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Geração de energia na atividade agropecuária

Publicado: 29 de setembro de 2010
Por: Maíra Vasconcelos
Olá, Comunidade Engormix. O motivo dessa publicação é para comentar sobre o interesse de alguns veículos de comunicação, como é o caso da comunidade Engormix, em reunir informações de qualidade e profissionais especializados na área de meio ambiente, sustentabilidade e energia, com enfoque para o setor agropecuário. A partir da demanda do Diretor de Gestão do Conhecimento do Portal Ambiente Energia, Fabbio Lobo, gostaria de reunir nesse espaço os profissionais envolvidos em projetos ou que possuam informações sobre geração de energia nos distintos segmentos da atividade agropecuária. Espero, assim, receber um breve resumo sobre as informações que cada usuário poderia aportar sobre geração de energia. O objetivo é reunir aqui os especialistas, para que, posteriormente, possamos contatá-los e que os mesmos sejam colaboradores de informações técnicas, dos temas citados acima, em ambos os sites. Espero a sua participação. Obrigada.
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Maíra Vasconcelos
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Romão Miranda Vidal
29 de septiembre de 2010
Srs. Quando o assunto é geração de energia elétrica, temos que nos ater a um pequeno detalhe:MDL. Naturalmente que a matriz carvão, petróleo não é a mais indicada. Muito menos a que faz uso de carvão vegetal oriundo de desmatamentos. O Brasil se apresenta como um dos players de maior potencial do mundo em relação a matrizes energéticas. O meio rural apresenta potenciais significativos. 1-Cogeração a partir da biomassa de cana de açúcar 2-PCHS. Aqui o assunto é controverso. Mas se houver um curso fluvial dentro dos limites da propriedade, acredito que poderá ser aceito 3- Centrais Eólicas. Muitas propriedades rurais,mesmo que litorâneas, podem ser enquadradas neste item. As propriedades rurais interioranas, desde que apresentem canais de vento, boa elevação e planícies. Estes três exemplos podem ser enquadrados como fornecedores de energia elétrica para ser colocada no Sistema Nacional de Energia Elétrica. No caso é a simples e pura venda de energia gerada por entidade particular que vende esta energia para um sistema estatal. Em relação a Energia Solar. O seu uso ainda limitado devido aos elevados custos. Mas o Brasil apresenta enormes potenciais, devido ao número de horas de iluminação (sol). A energia produzida pelos biodigestores, na realidade é circunscrita à propriedade como um todo. Acreditar que um dia possa ser instalado um sistema integrado de biodigestores é argumento futurista. Acredito que existe no momento um sistema de aproveitamento dos RSU, via catalização que permite a geração de três matrizes energéticas limpas. Aproveita praticamente 70[percent] dos RSU. Os 30[percent] representados por vidros e metais. A resultante matriz energética: gaz, óleo e briquetes. Todos obtidos dentro dos padrões de MDL. Neste último segmento estamos a disposição para discutir o assunto, com a parceria de um técnico de nossa convivência técnica. Espero ter contribuído para este forum. Atenciosamente. Médico Veterinário Romão Miranda Vidal.
