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Rastreabilidade - Produzir com qualidade

Publicado: 8 de fevereiro de 2011
Por: Romão Miranda Vidal (Médico Veterinário - Especialista em Rastreabilidade)
 
A pecuária de corte - bovinos - especificadamente, pode já lançar seus olhos para o futuro na esperança de que as decisões de agora em diante, antes de serem tomadas, deverão ser submetidas à analise criteriosa do ou da pecuarista.
O exemplo recente da revogação por parte do confuso SISBOV, em relação à obrigatoriedade de se identificar bovinos tão somente para o abate destinado à exportação, é um exemplo muito claro da força que o meio pecuário possuí e quando necessário se faz usar, para atender o que é justo e perfeito.
Agora reside uma nova situação.
O diferencial que passa a existir - tempo e dinheiro - deverá ser empregado em sistemas de produções de bovinos para o abate/exportação, com a implantação do Sistema da Qualidade.

A pecuária de corte brasileira se apresenta da seguinte forma em termos de implantação do Sistema da Qualidade:

· Avicultura de corte . Implantada. Reconhecida. Alta performance técnica. Profissionais da área de Medicina Veterinária totalmente envolvidos no binômio: Qualidade / Rastreabilidade. Este segmento da pecuária de corte - avicultura de corte - resiste a toda e qualquer Auditoria nacional e internacional, onde se encontra implantada. Nem todas as empresas estão dentro deste parâmetro, mas estão providenciando. Sabem muito bem que os consumidores internacionais são muito exigentes e que o mercado é muito competitivo.

· Suinocultura de corte. Tem-se noticias de que grandes conglomerados e integrações optaram pelo Sistema da Qualidade com Rastreabilidade. Adotam políticas ambientais e buscam no momento se adequar cada vez mais às exigências do mercado internacional;

· Pecuária de corte. Existem propriedades onde o Sistema da Qualidade é uma constante. Mas não é uma situação generalizada em termos de BRASIL. Serão necessários muitos esforços neste sentido. Uma das propostas para implantação de Sistemas de Qualidade com Rastreabilidade seria de se criar Zonas de Excelência em Pecuária de Corte;

Esta abordagem inicial tem por finalidade mostrar que a pecuária brasileira se apresenta com uma variedade enorme de opções, que existe ainda um caminho muito longo a ser percorrido, que existem empresas pioneiras no assunto e que é chegada a hora do meio pecuário se organizar em prol das suas necessidades, anseios e começar a produzir bovinos, especificadamente, para mercados que possam pagar pela Qualidade dos bovinos produzidos, abatidos e exportados.

Algumas orientações básicos a respeito do Sistema da Qualidade:

· Definição. Definir qual o tipo de produto a ser produzido em relação ao mercado nacional e internacional;

· Parte legal. Contratar serviços profissionais habilitados profissionalmente e com conhecimentos profundos a respeito de pecuária de corte e, em especial das Normas Técnicas que irão fazer parte da implantação do Sistema da Qualidade e da Rastreabilidade. Ou empresas com tradição e reconhecida capacidade para tal;

· Conhecer antes de agir. Ler atentamente as Normas Técnicas a serem aplicadas e se familiarizar com elas;

· Mãos à obra. Elaborar um Manual de Produção Animal com Rastreabilidade, focados no produto fim. A elaboração deste Manual deverá ser formatado com a participação dos proprietários, dos profissionais da área de Medicina Veterinária, Administração, Engenharia Agronômica, Economia, dos gerentes, administradores, funcionários;

· Cadastro. Catalogar todos os fornecedores de tudo o quanto se utiliza na propriedade e lhes comunicar que a partir de então, deverão adotar procedimentos semelhantes aos adotados. Fornecedores que não se adaptarem e não se capacitarem para fornecer seus produtos elaborados ou produzidos dentro do Sistema da Qualidade e Rastreabilidade, não se prestam para propriedades que estão implantando Sistema da Qualidade e Rastreabilidade;

· Literatura e informática. Base essencial e imprescindível. Existem vários softwares que prometem milagres. É só comprar e..... . Os profissionais ou a empresa contratada deverão orientar a este respeito e dominarem perfeitamente o software a ser adotado.


