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Peletizaçao de raçao - Produçao

Processo de Produção de Ração – Peletização (Parte 3)

Publicado: 8 de novembro de 2010
Sumário
INTRODUÇÃO O Fabricante de Rações tem como objetivo produzir rações com a melhor relação custo x benefício. Toda a gestão do processo de fabricação de ração deve estar voltada para atender o produto final com qualidade visando esta finalidade. No Planejamento e Gestão do Processo de Fabric...
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Maíra Vasconcelos
11 de noviembre de 2010

Olá, comunidade Engormix.

Aproveito o artigo publicado acima para colocar em discussão alguns tópicos referentes ao processo de peletização, para que possa ser debatido entre os ususários.

Quais os resultados positivos comprovam que o processo de peletização melhora a qualidade nutricional e microbiana da ração ?

Quais as vantagens da ração peletizada frente as rações fareladas ?

Diante da possibilidade de utilizar medicamento na ração peletizada, quais as instruções devem ser seguidas ?


Espero seu comentário.
Obrigada.

Marcio André Lanzarin
Safeeds Aditivos de Performance
30 de noviembre de 2010


A peletização mantém ação de controle microbiológico em alimentos para animais, principalmente sobre a Salmonella, Enterobactérias totais, quando associada outras estratégias, iniciando pelo controle da contaminação dos ingredientes, controle e monitoramento de processos, através de ferramentas de BPF e HACCP. Somada a todos esses fatores a peletizaçao pode ser consum PCC Microbiológico. Essas são as condições básicas para que o tratamento térmico de rações e o tratamento químico aplicados isolados ou associados em diferentes estágios da produção e armazenagem, possam garantir o controle de bactérias e fungos, não desájeis a alimentação animal.

Os princípios básicos propostos pelas Boas Práticas de Fabricação (BPF) são considerados como um ponto de partida do controle microbiológico, visando a redução dos riscos de contaminação microbiológica, potencializando o resultado de outros
método, seja por calor ou químico.

O tratamento térmico, como a peletização,  expansão e extrusão, tem sido apresentado na literatura como ferramenta para reduzir a incidência de fungos e bactérias em rações, incluindo a Salmonella (Tabib et al,1984 Stott et al, 1975 Veldman et al, 1995 Best, 2007 EFSA, 2008).

No entanto, existem bactérias resistentes ao tratamento térmico como o Clostridium perfringens de enorme interesse para avicultura, causador da Enterite Necrótica, com prejuízos clínicos e sub-clínicos, são frequentemente isolados em ingredientes e na ração, tanto farelada e/ou peletizada, uma vez presente em alimentos fornecidos aos animais, podem servir de inóculo. A bactéria produz esporos que sobrevivem à temperatura de 100°C por mais de uma hora e para garantir sua destruição é necessária a exposição a uma temperatura de 115°C por 4 minutos sob atmosfera de pressão (JAY, 2005).

As fábricas de rações que não possuem processamento térmico das rações e mantém estratégias de fornecimento de rações apenas fareladas comprometem a qualidade microbiológica das rações, sendo uma fonte direta de transmissão de C. perfringens, Salmonella, Enterobactérias e fungos aos animais. Para essas fábricas que mantém o fornecimento de rações fareladas, a opção viável para controle microbiológico em rações é a utilização de agentes químicos.

Com isso, a peletização não deve ser considerada como um método absoluto para controle da contaminação por microrganismos na ração (LONGO, 2010). O tratamento térmico com temperaturas em torno de 70 à 90 °C, utilizado isoladamente com única opção no controle microbiológico para redução de bactérias e fungos, não se apresenta eficiente no controle de C. perfringens.

Mesmo após um correto e vantajosos tratamento térmico interessante para os níveis nutricionais e desempenho animal, existem riscos de recontaminações, pois o tratamento somente pelo calor não apresenta efeito de proteção residual e nem efeito bacteriostático, assim, a partir da etapa de peletização até a entrega das rações no comedouro no campo o nível presente de microorganismos são cada vez mais elevados. Desta forma, são necessárias uma séria de medidas preventivas que evitem contaminação cruzada de microorganismos patogenicos nas rações, como a limpeza de silos e caminhões de transporte, desinfecção de linhas e silos de recebimento das rações nas granjas, protegendo até o momento do consumo do alimento pelos animais.

