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Zootecnia e meio ambiente

Publicado: 15 de janeiro de 2014
Sumário
Estudos realizados na Holanda mostram que a emissão de metano (CH4) e óxido nitroso (N2O) por ruminantes contribui significativamente para o aquecimento global, e que 92% da emissão total de amônia (NH3) naquele país são provenientes da pecuária. Pesquisadores brasileiros destacam a influência do gado sobre o solo, pelo pisoteio, por lota&cced...
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Autores:
Jamil Montebraz
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Romão Miranda Vidal
15 de enero de 2014

Essa conversa relativa que a pecuária de corte ou de leite contribui para o aumento do GEE é relativa. Quem escreveu ou escreve a respeito, deveria antes fazer uma avaliação: quantas toneladas métrica o seu carro já produziu? Na realidade nós todos profissionais da área de Ciências Agrárias dispomos de metodologias viáveis e economicamente viáveis, uma dela é a FBN, e cabe a nós profissionais desmistificar tal situação. Uma delas é ABC-ILPF. Mas volto a questionar a veracidade da questão. Quantas toneladas de GEE são lançadas no ar a cada segundo pela frota de veículos, da cidade do autor ou autores?
Médico Veterinário Romão Miranda Vidal.

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Jamil Montebraz
19 de enero de 2014

Prezado Romão, obrigado pela participação. A emissão de GEE por ruminantes foi mensurada através de pesquisa científica séria, em vários estudos realizados na Holanda, por pesquisadores pioneiros em estudos sobre impacto ambiental da produção animal. Naquele país, as condições de criação são bem diferentes do Brasil, um país menor, com menos recursos naturais que o Brasil. Outra realidade incontestável, é que o impacto causado pela criacão animal intensiva não se traduz apenas pela emissão de GEE mas também pela devastação de florestas e outros biomas como o cerrado para a formação de pastagens, fundamentais para a manutenção dos recursos naturais, principalmente solo e água. Pastagens na maioria das vezes mal planejadas e mal manejadas, desgastando o solo, causando desertificação e erosão. Naquele país, a bicicleta é utilizada ao máximo pela população, inclusive parea minimizar o impacto dos gases provenientes de veículos automotores.

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Romão Miranda Vidal
19 de enero de 2014

Dr. Jamil. Concordo. Mas... será que só a pecuária bovina de corte é a responsável, quando se trata de Brasil? E quantos milhões de hectares são cultivados com soja, milho, arroz, trigo, algodão, sorgo, milheto, canola, aveia, centeio nos quais são usados tratores em todas as operações que vão do plantio convencional ou direto até a colheita e da colheita até os armazéns e dos armazéns aos portos ou industrias, e em todas elas com o uso de maquinário agrícola e caminhões, trens, barcaças movidos a diesel que emitem milhões e milhões de toneladas métricas de GEE? Destruir o cerrado e outros biomas é condenável. Mas... vamos nos reportar ao que os americanos fizeram nos anos de 1.800 a 1.900. Praticamente extinguiram todos os biomas e neles suas vidas animais - extinção dos búfalos, dos cavalos selvagens por exemplo-. No estado no qual resido atualmente, o Tocantins, nós temos 7.200.000 de hectares de áreas e pastagens degradadas, nas quais pode-se aplicar a ILPF e mitigar a situação do GEE. Mas alardear que a pecuária é a responsável por tal é muito grave, mesmo porque a Holanda não serve de parâmetro comparativo em termos de sistemas produtivos. Uma vaca emite 300 litros de metano por dia. No caso Brasil, 200.000.000 de bovinos x 300 litros de Metano por dia seria igual a 60.000.000.000 de litros por dia. No futuro haverá um método de se aproveitar individualmente esta produção, pelo menos em relação aos animais mais domesticados como bovinos de leite. Quem sabe não possa a produção de 300 litros de Metano depois de devidamente purificado se transforme de uns 40 litros de combustível para uso doméstico? Mas quantos "puns" soltam os humanos por dia?

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Jamil Montebraz
7 de marzo de 2014

Rsrs.. Não estamos no facebook mas, li há um tempo atrás que para um humano, até 13 liberações de gases via intestino grosso por dia é considerado normal. Tenho certeza que essa quantia pode ser diminuída consideravelmente por medidas e práticas diárias como alimentação saudável, atividades físicas adequadas, inclusive uso de bicicleta em substituição ao veículo motorizado, sempre que possível, ou até diariamente para as atividades regulares, como ir para o trabalho, fazer compras, etc. Minha bicicleta está em uso constante. Voltando ao artigo, prezado Romão, em momento nenhum o artigo afirma que a pecuária é a única responsável por GEE, impacto ambiental ou destruição de biomas. Também ficou claro no meu último comentário que, "na Holanda as condições de criação são bem diferentes do Brasil, um país menor, com menos recursos naturais que o Brasil..". É conhecido que são muitas as formas de agressão ao meio ambiente, inclusive por lavouras extensas como a da soja, lavoura mecanizada e uso de defensivos agrícolas e agroquímicos em geral, entre outros. O artigo trata do impacto da produção animal sobre o meio ambiente, tema estudado, discutido e analisado por pesquisadores, técnicos em geral e por muitos produtores também, realidade confirmada através de pesquisa científica de alto nível, como acontece aqui no Brasil também, tanto que pesquisadores brasileiros também confirmam os impactos observados na Holanda e em outros países. O artigo também trata do uso de ingredientes alternativos, aproveitamento de resíduos industriais, possíveis de utilização, dando origem a práticas alternativas para diminuir custos de produção e diminuir o impacto sobre o meio ambiente. Dejetos animais já são transformados em bioenergia. Um ótimo ano para todos.

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Dr. Alfredo J. Escribano
Dr. Alfredo J. Escribano
4 de abril de 2016
Artigo e discussões interessantes. Lembranças.
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