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Duarte Santos
Duarte Santos
11 de octubre de 2010
A digestão aneróbia da biomassa não esta circunscrita ao espaço agrícola se bem que, mesmo visto sob tal aspecto, a sua aplicação estaria mais do que justificada. Os sistemas de tratamento e reconversão de efluentes, utilizando os sistemas por DA, têm ainda mais prominência quando integrados aos RSU (residuos solidos urbanos) havendo, lógicamente, que se fazer a devida engenharia para separar e orientar o fluxo. Mais particularmente no sector da agricultura e pecuária os sistemas de DA vão converter produtos de pouca ou nenhuma valia em outros de maior valor e utilidade, tais como formas de energia que são praticamente não poluentes, fertilizantes com valores mais elevados, reciclagem de águas, diminuição dos caudais finais, redução muito substancial dos odores associados a efluentes não tratados. O Brasil poderia e deveria estar na vanguarda desta tecnologia e a sua aplicação deveria estar disseminada pelo Paiz pois que reune todas as condições para o fazer, como sejam: Grande produção de biomassa, proximidade de grandes centros necessitados de resolução para os problemas de disposição de efluentes, urbanos e rurais e, finalmente, talvez um dos pontos mais importantes para o sucesso de DA, temperaturas ambientais ideais durante todo o ano. As grandes quantidades de excedente de cana, e outros sub-produtos vegetais, podem ser eficazmente utilizados em co-generação, depois de extraidos os valores digeríveis. Aos interessados poderei enviar (por email dado que nao cabe neste espaço do comentário) a minha “Newsletter” (em Inglês), bem como resumo do processo (em Português). Enviar pedido a: blizo@rogers.com
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Duarte Santos
Duarte Santos
12 de enero de 2011
Estimado Romão Miranda Vidal, Diz o prezado colega, no seu bem elaborado artigo que: “...A energia produzida pelos biodigestores, na realidade é circunscrita à propriedade como um todo. Acreditar que um dia possa ser instalado um sistema integrado de biodigestores é argumento futurista...” Terei que discordar um pouco desta afirmação, ainda que veja nela o ponto de vista da realidade maioritária, pois que os sistemas de tratmento e reconversão de dejectos agrícolas têm sido primordialmente implantados por alguns poucos ousados agricultores, que algum dia virão a formar parte da tal elite da humanidade chamada “pioneira”, cujos foram também a justificação da expressão Latina ““Audaces Fortuna Juvat”. Nalguns Paizes Escandinavos e noutros da Europa Central ja existem estaçôes de tratamento por digestão aneróbia, centralizados, formados em co-operativas ou outras Associações, com a finalidade de reunir a maior quantidade possível de matéria utilizável e tornar o processo económicamente mais viável. O Brasil reune condições excepcionais para a aplicação destas tecnologias, (p.f. ver forum: Geração de energia na atividade agropecuária), razão pela qual, qualquer hesitação no seu uso só poderá ser justificada por temor, falta de iniciativa ou interesses conflictuosos. Sinceramente não vejo no Brasil e no povo Brasileiro, nem temor, nem falta de iniciativa. Quanto a possíveis conflictos de interesse, nada sei pelo que não me poderei pronunciar. A tecnologia dos sistemas de digestão aneróbia (por vezes soletrado Anaeróbia) está amplamente demonstrada, e algum mau nome que a mesma possa ter, resultou da ambição desmedida de alguns pretensos “consultores”, na sua quasi totalidade “copiadores da informação divulgada pela internet”, o que tem resultado nalguns projectos totalmente desastrosos, devido essencialmente a má engenharia do sistema, aliada a muita ignorância dos procedimentos necessários para o seu arranque e continuidade de operação. O caso está em que todos os sistemas divulgados reservam sempre as partes principais da tecnologia como: “tecnologia proprietária” o que preclude que a mesma seja suficientemente transparente para ser, com algum sucesso, aplicada por leigos na matéria. Duarte Santos (DVM – Angola, especialista de suinos – Canada).
