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Aonde se esconde o perigo?

Publicado: 3 de agosto de 2006
Por: Giane Serafim da Silva (PqC do Pólo Regional do Noroeste Paulista/APTA).
Medidas de Biossegurança têm sido foco de estudos e ferramentas de planos diretores para assegurar o sucesso que a avicultura conquistou no cenário agropecuário mundial e nacional, sobretudo frente aos surtos de influenza aviária que têm sido diagnosticados. Biossegurança se constitui em um conjunto de atitudes e ações que visam impedir a entrada e propagação de agentes de doenças entre aves, plantéis, granjas, regiões e mesmo países, além de reduzir os efeitos danosos das doenças e tentar erradicar aquelas já instaladas.
Considerado inicialmente uma praga secundária de grãos armazenados, o Alphitobius diaperinus, coleóptero pertencente à família Tenebrionidae e popularmente conhecido como "cascudinho", é encontrado em elevadas populações em cama de frangos de corte, de matrizes, e mesmo nas fezes de poedeiras de ovos comerciais confinadas em gaiolas.
Aparentemente inofensivo, pode se constituir em risco potencial para a avicultura, uma vez que já foi comprovado que este parasito pode transmitir, para as aves, patógenos de fundamental importância para avicultura, tais como: Eimeria, Escherichia, Salmonella, Campylobacter, Bacillus, Streptococcus, Aspergillus, além dos vírus causadores das doenças de Marek, Gumboro, Newcastle e, incIusive, da Influenza Aviária. Destacam-se, também, outros importantes prejuízos causados pelo cascudinho: é considerado hospedeiro intermediário de cestódeos parasitos de aves, desenvolvendo larvas cisticercóides; constitui-se em alimento alternativo, principalmente para pintinhos, interferindo no desenvolvimento das aves e causando desuniformidade do lote. Durante o processo de multiplicação produzem túneis e orifícios nos equipamentos, danificando as instalações avícolas.
O controle do Alphitobius diaperinus está incluso nas medidas sanitárias constantes no Plano Nacional de Sanidade Avícola (PNSA), do Ministério da Agricultura e do Abastecimento e deve ser considerado pelos produtores!
 
Referências:
ARENDS, J.J. Control, management of the litter beetle. Poultry Digest. 172-6, 1987.
BRASIL. Ministério da Agricultura e do Abastecimento, Secretaria de Defesa Agropecuária. Departamento de Defesa Animal. Legislação de Defesa Sanitária Animal. Avicultura. Programa Nacional de Sanidade Avícola. 312p. 2002.
HOFSTAD, M. et al. In: CALNEK, B.W. et al. Diseases of Poultry. Ames: Iowa State University Press, 10 ed., 1997.
KHAN, B.A. et al. Efficacy of tetrachlorvinphos insecticide dust against darkling beetles in commercial broiler chicken barns. Canadian Journal of Animal Science. v.78, n.4, 723-5, 1998.
SAFRIT, R.D. and AXTELL, R.C. Evaluations of sampling methods for darkling betles (Alphitobius diaperinus) in the little of turkey and broiler houses. Poultry Sci. v.63, p.2368- 2375, 1984.
STEELMAN, D. Darkling beetles are costly pests: Beetles threaten profit by damaging house insulation, carrying diseases and reducing growth, feed efficiency. Poultry Digest, 55:10, 22- 23, 1996.
TURNER JR, E.C. Structural ad litter pests. Poultry Sci. v.65, p.644-648, 1986.

**O trabalho foi originalmente publicado pela Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo. 
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Giane Serafim da Silva
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