· Equipes. Uma vez definido qual o tipo de produto, profissionais ou empresa, Manual de Produção Animal e da Rastreabilidade , iniciar a formação das equipes. Para tal será necessário transmitir a todos os funcionários os objetivos e a missão em que estarão envolvidos e responsabilizados. Conforme o tipo de produto a ser desenvolvido na propriedade, será necessário a designação de um funcionário encarregado das auditorias internas. Este tipo de funcionário deverá receber um treinamento específico a respeito do assunto, estudar muito bem o Manual de Produção Animal e da Rastreabilidade, inteirar-se a respeito das Normas Técnicas e dominar o assunto para a qual a propriedade se predispôs a produzir. Na realidade este funcionário será um gerente sênior. Na hierarquia: proprietário, gerente ou administrador e gerente sênior.

· Um personagem novo: O Facilitador. O facilitador contextualiza e explica os pontos da metodologia relevantes para a discussão do grupo. Pode ser necessário explicar todas práticas e os processos a serem aplicados. O papel do facilitador é apoiar os participantes durante o processo. Encorajar a discussão e a exposição dos diferentes pontos de vista ( UNITAR)

· Treinamentos. Nenhuma equipe obterá resultados sem antes cultivar e construir espírito de equipe, mas por outro lado estes resultados não serão alcançados sem que haja um programa de treinamento para todos os funcionários envolvidos. A cada atividade o seu treinamento. Um fator que resulta em pontos positivos, são treinamentos internos com a participação de todos os funcionários. Inseminação artificial em tempo fixo : participação exigida - proprietário, administrador ou gerente, gerente sênior e todos os funcionários. Na realidade não será exigida a atividade prática dos funcionários, mas sim a exigência de saberem que existe este tipo de produto e que ele é tão importante como o é do encarregado das cercas. É o espírito de equipe.

· Revisão e atualização. À medida que o projeto ganha corpo de acordo com o que se propôs e atendendo o Manual de Produção Animal e da Rastreabilidade, está implícita a necessidade de se fazer revisões e atualizações. Na pecuária de corte vamos citar um pequeno exemplo: reprodução animal. Na elaboração do Manual de Produção Animal e da Rastreabilidade o item inseminação animal poderia estar contemplado com a observação diária á campo do comportamento das fêmeas acompanhadas de um rufião. No momento atual a pesquisa informa que a IATF é que melhores resultados apresenta. Modifica-se então este item e passa a adotar a IATF. Da mesma forma estes procedimentos devem ser colocados em prática em relação aos recursos humanos, meio ambiente, bio-segurança, bem estar animal. Conceitos quando não atualizados se transformam em preconceitos.

· Atuação profissional. Importante ao pecuarista é o seguinte: confiança na sua assessoria. No momento em que deixar de existir este elemento primordial, não exite. Buscar um aconselhamento. Esclareça suas dúvidas e se for o caso, rescinda o contrato. Com os profissionais ou com empresa ( o mesmo vale em relação ao profissional da empresa), esclareça os pontos relacionados com a falta de confiança na assessoria. Pontos obscuros no momento, poderão ser um tremendo buraco negro no futuro. Evite ao máximo os erros, eles poderão comprometer totalmente o projeto. Erros não levam à Qualidade.


Falamos sobre vários aspectos de sustentação para a que se possa implantar um Sistema da Qualidade e de Rastreabilidade. Vamos agora finalizar enfocando mais alguns aspectos importantes.
· Manual da Qualidade. Ao pecuarista que pretende se manter no mercado futuro, onde as exigências tenderão ser cada vez mais rígidas - sanidade, bem estar animal..... - a Qualidade será um dos pilares que irão dar a devida sustentação. Portanto se o seu produto quer ser altamente competitivo, é chegada à hora de elaborar um documento de altíssimo nível. Porquê altíssimo nível ? Por que ele será o balizador de um produto final de altíssimo nível. Este documento - Manual da Qualidade - é o que irá arquitetar, formatar e esquematizar todos os seus procedimentos intencionais para a implantação do Sistema da Qualidade. Ele irá responder alguns pontos duvidosos. Poderão ocorrer surpresas na elaboração do Manual da Qualidade. Boas e ruins. Responderá como estão as suas operações, como é a dinâmica produtiva, qual a razão de ter optado pela implantação do Sistema da Qualidade e por fim : Quais são as suas intenções? Ao elaborar o Manual da Qualidade, deve-se cercar de toda a assessoria profissional ( Médicos Veterinários, Eng. Agrônomos, Administradores.......) e se for o caso de uma empresa especializada.

