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Infestação por Rhipicephalus (Boophilus) microplus em novilhas de diferentes grupos genéticos

Publicado: 19 de março de 2013
Por: João José Assumpção De Abreu Demarchi do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Nutrição Animal e Pastagens -CPDNAP-, Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios -APTA-, SP; Adilson Marini da Faculdade de Ciências Agrárias de Andradina -FCAA-, SP; Ricardo Veludo Gomes Soutello do FCAA, SP; Ricardo Lopes Dias Da Costa do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Zootecnia Diversificada -CPDZD-, APTA, SP, e José Henrique Neves, Alex Costa Vacari, Thiago Nunes Barreto e Sidney Monte Junior do FCAA, SP.
Sumário

RESUMO: Foi avaliada a infestação de carrapatos Rhipicephalus (Boophilus) microplus em 59 novilhas de três grupos genéticos: Nelore, Guzerá e ½ Angus x ½ Nelore, pertencentes ao plantel da Apta Regional de Andradina/SP. A cada 28 dias realizou-se a contagem de carrapatos, sempre do lado esquerdo do animal, com avaliação somente das fêmeas ingurgitadas com mais de 4,5 mm, no período de junho de 2007 a maio de 2008. O grupo genético (P<0,01) e a estação do ano (P<0,05) influenciaram a contagem de carrapatos. As novilhas ½ Angus x ½ Nelore apresentaram maior contagem de carrapatos, enquanto as Nelore e Guzerá não apresentaram diferenças entre si (P>0,05). A contagem de carrapatos foi maior na estação chuvosa (4,32±5,20) quando comparada com a estação seca (3,74±5,54). Apesar da maior contagem de carrapatos, durante o período experimental, encontrada nas novilhas ½ Angus x ½ Nelore, este grupo genético obteve as maiores médias de ganho de peso diário (0,57kg/dia). As novilhas Nelore e Guzerá não foram diferentes estatisticamente em relação ao ganho de peso diário, com médias de 0,37 e 0,40kg/dia, respectivamente. Novilhas do grupo genético ½ Angus x ½ Nelore apresentam maior infestação por carrapatos.

Palavras-chave: bovino, carrapato, resistência

INTRODUÇÃO
O Brasil possui o maior rebanho comercial de bovinos do mundo, com cerca de 170 milhões de cabeças, sendo 140 milhões exploradas para a produção de carne e 30 milhões para a produção de leite. A atividade agropecuária representa cerca de 43% do PIB agropecuário do Brasil, o que mostra a grande relevância econômica e social para o país.
As perdas provocadas pelos ectoparasitos provocam reduções drásticas nas produções de carne e de leite. O país deixa de produzir 26 milhões de arrobas de carne/ano e quatro bilhões de litros de leite/ano, refletindo em prejuízos da ordem de R$ 2,24 bilhões. Além disso, a infestação por carrapatos e bernes contribui significativamente para a perda da qualidade do couro, sendo que apenas 8% do couro produzido são comercializados como couro de primeira qualidade. Além dessas perdas, estima-se que o gasto anual com os produtos químicos para o combate aos parasitas, seja da ordem de R$ 800 milhões (MARTINEZ et al., 2004).
Atualmente, o Boophilus microplus se distribui amplamente entre os paralelos 32º N e 32º S, região que apresenta climas mais apropriados ao seu desenvolvimento (GONZALES, 1993). Praticamente todo o território brasileiro está dentro da zona de ocorrência desse parasito e de acordo com as informações disponíveis sobre a dinâmica das populações na Região Sudeste do Brasil, o parasitismo ocorre ao longo de todo o ano (FONSECA et al., 1997), sendo um importante vetor de doenças e responsável pela transmissão dos protozoários Babesia bovis e Babesia bigemina e a rickettsia Anaplasma marginale, causadores da Tristeza Parasitária Bovina (RODRIGUES, 2007).
O controle desse carrapato, no Brasil, é realizado principalmente na fase parasitária, através do emprego de diferentes grupos químicos. A má utilização dos carrapaticidas associada à questão da resistência, contaminação do homem e meio ambiente e resíduos nos produtos a serem comercializados contribuem com o aumento dos problemas relacionados a esses parasitas (FRANCO, 2000; FURLONG et al., 2007).
O uso de fêmeas bovinas cruzadas pode ser uma boa estratégia para aumentar a eficiência de produção de carne no Brasil (ALENCAR et al., 2008). Entretanto, existem diferenças nos níveis de resistência a carrapatos entre e dentro de grupos genéticos (OLIVEIRA e ALENCAR, 1990; FRAGA et al, 2003) e sua viabilidade depende da adaptação desses animais aos sistemas de produção. Raças de origem européia e os cruzamentos dessas são mais susceptíveis às infestações por carrapatos que as de origem zebuínas (PENNA, 1989; CORDÓVES, 1997), sendo que o grau de infestação do rebanho normalmente aumenta com o aumento do percentual de genes de raças européias (LEMOS et al., 1985).
Diante do exposto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a prevalência do carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus em novilhas dos grupos genéticos Nelore, Guzerá e ½ Angus x ½ Nelore.
 
