Explorar
Comunidades em Português
Anuncie na Engormix

O Gir leiteiro “Made in Brazil”

Publicado: 18 de março de 2013
Sumário
INTRODUÇÃO Se a natureza nos deu raças para produzir leite em clima temperado, também criou uma para os trópicos. Esse gado, o Gir, estava na Índia, mas ao ser introduzido a Brasil junto com os outros Zebus, um grave engano fez com que fosse considerado uma raça de carne como as demais de sua subespécie. No entanto, este erro foi corrigi...
Tópicos relacionados
Autores:
Ivan Luz Ledic
Siga
Junte-se para comentar.
Uma vez que se junte ao Engormix, você poderá participar de todos os conteúdos e fóruns.
* Dados obrigatórios
Quer comentar sobre outro tema? Crie uma nova publicação para dialogar com especialistas da comunidade.
Criar uma publicação
cecília josé veríssimo
IZ - Instituto de Zootecnia / Secretaria de Agricultura e Abastecimento
18 de marzo de 2013
Como pesquisadora envolvida no assunto controle do carrapato, uma das maiores "pragas"da pecuária nacional, afirmo que quem cria Gir Leiteiro não tem problema com o carrapato do boi, por ser o Gir uma raça zebuína, e, como tal, possui características que lhes permitem ser resistentes ao carrapato. Portanto, posso afirmar, por já ter trabalhado com esta raça, que o Gir Leiteiro é uma raça altamente sustentável para os trópicos, onde este parasito está presente.
Ivan Luz Ledic
18 de marzo de 2013
Prezada Cecília, e nesse trabalho com o carrapato, feito com o rebanho Gir Leiteiro da Epamig, aqui em Uberaba, MG, com o saudoso prof. Uriel Franco Rocha, e que você também foi parte, isso ficou demonstrado, inclusive o ideal é não utilizar de nenhum produto carrapaticida para que o animal possa desenvolver a imunidade adquirida (a imunidade inata já existe). Eu e o Abraão publicamos também trabalhos específicos sobre isso, com 3 anos consecutivos de contagem e com 3 manejos de profilaxia.
Romão Miranda Vidal
19 de marzo de 2013

Caro colega, Dr. Ivan.
Excelente artigo, didático e técnico.
Algumas ponderações.
1-O touro importado de maior padrão, importado foi Krishna;
2-Estado do Paraná, Brasil, para não confundir com a Província de Paraná, na Argentina;
3-"O Gir Leiteiro conta com dados de provas zootécnicas que permitem validar sua capacidade produtiva; esse é o grande diferencial com outras raças ou linhagens cuja informação é inconsistente e carece de respaldo."Seria injusta esta sua citação, quando não perigosa, a ponto de causar desconforto ético, em relação aos demais criadores de H.P.B; H.V.B; Jersey;Normando; Fleckveih, que no momento contribuem em muito para a economia nacional;
4-"Nenhum argumento contrário quanto à predestinação do Gir como raça leiteira é válido". Muito radical esta sua colocação. Nenhum profissional da área da Medicina Veterinária, acredito faria tal afirmativa. Quando não temerária, exclude de forma peremptória e mais uma vez radical as análises relacionadas com os biomas variados destes inúmeros "brasis" em um só Brasil, mercado e outras variantes, mesmo em relação ao clima tropical.

Desculpe a sinceridade, mas acredito que uma crítica construtiva é mais eficaz que uma crítica bajuladora.
Atenciosamente.
Médico Veterinário Romão Miranda Vidal.

Ivan Luz Ledic
19 de marzo de 2013

Caro Dr. Romão, agradeço seu comentário e gostaria de esclarecer algumas coisas:

1. Seria muita pretensão falar ou distinguir um só touro dentre os importados 'como o melhor'. Todos os touros Gir Leiteiro melhores qualificados no Teste de Progênie são descendentes de nove touros indianos importados: Alambique, Gaiolão, Gandhi, Hindostan, Krisna, Naidu, Raja, Lobisomen e Vijaya. Cada um deu a sua contribuição e quanto ao padrão racial o touro Naidu realmente sobressai.
2. Quando me referi que 'o Gir Leiteiro tem informações zootécnicas que os distingue', estava me referindo a outras linhagens Gir que não apresentam nenhuma informação de produção ou produtividade, da mesma forma aqueles animais de outras raças que também não possuem dados - enfim, só o fato de pertencer a uma raça leiteira não qualifica o animal se não houver parâmetros que o distinga de outros de sua mesma raça. Todas raças, leiteira ou de carne, devem possuir dados e transformar isso em informações...
3. Quanto ao fato de afirmar sobre 'a predestinação do Gir como raça leiteira' não é radicalismo, porque essa é sua função zootécnica desde sua origem na Índia, da mesma forma que o Holandês, Jersey, Guernesey, linhagens do Normado, etc. Em momento algum eu afirmei que é a única solução e sim que 'é uma grande alternativa'. E sabemos que a escolha depende das condições edafoclimáticas, estruturais, sócio-econômicas e tantos outros fatores, inclusive o cultural e mercadológico.

