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Fitase Cálcio Nitrogênio Suínos

Efeito da fitase sobre a disponibilidade do fósforo, cálcio e nitrogênio em suínos recebendo rações contendo diferentes relações Ca/Pd e alto conteúdo em farelo de trigo

Publicado: 27 de outubro de 2011
Por: Otto Mack Junqueira - Departamento de Zootecnia da FCAV/UNESP-Jaboticabal- Departamento de Zootecnia da FAZEA/USP- Pirassununga-SP, Departamento de Zootecnia da UFG-Goiânia- GO
INTRODUÇÃO
O cálcio e o fósforo assumem importantes funções no metabolismo de todos os animais, no entanto, deve-se considerar que grande parte destes minerais apresenta-se indisponível na maioria dos ingredientes. Um exemplo típico é o farelo de trigo que contém alto conteúdo em fósforo, porém, apenas uma pequena fração é disponível (1).

O nível de cálcio da ração pode também afetar a utilização do fósforo oriundo da molécula do ácido fítico através da formação de fitato de cálcio insolúvel e ou redução da atividade da fitase (2). Altas relações cálcio/fósforo ( 1,5:1 até 2,0:1) em rações à base de milho e farelo de soja suplementadas com fitase resultaram em diminuição da utilização do fósforo para leitões (3) e suínos na fase de acabamento (4). O objetivo do presente experimento foi o de estudar a eficácia da fitase em rações contendo 20% de farelo de trigo e diferentes relações cálcio/fósforo.

Palavras-chave: cálcio, farelo de trigo, fitase, fósforo, nitrogênio plamático, relação Ca/Pd, suínos

MATERIAL E MÉTODOS
Um experimento foi conduzido, utilizando-se 12 suínos machos castrados com média de 52ƒ¦3,0 kg. Os animais foram alojados individualmente em 12 gaiolas metabólicas, submetidos às rações teste com cinco dias de adaptação e 7 dias de coleta de fezes e urina, com fornecimento de 85% do consumo voluntário calculado na fase de adaptação. Os rações experimentais foram formuladas à base de milho, farelo de soja e 20% de farelo de trigo, além das fontes de minerais e vitaminas, segundo as recomendações de (6), exceto para a ração com menor conteúdo em fósforo disponível (0,28%).

Os tratamentos consistiram em duas relações Ca/Pd ( 2,2:1 e 2,9:1) e dois níveis de fitase ( 0 e 750 FTU.kg ƒ¢1 ) . O experimento foi repetido em duas etapas e o delineamento foi o de blocos (etapas) casualisados em esquema fatorial com quatro tratamentos (duas relações Ca/Pd e dois níveis de enzima). Durante a fase de adaptação o consumo voluntário foi de 2,24 kg/animal/dia e durante o ensaio de metabolismo cada animal recebeu 1,90 kg/dia de ração, divido em duas frações. Para determinar o início e o final da coleta de fezes utilizou-se o óxido férrico como marcador. Os demais procedimentos foram de acordo com aqueles descritos por (3).

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados obtidos para digestibilidade da matéria seca, retenção de nitrogênio e disponibilidade do cálcio e fósforo encontram-se na Tabela 1. Como pode ser observado, não houve alteração do consumo diário de ração, uma vez que todos os animais consumiram a quantidade preestabelecida (85% do consumo voluntário). Nenhum efeito foi encontrado para digestibilidade da matéria seca, com média de 89,27%.

Verificou-se um efeito significativo ( P„S0,05) sobre o fósforo fecal (g/animal/dia), com redução do fósforo fecal na presença de 750 FTU/kg de fitase e aumento da relação Ca/Pd da ração. Com relação ao fósforo urinário (mg/animal/dia) observou-se uma significativa redução quando se adicionou a fitase às rações, porém, não houve efeito da relação Ca/Pd. Esses resultados são semelhantes aos observados por (5 e 7) os quais observaram que a relação Ca/P exerce um efeito sobre a retenção destes dois minerais, tendo ainda observado uma maior retenção do P na presença da enzima fitase. Com relação ao Ca fecal (g/dia), pode-se observar um efeito significativo (P„S0,01) da fitase em reduzir a excreção deste mineral, com conseqüente aumento da sua disponibilidade (P„S0,05). Nenhuma interação foi observada entre os tratamentos.