MATERIAL E MÉTODOS
Local de execução, animais e manejo
O experimento foi conduzido na Fazenda de Pesquisa APTA Regional Extremo Oeste, no Município de Andradina – SP, com as coordenadas geográficas 20°53'46" de latitude sul, 51°22'46" de longitude oeste e altitude média de 405 m. A pluviosidade média e a temperatura média no período de realização do experimento, de junho de 2007 a maio de 2008, são apresentadas na Figura 1.
Foram utilizadas 59 fêmeas desmamadas, pertencentes ao plantel da APTA, com idades entre oito e nove meses. As novilhas permaneceram em um piquete de 50 hectares, formado por Brachiaria decumbens, com acesso a água e sal mineral "ad libitum". Os animais foram devidamente vacinados contra febre aftosa e não receberam nenhum tratamento antiparasitário antes e durante todo o período experimental.
Delineamento experimental e mensurações
O delineamento experimental utilizado foi inteiramente ao acaso, com novilhas de diferentes grupos genéticos sendo 24 Nelores, 23 Guzerás e 12 cruzadas ½ Angus x ½ Nelore, com peso médio inicial de 165,74±20,59 kg.
Foram realizadas individualmente, pesagens, em balança eletrônica, e contagem de carrapatos, a cada 28 dias, totalizando 12 meses de experimentação. A contagem de carrapatos foi realizada somente das fêmeas de tamanho = 4,5 mm, sempre do lado esquerdo do animal, multiplicando-se o total por dois, como descrito por WHARTON e UTECH (1970). Para efetuar essa avaliação os animais foram contidos em tronco.
Figura 1. Temperatura média, em °C, e pluviosidade média, em mm, dos meses de junho de 2007 a maio de 2008, na Fazenda de Pesquisa APTA Regional Extremo Oeste, no Município de Andradina – SP
Infestação por Rhipicephalus (Boophilus) microplus em novilhas de diferentes grupos genéticos - Image 1
Os meses foram separados de acordo com a pluviosidade média, em duas estações: seca – pluviosidade média menor do que 120mm (junho a outubro de 2007 e abril e maio de 2008); chuvosa – pluviosidade média acima de 120mm (novembro de 2007 a março de 2008).
Análise estatística
As variáveis analisadas foram peso individual e quantidade de carrapatos. Foi realizada a normalidade dos dados, sendo necessária a transformação logarítmica dos dados de contagem de carrapatos: log10(x + 1). Para facilitar a compreensão, nos resultados foram apresentados os dados sem transformação. Os dados foram avaliados considerando-se os três grupos genéticos, as duas estações climáticas e a interação entre eles, utilizando a análise de variância (SAS, 1996). Para comparação das médias foi utilizado o teste SNK (Student Newman Keuls) a 5% de probabilidade.
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Durante todo o experimento observou-se média de 3,36±5,05, 3,57±4,91 e 6,02±6,44 carrapatos nas novilhas Nelore, Guzerá e ½ Angus x ½ Nelore, respectivamente. As médias da quantidade de carrapatos não diferiram estatisticamente entre as novilhas Nelore e Guzerá, mas foram inferiores quando comparadas com as novilhas ½ Angus x ½ Nelore, como apresentado na Tabela 1.
Tabela 1. Média de contagem de carrapatos, nos períodos da seca e das águas, de novilhas dos grupos genéticos Nelore, Guzerá e ½ Angus x ½ Nelore
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Esses resultados corroboram com os relatados por OLIVEIRA et al. (2000), que encontraram menor resistência ao carrapato na raça Canchim, formada pelo cruzamento da raça Charolesa com gado Zebu (Bos indicus), quando comparada com a raça Nelore, em infestações artificiais por Rhipicephalus (Boophilus) microplus. Também foi descrito por SILVA et al. (2004) e SILVA et al. (2007) menor quantidade de carrapatos na raça Nelore quando comparada com animais cruzados Canchim x Nelore, Angus x Nelore e Simental x Nelore, em trabalho realizado no município de São Carlos/SP, e menor susceptibilidade ao carrapato de animais Nelore seguidos de animais Senepol x Nelore, que por sua vez foram mais resistentes do que os animais Angus x Nelore (ALENCAR et al., 2008). De acordo com esses autores, esses resultados eram esperados, uma vez que o Senepol é uma raça originada do cruzamento de N´Dama, raça africana taurina adaptada às condições de região tropical, com Red Poll, raça taurina não adaptada às condições de região tropical.
Esses resultados fortalecem as afirmações de que raças de origem européia e os cruzamentos dessas são mais susceptíveis às infestações por carrapatos que as de origem zebuínas (PENNA, 1989; CORDÓVES, 1997) e que, o grau de infestação do rebanho normalmente aumenta com o aumento do percentual de genes de raças européias (LEMOS, 1985).