Ivan Luz Ledic
19 de marzo de 2013
Não deixem de ver as fotos e filme disponíveis no final do artigo.
Rui Da Silva Verneque
Embrapa
19 de marzo de 2013

Caro amigo Ivan:

Como sempre, bem escrito e didático.
O Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro no Brasil, bem como a raça, têm sido marcados por evoluções progressivas. A cada período são introduzidos novos procedimentos, metodologias e tecnologias de modo a manter contínua evolução no desenvolvimento do Gir Leiteiro, para torná-lo, a cada dia, uma das mais adequadas raças para serem utilizadas nos sistemas de produção de leite do Brasil e em paises com pecuária leiteira e condições de clima e manejo similares.
Quanto o programa se iniciou, coletavamos apenas dados de produção de leite e de teor de gordura do leite. Hoje são coletados dados de produção e composição do leite, dados do sistema de avaliação linear, é realizada a pré-avaliação de touros para serem incluidos no teste de progênie, são coletados dados biológicos para extração de DNA, realização de genotipagens e utilização da genômica. O sequenciamento do Gir Leiteiro está com 60% concluido e no próximo ano já teremos a avaliação genética genômica.
Parabéns por divulgar a raça, os trabalhos realizados e parabéns a todos, enfim, que contribuem para que o Gir Leiteiro seja exemplo de sucesso nos trabalhos de seleção.

Abraços.

Ivan Luz Ledic
19 de marzo de 2013

Obrigado amigo e colega Rui.
Cabe ressaltar que o Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro, executado pela Embrapa Gado de Leite em parceria com a ABCGIL, foi elaborado pelo saudoso Mário Luiz Martinez e agora é coordenado pelo Rui da Silva Verneque.
Outros pesquisadores tem executado projetos específicos dentro do PNMGL (como os citados acima pelo Rui) dentro da proposta de gerar informações para auxiliar no conhecimento do Gir Leiteiro e na seleção de animais para o melhoramento contínuo da raça.

cecília josé veríssimo
IZ - Instituto de Zootecnia / Secretaria de Agricultura e Abastecimento
20 de marzo de 2013

Ivan, boa tarde,
Gostaria de saber se este seu texto já foi publicado antes e qual a referência completa, ou está sendo publicado originalmente neste veículo de comunicação?
Obrigada.

Ivan Luz Ledic
20 de marzo de 2013
Cecília, é como se fosse um resumo do que está no meu livro do Gir Leiteiro, todavia aqui está atualizado e acrescentei algumas outras coisas que estão no livro do Girolando e outras que fazem parte de minhas palestras.
cecília josé veríssimo
IZ - Instituto de Zootecnia / Secretaria de Agricultura e Abastecimento
20 de marzo de 2013

Poderias me passar a referência completa deste seu livro sobre o Gir Leiteiro e sobre o livro do Girolando?
Obrigada.

Ivan Luz Ledic
20 de marzo de 2013

Cecília, 

Girolando. Edição de Ouro = GyrHolando. Celso Ribeiro Menezes & Ivan Luz Ledic. Uberaba, 2010. 254p

Grandezas do Gir Leiteiro. O Milagre zootécnico do século XX = Grandezas del Gyr Lechero. El milagro zootécnico del siglo XX. Ivan Luz Ledic & Tatiane AlmeidaDrummond tetzner. Uberaba, 2008. 324p.

Cláudia Reis
8 de julio de 2022
Meu pai era Manuel Salgado Rodrigues dos Reis Vivi desde a minha infância em exposições e entre o curral subindo nos tourinhos de Gir Ikkkk Mansinhos
1
Junte-se à Engormix e faça parte da maior rede social agrícola do mundo.
Iniciar sessãoRegistre-se