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Romão Miranda Vidal
12 de enero de 2011
Srs. Para informação dos senhores, uma das maiiores hidroelétrica do mundo, está incentivando aos suinocultores do oeste paranaeinse a adoção de geração de energia elétrica a partir dos R.S.S. para uso em suas propriedades, assim como um pool de geração integrada, via cooperativa de suinocultores, para jogar no sistema da ANEL. Discordo do colega a respeito dos pioneiros. Não são piorneiros, são produtores de suínos, que organizados estão buscando alternativas para viabilizar ainda mais suas propriedades. O governo japones financiou um projeto de geração de energia, via biodisgestores para os suinocultores do oeste paranaense, e estão satisfeitos com os resultados, que provavelmente em uma segunda etapa, também estarão jogando o excesso de energia produzida, no sistema da ANEL. Aconselho aos senhores lerem : VIABILIDADE DA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA ATRAVÉS DE UM MOTOR GERADOR UTILIZANDO BIOGÁS DA SUINOCULTURA Anderson Coldebella-Samuel Nelson Melegari de Souza - Priscila Ferri-Evandro Marcos Kolling- Finalizando o projeto de aproveitamento do biogás, se fará com o uso de cilindros onde o gas será armazenado e depois estes cilindros serão conduzidos para uma central que dará a destinação final, para a geração de energia elétrica. Ante fatos concretos, não se discute. Ante a realidade palpável, não se disicute. Simplesmente acolhe-se. Nossas saudações. Médico Veterinário Romão Miranda Vidal.
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Duarte Santos
Duarte Santos
12 de enero de 2011
Estimado Romão Vidal, Tão depressa diz num artigo que “...A energia produzida pelos biodigestores, na realidade é circunscrita à propriedade como um todo. Acreditar que um dia possa ser instalado um sistema integrado de biodigestores é argumento futurista...”, como logo vem noutro dizendo que o governo “... japonês financiou um projeto de geração de energia, via biodisgestores para os suinocultores do oeste paranaense, e estão satisfeitos com os resultados...” Então em que ficamos ? Ou simplesmente a velha alma latina determina que você tenha que discordar negativamente, pelo facto de eu ter discordado DANDO-LHE RAZÃO !!!, de algo que escreveu. Depois não compreende o alegorismo linguístico quando me refiro a pioneiros e confunde isso com possíveis interesses de grupos, o que não é o que ali digo. Eu não digo que faço ! Eu fiz, já nos fins da década de ’60, na minha exploração suinícola, em Angola, uma instalação de transformação de dejectos agrícolas em electricidade (via gas de metano) que já nesse tempo satisfazia cerca de 60[percent] das necessidades energéticas da minha fazenda e cuja tecnologia foi patenteada na Europa e oficialmente reconhecida no Canada. Desde aí até hoje foi sempre a somar. Respeitosamente. (Duarte Santos – DVM Angola – especialista em suinos – Canada. Cursos de Veterinária pós Universitários pela Universidade de Guelph, Nutrição animal – Universidade de Guelph – Biologia Universidade de Guelph – Quimica Universidade de Toronto. Veterinária aplicada a medicina Humana pelo Instituto Cardiotorácico da British Medical Federation (National Heart and Chest Hospitals) Universidade de London – U.K.)
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Romão Miranda Vidal
13 de enero de 2011
Dr. Duarte. Quem somo nós, simples mortais e humilde Médico Veterinário, para se contrapor aos seus conhecimentos e seus enunciados a respeito do assunto. Jamais foi intenção nossa contra argumentar seus postulados. Acontece que no Brasil e situação é um tanto diferente, em relação aos outros paises. Quandoo o ilustre acadêmico cita Angola, acredito ser um exemplo um tanto afastado da realidade mundial. Mas respeito a sua posição em função da sua experiência como Médico Veterinário e produtor de suínos. O governo japonês financiou sim este projeto e acredito que uma das maiores cooperativas do oeste paranaense, deverá incrementar a implantação de micro-usinas para geração de energia via gas metano, advindo dos biodigestores. Cada propriedade rural terá uma unidade de armazenagem de gás em balões e estes serão depois descarregadios em um tanque maior que estará sobre um caminhão, que levará a carga para a central, onde então se dará a sua destinação. Fugindo um pouco deste assunto específico. Dentro de poucos dias, teremos a geração de energia a partir do Capim Elefante. Acredite, a verdade é algo que demora para ser absorvida, mas quando tal se realzia, é qual a luz ILUMINA. Nossas considerações. Médico Veterinário Romão Miranda Vidal.