A ração farelada, seja composta apenas por ingredientes vegetais ou formulada juntamente com ingredientes de origem animal, (farinhas de carnes e ossos, farinhas de vísceras de aves e penas) sem nenhum tratamento térmico ou químico, não garantem a eliminação de Salmonella sp e Clostridium perfringens, fungos e enterobactérias.

Para maiores informações sobre o controle microbiológico em rações, podem ser acessadas neste mesmo site:
1. https://pt.engormix.com/MA-avicultura/nutricao/articles/importancia-controle-microbiologico-racoes-t351/141-p0.htm
2. https://pt.engormix.com/MA-avicultura/nutricao/artigos/importancia-controle-microbiologico-racoes-t290/141-p0.htm

Atenciosamente,
Marcio André Lanzarin
Btech.

Mauricio Cunha
Danisco Animal Nutrition
11 de noviembre de 2011

Marco lara,
Primeiramente gostaria de parebeniza-lo pelo excelente artigo sobre peletização, e perguntar qual seria a maneria prática de determinar o tempo de condicionamento dos equipamentos? 

Quanto tempo uma peletizadora leva para estabilizar a temperatura desejada de operação desde o momento de início.?
Obrigado
Mauricio
Danisco Animal Nutrition

Gian Marcassa
Borregaard
9 de diciembre de 2011

Marcos Lara, trabalho em uma empresa de aglutinantes para peletização visitando fábricas no Brasil e no exterior e gostei muito de seu artigo, pois a qualidade de peletes no Brasil é baixa quando comparamos com Europa e Estados Unidos, algumas empresas peletizam a ração, mas o que chega para as aves é pó !!! Trata-se de um segmento sedento por informações de qualidade, pois os custos de formulação superam 70% e os peletes entregues são de baixíssima qualidade, isto não faz sentido algum !!! A Lignotech está levantando a bandeira da qualidade de pelete e redução na produção de finos, pois trabalhos de Blakley, 1969; Brewer and Ferket, 1989; Waiber, 1992 citam que uma redução de 10% de finos otimiza a conversão alimentar de aves de 1 a 2 pontos. Sem dúvida temos um grande desafio.

Gian Marcassa - LignoTech Borregaard

Marco Lara
Marco Lara
12 de diciembre de 2011

Mauricio, desculpe meu atraso na resposta a suas duvidas.
Sobre medição do tempo de condicionamento da peletização : 

• em produção normal poderia ser colocado uma quantidade de grãos de milho na entrada do condicionador e de tempos em tempos (como exemplo a cada 5 segundos) retirar amostra na saída, quando da verificação de saída de grão seria o tempo de condicionamento. 

• ao estar peletizando uma capacidade conhecida (kg/h) se para instantaneamente a maquina. Pesa a quantidade que ficou dentro do condicionador e usando a formula tempo em segundos = material pesado (kg) / capacidade (kg/h) * 3.600

Sobre tempo de estabilização depende do modo de operação da peletizadora se MANUAL ou AUTOMATICO. No caso de automação da Buhler existe duas possibilidades no modo automático, MODO AUTOMATICO FOCO HIGIENIZAÇÃO, onde o foco é atingir a temperatura o mais rápido possível, consegue-se tempo inferior a 30 segundos e no MODO OTIMIZAÇÃO DA CAPACIDADE o foco é buscar a capacidade e a temperatura neste caso demora a ser atingida (superior a 1 minutos). Estes tempos são estimativas gerais e podem mudar em função dos tipos de ração, condições de vapor, e demais parâmetros da maquina.

Bruna Porto
31 de agosto de 2013

Bom dia,
Referente ao vapor necessário eu não consegui entender perfeitamente como determinar. Como vou saber a quantidade (fluxo) de vapor necessário para que eu possa fazer com que a minha ração atinja a temperatura de peletização adequada?

Edelberto Valladares
22 de agosto de 2017
Boa noite. Você ainda está na discussão? Tenho uma úvida sobre a massa a ser introduzida na peletizadora.
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