· Formatar, arquivar e disponibilizar. Formatam-se os dois Manuais: Manual de Produção Animal com Rastreabilidade e o Manual da Qualidade. Arquivam-se todos os procedimentos, etapa por etapa. Alterações, atualizações, treinamentos, mudanças durante o processo, reuniões, auditorias, substituições de profissionais, de empresas, de funcionários. Disponibilizar para checagem de dados, de auditorias internas, de auditorias externas e independentes, pré-certificação e certificação. Todos os documentos devem ser arquivados: Contratos, Normas, Exames, Pareceres, Instruções Normativas, Draft's, Novas Publicações e lógicos os Manuais. Importante neste tipo de documentação é identificação de cada pessoa em relação às suas atividades e responsabilidades.
· O Sistema da Qualidade começa a deslanchar. De início algumas dificuldades, que são normais. A maneira de contorná-las. Treinamentos, palestras, cursos, seminários, exposições, visitas técnicas, seminários internos com a presença de um profissional especializado. Mais uma vez a afirmação: cada participante tem que saber o está fazendo e porque está participando. Todos devem saber o que estão fazendo e o que todos os demais também o estão.Não existe a pessoa " não tô nem aí". A Qualidade se inicia com a Qualy Fine. Após a qualificação final. De posse deste patrimônio qualificativo se inicia então a implantação do Sistema da Qualidade. Uma observação. Existirão situações em que funcionários antigos, parentes e amigos não são classificados. Na Qualidade, não se leva em consideração laços emocionais.

· A ou as Certificadoras. Ao se contratar os serviços de profissionais ou de empresas para a implantação de um Sistema da Qualidade com Rastreabilidade, voltados para um determinado produto final - bovinos para exportação, após o abate -, deve-se levar em conta a tradição e o curriculum. A experiência prática e os resultados obtidos. Deve-se visitar propriedades e checar as informações prestadas. Os profissionais ou a empresa com todo o seu quadro de técnicos, deverão dominar com muita excelência todas as etapas do processo produtivo. Para cada etapa um programa - manual específico da atividade -. Cada manual fazendo parte dos manuais da Qualidade e de Produção. E então é chegada à hora de se escolher a CERTIFICADORA. Não é tarefa fácil. No momento atual algumas empresas internacionais já iniciam suas atividades no ramo da pecuária de corte - bovinos, aves e suínos -. São empresas acreditadas internacionalmente e os seus Certificados são aceitos normalmente. Deve-se levar em conta ao se contratar uma Certificadora: histórico profissional, experiência, quadro de profissionais, preço, localização, especialidade da Certificadora. O INMETRO é um referencial para se obter informações a respeito de Certificadoras acreditadas internacionalmente. Um pouco diferente do que temos no momento...... Uma boa Certificadora exige de inicio os Manuais da Qualidade e de Produção. Checa se os sistemas implantados estão de acordo com as normas existentes. Sejam elas nacionais, internacionais ou estrangeiras ( INMETRO). Cabe ressaltar que a Certificadora é à parte terceirizada, que uma vez contratada ela deverá acessar todos os arquivos, manuais, registros, procedimentos, históricos dos dois processos: Qualidade e Produção com Rastreabilidade. Ela só irá emitir um Certificado se constatar e encontrar o produto final produzido dentro das exigências das Normas Técnicas.