Dois tipos de mecanismos de resistência aos carrapatos foram descritos (RIEK, 1962), sendo considerados por TEODORO et al. (2004) como um fenômeno complexo e ainda pouco compreendido – resistência inata, já presente no animal quando da primeira infestação, e resistência adquirida evidenciada após a exposição do animal a algumas infestações por carrapatos. Resultados apresentados por O´KELLY e SPIERS (1976) citados por TEODORO et al.(2004), mostraram que, em sua primeira exposição aos carrapatos após o nascimento, os bezerros mestiços zebu foram mais resistentes que os de raças européias, apresentando uma parcela de imunidade inata. Em revisão realizada por TEODORO et al. (2004), ressaltam-se os seguintes mecanismos de resistência observados em animais resistentes: os de auto-limpeza (ROCHA, 1976), as reações de hipersensibilidade (RIEK, 1962), a presença de anastomoses arteriovenosas na pele dos animais (SCHLEGER et al., 1981), presença de histamina dos mastócitos, que atuaria no desprendimento das larvas e na ativação da auto-limpeza do hospedeiro (VERÍSSIMO et al., 2008), e características inerentes à constituição da capa do pelame (VERÍSSIMO et al., 1999).
Em rebanhos zebus, foi observado por UTECH et al (1978), grande proporção de animais com alta resistência ao carrapato, corroborando com outros resultados (VILLARES, 1941) que verificaram maior resistência do zebu ao comparar o número de carrapatos encontrados em bovinos de diversas raças. Esse autor observou que apenas 5% do total de carrapatos eram originários de animais zebus, 7% de raças nacionais ou crioulas e 88% de raças européias, e que havia também diferença na resistência entre as raças indianas, sendo a raça Nelore mais resistente do que a Gir e a Guzerá. As diferenças de resistência entre os Bos taurus e os cruzamentos entre B. taurus x B. indicus foram demonstradas por BYFORD et al. (1976) com os animais oriundos de cruzamentos apresentando, em geral, resistência de moderada a alta.
As médias de quantidade de carrapatos das novilhas dos grupos genéticos Nelore, Guzerá e ½ Angus x ½ Nelore, de acordo com a estação do ano, são apresentadas na Tabela 1.
Os animais dos grupos genéticos Nelore e Guzerá não apresentaram diferença estatística nas médias de contagem de carrapato, de acordo com a estação climática seca ou chuvosa. As novilhas ½ Angus x ½ Nelore apresentaram média de carrapatos superior na estação chuvosa (7,60±6,40) quando comparada com a estação seca (4,93±6,28). Ao comparar as médias gerais de contagem de carrapatos de acordo com a estação climática, seca ou chuvosa, independente do grupo genético, tem-se um efeito significativo da estação do ano sobre a contagem de carrapatos, o que corrobora com os relatos de OLIVEIRA et al. (2000). Entretanto, esses autores observaram, também no Estado de São Paulo, maior contagem de carrapatos no período de outono e inverno o que contrariam os resultados desse trabalho com maior média para a estação chuvosa (4,32±5,20) em relação à estação seca (3,74±5,54).
Apesar da maior contagem de carrapatos, durante o período experimental, encontrada nas novilhas ½ Angus x ½ Nelore, este grupo genético obteve as maiores médias de ganho de peso diário (0,57kg/dia). As novilhas Nelore e Guzerá não foram diferentes estatisticamente em relação ao ganho de peso diário, com médias de 0,37 e 0,40kg/dia, respectivamente. As médias mensais de contagem de carrapato e pesos são apresentadas na Figura 2.
Figura 2. Médias mensais de contagem de carrapatos e pesos de acordo com novilhas dos grupos genéticos Nelore, Guzerá e ½ Angus x ½ Nelore
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O aumento do número de carrapatos na estação das águas pode ser atribuído a fatores tais como: (1) elevação do teor de umidade do ar; (2) crescimento rápido da pastagem, proporcionando abrigo adequado aos estágios não parasitários; (3) elevação da temperatura, fazendo com que o período de incubação atinja valores mínimos. (VERÍSSIMO e MACHADO, 1995). Atualmente, devido ao problema da resistência dos carrapatos aos carrapaticidas (FURLONG et al., 2007), PRATA et al. (2008) recomendam, para a região sudeste e centro-oeste, em locais de maior altitude, iniciar a sequência de aplicações estratégicas de carrapaticida quando a população de carrapatos nos animais está no nível mais baixo, na estação seca.
VERÍSSIMO (1999) considera um bovino resistente aquele com até 25 carrapatos contados em um dos lados do animal, e, nesses animais, os prejuízos causados pelo carrapato são bem menores ou inexistentes (VERÍSSIMO, 1993). O fato de as novilhas mestiças terem tido desempenho superior ao de novilhas zebuínas, a pasto, sem uso de antiparasitários durante todo o período de observação (recém desmamadas com 8-9 meses aos 19-20 meses de idade), e sem prejuízo à saúde dos animais (nenhum animal morreu de infestação de carrapatos ou teve que ser tratado com tristeza parasitária), vêm corroborar com a afirmação de que o uso de fêmeas bovinas cruzadas pode ser uma boa estratégia para aumentar a eficiência de produção de carne no Brasil (ALENCAR et al., 2008), de forma sustentável e econômica; porém, sua viabilidade depende da adaptação desses animais aos sistemas de produção devido a maior susceptibilidade aos parasitos externos e internos (OLIVEIRA e ALENCAR, 1990).
 