CONCLUSÕES
A suplementação da fitase resultou em melhora na disponibilidade do fósforo e do cálcio em rações contendo diferentes relações Ca/Pd. Não houve efeito da fitase sobre a digestibilidade da matéria seca das rações. O fósforo fecal foi aumentado com a elevação da relação Ca/Pd.INTRODUÇÃO
O cálcio e o fósforo assumem importantes funções no metabolismo de todos os animais, no entanto, deve-se considerar que grande parte destes minerais apresenta-se indisponível na maioria dos ingredientes. Um exemplo típico é o farelo de trigo que contém alto conteúdo em fósforo, porém, apenas uma pequena fração é disponível (1).

O nível de cálcio da ração pode também afetar a utilização do fósforo oriundo da molécula do ácido fítico através da formação de fitato de cálcio insolúvel e ou redução da atividade da fitase (2). Altas relações cálcio/fósforo ( 1,5:1 até 2,0:1) em rações à base de milho e farelo de soja suplementadas com fitase resultaram em diminuição da utilização do fósforo para leitões (3) e suínos na fase de acabamento (4). O objetivo do presente experimento foi o de estudar a eficácia da fitase em rações contendo 20% de farelo de trigo e diferentes relações cálcio/fósforo.

Palavras-chave: cálcio, farelo de trigo, fitase, fósforo, nitrogênio plamático, relação Ca/Pd, suínos

MATERIAL E MÉTODOS
Um experimento foi conduzido, utilizando-se 12 suínos machos castrados com média de 52ƒ¦3,0 kg. Os animais foram alojados individualmente em 12 gaiolas metabólicas, submetidos às rações teste com cinco dias de adaptação e 7 dias de coleta de fezes e urina, com fornecimento de 85% do consumo voluntário calculado na fase de adaptação. Os rações experimentais foram formuladas à base de milho, farelo de soja e 20% de farelo de trigo, além das fontes de minerais e vitaminas, segundo as recomendações de (6), exceto para a ração com menor conteúdo em fósforo disponível (0,28%).

Os tratamentos consistiram em duas relações Ca/Pd ( 2,2:1 e 2,9:1) e dois níveis de fitase ( 0 e 750 FTU.kg ƒ¢1 ) . O experimento foi repetido em duas etapas e o delineamento foi o de blocos (etapas) casualisados em esquema fatorial com quatro tratamentos (duas relações Ca/Pd e dois níveis de enzima). Durante a fase de adaptação o consumo voluntário foi de 2,24 kg/animal/dia e durante o ensaio de metabolismo cada animal recebeu 1,90 kg/dia de ração, divido em duas frações. Para determinar o início e o final da coleta de fezes utilizou-se o óxido férrico como marcador. Os demais procedimentos foram de acordo com aqueles descritos por (3).

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados obtidos para digestibilidade da matéria seca, retenção de nitrogênio e disponibilidade do cálcio e fósforo encontram-se na Tabela 1. Como pode ser observado, não houve alteração do consumo diário de ração, uma vez que todos os animais consumiram a quantidade preestabelecida (85% do consumo voluntário). Nenhum efeito foi encontrado para digestibilidade da matéria seca, com média de 89,27%.

Verificou-se um efeito significativo ( P„S0,05) sobre o fósforo fecal (g/animal/dia), com redução do fósforo fecal na presença de 750 FTU/kg de fitase e aumento da relação Ca/Pd da ração. Com relação ao fósforo urinário (mg/animal/dia) observou-se uma significativa redução quando se adicionou a fitase às rações, porém, não houve efeito da relação Ca/Pd. Esses resultados são semelhantes aos observados por (5 e 7) os quais observaram que a relação Ca/P exerce um efeito sobre a retenção destes dois minerais, tendo ainda observado uma maior retenção do P na presença da enzima fitase. Com relação ao Ca fecal (g/dia), pode-se observar um efeito significativo (P„S0,01) da fitase em reduzir a excreção deste mineral, com conseqüente aumento da sua disponibilidade (P„S0,05). Nenhuma interação foi observada entre os tratamentos.

CONCLUSÕES
A suplementação da fitase resultou em melhora na disponibilidade do fósforo e do cálcio em rações contendo diferentes relações Ca/Pd. Não houve efeito da fitase sobre a digestibilidade da matéria seca das rações. O fósforo fecal foi aumentado com a elevação da relação Ca/Pd.
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Autores:
Otto Mack Junqueira
UNESP - Universidad Estatal Paulista
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