· Pré-Certificação. Estamos chegando ao final. Ao solicitar a Pré-Certificação o pecuarista deverá ter em mente o seguinte: possíveis ajustes a serem efetuados em razão de alguns pontos não se encontrarem de acordo com os parâmetros técnicos estipulados e acordados e, que não atendam os requisitos básicos das Normas Técnicas. Ou ainda que não atendam o que foi estipulado nos Manuais. Possibilita a correção de algumas não conformidades. Em geral é acordado um prazo para que se corrijam alguns contratempos técnicos e administrativos. Importante explicar que os profissionais que atuam na Pré-Certificação de forma específica e pontual. Não emitem conceitos e nem sugerem alterações. Simplesmente constatam.
· Certificação. O objetivo foi alcançado. De posse do laudo da Pré-Certificação, o pecuarista deverá solicitar a Certificação do produto final. Haverá uma última checagem de todos os procedimentos, documentos, arquivos, Normas Técnicas, Manuais e então a Certificadora emitira o Certificado relativo ao produto fim. Parabéns você e seus funcionários atingiram o seu objetivo.
 
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Romão Miranda Vidal
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Romão Miranda Vidal
1 de noviembre de 2012



Senhor Oswaldo José Ribeiro.
Há não mais que 4 anos, participei de um evento promovido pelo Jornal Valor Econômico, em São Paulo, o qual tratava entre vários temas sob a Rastreabilidade. Quem abriu o ciclo de palestras foi o Ministro Roberto Rodrigues. Quem encerrou o ciclo fui eu. A temática da minha palestra era Rastreabilidade. Primeiro slide projetado: A RASTREABILIDADE NO BRASIL, NÃO É CRÍVEL. Imagine o senhor o mal estar que causei aos componentes da mesa: MAPA, EMBRAPA, CNA, SNA, UNICAMP, JORNAL VALOR ECONÔMICO, CATI, FAESP. Segundo slide: PALAVRAS DO MINISTRO ROBERTO RODRIGUES – A RASTREABILIDADE NO BRASIL, NÃO É CRÍVEL. Revista.....
Então se um Ministro do porte do Dr. Roberto Rodrigues faz uma declaração destas e é publicada como manchete em uma revista especializada, o que diria eu?
De outro lado o estrago feito pelo SISBOV seria algo de uma investigação do M.P.F. para averiguar na primeira semana da publicação das normativas do SISBOV, qual foi a primeira “certificadora” a ser credenciada pelo MAPA/SISBOV? E quantas foram a seguir credenciadas a operar e quantas existem nos dias atuais? Pior ainda. Como ficaram os pecuaristas que obedeceram tais exigências?
Senhor Oswaldo José Ribeiro. Com todo o respeito que sempre tive e tenho para com os colegas do Engormix, o que se tem na realidade no Brasil é uma constante NÃO CONFORMIDADE.
A Rastreabilidade é algo tão sério que o Brasil, antes de iniciar este processo, deveria buscar nas indústrias automobilísticas, aeronáuticas, farmacêuticas, tecnologia da informação, algo a respeito do que é Rastreabilidade. Um só exemplo. De tempos em tempos, indústrias automotivas informam da necessidade de RECALL em um dos seus veículos. Como isto é possível? Fácil identificado os chassis e pronto. Mas não é só isso é muito, mas muito mais do que se pensa. É um tipo de Engenharia Reversa.
Na pecuária de corte bovina, a Rastreabilidade verdadeira não suporta sequer um dos 19 Protocolos.
Para o senhor saber estou com os 19 Protocolos prontos, inclusive aplicáveis para um projeto: ZEPC – ZONA DE EXCELÊNCIA EM PECUÁRIA DE CORTE -, que lógico não os coloco a disposição do público. Implanto-os.
A sua intenção é nobre e merecedora não só da minha humilde admiração, mas de todos os que labutam na pecuária bovina de corte.
O que nós temos hoje em dia: MONTANA, NELORE, DELTA, ANGUS, CARREFOUR, EXTRA e outras empresas que comercializam cortes de carne bovina, como RASTREADA. O que é uma tremenda farsa. Propaganda enganosa.
Uma pergunta: O senhor conhece alguma propriedade que adota a Rastreabilidade e tem como um dos seus escopos da ISO 26000?
Se a resposta for não...
Um abraço respeitoso e sempre a sua disposição.
Médico Veterinário Romão Miranda Vidal.

