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Complexo Enzimático Frangos Corte

Complexo enzimático e avaliação de frangos de corte de 1 a 35 dias de idade

Publicado: 16 de outubro de 2012
Por: Fernando Guilherme Perazzo Costa1, Junio Flávio Barroso2, Jefferson Luiz Lecznieski2, Rafael Gustavo Hermes2, Cléber Franklin Santos de Oliveira1, Valéria Pereira Rodrigues1, Milka Lopes Melo1, Matheus Ramalho de Lima1 (1Universidade Federal da Paraíba, Areia, Paraíba, Brasil - 2DSM Nutritional Products, Brasil)
RESUMO: O objetivo do presente trabalho foi validar pela avaliação econômica uma matriz de valor usando uma combinação de enzimas com fitase, amilase, xilanase e protease, em dietas de frangos de corte. Um total de 640 frangos de corte machos Cobb foram avaliados de 1 a 35 dias pós-eclosão. As aves foram divididas entre 4 tratamentos, com 8 repetições de 20 animais cada, distribuídas em um delineamento experimental casualizado. A ração foi usada em duas fases: Inicial (1 a 10 dias) e Recria (11 a 35 dias). As dietas Controle Positivo (Tratamento 1) foram formuladas para atender aos requerimentos nutricionais de cada fase. As dietas Controle Negativo (Tratamento 2) foram formuladas considerando a matriz de valor da combinação de enzimas (fitase+ amilase+ xilanase+ protease) sem a inclusão de um complexo enzimático. O Tratamento3 foi o Tratamento 1 (Controle Positivo) mais a combinação de enzimas e o Tratamento 4 foi o Tratamento 2 (Controle Negativo) mais a combinação de enzimas. Foi feita uma avaliação econômica da margem bruta com base nos dados de produção de carne de frango. O custo de produção entre os tratamentos considerou apenas a ração. Depois de calcular a margem bruta dos tratamentos, foi feita uma comparação entre elas e o Controle Positivo. Os tratamentos Controle Negativo sem o complexo enzimático e Controle Positivo com o complexo enzimático foram 2,44 e 3,08% menos lucrativos do que o Controle Positivo. O Controle Negativo com o complexo enzimático foi diferente dos demais e tornou a produção 3,38% mais eficiente do ponto de vista econômico do que o Controle Positivo.
 
PALAVRAS CHAVE: produção de frangos de corte, viabilidade econômica, eficiência produtiva
 
INTRODUÇÃO
            O uso de aditivos na ração de frangos de corte aumenta a cada dia. As enzimas são os mais comumente usados neste segmento, sendo muito eficazes em aumentar a disponibilidade de nutrientes para os frangos de corte, garantindo ao produtor um custo menor para as formulações de ração além de uma melhora nas condições de recria.
            As enzimas incluídas nas rações melhoram a eficiência de produção, aumentando a digestibilidade de produtos de baixa qualidade e reduzindo a perda de nutrientes pelas fezes (Torres et al., 2003). Com isto é possível haver um menor nível de energia, proteína e aminoácidos na formulação de dietas para frangos de corte (Torres et al., 2003).
            Assim, é possível reduzir os níveis nutricionais na dieta para frangos de corte com o uso de enzimas na ração. O objetivo do presente estudo foi avaliar o desempenho econômico de frangos de corte de 1 a 35 dias de idade quando arraçoados com dietas contendo enzimas e uma redução do status nutricional.
 
MATERIAL E MÉTODOS
            Um total de 640 frangos de corte foi avaliado de 1 a 35 dias pós-eclosão. As aves foram divididas entre 4 tratamentos, com 8 repetições de 20 animais cada, distribuídas em um delineamento experimental casualizado. A ração foi usada em duas fases: Inicial (1 a 10 dias) e Recria (11 a 35 dias).
As dietas Controle Positivo (CP) foram formuladas para atender aos requerimentos nutricionais de cada fase. As dietas Controle Negativo (CN) foram formuladas considerando a matriz de valor da combinação de enzimas (fitase+ amilase+ xilanase+ protease) sem a inclusão de um complexo enzimático.
O Tratamento 3 é o Tratamento 1 (Controle Positivo) mais a combinação de enzimas (CP-E) e o Tratamento 4 é o Tratamento 2 (Controle Negativo) mais a combinação de enzimas (CN-E). A combinação de enzimas foi a seguinte: 200g ProAct + 400g Ronozyme A + 100g Ronozyme WX + 20g HiPhos (M) por tonelada. O complexo enzimático foi fornecido pronto para uso.
O consumo de ração foi calculado pelo consumo total de cada tratamento em cada fase. A produção de frangos foi determinada multiplicando o número de aves aos 35 dias de idade pelo ganho de peso destas aves. A renda bruta considerou apenas o preço dos frangos, porque estavam sendo abatidos frangos de 35 dias de idade. Os tratamentos foram comparados pela margem bruta relativa.
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO
            Os tratamentos foram importantes na mudança do desempenho econômico dos frangos de corte (Tabela 1).
            O custo da ração foi o que mais variou entre os tratamentos, trazendo renda adicional. O custo da ração no período de 1 a 35 dias de idade foi mais alto para o Controle Positivo mais enzimas (CP-E), e foi mais baixo para o Controle Negativo (CN).
            A produção de frangos foi maior no tratamento com redução nutricional mais enzimas (CN-E) e, mesmo tendo um custo maior do que o Controle Positivo, resultou em uma renda bruta maior. Assim, a maior produção de frangos de corte durante a fase foi capaz de recuperar o investimento maior com a alimentação dos frangos de corte, pagando o investimento.
 
Tabela 1. Avaliação econômica dos tratamentos
 
Itens
CP
CN
CP-E
CN-E
Consumo de ração, kg/trat
428,25
418,81
431,72
431,63
Custo da dieta, US$/kg
0,45
0,47
0,49
0,46
Custo da ração no período, US$/kg
192,71
196,84
211,54
199,01
Produção frangos, kg/trat
307,02
305,37
313,97
317,25
Custo da produção de frangos, US$/kg
0,63
0,64
0,67
0,63
Preço do frango, US$/kg
1,51
1,51
1,51
1,51
Receita bruta, US$
463,6
461,11
474,09
479,05
Margem bruta, US$
270,89
264,27
262,54
280,05
Margem bruta relativa, %
100,00
97,56
96,92
103,38
 
CONCLUSÃO
            O complexo enzimático melhora a margem bruta, com 3,38% em relação ao Controle Positivo.
REFERÊNCIAS
 
TORRES, D.M., TEIXEIRA, A.S., RODRIGUES, P.B. (2003) Eficiência das enzimas amilase, protease e xilanase sobre o desempenho de frangos de corte. Ciências Agrotecnica, Lavras. v.27, n.6, p.1401-1408, nov./dez.
 
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Autores:
Fernando Guilherme Perazzo Costa
Universidade Federal da Paraíba UFPB
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Jefferson Luiz Lecznieski
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Rafael Gustavo Hermes
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Cleber Franklin Santos De Oliveira
Universidade Federal da Paraíba UFPB
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Milka Lopes Melo
Universidade Federal da Paraíba UFPB
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Matheus Ramalho
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