. Inflamação linfoplasmohistiocítica de mucosa ventricular (40x)
Figura 4. Inflamação linfoplasmohistiocítica de mucosa ventricular (40x)
Figura 5. Porção muscular ventricular exibindo miosite proliferativa (40x)
Figura 5. Porção muscular ventricular exibindo miosite proliferativa (40x)
Biologia molecular
O PCR visando FAdVs foi conduzido com dois “pools” por amostra. Foram usados fragmentos do fígado, pâncreas, baço, coração, como Pool 1, e fragmentos do ventrículo, pró ventrículo e intestino, como Pool 2. O PCR foi analisado segundo a técnica de Meulemans et al. (2001) e Mettifogo et al. (2014). No presente estudo, foram testadas um total de 168 aves (n = 168), das quais 54 testaram positivo para o FAdVs, seguindo o padrão de testes citado alhures. Os resultados podem ser visualizados na Tabela 1.
Tabela 1. Casos de Aviadenovirus entre setembro de 2021 a maio de 2022
Tabela 1. Casos de Aviadenovirus entre setembro de 2021 a maio de 2022
Informações complementares referentes aos dados obtidos
As histopatologias foram conduzidas em 51% das amostras. Em geral, incluíram órgãos cavitários como o fígado, pâncreas, intestino, eventualmente bolsa de Fabricius, proventrículo e ventrículo. Como o objetivo maior desse estudo foi o de aportar informações diagnósticas referentes exclusivamente ao SEM no Brasil, correlacionando-as à recuperação do FAdV-A, consideramos somente as lesões específicas de ventrículo que macroscopicamente se mostravam mais afetados. Toda a documentação fotomicrográfica vem desses casos mais típicos (Ex: 4046-4803). Na época, em termos globais, o envolvimento do FAdV sorotipo 1 na patogênese do SEM, tinha sido recém arrolado, razão pela qual nos ativemos a identificar o FAdV espécie. Já o envolvimento dos outros sorotipos na gênese de outras patologias adenovirais já estava definido, com o IBH (FAdV-8a ,8b e 11 em 2018) e a SHH (FAdV em 2014), identificado no Brasil (Mettifogo et al., 2014).
Os casos acometendo animais com 1 dia de idade visaram mais a evidência da eventual transmissão vertical do FAdV-A. Ao todo foram 15 casos suspeitos de doença adenoviral de transmissão vertical, com 60% deles com recuperação de aviadenovirus nos dois “pools”, 1 e 2. Nos demais casos, o vírus foi principalmente recuperado a partir do Pool 1. Essa via de transmissão já havia sido comprovada na Alemanha (Grafl et al., 2018), a partir de ventrículo de embriões ou de progênie.
Conclusão
O FAdV é encontrado em 75% das aves saudáveis, sendo as diferenças entre as cepas ditas virulentas e o CELO mínimas. Assim, pondera-se se existe algum fator ambiental ou de linhagem correlacionado à manifestação da patologia. Como os principais efeitos residem no baixo desenvolvimento e nos transtornos metabólicos das aves, é importante caracterizar qual a patogenicidade das cepas e como elas se comportam em termos de metabolismo energético, principalmente no caso da SEM. É importante definir o envolvimento do proventrículo como componente da patogenicidade da doença, o que auxiliaria a melhor entender os problemas metabólicos. Assim sendo, é fundamental também reconhecer o padrão de resposta em termos de interleucinas para o sorotipo 1, que está correlacionado à SEM, e um passo imediato é o sequenciamento do sorotipo 1 no Brasil.


Publicado originamente na revista eletrônica PUBVET, em agosto de 2022. Acesso disponível em:http://www.pubvet.com.br/artigo/10070/descriccedilatildeo-da-siacutendrome-de-erosatildeo-da-moela-em-aves-comerciais-no-brasil 

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José Di Fábio
JF Laboratório de Patologia Animal (JFLAB)
6 de marzo de 2023
Essa ocorrrencia ja vinha nos preocupando há algum tempo e resolvemos documentar e compartilhar esses achados com a comunidade avicola . JOSE DI FABIO ;J.F.LABORATORIO
Edson Bordin
20 de febrero de 2023
Fiquei feliz e agradecido por ver nosso estudo puiblicado. Foi uma citação primária da ocorrência em nosso país. Obrigado pela preocupação de vocês em compartilhar com mais pessoas esse tipo de abordagem.
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