Oswaldo José Ribeiro
1 de febrero de 2013

Dr Romão, primeiro devo agradecê-lo por responder à minha questão. Se a resposta me agradou, aí são outros 500 cruzeiros... O que tenho percebido nessa celeuma toda é que é ruim com o SISBOV mas é pior sem ele. Apesar de estar militando na área pecuária sou oriundo da área de TI, implantei projetos de rastreabilidade em atacadista, usando RFid. No projeto minha necessidade era de armazenar os diversos produtos e depois, em tempo de expedição, identificá-lo. Armazenava em grandes volumes - pallets - e os "pickings" (as expedições) eram em pequenas quantidades. A coisa sempre funcionou! Quero levar isso para a fazenda. Aplicando um transpoder no animal, consigo rastreá-lo sempre, se esse transponder tiver um termômetro, consigo monitorar a temperatura do animal de forma que consiga melhor performance na monta ou consigo identificar possíveis doenças pela variação da temperatura. Todas os manejos são identificados, assim meu processo de gestão fica perfeito, além de respeitar todas as demandas para a rastreabilidade. Devo seguir um protocolo, acho que o SISBOV pode me atender, porém percebo que pessoal enfronhado na pecuária não vê dessa forma, estou perdido, quero e preciso melhorar a gestão da fazenda.

Oswaldo José Ribeiro
1 de febrero de 2013

Continuando: Já há diversos aplicativos no mercado (o Pecuarius é um deles), que me permitem essa alavancagem na minha gestão, eles se baseiam no SISBOV. Não preciso da certificação, ela poderá ser acionada simplesmente para auditar meus processos, se assim eu vir a necessitar. A vantagem seria para explorar a exportação, explorar os "premium price", tenho que conseguir vantagens tangíveis para pagar o projeto. Fico num mato sem cachorro... Meu interesse em se tornar referência é que quando sou referência dito regras de comercialização, sou melhor remunerado. Posso "vender" esses serviços para meus parceiros. Em paralelo à criação de gado - cria, recria e engorda - temos a exploração de melhoria de plantel, nossa expectativa é tornar osda nossa região em parceiros, meus serviços seriam disponibilizados a eles, transformando-os quase em franqueados... Está difícil, não a aplicação da tecnologia mas a inserção no negócio, parece que caminhamos pra trás... Um pouco do depoimento é uma forma de extravazar essa percepção, ainda aprendo... Abraços

Oswaldo José Ribeiro
1 de noviembre de 2012

Dr Romão, tenho visto vários comentários seus sobre o SISBOV, todos, sem exceção, críticos. Acredito que o SISBOV ainda tem muito a crescer, muito a melhorar. Ele foi uma reação ao problema de exportação da carne, surgiu em resposta a um acontecimento e não por objetivo da classe produtora brasileira. Os produtores, por bem ou por mal precisamos cumprir regras para podermos atingir mercados VIP para nossos produtos, também acho que a melhor alternativa seria munir o IMETRO para essa incumbência mas temos que nos adequar para tal. Contamos com especialistas para melhorar o SISBOV mas precisamos dele, senão não conseguimos atingir os mercados europeus. Vejo no SISBOV muitas virtudes principalmente no campo do profissionalismo da gestão, sou convicto que sua implantação traz mais benefícios que malefícios. Vou implanta-lo, vou reforça-lo com tecnologias que melhorarão minha gestão. Acho que agregando a ele as melhores praticas de manejo - da concepção até o abate humanitário - dando mais humanidade no trato do animal, em toda a sua vida, isso qualificara minha produção. Quero ser referência, quero ser modelo de produção de carne de qualidade, respeitando o animal. Que caminho devo trilhar para tal? Acho que criticar por criticar não nos leva a lugar algum. Qual suas sugestões para que eu possa ser referência e atingir os melhores mercados do mundo?

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