CONCLUSÕES
Novilhas dos grupos genéticos Nelore e Guzerá são menos infestadas por carrapatos do que novilhas ½ Angus x ½ Nelore. Novilhas ½ Angus x ½ Nelore podem seer utilizadas em sistemas extensivos de produção, desde que, adaptadas ao ambiente, por serem mais eficientes na produção de carne do que novilhas Nelore e Guzerá. A estação climática influencia a infestação por carrapatos, podendo ser planejados tratamentos estratégicos para as estações quentes e úmidas.
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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**O trabalho foi originalmente publicado no Boletim da Indústria Animal (BIA), do Instituto Zootecnia (IZ/APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo, Brasil.
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Autores:
João José Assumpção de Abreu Demarchi
IZ - Instituto de Zootecnia / Secretaria de Agricultura e Abastecimento
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Ricardo Gomes
CATI - Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Secret. Agric. São Paulo)
19 de marzo de 2013

Parabéns pelo artigo, com uma ressalva nesse parágrafo "Atualmente, o Boophilus microplus se distribui amplamente entre os paralelos 32º N e 32º S, região que apresenta climas mais apropriados ao seu desenvolvimento (GONZALES, 1993)". A palavra atualmente são ditas a episódios recentes, sem considerar a data do artigo, essa afirmação da distribuição desse ixodideo nos paralelos citados é muito mais antiga e já mencionada, reveja outros artigos de Epidemiologia, ecologia e Biologia do mesmo e/ou com o Café Massard ou Faccini na Rural, Gilson P. Oliveira, Rosangela ou Alvimar Unesp Jaboticabal, Os Marcelos na USP, Furlong, artigos Travassos etc....

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