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Duarte Santos
Duarte Santos
13 de enero de 2011
Dr. Romão Vidal, Diz-me na sua mensagem de hoje: “... Acontece que no Brasil e situação é um tanto diferente, em relação aos outros paises. Quandoo o ilustre acadêmico cita Angola, acredito ser um exemplo um tanto afastado da realidade mundial..” Volta a contradizer-se nas suas observações, pois tendo eu feito em Angola, na década de ’60, aquilo que só agora se esta intentando fazer no Brasil, deveria ser caso para aplaudir e não para sarcásticamente comentar como sendo um exemplo “afastado da realidade Mundial”. Mas de que Mundo ? Do seu pequeno Mundo presumo eu. Mais lhe posso dizer que por experiência de mais do que 3 décadas de actividade em DA, os vossos problemas nesse campo estão sómente despontando.Respeitosamente. Duarte Santos. PS. O ultra abreviado “relambório curricular” que lhe enviei no final da minha mensagem anterior é totalmente contrário à minha modesta personalidade. Chama-se “chicotada psicológica”
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Marcelo de Souza Lima
16 de enero de 2011
Olá pessoal, creio que você Maira Vasconcelos,não imaginaria um embate tão caliente sobre o tópico proposto para o debate. Aos nobres colegas de profissão minhas saudações e, como se diz aqui nas minhas bandas, em briga de cachorro grande, piquenês corta volta. Não podemos em momento algum contestar o conhecimento de ambos, vejo que a unanimidade é chamada de burra, caso ocorra, portanto, a discórdia levará sempre ao andar de cima. É fato que nas propriedades da fazenda do Grupo Randon se produz energia com resíduos suínos para geração de energia utilizada na propriedade, viabilizando a produção suinícola e a produção leiteira, com fins de produção de produtos para exportação. Dentro da discussão não podemos nos esquecer do quanto os resíduos sólidos altamente poluidores afetam o nosso meio ambiente, espaço que deve ser preservado para as nossas futuras gerações, o que pede que nossos pesquisadores dentro das universidades façam o que deva ser feito: pesquisas. Mesmo que futuristas para o momento de agora. Devemos nos esforçar e acreditar no movimento globalizado,aproveitando conhecimentos e recursos daqueles que não possuem a riqueza que nós possuímos, o nosso povo,o nosso solo, a nossa biodiversidade, para que possamos dar a nossa contibuição para o planeta. Saudações aos dois debatedores e mãos a obra,de um ladoe de outro. Grande abraço.
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Romão Miranda Vidal
16 de enero de 2011
Srs. Ante o inevitável, me recuso de ora em diante a participar com os meus parcos conhecimentos e experiência. Att. Médico Veterinário Romão Miranda Vidal.
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Claudir Piva
12 de abril de 2011
Boa noite colegas, que pena que um tema de tamanha relevância deixe de ser discutido de se discutido por causo do tamanho do ego de duas pessoas. Que apesar de estarem querendo contribuir para o tema, apenas escreveram alimentando as chamas de suas fogueiras de vaidades.
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Romão Miranda Vidal
13 de abril de 2011
Meu caro Claudir Piva. A formação que recebi dos meus pais e que a cultivo em relação aos meus semelhantes é a da humildade e da simplicidade. Os meus conhecimentos técnicos os arrebanhei no dia a dia, mesmo quando ministrando cursos, treinamentos e palestras, mais aprendi do que transferi conhecimentos. Portanto não vou polemizar com o senhor a respeiro do "TAMANHO DO EGO". O meu ego é tão insignificante que não vale a pena discutir, em razão de ser um problema de cunho íntimo. Caso queira continuar a discussão sobre energia e outros assuntos relacionados com as temáticas variadas somos todos ouvidos a seu dispor. Humildemente a sua disposição. Médico Veterinário Romão Miranda Vidal. CRMV-PR-0039
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